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Os infelizes herdeiros

Mahasamādhi

Gnossos Papadopoulis
Membro Ativo
09/09/2010
310
55
Olá guerreiros e guerreiras

Terence Mckenna é uma figura ímpar. Ele defende a hipótese de que o desenvolvimento da consciência no primata humano passou pela dieta a base de substâncias alucinógenas, como a psilocibina, por exemplo. Grande estudioso das plantas, foi particularmente tocado pelo livro As Portas da Percepção de Aldous Huxley, que teria lido aos 14 anos de idade. As impressões da prosa de Huxley deixaram uma marca profunda na psique deste adolescente que após terminar a leitura foi até a sua mãe e disse: 'Mãe, se tudo o que está escrito aqui é verdade, eu já sei o que quero fazer de minha vida.'

Desde então a vida deste garoto mudou. Escreveu livros, proferiu palestras, e da mesma maneira que Timothy Leary na década de 60, se tornou o porta voz de uma geração entediada com o status quo. E as substâncias psicoativas estão lá, sendo reverenciada em obras como O Retorno A Cultura Arcaica e O Alimento Dos Deuses.

Dentre as ideias mais significativas propostas pelo autor (opinião baseada na minha limitada experiência) se encontra a noção de que todos nós somos 'Os infelizes herdeiros de uma cultura que considera errado a alteração de sua própria consciência.'

Me parece óbvio que muitos aspectos da cultura proibicionista em relação aos psicoativos se sustenta nessa visão limitante da experiência humana, onde, aparentemente, não posso de forma alguma mergulhar nas profundezas do meu ser. Mckenna, aqui, parece falar em uma espécie de Éden perdido, onde após ter sido condenado por comer o fruto proibido, o ser humano foi lançado numa busca constante em recuperar esta espécie de paraíso perdido.

Minha pergunta é:

Será que ao proibirmos o acesso ao êxtase xamanico induzido pelas substâncias psicoativas não acabamos por criar comportamentos de hábitos destrutivos que são 'inconscientemente' incentivados por todos aqueles que levantam a bandeira da guerra contra as drogas?

O que vocês acham viajantes do espaço?
 
Será que ao proibirmos o acesso ao êxtase xamanico induzido pelas substâncias psicoativas não acabamos por criar comportamentos de hábitos destrutivos que são 'inconscientemente' incentivados por todos aqueles que levantam a bandeira da guerra contra as drogas?

O que vocês acham viajantes do espaço?
Eu nao proibo nada, podem usar se quiserem.
 
1-Desse lado da roda, desse espaço e desse tempo talvez...



O último xamã que eu conheci tinha até conta bancária. E legal o que tu disse sobre o limite maior que eu mesmo me imponho.
1-E quem que faz a roda girar?
2- nao sao palavras minhas, sao coletivas pesquei-as pra ti.
3-(?) Eh mais facil do que parece, mesmo!
 
1-E quem que faz a roda girar?
2- nao sao palavras minhas, sao coletivas pesquei-as pra ti.
3-(?) Eh mais facil do que parece, mesmo!

Sobre quem faz a roda girar eu te confesso que agora estou me sentindo um cachorro lambendo as próprias bolas...já me falasse algo parecido...valeu!

Quando eu to na roda eu to fora dela e quando eu to fora dela eu to na roda achando que eu faço ela rodar.
 
simples, nao? ate parece complicado.
por isso que tem muito malandro aproveitando do povo, rodando a roda deles.
 
O inimigo não é o outro, o inimigo é você.
Penso que não podemos ver as pessoas como uma massa que precisa de um melhor controle, um melhor caminho. O paraíso nunca existiu e nunca vai existir, a não ser que você o crie, e na minha opinião culpar a sociedade e depois expor o ego revoltoso em plaquinhas nas ruas não é uma solução para nada.
Tem muito drogadinho por aí se achando o salvador do mundo por que descobriu que "as plantas têm consciência e estão na mão do traficante por um motivo especial" e por isso defendem o seu uso desenfreado para combater a baixa auto estima e a ansiedade que nem sabem que tem.
E ultimamente a palavra que mais me incomoda é essa que se refere a esse tal de "povo".
Só acho que os problemas não se restringem a um pobre pensamento de "isso acontece por causa disso e os culpados são esses, por isso a solução é acabar com isso e com esses".
Mãe Terra é complexa e ainda somos parte dela, não é porque tá tudo uma bagunça que passamos a ser um corpo a parte do planeta.
 
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