- 14/04/2015
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Ainda estou na última hora e meia de efeitos, mas resolvi relatar o núcleo moral dessa experiência feita em meio ao isolamento do Corona. Aliás, não fui muito profundo nas vibrações da cidade, mas quando me foquei em notá-las, estão piores do que de costume, mais desordenadas.
Mas não é sobre isso o relato.
Tomei os 2,5 g secas às 11:30h. Fiz a maior parte da jornada de olhos fechados, para realçar os efeitos. Em certo momento, me perguntei se valia mais a pena, em caso de só se ter uma ação, pagar o mal com o mal ou fazer o bem?
Abri os olhos, e me questionei sobre a puerez de uma resposta rápida pelo bem, parecia mais fácil, evidente, afinal, eu não vivenciava o desejo de dar o troco. Fechei os olhos e fui jogado diretamente no caldeirão rançoso do mal que me fizeram e do ódio e prazer da vingança, em que a escolha por pagar o mal com o mal era compulsória e satisfatória, diante de uma distante luz que se conceituaria como fazer o bem.
Claro, descrevo em um parágrafo um dos momentos de delírio enteogênico. É minha vontade querer ser o melhor possível eticamente, mas só me cabe pedir proteção Divina quando meu próprio mal me domina.
Não se trata do karma ou da Divindade julgarem aqueles que fazem Mal, mas sim de protegerem os que querem seguir o caminho do Bem. Isso complementa o que disse no último relato, em que desejo que todos que me fizeram mal se livrem de qualquer karma, julgamento ou punição. Que a roda do karma termine em mim.
Sei que após reflexões em delírio, eu mesmo me vi naquele "balde cônico" (era como enxergava o caldeirão do mal a se pagar com o mal), e derramar mal para pagar o mal era também me punir em dobro, pois eu mesmo me faria mal além do mal que já sofrera pelos outros, ao pagar o mal com o mal.
Mas ao buscar emanar Bem, aquilo que desejo pra mim quando faço mal a alguém, há uma proteção ativa kármica e Divina. Quando erro e faço o mal, eu espero perdão, compreensão das minhas limitações, segundas chances para fazer melhor. Espero encontrar conforto para as lágrimas e descanso para a luta.
Pagar o mal com o mal ou fazer o bem não é bem uma escolha caso a caso, mas o resultado de uma predisposição, em que aquele que realmente deseja o Bem no mundo é por alguma razão iluminado e protegido, até sendo impedido de fazer o Mal, porque em sã consciência deseja o Bem, e quando insano, o Bem lhe ampara.
Essa Luz distante que vela por nós, que não pune, porque nós mesmos nos punimos. Ela só nos tira do caldeirão do mal pago com o mal quando de coração já temos o desejo de elevar nossas mentes a ela. E aí podemos fazer o Bem.
Que, aliás, o primeiro passo para ser bom não é ser bom, mas querer ser uma pessoa boa. E essa Luz guia aqueles que tem esse desejo de verdade em seu coração, pra que um dia em uma reencarnação cheguem lá.
Também pensei sobre a não-exigibilidade dos que fiz mal em outras vidas de agirem bem comigo nessa. Mas isso já entra no caldeirão cônico de que falei, em que estou também dentro. E por isso, melhor fazer o Bem, em resposta à pergunta do tópico, desde que a Luz nos guie, quando desejado de coração ser alguém melhor, pois na hora do aperto nossas paixões nos dominam, então precisamos nós mesmos do Bem para nos tirar do ciclo e nos trazer ao alívio do descanso da alma para o Amor.
Mas não é sobre isso o relato.
Tomei os 2,5 g secas às 11:30h. Fiz a maior parte da jornada de olhos fechados, para realçar os efeitos. Em certo momento, me perguntei se valia mais a pena, em caso de só se ter uma ação, pagar o mal com o mal ou fazer o bem?
Abri os olhos, e me questionei sobre a puerez de uma resposta rápida pelo bem, parecia mais fácil, evidente, afinal, eu não vivenciava o desejo de dar o troco. Fechei os olhos e fui jogado diretamente no caldeirão rançoso do mal que me fizeram e do ódio e prazer da vingança, em que a escolha por pagar o mal com o mal era compulsória e satisfatória, diante de uma distante luz que se conceituaria como fazer o bem.
Claro, descrevo em um parágrafo um dos momentos de delírio enteogênico. É minha vontade querer ser o melhor possível eticamente, mas só me cabe pedir proteção Divina quando meu próprio mal me domina.
Não se trata do karma ou da Divindade julgarem aqueles que fazem Mal, mas sim de protegerem os que querem seguir o caminho do Bem. Isso complementa o que disse no último relato, em que desejo que todos que me fizeram mal se livrem de qualquer karma, julgamento ou punição. Que a roda do karma termine em mim.
Sei que após reflexões em delírio, eu mesmo me vi naquele "balde cônico" (era como enxergava o caldeirão do mal a se pagar com o mal), e derramar mal para pagar o mal era também me punir em dobro, pois eu mesmo me faria mal além do mal que já sofrera pelos outros, ao pagar o mal com o mal.
Mas ao buscar emanar Bem, aquilo que desejo pra mim quando faço mal a alguém, há uma proteção ativa kármica e Divina. Quando erro e faço o mal, eu espero perdão, compreensão das minhas limitações, segundas chances para fazer melhor. Espero encontrar conforto para as lágrimas e descanso para a luta.
Pagar o mal com o mal ou fazer o bem não é bem uma escolha caso a caso, mas o resultado de uma predisposição, em que aquele que realmente deseja o Bem no mundo é por alguma razão iluminado e protegido, até sendo impedido de fazer o Mal, porque em sã consciência deseja o Bem, e quando insano, o Bem lhe ampara.
Essa Luz distante que vela por nós, que não pune, porque nós mesmos nos punimos. Ela só nos tira do caldeirão do mal pago com o mal quando de coração já temos o desejo de elevar nossas mentes a ela. E aí podemos fazer o Bem.
Que, aliás, o primeiro passo para ser bom não é ser bom, mas querer ser uma pessoa boa. E essa Luz guia aqueles que tem esse desejo de verdade em seu coração, pra que um dia em uma reencarnação cheguem lá.
Também pensei sobre a não-exigibilidade dos que fiz mal em outras vidas de agirem bem comigo nessa. Mas isso já entra no caldeirão cônico de que falei, em que estou também dentro. E por isso, melhor fazer o Bem, em resposta à pergunta do tópico, desde que a Luz nos guie, quando desejado de coração ser alguém melhor, pois na hora do aperto nossas paixões nos dominam, então precisamos nós mesmos do Bem para nos tirar do ciclo e nos trazer ao alívio do descanso da alma para o Amor.
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