- 22/06/2005
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O que é místico?
05-01-2004
Aproximadamente às 1:30 da madrugada fiz suco com 15 cogumelos cubensis ‘equador’ médios, uns 10 centímetros cada, para duas pessoas. Eu e uma amiga tomamos rapidamente, em alguns minutos um prazer intenso tomou conta de mim, podia perceber semelhantes efeitos em minha companheira de experiência. Fumei uma ponta de cigarro de cannabis, bem pouco. Logo que os efeitos tornaram-se mais intensos, saímos para andar por entre árvores, na leve neblina até então, tudo parecia mágico, encantador, tudo estava lento parecia um ‘conto de fadas’, após algum tempo estava em êxtase total, como nunca havia experimentado antes, riamos muito, magia...
Passei a enxergar de uma forma que no momento disse estar enxergando seis dimensões, eram camadas nítidas que foram acrescidas à minha percepção, a partir dessas dimensões o ambiente passou a ter animação maior, eu sentia uma malha fina cobrindo tudo, inclusive a mim, o que me integrou ao todo, dizer que passei a enxergar em 6-D pode ser precipitado, por isto não digo. Sem me dar conta comecei a ver as árvores oscilando, o chão serpenteando, imagens nítidas de animais formando-se nas árvores, estas que passaram a ser muito mais que vegetais, mas entes energéticos vibrando, eu podia sentir a vibração de cada ser, coisa, objeto ou lugar, assim como podemos sentir cotidianamente diferença entre lugares e lugares, pude experimentar as vibrações num nível altíssimo. Quando me dava conta, ou seja, deixava apenas de observar, ria intensamente de tudo que experimentava, o êxtase prosseguia.
Tudo indicava: aquele era dia para mais. O que já estava intenso poderia ganhar proporções ainda maiores, comi mais cinco cogumelos, mastigando lentamente, um por um, eram deliciosos, maravilhoso mastigar de olhos fechados, quando uma sucessão de fractais coloridos tomava meu o campo de visão, a cada mastigada uma imagem oscilante se transformava em outra ainda mais complexa, uma sucessão de cores e texturas infinitas. A cada mastigação de cada cogumelo o tempo parecia imenso, parecia passar horas.
Continuamos então a caminhada, desta vez pude perceber com total nitidez o que era o que chamei de seis dimensões, percebi que tudo é circular, as camadas vibratórias tomaram tonalidade de cinza diferente uma das outras, suponho que percebi a composição enérgica dos ambientes que passava. O fato de estar percebendo desta forma me causava fascinação ao olhar para as metamorfoses sorrindo, vibrando e oscilando, extasiado continuava rindo. Vi um poste de luz, que me sugou até ele, sua luz vibrando me fascinava, olhava fixamente como alguém que olha para a grande paixão, então o poste formou uma boca e sobrancelhas como de desenhos, conversamos! Minha primeira conversa com algo inanimado. Não me lembro do conteúdo da conversa, quando acabou fiquei mais fascinado do que já estava, contei eufórico o que havia se passado para minha amiga, logo após desta conversa percebi que podia conversar com qualquer coisa, daí os objetos passaram a me “assediar”, convidar para conversa, muitas plantas e objetos me chamando, querendo atenção, eu andava meio que cambaleando para desviar de tanta vibração que era jogada contra ou para mim, achei em alguns momentos que iria cair ou ser derrubado.
Parei e encostei numa árvore, a sensação foi agradabilíssima, havia me integrado a árvore, impossível não ‘bater um papo’, conversei com a árvore, ficava a cada passo mais surpreso com o mundo que havia entrado. Depois de conversar, mais euforia, então vi milhares de animais na árvore pulando entre galhos ou apenas me observando e assumindo novas formas. As conversas foram por telepatia, algo que também nunca havia experimentado.
Fomos para um ambiente gramado, bastante úmido, escuro, livre de qualquer luz que não fosse a das estrelas. Deitamos na grama para observar o céu, as nuvens se movimentavam rapidamente, logo eu estava próximo ao céu, que tornou-se plano, me fundi com o universo. A sensação é algo que não sustenta palavras, foi simplesmente magnífico. As nuvens me massageavam enquanto eu mais e mais ia me integrando totalmente ao universo. Até que uma estrela me chamou, concentrei-me nela, estava ao lado dela, conversamos por minutos que pareciam horas, não passava; o tempo não existe. Deixei a estrela e flutuei para outro ponto, um túnel de luz branca, forte, se abriu, me sugando. Deixei de ser parte do todo e voltei a mim, era eu sendo sugado, o ego estava novamente presente. A maravilhosa sensação de estar sendo sugado, foi cortada repentinamente, levantei rapidamente, lembrei das experiências de quase-morte, aonde quase sempre são citadas um túnel com luz branca. Então disse a minha companheira de viagem para não entrar neste túnel, se ela o visse, ela perguntou por que, falei da “quase-morte” e disse que ela saberia reconhecer o túnel se o visse, falei seriamente e repeti algumas vezes isto. Então deite-me novamente para voltar a ser o universo, fiquei por mais algum tempo neste estado, poderia ficar ali o resto da minha vida, por mais que estivesse agradabilíssimo, fui atrás de novos estímulos, aproveitar o estado que estava, mas que já parecia caminhar para o declínio. Passamos por outro poste de luz, vi a luz projetada no chão, quase fui atraído novamente, mas queria outra coisa, apenas suspirei ao passar pela luz: “linda...”
Uma neblina intensa que impedia de enxergar até minha amiga, tomou conta do lugar, disse eu: perfeito! Agora estávamos no mais completo ‘conto de fadas’, o rosto de minha amiga se metamorfoseava em diferentes rostos, ganhava tamanho, perdia, mudava constantemente, as coisas ao longe eram borradas, mágico andar por ali.
Após a neblina acabar, não encontrei novos estímulos interessantes, procurei ouvir música, fechar os olhos, mas nada que eu realmente quisesse experimentar naquele momento. O que restava era contemplar, calmo e alegremente, o nascer do Sol que já iluminava o novo dia.
L’Esprit Libre.
05-01-2004
Aproximadamente às 1:30 da madrugada fiz suco com 15 cogumelos cubensis ‘equador’ médios, uns 10 centímetros cada, para duas pessoas. Eu e uma amiga tomamos rapidamente, em alguns minutos um prazer intenso tomou conta de mim, podia perceber semelhantes efeitos em minha companheira de experiência. Fumei uma ponta de cigarro de cannabis, bem pouco. Logo que os efeitos tornaram-se mais intensos, saímos para andar por entre árvores, na leve neblina até então, tudo parecia mágico, encantador, tudo estava lento parecia um ‘conto de fadas’, após algum tempo estava em êxtase total, como nunca havia experimentado antes, riamos muito, magia...
Passei a enxergar de uma forma que no momento disse estar enxergando seis dimensões, eram camadas nítidas que foram acrescidas à minha percepção, a partir dessas dimensões o ambiente passou a ter animação maior, eu sentia uma malha fina cobrindo tudo, inclusive a mim, o que me integrou ao todo, dizer que passei a enxergar em 6-D pode ser precipitado, por isto não digo. Sem me dar conta comecei a ver as árvores oscilando, o chão serpenteando, imagens nítidas de animais formando-se nas árvores, estas que passaram a ser muito mais que vegetais, mas entes energéticos vibrando, eu podia sentir a vibração de cada ser, coisa, objeto ou lugar, assim como podemos sentir cotidianamente diferença entre lugares e lugares, pude experimentar as vibrações num nível altíssimo. Quando me dava conta, ou seja, deixava apenas de observar, ria intensamente de tudo que experimentava, o êxtase prosseguia.
Tudo indicava: aquele era dia para mais. O que já estava intenso poderia ganhar proporções ainda maiores, comi mais cinco cogumelos, mastigando lentamente, um por um, eram deliciosos, maravilhoso mastigar de olhos fechados, quando uma sucessão de fractais coloridos tomava meu o campo de visão, a cada mastigada uma imagem oscilante se transformava em outra ainda mais complexa, uma sucessão de cores e texturas infinitas. A cada mastigação de cada cogumelo o tempo parecia imenso, parecia passar horas.
Continuamos então a caminhada, desta vez pude perceber com total nitidez o que era o que chamei de seis dimensões, percebi que tudo é circular, as camadas vibratórias tomaram tonalidade de cinza diferente uma das outras, suponho que percebi a composição enérgica dos ambientes que passava. O fato de estar percebendo desta forma me causava fascinação ao olhar para as metamorfoses sorrindo, vibrando e oscilando, extasiado continuava rindo. Vi um poste de luz, que me sugou até ele, sua luz vibrando me fascinava, olhava fixamente como alguém que olha para a grande paixão, então o poste formou uma boca e sobrancelhas como de desenhos, conversamos! Minha primeira conversa com algo inanimado. Não me lembro do conteúdo da conversa, quando acabou fiquei mais fascinado do que já estava, contei eufórico o que havia se passado para minha amiga, logo após desta conversa percebi que podia conversar com qualquer coisa, daí os objetos passaram a me “assediar”, convidar para conversa, muitas plantas e objetos me chamando, querendo atenção, eu andava meio que cambaleando para desviar de tanta vibração que era jogada contra ou para mim, achei em alguns momentos que iria cair ou ser derrubado.
Parei e encostei numa árvore, a sensação foi agradabilíssima, havia me integrado a árvore, impossível não ‘bater um papo’, conversei com a árvore, ficava a cada passo mais surpreso com o mundo que havia entrado. Depois de conversar, mais euforia, então vi milhares de animais na árvore pulando entre galhos ou apenas me observando e assumindo novas formas. As conversas foram por telepatia, algo que também nunca havia experimentado.
Fomos para um ambiente gramado, bastante úmido, escuro, livre de qualquer luz que não fosse a das estrelas. Deitamos na grama para observar o céu, as nuvens se movimentavam rapidamente, logo eu estava próximo ao céu, que tornou-se plano, me fundi com o universo. A sensação é algo que não sustenta palavras, foi simplesmente magnífico. As nuvens me massageavam enquanto eu mais e mais ia me integrando totalmente ao universo. Até que uma estrela me chamou, concentrei-me nela, estava ao lado dela, conversamos por minutos que pareciam horas, não passava; o tempo não existe. Deixei a estrela e flutuei para outro ponto, um túnel de luz branca, forte, se abriu, me sugando. Deixei de ser parte do todo e voltei a mim, era eu sendo sugado, o ego estava novamente presente. A maravilhosa sensação de estar sendo sugado, foi cortada repentinamente, levantei rapidamente, lembrei das experiências de quase-morte, aonde quase sempre são citadas um túnel com luz branca. Então disse a minha companheira de viagem para não entrar neste túnel, se ela o visse, ela perguntou por que, falei da “quase-morte” e disse que ela saberia reconhecer o túnel se o visse, falei seriamente e repeti algumas vezes isto. Então deite-me novamente para voltar a ser o universo, fiquei por mais algum tempo neste estado, poderia ficar ali o resto da minha vida, por mais que estivesse agradabilíssimo, fui atrás de novos estímulos, aproveitar o estado que estava, mas que já parecia caminhar para o declínio. Passamos por outro poste de luz, vi a luz projetada no chão, quase fui atraído novamente, mas queria outra coisa, apenas suspirei ao passar pela luz: “linda...”
Uma neblina intensa que impedia de enxergar até minha amiga, tomou conta do lugar, disse eu: perfeito! Agora estávamos no mais completo ‘conto de fadas’, o rosto de minha amiga se metamorfoseava em diferentes rostos, ganhava tamanho, perdia, mudava constantemente, as coisas ao longe eram borradas, mágico andar por ali.
Após a neblina acabar, não encontrei novos estímulos interessantes, procurei ouvir música, fechar os olhos, mas nada que eu realmente quisesse experimentar naquele momento. O que restava era contemplar, calmo e alegremente, o nascer do Sol que já iluminava o novo dia.
L’Esprit Libre.