- 28/09/2008
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27/09/2008:
Este é o relato da minha primeira experiência com a psilocibina aos 21 anos. Pesquisei sobre e chamei um amigo para caçá-los. Já havia usado LSD algumas vezes e estava curioso quanto ao poder dos cogumelos. Experimentar novas percepções do que acontece na minha mente; de apreciação, reflexão e transformação de todas as formas e movimentos que circundam o universo.
O dia amanhece inspirador e fomos à caça dos cogumelos mágicos pela primeira vez. Seguindo o caminho pela estrada, 30 quilômetros após o ponto de saída nós avistamos o pasto que segundo relatos estava em atividade. Adentramos com um pouco de dificuldade o acesso do pasto devido à declividade na beirada da pista e a vegetação densa até chegar à cerca. De alguma forma, eu estava confiante da minha exploração. Não demorei e avistei o primeiro. Havia muitos bois, e por sorte, estavam bem afastados, mas de longe dava para perceber que alguns ficavam encarando; o melhor a fazer era não olhar para eles e apenas ficar atento quanto a aproximação de algum, que não ocorreu. Alegria! Estávamos achando vários e então fora só uma questão de tempo para que pudéssemos preencher nosso saco com o suficiente dos Psilocybe cubensis – pegamos cerca de 20 deles.
Levamos para casa do meu amigo que acompanhou na caça; lavamos bem com água, raspando os cogumelos com a parte lisa de uma faca. Após a limpeza, cortamos todos eles e levamos para a cozinha. Enquanto o chá cozinhava, fomos preparar nosso almoço! Arroz, batatas e berinjela! A comida desceu bem e após já digerir um pouco, às 15:00 seguimos para a casa de outro amigo, em frente a praia. Já éramos cinco pessoas até que mais um chegou. Mas desses seis, somente quatro usufruíram, pois um estava com a namorada e não queria tomar por estar com certo problema de saúde (nada grave). Conversamos um pouco durante o clima que ficou chuvoso, até que tomamos a dose com cerca de 120ml do chá que estava bem concentrado; produzimos 500ml com os 20 coletados. Partimos para um pico, na casa de um professor universitário vizinho do amigo, que criou praticamente um santuário para viver. Era uma chácara. Andamos pelo caminho estreito no qual nós passamos por um lago e logo após a casa e subindo mais ainda para o morro onde havia construído um mirante, no qual apreciamos uma bela vista ao entardecer. Muito bonito o lugar. Passamos cerca de meia hora e ao sairmos acompanhados por vaga-lumes, a energia continuava a fluir muito bem. Depois, simplesmente atravessamos a pista fomos para praia e experiências fenomenais acontecem durante a caminhada iluminada pela lua. Ora na areia, ora no raso do mar vislumbrando o céu já escuro e estrelado, o barulho do mar, a forma das ondas e da areia em que pisávamos, até que paramos e sentamos na areia continuando as recheadas experiências de interação de todas diversas possibilidades. Voltamos ainda muito intensos para casa. Outros começaram a conversar um pouco quando chegaram, mas logo quando entramos a única coisa que consegui fazer foi estirar-me na esteira dentro da casa e processar todas aquelas informações. Até que o silêncio fez-se na casa. Um momento de reflexões. Após o silêncio demorado, colocamos música agradável e voltamos a conversar na mesa, iluminada pela luz de velas. No geral, uma experiência formidável, que ainda gostaria de entender melhor. Sinto-me grato à natureza.
O Aventureiro
Este é o relato da minha primeira experiência com a psilocibina aos 21 anos. Pesquisei sobre e chamei um amigo para caçá-los. Já havia usado LSD algumas vezes e estava curioso quanto ao poder dos cogumelos. Experimentar novas percepções do que acontece na minha mente; de apreciação, reflexão e transformação de todas as formas e movimentos que circundam o universo.
O dia amanhece inspirador e fomos à caça dos cogumelos mágicos pela primeira vez. Seguindo o caminho pela estrada, 30 quilômetros após o ponto de saída nós avistamos o pasto que segundo relatos estava em atividade. Adentramos com um pouco de dificuldade o acesso do pasto devido à declividade na beirada da pista e a vegetação densa até chegar à cerca. De alguma forma, eu estava confiante da minha exploração. Não demorei e avistei o primeiro. Havia muitos bois, e por sorte, estavam bem afastados, mas de longe dava para perceber que alguns ficavam encarando; o melhor a fazer era não olhar para eles e apenas ficar atento quanto a aproximação de algum, que não ocorreu. Alegria! Estávamos achando vários e então fora só uma questão de tempo para que pudéssemos preencher nosso saco com o suficiente dos Psilocybe cubensis – pegamos cerca de 20 deles.
Levamos para casa do meu amigo que acompanhou na caça; lavamos bem com água, raspando os cogumelos com a parte lisa de uma faca. Após a limpeza, cortamos todos eles e levamos para a cozinha. Enquanto o chá cozinhava, fomos preparar nosso almoço! Arroz, batatas e berinjela! A comida desceu bem e após já digerir um pouco, às 15:00 seguimos para a casa de outro amigo, em frente a praia. Já éramos cinco pessoas até que mais um chegou. Mas desses seis, somente quatro usufruíram, pois um estava com a namorada e não queria tomar por estar com certo problema de saúde (nada grave). Conversamos um pouco durante o clima que ficou chuvoso, até que tomamos a dose com cerca de 120ml do chá que estava bem concentrado; produzimos 500ml com os 20 coletados. Partimos para um pico, na casa de um professor universitário vizinho do amigo, que criou praticamente um santuário para viver. Era uma chácara. Andamos pelo caminho estreito no qual nós passamos por um lago e logo após a casa e subindo mais ainda para o morro onde havia construído um mirante, no qual apreciamos uma bela vista ao entardecer. Muito bonito o lugar. Passamos cerca de meia hora e ao sairmos acompanhados por vaga-lumes, a energia continuava a fluir muito bem. Depois, simplesmente atravessamos a pista fomos para praia e experiências fenomenais acontecem durante a caminhada iluminada pela lua. Ora na areia, ora no raso do mar vislumbrando o céu já escuro e estrelado, o barulho do mar, a forma das ondas e da areia em que pisávamos, até que paramos e sentamos na areia continuando as recheadas experiências de interação de todas diversas possibilidades. Voltamos ainda muito intensos para casa. Outros começaram a conversar um pouco quando chegaram, mas logo quando entramos a única coisa que consegui fazer foi estirar-me na esteira dentro da casa e processar todas aquelas informações. Até que o silêncio fez-se na casa. Um momento de reflexões. Após o silêncio demorado, colocamos música agradável e voltamos a conversar na mesa, iluminada pela luz de velas. No geral, uma experiência formidável, que ainda gostaria de entender melhor. Sinto-me grato à natureza.
O Aventureiro