- 03/12/2014
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Olá, psiconautas! Tenho 33 anos e tive minha trip com panaeolus cyanescens exatamente hoje (9 de dezembro de 2014)! Para falar a verdade minha intenção de ter uma experiência é de longa data - acho que desde os 17 anos gostaria de ter viajado. Porém, hoje sei que foi na hora, local e dia que deveriam acontecer - a minha vontade se amalgamou com a do cogumelo mágico...
Já há algum tempo estou lendo o sítio Cogumelos Mágicos (outrora fora o "Garagem Hermética" de saudosa memória...), e adquirindo informações relevantes para consumir os fungos benditos. Pois bem, como não tenho a paciência (fortaleza diria) de alguns de vocês de cultivar os próprios cogumelos, somado ao fato de que minha companheira nunca iria permitir isso, me sobrou a segunda opção: colheita ao ar livre. Então começou a estação de chuva. Como moro em um estado privilegiado por pastos (geograficamente fica no meio do mapa - e tem um Distrito Federal dentro dele), achar pastos é muito fácil. Tem um há trezentos metros de casa. Passo seguinte é ir à campo, e creio que devemos ter uma atitude mental de que vibre em sintonia com o cogumelo, isto é, não fazer uma viagem só pra ter um barato. É preciso ter princípios que coadunem com os do cogumelos, para que ambos sejam mais do que dois, sejam um...
No pasto encontrei diversas vezes nos estercos apenas cogumelos solitários e resolvi deixá-los, por alguma razão sabia que não devia colher apenas um. Explorando o pasto cheguei a uma pequena mata ciliar onde encontrei diversos tipos de fungos (inclusive um Espetacular cogumelo Laranja, coisa linda), porém, nenhuma "horta" de cogumelos mágicos...diversas vezes fui a este pasto mas sempre encontrava apenas panaeolus cyanescens solitários.
Então, hoje cheguei do meu serviço e fui ao meu canteiro onde planto couve e o que eu encontro? Exatamente um exemplar único de panaeolus cyanescens! Nasceu na minha casa, que presente, eu pensei. Que honra! Nunca havia ingerido um cogumelo na vida e, logicamente, havia pesquisado muito nesse forum os aspectos fenotípico do panaeolus cyanescens. A essa altura pode surgir a dúvida de como ele foi parar no meu quintal. Pois bem, em plena época de estiagem eu havia coletado esterco para colocar em minha horta, para as plantinhas crescerem sadias. Porém, eu nunca iria supor a possibilidade de receber um presente desses! Fiquei muito feliz! Obviamente, também li neste forum os níveis de trip por dosagens e supus que seria um trip de nível bem leve, uma brisa, uma fagulha da eternidade. Entretanto, como nunca havia ingerido psilocibina, pensei que a dosagem seria ideal para mim.
Antes de retirá-lo de seu ninho, conversei com ele e lhe agradeci por me dar a oportunidade de aprender com ele e pedi desculpas por arrancá-lo de seu lar. O lavei e esperei para ver se, em contato com o oxigênio, ele ficava azul. E ficou. Um azul escuro magnífico. O parti e comi puro mesmo. Depois comi o talo. Achei que nem iria fazer efeito e que, se fizesse, seria um efeito placebo devido a vontade que queria ter uma experiência. Comecei a fazer tarefas domésticas comuns e senti um dor de cabeça na parte posterior do crânio. Como havia marcado no relógio a hora que ingeri o Pan Cyan deduzi que os efeitos viriam após uns quarenta minutos depois. Percebi que a dor de cabeça vinha em ondas, indo e voltando. Logo bateu um pensamento de que poderia ter ingerido um cogumelo venenoso, mas descartei a ideia pois sabia que era o panaeolus cyanescens. Comecei perceber que estava escorregando para outra realidade de forma bem sutil. Primeiro a noção espacial ficou levemente alterada e ouvia meus pensamentos nitidamente, como que vindos de fora de mim. Fui para fora de casa e dia estava nublado e frio. Fechei os olhos. Fiquei feliz. Ao fechar as pálpebras enxergava vermelho e padrões leves de mandalas se formavam. Deduzi que o vermelho era o Sol que brilhava imponente acima das nuvens. Como não uso substâncias psicoativas há pelos menos uns treze anos, percebi que estava sob os domínios da pscilocina. E fiquei feliz. Logo, os pensamentos que tinha eram incrivelmente ordenados, tinham uma ordem subconsciente, lógica. Foi então que percebi que o cogumelo estava falando comigo, me dando conselhos! Indescritível! Eu perguntava e ele me orientava. Eu fiquei absorto. Recebi diversos conselhos em vários aspectos de minha vida e fiquei muito feliz. Comecei a escutar músicas do "Entheogenic", "Tripswicht", "NADA" e comecei a escrever muito sobre os conselhos. Escrevi até uma carta de amor para minha mulher (obviamente omitindo o fato de estar sob o efeito do Cogumagic) e fiz um desenho! Fazia uns dez anos que eu não desenha. Ao final do desenho eu recebi uma frase dele assim:
"Todos ser é Único...mas todos formam um ser Só..." Fiquei ouvindo música, escrevendo e desenhando durante uma hora e meia e, da mesma forma sutil que entrei eu saí da outra realidade. Bem de leve. E fiquei feliz com a experiência.
Valeu gente, um abraço e desejo muita paz e luz para todos!
P.S.: Tá meio embaçado mas Olha o desenho aí:
Já há algum tempo estou lendo o sítio Cogumelos Mágicos (outrora fora o "Garagem Hermética" de saudosa memória...), e adquirindo informações relevantes para consumir os fungos benditos. Pois bem, como não tenho a paciência (fortaleza diria) de alguns de vocês de cultivar os próprios cogumelos, somado ao fato de que minha companheira nunca iria permitir isso, me sobrou a segunda opção: colheita ao ar livre. Então começou a estação de chuva. Como moro em um estado privilegiado por pastos (geograficamente fica no meio do mapa - e tem um Distrito Federal dentro dele), achar pastos é muito fácil. Tem um há trezentos metros de casa. Passo seguinte é ir à campo, e creio que devemos ter uma atitude mental de que vibre em sintonia com o cogumelo, isto é, não fazer uma viagem só pra ter um barato. É preciso ter princípios que coadunem com os do cogumelos, para que ambos sejam mais do que dois, sejam um...
No pasto encontrei diversas vezes nos estercos apenas cogumelos solitários e resolvi deixá-los, por alguma razão sabia que não devia colher apenas um. Explorando o pasto cheguei a uma pequena mata ciliar onde encontrei diversos tipos de fungos (inclusive um Espetacular cogumelo Laranja, coisa linda), porém, nenhuma "horta" de cogumelos mágicos...diversas vezes fui a este pasto mas sempre encontrava apenas panaeolus cyanescens solitários.
Então, hoje cheguei do meu serviço e fui ao meu canteiro onde planto couve e o que eu encontro? Exatamente um exemplar único de panaeolus cyanescens! Nasceu na minha casa, que presente, eu pensei. Que honra! Nunca havia ingerido um cogumelo na vida e, logicamente, havia pesquisado muito nesse forum os aspectos fenotípico do panaeolus cyanescens. A essa altura pode surgir a dúvida de como ele foi parar no meu quintal. Pois bem, em plena época de estiagem eu havia coletado esterco para colocar em minha horta, para as plantinhas crescerem sadias. Porém, eu nunca iria supor a possibilidade de receber um presente desses! Fiquei muito feliz! Obviamente, também li neste forum os níveis de trip por dosagens e supus que seria um trip de nível bem leve, uma brisa, uma fagulha da eternidade. Entretanto, como nunca havia ingerido psilocibina, pensei que a dosagem seria ideal para mim.
Antes de retirá-lo de seu ninho, conversei com ele e lhe agradeci por me dar a oportunidade de aprender com ele e pedi desculpas por arrancá-lo de seu lar. O lavei e esperei para ver se, em contato com o oxigênio, ele ficava azul. E ficou. Um azul escuro magnífico. O parti e comi puro mesmo. Depois comi o talo. Achei que nem iria fazer efeito e que, se fizesse, seria um efeito placebo devido a vontade que queria ter uma experiência. Comecei a fazer tarefas domésticas comuns e senti um dor de cabeça na parte posterior do crânio. Como havia marcado no relógio a hora que ingeri o Pan Cyan deduzi que os efeitos viriam após uns quarenta minutos depois. Percebi que a dor de cabeça vinha em ondas, indo e voltando. Logo bateu um pensamento de que poderia ter ingerido um cogumelo venenoso, mas descartei a ideia pois sabia que era o panaeolus cyanescens. Comecei perceber que estava escorregando para outra realidade de forma bem sutil. Primeiro a noção espacial ficou levemente alterada e ouvia meus pensamentos nitidamente, como que vindos de fora de mim. Fui para fora de casa e dia estava nublado e frio. Fechei os olhos. Fiquei feliz. Ao fechar as pálpebras enxergava vermelho e padrões leves de mandalas se formavam. Deduzi que o vermelho era o Sol que brilhava imponente acima das nuvens. Como não uso substâncias psicoativas há pelos menos uns treze anos, percebi que estava sob os domínios da pscilocina. E fiquei feliz. Logo, os pensamentos que tinha eram incrivelmente ordenados, tinham uma ordem subconsciente, lógica. Foi então que percebi que o cogumelo estava falando comigo, me dando conselhos! Indescritível! Eu perguntava e ele me orientava. Eu fiquei absorto. Recebi diversos conselhos em vários aspectos de minha vida e fiquei muito feliz. Comecei a escutar músicas do "Entheogenic", "Tripswicht", "NADA" e comecei a escrever muito sobre os conselhos. Escrevi até uma carta de amor para minha mulher (obviamente omitindo o fato de estar sob o efeito do Cogumagic) e fiz um desenho! Fazia uns dez anos que eu não desenha. Ao final do desenho eu recebi uma frase dele assim:
"Todos ser é Único...mas todos formam um ser Só..." Fiquei ouvindo música, escrevendo e desenhando durante uma hora e meia e, da mesma forma sutil que entrei eu saí da outra realidade. Bem de leve. E fiquei feliz com a experiência.
Valeu gente, um abraço e desejo muita paz e luz para todos!
P.S.: Tá meio embaçado mas Olha o desenho aí:
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