Teonanacatl.org

Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

Cadastre-se para virar um membro da comunidade! Após seu cadastro, você poderá participar deste site adicionando seus próprios tópicos e postagens.

  • Por favor, leia com atenção as Regras e o Termo de Responsabilidade do Fórum. Ambos lhe ajudarão a entender o que esperamos em termos de conduta no Fórum e também o posicionamento legal do mesmo.

OS CIRCUITOS NEUROLÓGICOS DE T. LEARY - UM RESUMO

mexicano

Artífice esporulante
Membro Ativo
25/01/2010
232
80
O sistema nervoso desenvolveu-se no homem com a finalidade de estabelecer uma
ponte entre o meio externo (estímulos) e o meio interno (interpretação-compreensão-
resposta aos estímulos). De certa forma é ele que nos une à realidade; é através dele que
percebemos o mundo (via sistema sensorial) e reconhecemos, compreendemos e
atuamos nesse mundo.

Porém, devido a natureza intrínseca desse sistema, a realidade com a qual tomamos
contato, passa a ser interpretada e armazenada em nosso interior de uma forma um
pouco deturpada. Essa "deturpação" tem como origem nossa própria herança genética
associada ao meio cultural que nos rodeia, que determina uma série de posturas e tipos
de percepção bastante próprios e pessoais, de tal forma que desde o nascimento, nosso
modo de pensar, sentir e agir vai sendo aos poucos moldado como numa estátua, ou
ainda como um robô, que passa a viver essa programação, de certa forma imposta, mas
no entanto plenamente aceita, como se ela fosse a única verdadeira e correta.

O contato então com a realidade faz com que nossas atitudes sejam direcionadas a
serem de uma forma bastante específica. Disso fazem parte os já bem conhecidos
processos de condicionamento e também o processo de imprint.

Por imprint podemos compreender estruturas psico-genéticas que surgem no indivíduo
em momentos bem específicos de sua vida (via código genético) e determinam um
caminho preferencial de atitudes que esse indivíduo terá frente à realidade.

Existem ao todo 8 tipos de imprint que constróem aquilo que Leary chamou de
Circuitos Neurológicos, uma vez que determinam estruturas comparáveis a circuitos
bioelétricos dentro do cérebro que sempre são ativados diante da realidade.

Esses 8 circuitos são divididos em 2 categorias: os 4 primeiros são naturais, ou seja,
surgem em todas as pessoas em épocas bem precisas. Os 4 últimos no entanto, sã
surgirão se o indivíduo, através de um esforço pessoal, desenvolvê-los.

Os 4 primeiros podem ser considerados com fazendo parte da natureza "terrestre" do
homem, enquanto que os outros 4 são considerados evolutivos, levam o homem a
transcendência, levam-no a empreender um jornada que busca desenvolver de forma
plena, suas reais potencialidades como humano. Os primeiros desenvolvem e sustentam
a idéia que o modelo que o sistema nervoso criou da realidade é a realidade. Confunde-
se o que eu me acostumei a pensar (minhas opiniões) com aquilo que é real. Os 4
últimos circuitos, se desenvolvidos, mostram que a Realidade transcende minhas
"opiniões inabaláveis", que meu comportamento é muitas vezes reflexo e não implica
em que eu observe, pense e compreenda o que está acontecendo e aí então tome uma
atitude.


Os quatro primeiros são:

1. Circuito da Biosobrevivência: este é o circuito neurológico mais primitivo.
Relaciona-se com a busca pelo prazer e conforto entendidos como aquilo que possibilita
a sobrevivência. O imprint relacionado a esse circuito acontece nos primeiros momentos
de vida dos seres humanos. Se for um bom imprint o indivíduo apresentará durante a vida um comportamento que se espelha como segurança, bem-estar, etc. Se for negativo
inspirará um sentimento permanente de medo, ansiedade, eminência de perigo de vida,
etc.

2. Circuito da Territorialidade: esse circuito relaciona-se com o domínio sobre o espaço
físico. É imprintado quando a criança começa a andar. Se for um imprint positivo
determinará que o indivíduo tenha um comportamento de maior liderança e consiga se
"locomover" bem dentro da realidade. Se for negativo determinará uma tendência à
submissão, a incapacidade de gerir a vida independentemente de "chefes" entendidos
como mãe, pai, esposa/marido ou superiores hierárquicos.

3. Circuito Semântico: esse circuito relaciona-se com a fala, a escrita e a manipulação
de objetos e artefatos. Localiza-se no hemisfério cerebral esquerdo (verbal, racional)
que comanda o lado direito do corpo. É imprintado na pré-adolescência e determina o
quanto o indivíduo será apegado a idéias, que repetirá incansavelmente durante a vida,
ou o oposto, o quanto ele será aberto a novas experiências e conceitos.

4. Circuito Moral-Sexual: é imprintado na adolescência, ou quando surgem as primeiras
experiências de ordem sexual. Insere o indivíduo, na maioria dos casos, dentro da
sociedade no papel de marido-pai-trabalhador ou de esposa-mãe-abnegada.

Os circuitos terrestres muitas vezes são tudo o que os seres humanos experimentam e
que chamam de vida; a morte normalmente chega antes que haja a possibilidade ou a
compreensão do quanto limitamos a nossa manifestação e expressão dentro da
realidade, o quanto lutamos, discutimos e acreditamos em coisas que no fundo não têm
significado real para nossas vidas.

A compreensão de cada nível implica na experimentação, personalização de cada um
dos tipos psicológicos que eles acarretam. Além disso dependem da auto-observação
buscando registros das atividades diversas que exercemos e de como reagimos frente a
realidade.

Os 4 circuitos "pós-terrestres" são:

5. Circuito Neurossomático ou Hedônico: relaciona-se, ao prazer sensorial-corporal, à
saúde e bem-estar, ao êxtase somático. O indivíduo se sente imerso em estímulos
agradáveis cuja raiz é o seu próprio corpo, entendido pela mente como sendo a fonte
inesgotável de prazer. Quando o cérebro desenvolve totalmente esse circuito ganhamos
uma visão nova da vida que se sobrepõem às culpas, perplexidade, emocionalidade e
"sintomas corporais" dos circuitos inferiores.

Nesse circuito a mente atua sobre o corpo; desenvolve-se uma consciência mais
abrangente do corpo, sendo esta de outro nível, completamente interativa com o meio
ambiente; é como se estivéssemos realmente unidos com o todo e fôssemos responsável
por ele. Em termos emocionais busca-se sensações e emoções físicas novas e a total
identificação (entrega, experimentação) com elas.

É também a fase da transcendência do ego, em busca de valores e experiências maiores.
O "outro" aliado a sexualidade surge como ponte para a passagem do quarto para o
quinto circuito. Dentro das técnicas do trabalho é a PRESENÇA que cria condições para a ativação do quinto circuito; é ela que integra o corpo e a mente e surge como um
terceiro elemento que equilibra os outros 2.

6. Circuito Neurogenético: contém os "eus" e bancos de informação de todos os seres
vivos. As primeiras descrições surgem de experiências shamânicas e descrevem esse
circuito como ligado à um fluxo de informações-experiências que transcende o eu
pessoal, que assume um eu maior que passa, através do tempo, de um corpo para o
outro. Na terminologia de Stanislav Grof seria o "inconsciente filogenético" e dentro da
terminologia científica surge o modelo de Rupert Sheldrake dos "campos
morfogenéticos". Enquanto Grof e Jung, assumiram a informação não localizada no eu,
não reconhecida pelo cérebro mas contida no gene, Sheldrake, um biólogo, descobriu
que os genes não poderiam carregar tal informação. Ele descreveu então um campo não
localizado, e chamou-o de campo morfogenético. Esse campo comunica-se com os
genes mas não está no gene. Esse sistema informacional conteria não apenas as
memórias do passado mas também as trajetórias em direção ao futuro. O sistema
morfogenético serve como um "radar" evolucionário preparando-nos para futuros saltos
de graus de consciência, por mostrar-nos os registros das mutações do passado.

Tal circuito ativa os arquivos genéticos, permitindo-nos entrar em contato com os
arquétipos primitivos "muito mais antigos que a linguagem e ainda assim, mais novos
que o amanhã", que poderiam ser relacionados com os níveis do inconsciente, onde as
memórias anteriores ao nosso estado atual estariam guardadas. Estas memórias nos
levariam, indo em direção ao passado, a períodos pré-humanos, biológicos e finalmente
à aquela parcela do inconsciente que poderia ser chamado oceânico ou cósmico, que
antecede à Criação.

Dentro do trabalho, treina-se a Morfologia da Presença: expansão da presença (não mais
apenas focada no corpo) mas expandida em outros contextos.

7. Circuito Metaprogramador ou do Despertar: mudanças rápidas no funcionamento do
cérebro podem ocorrer facilmente, mediante técnicas apropriadas. Leary afirmava nos
anos 30 que podemos mudar nosso "eu" tão facilmente quanto mudamos de canal de
TV. Afirmava que não existe um eu estático e que podemos metaprogramar nosso
sistema nervoso para uma variedade de "eus", muitos deles mais avançados que a média
presente na Terra. Se desenvolvido, esse circuito poderá permitir o acesso à um novo
nível de inteligência.

Tal circuito é análogo ao conceito chinês da "não-mente". É o momento em que o
cérebro olha para si mesmo. Em nosso dia-a-dia parecemos ser fixos e firmes, mas não
somos, pois, seja qual for o circuito no qual estivermos operando, este circuito será o eu
daquele momento. O sétimo circuito é permanente; ele representa todos os papéis, mas
não é nenhum deles. Não possui forma porque é todas as formas. É o vazio do Zen.
Porém é um vazio que espelha o todo da criação. "Confrontamos o infinito onde menos
esperávamos encontrá-lo: dentro de nós mesmos".

Neurologicamente está relacionado com a córtex frontal em associação com os dois
hemisférios agora harmoniosamente desenvolvidos.

Dentro do trabalho relaciona-se com as Câmaras Labirintinas: a construção de modelos
onde se possa experienciar outros estados de ser.

8. Circuito Não-localizado ou da Consciência: Cada partícula do Universo está em
comunicação instantânea com todas as outras partículas; não existem sistema isolados.
O sistema inteiro funciona como um Todo. Essa ligação acontece através da consciência
de nossa própria identidade para com o Todo. Tal conceito deixa de ser simplesmente
teórico quando o oitavo circuito surge; ele passa a ser sentido como realidade
constantemente.

Estes 4 últimos circuitos sã podem ser desenvolvidos dentro de uma perspectiva
diferente da Realidade. Implicam em um conhecimento maior e qualitativamente
diferente do que é o ser humano. Implicam também em um grau diferente de
consciência e compreensão da realidade, por isso só podem ser desenvolvidos dentro do
que se convencionou chamar de Escolas de Sabedoria; sistemas que fazem parte de uma
corrente de técnicas, e ensinamentos, e que visam desenvolver o homem em toda a sua
plenitude, possibilitando-o libertar-se de seus próprios limites.

Os circuitos terrestres e os pós-terrestres estão intimamente ligados. O primeiro e quinto
circuitos relacionam-se com o corpo, sendo que o primeiro é passivo, ou seja, seu bem-
estar e prazer é providenciado externamente pelos que cuidam da criança, enquanto que
o quinto busca uma sensação de conforto, bem-estar, prazer para com o corpo e com a
vida de forma ativa. O 5º nível pode também ser relacionado com o que G. chamava de
Centro Magnético, desenvolvido por aqueles que se submetiam a suas técnicas,
principalmente os chamados Movimentos e se caracterizava por uma estabilidade nos
chamados centros inferiores (centro motor) que abre ao indivíduo a possibilidade de
realmente ser capaz de aprender, muitas vezes sem a presença constante de um
"mestre". Pode ainda ser relacionada com o que se chama de o Caminho do Faquir,
aquele que busca o controle e a transcendência do corpo.

O segundo e o sexto Circuitos também têm estreita ligação. Ambos relacionam-se com a
emocionalidade do ser humano, sendo que o segundo determina emoções habituais e
automáticas do tipo raiva, medo, luta por poder, etc. É o centro motor-emocional
gurdjeffiano. O sexto ao contrário relaciona-se com uma emocionalidade de ordem
superior, como se entrássemos em contato com o sentimento que dá origem ao processo
da criação e que o mantém. Pode ser relacionado ao centro emocional superior e
também com o Caminho do Monge, aquele cujo enfoque principal é trabalho com a
emoção.

O terceiro e o sétimo Circuitos relacionam-se com o Intelecto. Enquanto o terceiro
simboliza nossa fase de aprendizado e repetição interminável de símbolos semânticos
(idéias, opiniões, preconceitos, etc.) o sétimo busca o Despertar para a consciência do
quanto nossos pensamentos criam a realidade na qual estamos imersos, para a partir daí,
tentarmos buscar o esvaziamento desses pensamentos ou criar realidades que
transcendam a da vida ordinária. Relaciona-se com o desenvolvimento do centro
intelectual superior de Gurdjieff e também com formas avançadas de Zen-Budismo. É o
Caminho do Yogue, cujo enfoque é o intelecto.

O quanto circuito relaciona-se com a sociedade e ao mesmo tempo com aquilo que em
nós serve de meio de contato com essa sociedade: a personalidade. Esse circuito é o que
rege a forma como trocamos nossas máscaras no contato com a realidade. Já o oitavo
busca a complementação dessa estrutura, em busca daquilo que nos colocará em contato com o Cosmos, com o Todo, que na verdade é o seu espelho, ou "feito a imagem e
semelhança" e que pode ser chamado de Essência. É o que convencionou-se chamar de
Quarto Caminho, que busca superar os 3 anteriores e colocar a meta na busca direta da
Reunião, do Retorno em direção ao Criador. Formas avançadas de Sufismo (raiz do
ensinamento Gurdjeffiano) e de Cabala trabalham no sentido de desenvolver esse
circuito.

Bibliografia: Ascensão de Prometeus (1983), Quantum Psychology (1990) e Cosmic
Trigger 1 (1977) todos do R.A.Wilson.
 
Todos esses sistema
aprendemos a manobrar eles
com o decorrer da vida, e
como vc disse e como se fosse uma
estatua vc vai moudando.

muito bom topico
parabens.

Paz.
 
Bacana Mexicano. O Quarto caminho é uma ferramenta poderosa de análise e transformação do ser para um próximo estágio.

Algumas palavras de um ensaio sobre a realidade, que aos poucos estou elaborando:

O ser-humano abre sua janela pra realidade ao tornar-se indivíduo, ao adquirir consciência. E assim ao mesmo tempo o Um emula deixar de ser Um para tornar-se parte.

O indivíduo, humano, particiona-se em físico e extra-físico (psique, alma, eu ordinário) e em eu ordinário e eu transcendental (que o Um É, mas não é o Um).

Fantástico jogo de revelar ao esconder. A mágica só pode ser mostrada ao público se houver o truque, o "engodo".

Então o Um torna-se outro, através de máscaras, da linguagem e do tempo, do indivíduo. Esse indivíduo insere-se em um contexto, para que possa enxergar cada objeto da criação (que ele mesmo co-cria, com sua consciência): assim pode apreciar uma flor, sem ver na flor o Infinito, pois em princípio e fim, Tudo está em tudo.

A vontade/o desejo e a certeza/a fé tornam a realidade o que é. O segundo alimenta-se do primeiro porque o primeiro é Fogo criador. O segundo interfere na realidade através do Ar (Logos do indivíduo para o Logos universal), como ondas que se propagam, alinhando-se a outras ondas; da vibração do Universo, do Verbo, que reverbera.

O Logos, o Verbo é muito mais que linguagem, verbal, humana (a qual é só uma pálida imagem do Verbo); O Logos é Verdade. É um senso de Entendimento. O qual, como partes do Um, compartilhamos, através da consciência.

É possível, no entanto, à consciência indidual, ao indivíduo, acessar o Um, A Verdade, parar o Tempo, ver a paisagem por completa, o truque por trás da mágica (e vice-versa)???

os xamãs já há muito tempo podiam deixar-se levar pelo mar do Um, dissolvendo seu eu ordinário através de consumo de substâncias enteogênicas/psicotrópicas.

Uma instância desse Um é o Eu transcendental, o Eu que assiste.

Através da meditação os zen-budistas puderam entrever o seu brilho dourado nos espaços vazios entre o formar e o dissolver dos pensamentos.

Esse Um, voltando aos estados xamânicos, é Tudo e encontrado em tudo, porque tudo é consciência, e a consciência é Una, ainda que disfarçada em "parte". Assim o xamã, após dissolver o seu ego nesse estado oceânico, podia tornar-se pássaro, felino, falar com árvores, e ler a mente da comunidade. Ele tem acesso à matriz, onde estão inscritas as fórmulas do processo.

O Um É o que É, seja o que tornar-se, pois ele É a própria força do SER e do TORNAR-SE. Está portanto no não-tempo, na não-linguagem, na não-individuação. Para ele a mágica não precisa do seu truque.

No entanto a qualidade inerente à realidade é ser testemunhada, compartilhada (e co-criada). Consciência quer dizer "saber com" e o Logos como um senso de Entendimento, de Verdade e mesmo de Beleza, também, de forma inerente, é compartilhado.

---

O eu ordinário, o individuatio, o jogo e ao mesmo tempo o joguete, é sofrimento. Sofrimento porque não pode, dentro de sua limitação, chegar ao Uno - à Unidade - a mesma Unidade de onde partiu. E sofrimento porque se tornou obsessivo e anti-natural.
Mas porque partiu? Para poder peceber a realidade partida deste MUNDO, perceber como realidade partida, seres e coisas individualizados e poder sobreviver (necessidade inerente à sobrevivência nesta "ralidade").
Mas porque partiu? Porque o Uno permitiu que partisse? Por advento do Tempo e antes ainda, por advento da Consciência, esse olhar num espelho (e sendo espelho é limitado em sua dimensão...) e Por impulso lúdico/educativo: "Só quando tiverdes de todo me renegado retonarei a vós". Só conhecendo o sofrimento da realidade partida ele tem conhecimento para deixar-se retornar às àguas primevas do Mar da Unidade. (onde moram os Gigantes, antagonistas e antecessores, dos deuses do individuatio, deuses com formas humanas/mundanas).
os deuses do individuatio...
A saber: quem eu SOU e o que é MEU.

Como ser individual, o eu ordinário não pode chegar ao Uno. Mas só como ser individual ele pode vislumbrar o Uno até estar imerso NELE.
A consciência, a individualidade, o ser é a única forma do Todo conhecer a si mesmo no Tempo.
Por que ele existe fora do Tempo e não conhece ou observa mas É.

"O iniciado só passa além da Visão do Anjo a uma verdadeira comunhão com ele quando percebe que é justamente a Visão que o separa d`Ele."
 
Resolvi desenterrar esse tópico porque na minha visão as ideias do Timothy Leary e do Robert Anton Wilson estão intimamente ligadas com a proposta do fórum quanto a melhoria da natureza, da essência do ser e de todo o universo. Uma postagem dessas não pode hibernar 1094 dias. :contente:

Segue um trecho do livro 'A Ascensão de Prometeus' onde o autor fala sobre a situação da humanidade em relação aos 8 circuitos:

"Aproximadamente 50% da raça humana ainda não evoluiu corretamente para o terceiro circuito. Embora estes seres humanos sejam capazes de trocar sinais primitivos e manipular artefatos primitivos, ainda estão funcionando principalmente no circuito mamífero emocional e no circuito de bio-sobrevivência pré-mamífero.

Outros 20% são "adultos responsáveis e inteligentes", com os seus terceiro e quarto circuitos totalmente desenvolvidos e em funcionamento. Gastam a maior parte do seu tempo preocupando-se, porque os parâmetros predominantemente primatas da sociedade humana parecem absurdos, imorais e perigosos para eles.

Outros 20% são adeptos neuro-somáticos. Os Moralistas do quarto circuito os denunciam como "místicos", "malucos pelo espaço sideral", "doidos", "A Geração do Meu - Comigo", "hedonistas irresponsáveis", etc.

A maior parte dos adeptos de quinto circuito (os conspiradores da era de aquário), aprendem as artes de Joyce de: "silêncio, exílio e esperteza": são invisíveis. Outros investiram os seus talentos em "curas espirituais" ou vários truques ocultos do tipo e, com muito cuidado, não dizem aos seus clientes que a ideologia, a moralidade e o túnel de realidade locais são justamente os elementos que os fez ficarem doentes em primeiro lugar. Eles dão "boa energia" e acertadamente evitam entrar em conflito com as "autoridades" ideológicas morais do momento.

Outros 5% apresentam a consciência neurogenética e funcionam como agentes evolucionários - servos da força vital, na terminologia de Shaw. O seu "Deus" é Pan (vida) e o seu objetivo é a imortalidade.

Apensa 2% são adeptos neuroquânticos e pertencem inteiramente às categorias situadas para além do espaço-tempo.

Todas essas estimativas são aproximações. Os novos circuitos (êxtase neuro-somático, consciência do "Atman" neurogenético, jogos de metaprogramação da realidade, consciência cósmica "não-local"), devem ter alguma função. Podemos apenas imaginar que eles nos estão preparando para nossa nova situação no espaço-tempo, depois da colonização espacial, depois da longevidade e imortalidade, depois que o Fator de aceleração acelere ainda mais.

Os engenheiros avaliam uma máquina em termos de revoluções por segundo. Olhando para a história humana em termos dessa metáfora, vemos claramente que: na velha Idade da Pedra, o fator de aceleração estava começando a atuar de forma lenta e gradual. Podemos estimar a modificação naquela época em, talvez, uma revolução a cada 10.000 anos. Com a revolução neolítica e a urbanização que logo se seguiu, o ritmo começou a aumentar. Podemos falar daquele ponto em termos de uma revolução por milênio.

Depois de Galileu, revoluções por séculos tornaram-se a taxa normal de modificação. Neste século, movemos-nos para revoluções por gerações. Estamos, obviamente, nos deslocando para uma taxa de revoluções por década.

Pela época em que a Revolução da Consciência atingir o seu ápice e a pílula da longevidade estiver disponível de forma indiscriminada, quando o processo de "clonização" for normal e todas as idéias deste livro, inclusive as mais espantosas e malucas, parecerem óbvias e mesmo, ultrapassadas - ou seja, ao redor de 1995 - provavelmente estaremos acostumados a pensar em termos de uma revolução por ano.

Não existe nenhuma razão para aceitar o túnel de realidade desse livro como algo final. Se você realmente entendeu a mensagem, irá inventar um Futuro maior e melhor do que aquele que eu sugeri. Como Barbara Marx Hubbard diz:

O FUTURO EXISTE PRIMEIRO NA IMAGINAÇÃO, DEPOIS NA VONTADE E DEPOIS NA REALIDADE.

:blackalien:
 
Última edição:
A fronteira do pensamento quântico é superar a dualidade temporal-eternal, vivendo os 2 nesse espaço-tempo quadridimensional. Quando a computação quântica estiver desenvolvida poderemos enfim integrar o corpo (temporal) com a alma e espírito (eternal), sintetizando-os e assim descobrindo NO OUTRO a unicidade do TODO, quebrando o paradigma egocentrico e entendendo a relação Criador e Criatura!

Link ótimo de inovação tecnológica que certamente irá nos ajudar a criar um modelo dos circuitos neurológicos: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/meta.php?meta=Computa%E7%E3o%20Qu%E2ntica
 
Back
Top