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O Sonhar e o mundo por trás do mundo.

Matus

Primórdia
Membro Ativo
21/05/2016
182
33
52
Experiência que ocorreu no final da noite do dia 07/01 até o início da manhã do dia 08/01.

Depois de 9 dias fora de casa (29/12 até 07/01) cheguei de viagem cheio de energia e com a intenção de ingerir os cogus.

Essa foi realmente bastante forte e diferente da experiência que ocorreu no dia 20/12. Os fornecedores são diferentes. Confesso que não esperava por essa potência toda. Ingeri a mesma quantidade que ingeri dia 20/12 (4g) e foi algo totalmente diferente!

Comi os cogumelos às 23:45h (aproximadamente 12 cogumelos strain Thai Pink Buffalo). Fui tomar um banho frio. Em poucos minutos já senti como que um campo em volta da cabeça. Algo em mim estava ligado ou aceso. Uma vontade irresistível de deitar. Não era possível ficar de pé. Como de costume, estiquei o tapete de exercícios na sala (já devia ser meia noite) e deitei. Rapidamente meu corpo estava mole. Por um breve momento tive um acesso de medo. "Vi" um ser, um bicho, não sei...que parecia com uma aranha com vários olhos. Os olhos estavam dispostos como que em um enorme U de cabeça para baixo e no meio um enorme buraco. Em certo momento virou como se fossem penas e artefatos indígenas. Então vi alguns indígenas utilizando artefatos, cocares, vestimentas ..que se assemelhavam a bichos e pensei no valor de sobrevivência dessa "camuflagem".
Em seguida fechei os olhos e vi uns seres medonhos. Abri os olhos...vi o ambiente físico intacto. Pensei "Viu...são coisas de outra esfera e não estão aqui fisicamente". Fechei novamente os olhos e respirando eu senti minha coluna e ao mesmo tempo ouvi um barulho como se passasse o dedo em cada um dos dentes de um pente (tac tac tac tac...). O barulho acontecia enquanto eu respirava e sentia minha coluna como tendo vários desses dentes. Até que esse objeto (minha coluna) se transformou em uma espécie de dragão chinês que deu a volta na minha coluna e ficou me encarando. Logo sumiu. Senti então que eu respirei e destravei pontos de energia na coluna. Estava "emperrada".

Fiquei pensando na volta da viagem. A família da minha esposa é bastante religiosa (evangélica) e encontro uma série de coisas que sinto dificuldade em aceitar. Por exemplo, ao orar, pede-se apenas pelos seus, dizendo até o nome das pessoas, um por um, como se fosse uma lista mesmo. "Deus, nos leve em segurança até em casa...". Isso é sempre. Mas e as outras pessoas do ônibus, e a humanidade? Comecei a refletir sobre isso mais profundamente, até que "vi" todos nós no ônibus algumas horas antes, voltando para casa. "Vi" que não fazia sentido pedir pra Deus proteger fulano, beltrano e ciclano. "Vi" de repente o universo todo luminoso, emitindo fios finos de luz. Tudo parecia estar "pocando" com raios de luz. Vi que eu próprio era também parte disso tudo e todas as pessoas do ônibus e senti que não fazia o menor sentido pedir por proteção num universo desses ...mas que só podia agradecer mesmo, visto que estamos vivos enquanto tantos estão morrendo. Só restava agradecer. Essa visão de tudo brilhando foi demais pra mim. Improvável conseguir descrever. Foi tão estonteante que depois que a primeira onda veio, eu pensei...nossa, só tem poucos minutos, talvez uma hora ..ainda tem muito mais para acontecer. Cada vez que a onda voltava eu tinha uma sequência de visões que me impediam de formular em palavras o que eu via. Não era possível explicar nem pra mim mesmo.
Em dado momento eu fui transportado para uma cidade onde passei 12 anos da minha vida, desde a pré-adolescência até o início da fase adulta (10-22 anos). A lembrança dessa cidade e das pessoas com quem tinha contato existe na memória normalmente, mas dessa vez o valor da lembrança estava diferente. A qualidade de ver e saber e recordar estavam diferentes. Eu fui transportado para a casa de um desses colegas. Estudávamos até na mesma escola. Não era um colega que eu sempre andava junto, mas volta e meia eu o via. Fui à casa dele algumas vezes. De repente lembrei do cheiro peculiar que tinha a casa dele e todos da família! Eu senti o cheiro novamente! Acho que era de talco. Achei impressionante o valor e qualidade diferentes de lembrar das coisas dessa forma. Depois desse momento de imersão e recordação total, voltei a mim por uns instantes, um pouco ofegante, e tentei formular algo, mas não conseguia. Quando ia falar, começava a rir. Era impossível falar.
Em certo momento senti fios na minha boca. Achei que eram pêlos da gatinha e fiquei tentando tirar com os dedos. Levantei e fui ao banheiro, cuspi na pia...não tinha pêlos. Era energia! Energia "formigando" na língua e pela boca. Eu estava totalmente energizado, mas não podia falar. As ondas começaram a vir como avalanches que me deixavam ofegante. Eu estava perplexo. Eu não podia mais pensar igual penso normalmente. Esse tipo de pensamento estava interrompido.
Então eu vi e soube que o meu diálogo interno estava desligado e que eu estava 'sonhando', como diria Don Juan/Castaneda. E que eu não deveria desanimar da busca e dos exercícios de sonhar com os sonhos comuns, porque é assim que começa. É um dos caminhos. Senti com todas as células do meu ser que eu sou um 'sonhador' e que a mera intenção de adentrar nesse reino já desencadeia uma série de mudanças na nossa percepção. Fiquei horas sem poder formular o que eu via. Quando consegui levantar - antes eu havia sentado e fiquei encostado no sofá - era 2h da manhã. Levantei e me senti ainda muito tonto. Minha visão estava colorida. Não é que as cores estavam mais nítidas que o normal. Isso também! Mas minha visão tinha pontinhos coloridos, como pequenos pixels, como se tivesse uma tela cheia de pontinhos/furinhos na minha visão. Quando levantei senti meu corpo maior e extremamente relaxado. Bebi um pouco de água e fiquei em pé na cozinha, parado. Em vão me esforcei para formular o que eu via. Ainda não podia falar. E toda vez que tentava, acabava rindo, talvez da impossibilidade desse ato ocorrer naquele momento. Era hilário a tentativa de descrever aquilo usando itens, palavras e conceitos de nossa percepção cotidiana. Eu poderia então elaborar ou utilizar novos termos com novos conceitos, mas naquele momento essa nova descrição seria tão inútil quanto a descrição que já se tem e que alimenta nosso diálogo interno (sendo um bocado simplista, supondo que existe apenas um enorme diálogo interno, quando sabemos que existem também outros diálogos e até monólogos!) . Agora, depois da experiência, a utilização de novos conceitos pode ser útil. Entretanto, todos precisam partilhar da mesma semântica (o significado das palavras utilizadas). Caso contrário não existe uma comunicação de verdade. E o difícil é que isso não acontece só falando. É preciso ter a experiência e ver por si mesmo e sentir na própria consciência e no próprio corpo. O bizarro é que vendo tudo isso, não é apenas uma nova semântica, mas também uma nova sintaxe. O relacionamento entre as estruturas do mundo é diferente do relacionamento dessas mesmas estruturas quando estamos em nosso estado cotidiano.
Eu senti não como se tudo isso fosse fabricado pelo cogumelo, mas sim que o papel chave do cogumelo foi abrir a porta, levantar o véu, desvelar o mundo por trás do mundo. Senti que esse é nosso estado essencial. Mas quem aguentaria viver assim? Não dá. É muito intenso e forçado. Por maior que seja o bem estar provocado pelo cogu, não deixa de ser algo forçado/provocado. Por isso existem meios de se alcançar naturalmente essas percepções. Uma delas é a Arte do Sonhar.
Em dado momento eu fiquei na janela, olhando o céu. Estava limpo e estrelado, também sem Lua. Já devia ser umas 4h da manhã. Levantei um pouco mais a cabeça e vi a Lua surgindo no horizonte, atrás dos telhados. Logo ao lado e mais abaixo, Vênus, brilhando muito, pois em breve o Sol já iria nascer. Não conseguia focar direito a Lua, Vênus e as estrelas. Tudo brilhava muito. Minha reação automática foi forçar os olhos e propositadamente diminuir o brilho desses objetos a fim de perceber suas formas. Mas então algo em mim pensou "Pera lá, por que você quer racionalizar as coisas para seu padrão usual, de todo dia? Deixe que o brilho das coisas chegue em você como são e contemple de verdade!" Nesse momento pensei em nossos ancestrais consumindo enteogenos e observando o céu à noite. Pensei até 'ja que o brilho está amplificado, isso não ajudaria a identificar as estrelas, apenas pelo brilho?' O brilho tem identidade! Independente das variáveis físicas (distância, ângulo, etc) e químicas (composição do objeto), tudo isso causa uma impressão específica que é possível identificar através do brilho. Me veio uma resposta "as pessoas também emitem esse brilho, só que mais fraco. Tudo emite esse brilho. Treine seus olhos a contemplar de verdade como a Lua, Vênus e as estrelas são no momento em que vc as percebe agora e vc poderá contemplar qualquer coisa." Lembrei de uma frase que Dom Juan diz ao Castaneda:

"[...] Assim, deixe seus olhos serem
livres; que sejam janelas de verdade. Os olhos podem ser as janelas para
espiar para dentro do tédio ou para espiar para aquele infinito."

Fiquei bastante tempo olhando o céu. Parecia um quadro que só eu estava vendo, com significado, com beleza. Senti como um presente. Estava agradecido. Quando foi diminuindo a intensidade, comecei a sentir um calor incomum pelo corpo. Um calor gostoso. Meu corpo estava gostoso de ser sentido! Gostei do meu corpo. Me abracei. Senti meu próprio cheiro. Estava tudo muito agradável. As ondas de estupefação estavam cessando e o que restava era um êxtase pacífico em que podia observar e contemplar as coisas por momentos que pareciam ser eternos. Uma falta total de pressa. Eu podia observar sem aquela voz na cabeça que diz o que eu estou vendo. Eu sabia que meu diálogo interno ainda estava desligado. Deitei no tapete e fiz exercícios de alongamento. Que maravilha ter um corpo e poder senti-lo! Quando era aproximadamente 5h eu fui tomar um banho e deitar. Dormi até às 11h.
Levantei sem ressaca alguma. Estava ainda energizado. Sentia como que a mesma sensação na cabeça do início da experiência. Sentia, por assim dizer, que o cogu ainda estava circulando (e sabemos que fica dias assim). Mas estava bem intenso. Como os demais componentes da experiência não estavam mais presentes, restava apenas esse enorme silêncio. Eu já podia falar, mas algo estava diferente. O dia todo eu sentia como se não pudesse mais pensar. À noite fui comprar um lanche e fiquei aguardando ali mesmo, na esquina. Fiquei observando tudo. Pessoas, carros, gatos, cachorros, casas. Achei que estava tento um rebote em relação a euforia e alegria da madrugada e que estava ficando triste. Algo em mim analisou mais a fundo essa sensação e eu pude ver que a pequena voz que roda em background em tudo o que fazemos estava desligada. Fiquei dividido entre a paz, liberdade e sensação incomum de não precisar carregar a descrição das coisas como se carrega um armário e a familiaridade com a descrição usual, que me fez desejar por uns momentos voltar a ser como antes. Mas eu parei e ponderei mais e fiquei feliz em poder contemplar de verdade!

Ainda hoje sinto que posso acessar esse silêncio interno, onde as atividades de raciocínio usuais são suspensas por um momento. Uma impressão que me ficou foi a de decaimento. O início da experiência, na verdade um pouco depois do início...no pico, a visão mais estonteante (que nesse caso foi ver o universo luminoso) foi como um big-bang. Ali tudo foi criado novamente. Isso é apenas uma figura de linguagem. Ali tudo era novo e foi decaindo, decaindo...ficando cada vez menos abstrato e mais sólido e palpável, restando apenas um silêncio e um repouso.
 
Primeiramente, obrigado por compartilhar sua experiência conosco de maneira tão detalhada e reflexiva. É evidente que você teve uma jornada profunda e introspectiva que ampliou sua percepção de si mesmo e do mundo ao seu redor. Eu mesmo já fiz das minhas, mas não sei se conseguiria achar palavras para elas, uma característica própria da experiência mística.

Pode não se aplicar a você, mas não custa nada relembrar a importância de responsabilidade e segurança ao escolher ter uma experiência com substâncias psicodélicas. Aqui estão alguns conselhos que podem ajudar você em futuras experiências. Já adianto que é importante lembrar que cada experiência é única e o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. Continue a ouvir a si mesmo e a fazer o que acha que é melhor para sua saúde mental e física.

Dicas:

1. Dosagem e Origem: Você mencionou que a experiência foi muito mais forte do que a anterior, mesmo tendo ingerido a mesma quantidade de cogumelos. Isso reforça a ideia de que a potência pode variar muito de um fornecedor para outro, ou mesmo de um lote para outro. Sempre comece com uma dose menor quando estiver experimentando um novo lote ou uma nova substância.

2. Ambiente Seguro: Certifique-se de que você está em um ambiente seguro e confortável. Isso pode ajudar a minimizar qualquer desconforto ou medo durante a experiência.

3. Acompanhante de Confiança: Ter alguém de confiança com você durante a experiência pode ser muito útil. Esta pessoa pode oferecer apoio emocional e ajudar a garantir sua segurança física.

4. Preparação e Integração: Reserve um tempo antes e depois da experiência para se preparar e integrar o que você aprendeu. Isso pode envolver meditação, escrita no diário, terapia ou outras formas de auto-reflexão.

5. Respeito pelas Substâncias: Lembre-se de que substâncias psicodélicas não são algo a ser tomado de ânimo leve. Elas têm o potencial de abrir portas para partes profundas de nossa psique e devem ser abordadas com respeito e cautela.
 
Experiência que ocorreu no final da noite do dia 07/01 até o início da manhã do dia 08/01.

Depois de 9 dias fora de casa (29/12 até 07/01) cheguei de viagem cheio de energia e com a intenção de ingerir os cogus.

Essa foi realmente bastante forte e diferente da experiência que ocorreu no dia 20/12. Os fornecedores são diferentes. Confesso que não esperava por essa potência toda. Ingeri a mesma quantidade que ingeri dia 20/12 (4g) e foi algo totalmente diferente!

Comi os cogumelos às 23:45h (aproximadamente 12 cogumelos strain Thai Pink Buffalo). Fui tomar um banho frio. Em poucos minutos já senti como que um campo em volta da cabeça. Algo em mim estava ligado ou aceso. Uma vontade irresistível de deitar. Não era possível ficar de pé. Como de costume, estiquei o tapete de exercícios na sala (já devia ser meia noite) e deitei. Rapidamente meu corpo estava mole. Por um breve momento tive um acesso de medo. "Vi" um ser, um bicho, não sei...que parecia com uma aranha com vários olhos. Os olhos estavam dispostos como que em um enorme U de cabeça para baixo e no meio um enorme buraco. Em certo momento virou como se fossem penas e artefatos indígenas. Então vi alguns indígenas utilizando artefatos, cocares, vestimentas ..que se assemelhavam a bichos e pensei no valor de sobrevivência dessa "camuflagem".
Em seguida fechei os olhos e vi uns seres medonhos. Abri os olhos...vi o ambiente físico intacto. Pensei "Viu...são coisas de outra esfera e não estão aqui fisicamente". Fechei novamente os olhos e respirando eu senti minha coluna e ao mesmo tempo ouvi um barulho como se passasse o dedo em cada um dos dentes de um pente (tac tac tac tac...). O barulho acontecia enquanto eu respirava e sentia minha coluna como tendo vários desses dentes. Até que esse objeto (minha coluna) se transformou em uma espécie de dragão chinês que deu a volta na minha coluna e ficou me encarando. Logo sumiu. Senti então que eu respirei e destravei pontos de energia na coluna. Estava "emperrada".

Fiquei pensando na volta da viagem. A família da minha esposa é bastante religiosa (evangélica) e encontro uma série de coisas que sinto dificuldade em aceitar. Por exemplo, ao orar, pede-se apenas pelos seus, dizendo até o nome das pessoas, um por um, como se fosse uma lista mesmo. "Deus, nos leve em segurança até em casa...". Isso é sempre. Mas e as outras pessoas do ônibus, e a humanidade? Comecei a refletir sobre isso mais profundamente, até que "vi" todos nós no ônibus algumas horas antes, voltando para casa. "Vi" que não fazia sentido pedir pra Deus proteger fulano, beltrano e ciclano. "Vi" de repente o universo todo luminoso, emitindo fios finos de luz. Tudo parecia estar "pocando" com raios de luz. Vi que eu próprio era também parte disso tudo e todas as pessoas do ônibus e senti que não fazia o menor sentido pedir por proteção num universo desses ...mas que só podia agradecer mesmo, visto que estamos vivos enquanto tantos estão morrendo. Só restava agradecer. Essa visão de tudo brilhando foi demais pra mim. Improvável conseguir descrever. Foi tão estonteante que depois que a primeira onda veio, eu pensei...nossa, só tem poucos minutos, talvez uma hora ..ainda tem muito mais para acontecer. Cada vez que a onda voltava eu tinha uma sequência de visões que me impediam de formular em palavras o que eu via. Não era possível explicar nem pra mim mesmo.
Em dado momento eu fui transportado para uma cidade onde passei 12 anos da minha vida, desde a pré-adolescência até o início da fase adulta (10-22 anos). A lembrança dessa cidade e das pessoas com quem tinha contato existe na memória normalmente, mas dessa vez o valor da lembrança estava diferente. A qualidade de ver e saber e recordar estavam diferentes. Eu fui transportado para a casa de um desses colegas. Estudávamos até na mesma escola. Não era um colega que eu sempre andava junto, mas volta e meia eu o via. Fui à casa dele algumas vezes. De repente lembrei do cheiro peculiar que tinha a casa dele e todos da família! Eu senti o cheiro novamente! Acho que era de talco. Achei impressionante o valor e qualidade diferentes de lembrar das coisas dessa forma. Depois desse momento de imersão e recordação total, voltei a mim por uns instantes, um pouco ofegante, e tentei formular algo, mas não conseguia. Quando ia falar, começava a rir. Era impossível falar.
Em certo momento senti fios na minha boca. Achei que eram pêlos da gatinha e fiquei tentando tirar com os dedos. Levantei e fui ao banheiro, cuspi na pia...não tinha pêlos. Era energia! Energia "formigando" na língua e pela boca. Eu estava totalmente energizado, mas não podia falar. As ondas começaram a vir como avalanches que me deixavam ofegante. Eu estava perplexo. Eu não podia mais pensar igual penso normalmente. Esse tipo de pensamento estava interrompido.
Então eu vi e soube que o meu diálogo interno estava desligado e que eu estava 'sonhando', como diria Don Juan/Castaneda. E que eu não deveria desanimar da busca e dos exercícios de sonhar com os sonhos comuns, porque é assim que começa. É um dos caminhos. Senti com todas as células do meu ser que eu sou um 'sonhador' e que a mera intenção de adentrar nesse reino já desencadeia uma série de mudanças na nossa percepção. Fiquei horas sem poder formular o que eu via. Quando consegui levantar - antes eu havia sentado e fiquei encostado no sofá - era 2h da manhã. Levantei e me senti ainda muito tonto. Minha visão estava colorida. Não é que as cores estavam mais nítidas que o normal. Isso também! Mas minha visão tinha pontinhos coloridos, como pequenos pixels, como se tivesse uma tela cheia de pontinhos/furinhos na minha visão. Quando levantei senti meu corpo maior e extremamente relaxado. Bebi um pouco de água e fiquei em pé na cozinha, parado. Em vão me esforcei para formular o que eu via. Ainda não podia falar. E toda vez que tentava, acabava rindo, talvez da impossibilidade desse ato ocorrer naquele momento. Era hilário a tentativa de descrever aquilo usando itens, palavras e conceitos de nossa percepção cotidiana. Eu poderia então elaborar ou utilizar novos termos com novos conceitos, mas naquele momento essa nova descrição seria tão inútil quanto a descrição que já se tem e que alimenta nosso diálogo interno (sendo um bocado simplista, supondo que existe apenas um enorme diálogo interno, quando sabemos que existem também outros diálogos e até monólogos!) . Agora, depois da experiência, a utilização de novos conceitos pode ser útil. Entretanto, todos precisam partilhar da mesma semântica (o significado das palavras utilizadas). Caso contrário não existe uma comunicação de verdade. E o difícil é que isso não acontece só falando. É preciso ter a experiência e ver por si mesmo e sentir na própria consciência e no próprio corpo. O bizarro é que vendo tudo isso, não é apenas uma nova semântica, mas também uma nova sintaxe. O relacionamento entre as estruturas do mundo é diferente do relacionamento dessas mesmas estruturas quando estamos em nosso estado cotidiano.
Eu senti não como se tudo isso fosse fabricado pelo cogumelo, mas sim que o papel chave do cogumelo foi abrir a porta, levantar o véu, desvelar o mundo por trás do mundo. Senti que esse é nosso estado essencial. Mas quem aguentaria viver assim? Não dá. É muito intenso e forçado. Por maior que seja o bem estar provocado pelo cogu, não deixa de ser algo forçado/provocado. Por isso existem meios de se alcançar naturalmente essas percepções. Uma delas é a Arte do Sonhar.
Em dado momento eu fiquei na janela, olhando o céu. Estava limpo e estrelado, também sem Lua. Já devia ser umas 4h da manhã. Levantei um pouco mais a cabeça e vi a Lua surgindo no horizonte, atrás dos telhados. Logo ao lado e mais abaixo, Vênus, brilhando muito, pois em breve o Sol já iria nascer. Não conseguia focar direito a Lua, Vênus e as estrelas. Tudo brilhava muito. Minha reação automática foi forçar os olhos e propositadamente diminuir o brilho desses objetos a fim de perceber suas formas. Mas então algo em mim pensou "Pera lá, por que você quer racionalizar as coisas para seu padrão usual, de todo dia? Deixe que o brilho das coisas chegue em você como são e contemple de verdade!" Nesse momento pensei em nossos ancestrais consumindo enteogenos e observando o céu à noite. Pensei até 'ja que o brilho está amplificado, isso não ajudaria a identificar as estrelas, apenas pelo brilho?' O brilho tem identidade! Independente das variáveis físicas (distância, ângulo, etc) e químicas (composição do objeto), tudo isso causa uma impressão específica que é possível identificar através do brilho. Me veio uma resposta "as pessoas também emitem esse brilho, só que mais fraco. Tudo emite esse brilho. Treine seus olhos a contemplar de verdade como a Lua, Vênus e as estrelas são no momento em que vc as percebe agora e vc poderá contemplar qualquer coisa." Lembrei de uma frase que Dom Juan diz ao Castaneda:

"[...] Assim, deixe seus olhos serem
livres; que sejam janelas de verdade. Os olhos podem ser as janelas para
espiar para dentro do tédio ou para espiar para aquele infinito."

Fiquei bastante tempo olhando o céu. Parecia um quadro que só eu estava vendo, com significado, com beleza. Senti como um presente. Estava agradecido. Quando foi diminuindo a intensidade, comecei a sentir um calor incomum pelo corpo. Um calor gostoso. Meu corpo estava gostoso de ser sentido! Gostei do meu corpo. Me abracei. Senti meu próprio cheiro. Estava tudo muito agradável. As ondas de estupefação estavam cessando e o que restava era um êxtase pacífico em que podia observar e contemplar as coisas por momentos que pareciam ser eternos. Uma falta total de pressa. Eu podia observar sem aquela voz na cabeça que diz o que eu estou vendo. Eu sabia que meu diálogo interno ainda estava desligado. Deitei no tapete e fiz exercícios de alongamento. Que maravilha ter um corpo e poder senti-lo! Quando era aproximadamente 5h eu fui tomar um banho e deitar. Dormi até às 11h.
Levantei sem ressaca alguma. Estava ainda energizado. Sentia como que a mesma sensação na cabeça do início da experiência. Sentia, por assim dizer, que o cogu ainda estava circulando (e sabemos que fica dias assim). Mas estava bem intenso. Como os demais componentes da experiência não estavam mais presentes, restava apenas esse enorme silêncio. Eu já podia falar, mas algo estava diferente. O dia todo eu sentia como se não pudesse mais pensar. À noite fui comprar um lanche e fiquei aguardando ali mesmo, na esquina. Fiquei observando tudo. Pessoas, carros, gatos, cachorros, casas. Achei que estava tento um rebote em relação a euforia e alegria da madrugada e que estava ficando triste. Algo em mim analisou mais a fundo essa sensação e eu pude ver que a pequena voz que roda em background em tudo o que fazemos estava desligada. Fiquei dividido entre a paz, liberdade e sensação incomum de não precisar carregar a descrição das coisas como se carrega um armário e a familiaridade com a descrição usual, que me fez desejar por uns momentos voltar a ser como antes. Mas eu parei e ponderei mais e fiquei feliz em poder contemplar de verdade!

Ainda hoje sinto que posso acessar esse silêncio interno, onde as atividades de raciocínio usuais são suspensas por um momento. Uma impressão que me ficou foi a de decaimento. O início da experiência, na verdade um pouco depois do início...no pico, a visão mais estonteante (que nesse caso foi ver o universo luminoso) foi como um big-bang. Ali tudo foi criado novamente. Isso é apenas uma figura de linguagem. Ali tudo era novo e foi decaindo, decaindo...ficando cada vez menos abstrato e mais sólido e palpável, restando apenas um silêncio e um repouso.
Seu material me fez refletir um bocado sobre o que buscam as pessoas que consomem substâncias psicodélicas e o que elas vão obter. O título é extremamente apropriado. Trata-se de obter conteúdos oníricos. Sonhos. Um sonhar acordado. E isto me leva a compreender o significado das tais 'bad trips' e 'good trips', que para mim eram um mistério.
'Good trip' é aquele sonho bom. Agradável. Prazeiroso. A pessoa acorda se sentindo bem. Provavelmente daí a crença de que a ingestão de cogumelos tenha efeito psicológico salutar. A pessoa tem um sonho acordado agradável, sente bem estar, e acha que fez algo como uma 'terapia'.
A 'bad trip', por outro lado, é o pesadelo. O sonho de ansiedade. Persecutório. O sujeito não vê a hora de acordar, pesaroso por obter desprazer onde julgava encontrar uma experiência satisfatória. Fica frustrado. Queria um belo sonho mas obtém, ao contrário, uma viagem assustadora e triste.
Estes dois conceitos, 'good' e 'bad' trip, que são encontrados omnipresentemente nos relatos dos usuários de cogumelos, ao caracterizar a experiência onírica em 'good' e 'bad', revelam simultaneamente o objetivo comum do consumo de cogumelos para boa parte das pessoas. Ter um sonho bom e agradável. A persecução do prazer.
E também informam que o objetivo final é o sonho em si mesmo. O sonhar é o objeto final perseguido, a causa do consumo de cogumelos. O 'bem sonhar'.
Há mesmo quem confunda este 'bem sonhar' com 'auto conhecimento', numa clara demonstração de ignorância sobre o que é 'auto conhecimento'.
O sujeito sonha e crê que aprendeu alguma coisa com seu sonho. Como se o sonho em si mesmo fosse o objeto que conduzisse ao 'saber espiritual'.
Estas reflexões todas me levam a concluir que a grande maioria, pra não dizer praticamente todos, com honrosas exceções, vai aproveitar coisa alguma de suas experiências oníricas com cogumelos para o que se chama 'desenvolvimento pessoal'.
Porque os sonhos não são o objeto de conhecimento final, eles são a argila, o material, que poderia ser utilizado para se começar essa busca de 'auto conhecimento'.
Em termos de 'auto conhecimento', 'evolução espiritual', os sonhos são o começo, e não o fim. Interpretar o rico simbolismo dos sonhos, sejam os sonhos que se tem noturnamente, quanto estes sonhos acordados, cujo rico relato você nos forneceu, é que é a verdadeira jornada rumo ao conhecimento de si mesmo.
E esta jornada é perigosa e desagradável, sem exceção. Não é um passeio as terras das maravilhas. É uma viagem que vai levar ao inferno. Invariavelmente.
Não a toa desconhecemos a nós mesmos. É porque escondemos de nós o que em nós é profundamente desagradável. Nossa face monstruosa.
Evoluir espiritualmente, ou psicologicamente, o que é a mesma coisa, é pra poucos. Como sempre foi. O 'conhecimento oculto' nunca foi algo para as massas.
Não porque seu acesso seja impedido ao cidadão comum. Mas porque ele não deseja outra coisa senão a persecução do prazer, se afastando de qualquer coisa que lhe dê desprazer.
Interpretar o conteúdo dos sonhos é trabalhoso, difícil e desagradável. E toma muito tempo. Por isso esta é uma estrada sempre deserta.
Obrigado por compartilhar sua experiência conosco. Me levou a muitas reflexões sobre a experiência que temos com cogumelos mágicos. Foi realmente útil.
Para concluir alerto que estas minhas reflexões não se dirigem a sua pessoa em particular, de quem eu nada sei. Não são um julgamento nem uma crítica pessoal.
Apenas mais palavras ao vento, ditas para mim mesmo mais que para quem quer que possa ler o que eu escrevi.
 
Há mesmo quem confunda este 'bem sonhar' com 'auto conhecimento', numa clara demonstração de ignorância sobre o que é 'auto conhecimento'.
O sujeito sonha e crê que aprendeu alguma coisa com seu sonho. Como se o sonho em si mesmo fosse o objeto que conduzisse ao 'saber espiritual'.
Estas reflexões todas me levam a concluir que a grande maioria, pra não dizer praticamente todos, com honrosas exceções, vai aproveitar coisa alguma de suas experiências oníricas com cogumelos para o que se chama 'desenvolvimento pessoal'.
Não seja prepotente e tão convicto do próprio ego ou qualquer projeção que esteja querendo fazer. Toda experiência é uma experiência válida, é uma metáfora. Qualquer um tem a capacidade de refletir e chegar em qualquer conclusão que seja sob efeitos ou não do que ingeriu, não há uma verdade absoluta, há pontos de vistas diferentes. A ingestão de tal é uma ferramenta, pelo menos para mim.
 
Não seja prepotente e tão convicto do próprio ego ou qualquer projeção que esteja querendo fazer. Toda experiência é uma experiência válida, é uma metáfora. Qualquer um tem a capacidade de refletir e chegar em qualquer conclusão que seja sob efeitos ou não do que ingeriu, não há uma verdade absoluta, há pontos de vistas diferentes. A ingestão de tal é uma ferramenta, pelo menos para mim.

Quando eu escrevi já esperava este tipo de reação raivosa. Chapéu serviu, né filhinho? Aí você se julga no direito de me insultar. Deixa eu te alertar, neném. Essa sua 'resposta' é contra as regras do fórum. Você não tem o direito de insultar os participantes. Não é assim que a banda toca. Se não gostou do que eu escrevi, deixa quieto. Seja respeitoso com as pessoas que participam do fórum.
 
Seu material me fez refletir um bocado sobre o que buscam as pessoas que consomem substâncias psicodélicas e o que elas vão obter. O título é extremamente apropriado. Trata-se de obter conteúdos oníricos. Sonhos. Um sonhar acordado. E isto me leva a compreender o significado das tais 'bad trips' e 'good trips', que para mim eram um mistério.
'Good trip' é aquele sonho bom. Agradável. Prazeiroso. A pessoa acorda se sentindo bem. Provavelmente daí a crença de que a ingestão de cogumelos tenha efeito psicológico salutar. A pessoa tem um sonho acordado agradável, sente bem estar, e acha que fez algo como uma 'terapia'.
A 'bad trip', por outro lado, é o pesadelo. O sonho de ansiedade. Persecutório. O sujeito não vê a hora de acordar, pesaroso por obter desprazer onde julgava encontrar uma experiência satisfatória. Fica frustrado. Queria um belo sonho mas obtém, ao contrário, uma viagem assustadora e triste.
Estes dois conceitos, 'good' e 'bad' trip, que são encontrados omnipresentemente nos relatos dos usuários de cogumelos, ao caracterizar a experiência onírica em 'good' e 'bad', revelam simultaneamente o objetivo comum do consumo de cogumelos para boa parte das pessoas. Ter um sonho bom e agradável. A persecução do prazer.
E também informam que o objetivo final é o sonho em si mesmo. O sonhar é o objeto final perseguido, a causa do consumo de cogumelos. O 'bem sonhar'.
Há mesmo quem confunda este 'bem sonhar' com 'auto conhecimento', numa clara demonstração de ignorância sobre o que é 'auto conhecimento'.
O sujeito sonha e crê que aprendeu alguma coisa com seu sonho. Como se o sonho em si mesmo fosse o objeto que conduzisse ao 'saber espiritual'.
Estas reflexões todas me levam a concluir que a grande maioria, pra não dizer praticamente todos, com honrosas exceções, vai aproveitar coisa alguma de suas experiências oníricas com cogumelos para o que se chama 'desenvolvimento pessoal'.
Porque os sonhos não são o objeto de conhecimento final, eles são a argila, o material, que poderia ser utilizado para se começar essa busca de 'auto conhecimento'.
Em termos de 'auto conhecimento', 'evolução espiritual', os sonhos são o começo, e não o fim. Interpretar o rico simbolismo dos sonhos, sejam os sonhos que se tem noturnamente, quanto estes sonhos acordados, cujo rico relato você nos forneceu, é que é a verdadeira jornada rumo ao conhecimento de si mesmo.
E esta jornada é perigosa e desagradável, sem exceção. Não é um passeio as terras das maravilhas. É uma viagem que vai levar ao inferno. Invariavelmente.
Não a toa desconhecemos a nós mesmos. É porque escondemos de nós o que em nós é profundamente desagradável. Nossa face monstruosa.
Evoluir espiritualmente, ou psicologicamente, o que é a mesma coisa, é pra poucos. Como sempre foi. O 'conhecimento oculto' nunca foi algo para as massas.
Não porque seu acesso seja impedido ao cidadão comum. Mas porque ele não deseja outra coisa senão a persecução do prazer, se afastando de qualquer coisa que lhe dê desprazer.
Interpretar o conteúdo dos sonhos é trabalhoso, difícil e desagradável. E toma muito tempo. Por isso esta é uma estrada sempre deserta.
Obrigado por compartilhar sua experiência conosco. Me levou a muitas reflexões sobre a experiência que temos com cogumelos mágicos. Foi realmente útil.
Para concluir alerto que estas minhas reflexões não se dirigem a sua pessoa em particular, de quem eu nada sei. Não são um julgamento nem uma crítica pessoal.
Apenas mais palavras ao vento, ditas para mim mesmo mais que para quem quer que possa ler o que eu escrevi.
Obrigado pelo input!

Preciso só esclarecer que nesse contexto, quando uso a palavra "sonho" ou "sonhar", ela possui outro significado. Daí a questão em relação a nova semântica e nova sintaxe. Nesse sentido e nesse contexto é o significado atribuído originalmente a palavra espanhola utilizada nos livros de Castañeda (ensoñar). Traduzindo para o inglês ficou "dreaming" e em português ficou "sonhar" mesmo. Nos livros geralmente essas palavras aparecem em itálico para enfatizar seu significado. Trata-se da utilização de sonhos comuns para mover nossa percepção. Não é o mesmo que ter sonhos nem sonhos lúcidos. Também não é no sentido de Jung ou Freud, ainda que essas abordagens sejam totalmente válidas (interpretação de sonhos e símbolos).
Nesse caso, "sonhar" é uma arte (tem até o livro: A Arte do Sonhar). A arte de mover o que é chamado nos livros de 'ponto de aglutinação ' ou 'ponto de encaixe'.
Quando ingerimos os cogumelos, por exemplo, esse ponto é deslocado forçadamente e percebemos um novo mundo.
Descobriram que quando temos sonhos dormindo à noite, esse mesmo ponto desloca naturalmente. Então foi desenvolvida essa arte a fim de controlar o movimento desse ponto de encaixe fazendo uso das imagens dos sonhos comuns, até que agir no sonho e agir na vida cotidiana possuam o mesmo valor pragmático.
 
Obrigado pelo input!

Preciso só esclarecer que nesse contexto, quando uso a palavra "sonho" ou "sonhar", ela possui outro significado. Daí a questão em relação a nova semântica e nova sintaxe. Nesse sentido e nesse contexto é o significado atribuído originalmente a palavra espanhola utilizada nos livros de Castañeda (ensoñar). Traduzindo para o inglês ficou "dreaming" e em português ficou "sonhar" mesmo. Nos livros geralmente essas palavras aparecem em itálico para enfatizar seu significado. Trata-se da utilização de sonhos comuns para mover nossa percepção. Não é o mesmo que ter sonhos nem sonhos lúcidos. Também não é no sentido de Jung ou Freud, ainda que essas abordagens sejam totalmente válidas (interpretação de sonhos e símbolos).
Nesse caso, "sonhar" é uma arte (tem até o livro: A Arte do Sonhar). A arte de mover o que é chamado nos livros de 'ponto de aglutinação ' ou 'ponto de encaixe'.
Quando ingerimos os cogumelos, por exemplo, esse ponto é deslocado forçadamente e percebemos um novo mundo.
Descobriram que quando temos sonhos dormindo à noite, esse mesmo ponto desloca naturalmente. Então foi desenvolvida essa arte a fim de controlar o movimento desse ponto de encaixe fazendo uso das imagens dos sonhos comuns, até que agir no sonho e agir na vida cotidiana possuam o mesmo valor pragmático.
Eu conheço os livros do Castañeda. A erva do diabo, etc. Na minha época eram best sellers para a garotada - e eu fazia parte desta garotada - que buscava o transcendente de forma não tradicional, i.é, alternativa. No caso era com o peiote, um pequeno cactus cujo princípio ativo é a mescalina. Aqui nas Américas temos o San Pedro, outro cactus usado em rituais xamãnicos. Confesso que não compreendi a sua explicação, mas agradeço sua tentativa de esclarecimento.
Minha reflexão pegou carona na sua narrativa, mas na verdade não tem a ver com ela, mas com minhas próprias interrogações a respeito do uso de substâncias psicoativas para se alcançar algum tipo de esclarecimento interior. Eu mesmo, quando fumei maconha pela primeira vez, foi numa tentativa de ver se ela ajudava a abrir os chakras. Logo me dei conta do papel de bobo que estava fazendo. Foi patético.
Para contribuir com sua experiência vou contar minha última com cogumelo. Foi com PE. Há poucos dias.
Eu não me dei conta de que demorava pra fazer efeito, então comi, e como não dava nada depois de uns minutos, comi mais.
Quando pegou foi aquilo. Pela primeira vez tive a percepção alterada como é relatado por aí. As cores mudaram, a música ficou totalmente diferente, tinha um tipo de teia luminosa muito bonita que parecia aquelas animações psicodélicas cobrindo tudo. Foi ótimo.
Mas o que realmente foi diferente, nesta experiência, foi meu insight sobre a turma que curte este tipo de viagem. Compreendi o pessoal da contra cultura(hippies), a arte da contra cultura. O rock psicodélico. Os vídeos experimentais. E por aí vai.
Também me dei conta de que eu faço parte de uma espécie de 'culto', 'onda'. Pelas coisas que gosto de curtir e que outras pessoas também gostam de curtir.
Tem jeito não, sou maluco beleza e vou morrer maluco. Não tem cura. Tem a ver com desejo, pra citar Freud, de quem sou fiel devoto.
As minhas reflexões tem a ver com o meu caminho. Com o que funcionou pra mim. E eu experimentei muita coisa ao longo da vida tentando isso que se chama 'evolução espiritual'.
O que funcionou, mas funcionou mesmo, foi a psicanálise. Não conheço nenhuma outra técnica, incluindo a ciência cognitiva, que dê os resultados que a psicanálise dá.
E eu tentei muita coisa, muita coisa mesmo.
É um processo complexo e demorado. Mas dá resultado. Eu tinha vários sintomas significativos, coisa séria. Sumiu tudo.
Cogumelo pra mim é curtição. Essa última vez me dei conta disso. É pura curtição. Coisa de hippie cético mesmo.
Nada de misticismo, ou qualquer outro fim nobre que sirva de justificativa para o uso.
Para fins recreativos. Para fazer a cabeça. Pra mim é isso e acho ótimo.
Quando quero fazer algum tipo de 'auto descoberta' faço auto-análise, um exercício associativo que Freud ensina em 'A interpretação dos sonhos'.
Mas não faço com o conteúdo da experiência com alguma substância. Faço com os conteúdos do cotidiano normal.
Cogumelo é pra curtir, sem estragar a curtição com racionalizações e trabalho terapêutico.
Claro, estou falando de mim. Há pessoas que tem muita dificuldade em associar livremente e que se beneficiam com o uso de alucinógenos para produzir material para sessões de análise. São pessoas geralmente muito controladoras. Não conseguem relaxar e deixar vir o material flutuante.
Enfim, como você se deu ao trabalho de esclarecer melhor o seu posicionamento sobre tuas experiências, e eu agradeço pelo esforço, embora não tenha compreendido, também eu estou escrevendo para esclarecer um pouco melhor minhas próprias reflexões sobre o que eu considero ser o 'sonho acordado' que alguns tem durante o efeito da psilocibina ou outras substância dita 'alucinógena'.
Castañeda eu nunca entendi. Eu li dois livros dele mas não entendi sua 'teoria'. Assim também li outros autores e igualmente não entendi. Inclusive no meu campo de saber, a psicanálise.
Mas uma coisa eu sei, porque eu estudei o assunto com razoavel profundidade. Se uma determinada prática que leve a alteração psíquica for efetiva, esta prática será absorvida pela comunidade 'psi'. E a comunidade 'psi'(psicologos, psicanalistas, psicoterapeutas), vai dela se utilizar. E muitos trabalhos serão escritos sobre esta teoria e prática. Porque a comunidade 'psi' não poupa esforços em aperfeiçoar as técnicas ditas psicoterapêuticas. E não, não temos preconceito contra isso e aquilo. Se funcionar, estamos no jogo. Se recitar mantras trouxesse algum benefício mental sólido seria ensinado na academia, só pra dar um exemplo.
Na atualidade, embora haja, claro, muitas 'terapias alternativas' que prometem 'revolucionar' a psicoterapia, há dois tipos que são universalmente aceitos como tendo suporte clínico sério. Psicanálise e as ciências cognitivas. Nunca ouvi nem li material nenhum sobre Castañeda. Na verdade, o que sei dele é que era um charlatão que ganhou muito dinheiro vendendo livros sobre coisas que jamais fez. É o que sei.
Espero ter colaborado de alguma maneira com seus objetivos com minha experiência, leitura e visão de mundo.
Carpe Diem.
 
Eu conheço os livros do Castañeda. A erva do diabo, etc. Na minha época eram best sellers para a garotada - e eu fazia parte desta garotada - que buscava o transcendente de forma não tradicional, i.é, alternativa. No caso era com o peiote, um pequeno cactus cujo princípio ativo é a mescalina. Aqui nas Américas temos o San Pedro, outro cactus usado em rituais xamãnicos. Confesso que não compreendi a sua explicação, mas agradeço sua tentativa de esclarecimento.
Minha reflexão pegou carona na sua narrativa, mas na verdade não tem a ver com ela, mas com minhas próprias interrogações a respeito do uso de substâncias psicoativas para se alcançar algum tipo de esclarecimento interior. Eu mesmo, quando fumei maconha pela primeira vez, foi numa tentativa de ver se ela ajudava a abrir os chakras. Logo me dei conta do papel de bobo que estava fazendo. Foi patético.
Para contribuir com sua experiência vou contar minha última com cogumelo. Foi com PE. Há poucos dias.
Eu não me dei conta de que demorava pra fazer efeito, então comi, e como não dava nada depois de uns minutos, comi mais.
Quando pegou foi aquilo. Pela primeira vez tive a percepção alterada como é relatado por aí. As cores mudaram, a música ficou totalmente diferente, tinha um tipo de teia luminosa muito bonita que parecia aquelas animações psicodélicas cobrindo tudo. Foi ótimo.
Mas o que realmente foi diferente, nesta experiência, foi meu insight sobre a turma que curte este tipo de viagem. Compreendi o pessoal da contra cultura(hippies), a arte da contra cultura. O rock psicodélico. Os vídeos experimentais. E por aí vai.
Também me dei conta de que eu faço parte de uma espécie de 'culto', 'onda'. Pelas coisas que gosto de curtir e que outras pessoas também gostam de curtir.
Tem jeito não, sou maluco beleza e vou morrer maluco. Não tem cura. Tem a ver com desejo, pra citar Freud, de quem sou fiel devoto.
As minhas reflexões tem a ver com o meu caminho. Com o que funcionou pra mim. E eu experimentei muita coisa ao longo da vida tentando isso que se chama 'evolução espiritual'.
O que funcionou, mas funcionou mesmo, foi a psicanálise. Não conheço nenhuma outra técnica, incluindo a ciência cognitiva, que dê os resultados que a psicanálise dá.
E eu tentei muita coisa, muita coisa mesmo.
É um processo complexo e demorado. Mas dá resultado. Eu tinha vários sintomas significativos, coisa séria. Sumiu tudo.
Cogumelo pra mim é curtição. Essa última vez me dei conta disso. É pura curtição. Coisa de hippie cético mesmo.
Nada de misticismo, ou qualquer outro fim nobre que sirva de justificativa para o uso.
Para fins recreativos. Para fazer a cabeça. Pra mim é isso e acho ótimo.
Quando quero fazer algum tipo de 'auto descoberta' faço auto-análise, um exercício associativo que Freud ensina em 'A interpretação dos sonhos'.
Mas não faço com o conteúdo da experiência com alguma substância. Faço com os conteúdos do cotidiano normal.
Cogumelo é pra curtir, sem estragar a curtição com racionalizações e trabalho terapêutico.
Claro, estou falando de mim. Há pessoas que tem muita dificuldade em associar livremente e que se beneficiam com o uso de alucinógenos para produzir material para sessões de análise. São pessoas geralmente muito controladoras. Não conseguem relaxar e deixar vir o material flutuante.
Enfim, como você se deu ao trabalho de esclarecer melhor o seu posicionamento sobre tuas experiências, e eu agradeço pelo esforço, embora não tenha compreendido, também eu estou escrevendo para esclarecer um pouco melhor minhas próprias reflexões sobre o que eu considero ser o 'sonho acordado' que alguns tem durante o efeito da psilocibina ou outras substância dita 'alucinógena'.
Castañeda eu nunca entendi. Eu li dois livros dele mas não entendi sua 'teoria'. Assim também li outros autores e igualmente não entendi. Inclusive no meu campo de saber, a psicanálise.
Mas uma coisa eu sei, porque eu estudei o assunto com razoavel profundidade. Se uma determinada prática que leve a alteração psíquica for efetiva, esta prática será absorvida pela comunidade 'psi'. E a comunidade 'psi'(psicologos, psicanalistas, psicoterapeutas), vai dela se utilizar. E muitos trabalhos serão escritos sobre esta teoria e prática. Porque a comunidade 'psi' não poupa esforços em aperfeiçoar as técnicas ditas psicoterapêuticas. E não, não temos preconceito contra isso e aquilo. Se funcionar, estamos no jogo. Se recitar mantras trouxesse algum benefício mental sólido seria ensinado na academia, só pra dar um exemplo.
Na atualidade, embora haja, claro, muitas 'terapias alternativas' que prometem 'revolucionar' a psicoterapia, há dois tipos que são universalmente aceitos como tendo suporte clínico sério. Psicanálise e as ciências cognitivas. Nunca ouvi nem li material nenhum sobre Castañeda. Na verdade, o que sei dele é que era um charlatão que ganhou muito dinheiro vendendo livros sobre coisas que jamais fez. É o que sei.
Espero ter colaborado de alguma maneira com seus objetivos com minha experiência, leitura e visão de mundo.
Carpe Diem.
Obrigado pela sua opinião!

Gostaria de acrescentar que se cogumelo fosse apenas curtição não existiria a PAP, que dentre outras substâncias, faz uso também da psilocibina (claro, isolada..em pílula ou comprimido). Mas como você mesmo disse... é sua opinião.
Sobre o Castañeda, eu não procuro nem defender e nem afirmar nada. O que me interessa mais são as coisas contidas nos livros e as possibilidades que posso experimentar sem precisar crer nele ou nos personagens que ele criou. Sem racionalizar demais o que se lê. E uma delas é o "sonhar". É possível praticar e isso vale mais do que qualquer teoria, ainda que a teoria seja a contraparte da prática (ambos são necessários).
 
Última edição:
Obrigado pela sua opinião!

Gostaria de acrescentar que se cogumelo fosse apenas curtição não existiria a PAP, que dentre outras substâncias, faz uso também da psilocibina (claro, isolada..em pílula ou comprimido). Mas como você mesmo disse... é sua opinião.
Sobre o Castañeda, eu não procuro nem defender e nem afirmar nada. O que me interessa mais são as coisas contidas nos livros e as possibilidades que posso experimentar sem precisar crer nele ou nos personagens que ele criou. Sem racionalizar demais o que se lê. E uma delas é o "sonhar". É possível praticar e isso vale mais do que qualquer teoria, ainda que a teoria seja a contraparte da prática (ambos são necessários).
Eu não disse que o cogumelo era só uma curtição, eu disse que eu uso apenas para curtição. Também disse que certas pessoas se beneficiam dos seus efeitos. Há trabalhos feitos há muitos anos sobre o uso do LSD, por exemplo, como coadjuvante auxiliar da psicoterapia em certos casos. Eu coloco o cubensis na mesma linha. Pode sim auxiliar em um trabalho digamos, de 'autoconhecimento'. Mas não o simples uso, não o simples 'sonho' que alguém tenha usando. É preciso trabalhar estes conteúdos oníricos, desvendar seu significado simbólico, para se obter alguma coisa concreta da experiência.
Quanto a Castañeda, do que eu me lembro, é que quando o 'Erva do Diabo' fez sucesso houve uma corrida ao deserto de Sonora atrás do tal Don Juan. Centenas de pessoas de todo tipo, inclusive repórteres investigativos foram em busca da comprovação dos supostos relatos de Castaneda. Anos. Não vou me alongar aqui. Vou apenas resumir que o que se descobriu com as investigações foi que não havia nenhum indício que Castaneda sequer estivera por lá. Tudo aponta para o fato de que ele provavelmente inventou tudo.
O mesmo se dá com muitos outros autores nesta linha mística, como Lobsang Rampa. Ele alegava ser uma encarnação de um lama tibetano que sabia segredos de como fazer viagem astral, etc. Da mesma forma não havia uma só evidência que corroborasse suas alegações.
Modernamente há o Fritjof Capra, com sua alegada teoria de que a fisica quantica 'prova' a existência de fenômenos espirituais. Ele escreveu o 'Tao da Física'. Charlatanismo embrulhado em pseudo ciência. Não é uma acusação minha, são os físicos que já desmascararam o Capra. Físicos sérios, com evidências científicas do charlatanismo do Capra. Há mesmo uma física brasileira que tem um vídeo muito esclarecedor sobre essa coisa de misturar física quântica com misticismo.
No Brasil recentemente foi solto da cadeia o estuprador 'João de Deus', a quem se atribuíam poderes de cura. Depois do escândalo, que rendeu inclusive um documentário do mesmo nome, vieram a tona as pesquisas que foram feitas sobre as alegadas 'curas espirituais' do João. Nem mesmo uma única destas 'curas' se achou verdadeira.
Poderia citar inúmeros outros, mas não quero te cansar.
Todos temos o direito de sermos feitos reféns da conversa maliciosa dos falsos profetas e gurus.
E são muitos. Milhares. Tá sempre aparecendo algum 'guru' com uma narrativa sedutora mística disposto a te aliviar do teu dinheiro e galgar os degraus da fama contando estorietas que tem base científica nenhuma. Isso não falta. Não só na área mistica, mas em tudo quanto é coisa.
Assim que eu me firmo nos trabalhos sérios e científicos, nos saberes já testados e estabelecidos pela comunidade acadêmica.
Não fico mais 'inventando moda', dando uma de 'esperto'. Aprendi a ser humilde e dar ouvidos a pessoas que merecem confiança. Que tem algum grau de credibilidade nos meios acadêmicos e científicos.
É muito mais seguro e produtivo. E mais salutar. Fica a dica.
 
Eu não disse que o cogumelo era só uma curtição, eu disse que eu uso apenas para curtição. Também disse que certas pessoas se beneficiam dos seus efeitos. Há trabalhos feitos há muitos anos sobre o uso do LSD, por exemplo, como coadjuvante auxiliar da psicoterapia em certos casos. Eu coloco o cubensis na mesma linha. Pode sim auxiliar em um trabalho digamos, de 'autoconhecimento'. Mas não o simples uso, não o simples 'sonho' que alguém tenha usando. É preciso trabalhar estes conteúdos oníricos, desvendar seu significado simbólico, para se obter alguma coisa concreta da experiência.
Quanto a Castañeda, do que eu me lembro, é que quando o 'Erva do Diabo' fez sucesso houve uma corrida ao deserto de Sonora atrás do tal Don Juan. Centenas de pessoas de todo tipo, inclusive repórteres investigativos foram em busca da comprovação dos supostos relatos de Castaneda. Anos. Não vou me alongar aqui. Vou apenas resumir que o que se descobriu com as investigações foi que não havia nenhum indício que Castaneda sequer estivera por lá. Tudo aponta para o fato de que ele provavelmente inventou tudo.
O mesmo se dá com muitos outros autores nesta linha mística, como Lobsang Rampa. Ele alegava ser uma encarnação de um lama tibetano que sabia segredos de como fazer viagem astral, etc. Da mesma forma não havia uma só evidência que corroborasse suas alegações.
Modernamente há o Fritjof Capra, com sua alegada teoria de que a fisica quantica 'prova' a existência de fenômenos espirituais. Ele escreveu o 'Tao da Física'. Charlatanismo embrulhado em pseudo ciência. Não é uma acusação minha, são os físicos que já desmascararam o Capra. Físicos sérios, com evidências científicas do charlatanismo do Capra. Há mesmo uma física brasileira que tem um vídeo muito esclarecedor sobre essa coisa de misturar física quântica com misticismo.
No Brasil recentemente foi solto da cadeia o estuprador 'João de Deus', a quem se atribuíam poderes de cura. Depois do escândalo, que rendeu inclusive um documentário do mesmo nome, vieram a tona as pesquisas que foram feitas sobre as alegadas 'curas espirituais' do João. Nem mesmo uma única destas 'curas' se achou verdadeira.
Poderia citar inúmeros outros, mas não quero te cansar.
Todos temos o direito de sermos feitos reféns da conversa maliciosa dos falsos profetas e gurus.
E são muitos. Milhares. Tá sempre aparecendo algum 'guru' com uma narrativa sedutora mística disposto a te aliviar do teu dinheiro e galgar os degraus da fama contando estorietas que tem base científica nenhuma. Isso não falta. Não só na área mistica, mas em tudo quanto é coisa.
Assim que eu me firmo nos trabalhos sérios e científicos, nos saberes já testados e estabelecidos pela comunidade acadêmica.
Não fico mais 'inventando moda', dando uma de 'esperto'. Aprendi a ser humilde e dar ouvidos a pessoas que merecem confiança. Que tem algum grau de credibilidade nos meios acadêmicos e científicos.
É muito mais seguro e produtivo. E mais salutar. Fica a dica.
Obrigado novamente pela sua opinião!
Segue o baile...
 
Quando eu escrevi já esperava este tipo de reação raivosa. Chapéu serviu, né filhinho? Aí você se julga no direito de me insultar. Deixa eu te alertar, neném. Essa sua 'resposta' é contra as regras do fórum. Você não tem o direito de insultar os participantes. Não é assim que a banda toca. Se não gostou do que eu escrevi, deixa quieto. Seja respeitoso com as pessoas que participam do fórum.
Te digo a mesma coisa. Seja respeitoso. Não lhe insultei, e se você achou isso acho que foi mais uma projeção sua. Cada experiência é válida, não tente impor para os outros, cada um tem um caminho, não generalize. Se a psicanálise de freud funcionou pra você, fico feliz que tenha se encontrado e fundado seus pilares em algo, mas não invalide a experiência alheia com base na tua experiência pessoal. O ego cega. De qualquer maneira, paz e muita sabedoria! Abraço.
 
Última edição:
Te digo a mesma coisa. Seja respeitoso. Não lhe insultei, e se você achou isso acho que foi mais uma projeção sua. De qualquer maneira, paz e muita sabedoria! Abraço.
"Não seja prepotente e tão convicto do próprio ego." Prepotente - que revela prepotência; despótico, opressor, tirano. Convicto do próprio ego - egocêntrico - que ou quem exibe atitudes ou comportamentos voltados para si mesmo, de modo relativamente insensível às preocupações dos outros.
Como você pode ver, pela análise imparcial dos verbetes 'prepotente' e 'egocentrico', você me insultou, sim. E então me deixou com raiva, e uma coisa vai levando a outra.
Mas fico feliz que vc tenha dado o caso como encerrado. Vamos deixar assim, estas coisas acontecem. Eu também já tripudiei pessoas por interpretar mal o que elas estavam dizendo. Somos humanos afinal.
Paz e Bem.
 
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