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O começo do cristianismo visto por Marilia Fiorillo

Ecuador

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22/12/2007
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Em: http://oglobo.globo.com/blogs/prosa...sto-por-marilia-fiorillo&cod_Post=154712&a=96


Enviado por Miguel Conde - 19/1/2009 - 14:17

O começo do cristianismo visto por Marilia Fiorillo



Os primeiros séculos do cristianismo foram marcados pela disputa entre diversos grupos com interpretações diferentes sobre o significado dos ensinamentos de Jesus. Com o crescimento na religião, o racha nas interpretações logo virou uma briga por poder. No recém-lançado "O Deus exilado" (Civilização Brasileira), a professora da USP Marilia Fiorillo conta a história dos perdedores dessa briga, os chamados grupos gnósticos. Como ela explica nesta entrevista ao blog, são grupos que tinham em comum a valorização do conhecimento como caminho para a salvação, e assim, em contraste com os extremismos atuais, procuravam "conciliar o ímpeto pelo sagrado com a autonomia e liberdade de cada indivíduo".

Quando e em que circunstâncias surgem os primeiros movimentos gnósticos?

Falar em gnosticismo é o mesmo que falar em cristianismo primitivo, pois os cristãos gnósticos surgem com os primeiros grupos de seguidores de Jesus, já em finais do século I , e são praticamente os primeiros e únicos no Egito e na Síria oriental (que, com Antioquia e Roma, eram as metrópoles da nova religião), até o século IV. Isto ficou comprovado pela descoberta recente dos manuscritos de Nag Hammadi, e dos Evangelhos de Maria e de Judas, que, apesar de encontrados em locais diferentes, fazem parte de uma mesma "biblioteca" gnóstica, isto é, trazem uma versão própria e diferente do que as comunidades então acreditavam ter sido a mensagem do fundador Jesus.

Pode-se dizer que este livro trata de uma revisão histórica, ao dar voz aos perdedores da primeira batalha dentro do cristianismo, revelando fatos e ideários que não foram registrados na história oficial da Igreja. Esta, aliás, os combateu desde o princípio, e os derrotou de vez assim que a facção de Roma -a dos futuros católicos- ganhou a simpatia do imperador Constantino e se tornou a religião oficial do império romano.

A descoberta de um rico e vasto material sobre as comunidades gnósticas permitiu a divulgação, e reinterpretação, de uma outra versão sobre os primórdios do cristianismo. È interessante como esta questão das versões é atualíssima, e está em pauta, por exemplo, no principal episódio de política internacional que ocupou as manchetes nos últimos dias: os acontecimentos dramáticos que têm ocorrido na Faixa de Gaza. A versão oficial de Israel é a da legítima defesa; a versão de vários governos tem sido a de que se trata de um ataque desproporcional; já a versão do comissariado de direitos humanos da ONU, da Cruz Vermelha, da Anistia Internacional, da Human Rights Watch e de outras organizações humanitárias , após a divulgação dos últimos acontecimentos, é a de que se trata de um crime de guerra. A perseguição aos gnósticos foi brandíssima, mesmo tímida, se comparada ao atual massacre da população civil palestina. Mas em ambos os casos a história acaba se tornando a versão daquele que vence, daquele que ficou, ou ficará, para contá-la com autoridade ou legitimidade.


Quais são as principais questões que mobilizam seus integrantes, e quais os principais ramos que se desenvolvem?

Uma das principais características do gnosticismo é sua pluralidade. Eles divergem dos ortodoxos - aqui entendidos como os futuros católicos, "futuros" pois, até o século IV, ninguém poderia dizer ao certo quem era "orto", isto é, "reto", e quem era "hetero", isto é "diferente", pois as doxas (isto é, opiniões, no caso sobre o cristianismo) se equilibravam em número de adesões, importância e popularidade. Isto fica claro quando lembramos que dois dos expoentes gnósticos do século II, Valentino e Marcion, concorreram ao mais alto cargo de bispo inclusive em terreno alheio, isto é, Roma.

Assim, os gnósticos divergem mesmo entre si, e muito: há os que acham que a ressurreição foi só simbólica (os docéticos) e os que crêem que foi real, material; há aqueles simpáticos a certas passagens da Torá hebraica e os que a repudiam veementemente; os que acham que Jesus era um sábio, ou um anjo, ou um mestre ou a própria divindade.

Neste oceano de divergências compartilhadas eles têm, porém, três princípios em comum: 1) o de que o caminho para a salvação se faz pela gnose, ou conhecimento direto e individual de Deus, e não pela fé em algo transmitido por terceiros; 2) a idéia de que conhecer Deus é se conhecer, isto é, que cada pessoa possui uma faísca do divino em si; e 3) uma certa insolência ou arrogância que se revela tanto no estilo de seus evangelhos como no menosprezo que devotam aos opositores ortodoxos, para eles uns "tolos" e "falsos cristãos".


Como se dá o diálogo entre esses pensadores e o cristianismo?

Na verdade esses pensadores –pregadores, lideranças ou escritores- são tão cristãos quanto os que ficaram com o título. O diálogo e debate é intenso e feroz, eles se acusam mutuamente (de ímpios ou tolos) e há mesmo autores que dizem ser impossível imaginar a Igreja sem eles, pois eram a sombra uns dos outros, tamanha a competição, e em pé de igualdade. Dois padres da Igreja escreveram profusamente sobre eles no segundo século, Irineu de Lyon e Tertuliano de Cartago –este último foi tão zeloso em sua campanha que seu purismo acabou levando-o a ser excomungado pela própria Igreja.

Quando Irineu e Tertuliano acusam os gnósticos de "serpentes, escorpiões, devassos", o que lhes incomoda são principalmente dois traços de seus adversários: a imaginação (muitas vezes desenfreada ), e a audácia.

A principal acusação de Irineu era a de que os gnósticos não possuíam "o medo de Deus em seus corações". Para este primeiro teólogo da Igreja, o medo da punição divina era o que forjava um bom cristão, e como os gnósticos não pareciam movidos a medo, sugeriu que o melhor método para tratar estes adversários internos era "ferir fundo a besta". A principal crítica de Tertuliano -além de seu horror ao "despudor" das mulheres que participavam como iguais dos cultos gnósticos- era que estes "dissidentes" misturavam platonismo, isto é, filosofia, com cristianismo, e se permitiam a veleidade de pensar como bem entendiam. A "humanidade" (sic) com que os gnósticos se tratavam, assim como o "atrevimento" de suas mulheres , além da mania petulante deles de "perguntar sobre tudo" eram, segundo Tertuliano, vícios imperdoáveis.

Mas o mais interessante, agora que se pode ler na íntegra as idéias contidas nos manuscritos gnósticos, é notar o quanto a teologia dita ortodoxa nasceu, na verdade, de um empréstimo das idéias gnósticas, viradas do avesso. Por mais que Irineu e Tertuliano abominassem a imaginação gnóstica, foi nela que beberam. A teologia ortodoxa nasce como uma teologia da refutação, em que os éons dos gnósticos foram transformados em anjos, a ignorância (para os gnósticos, fonte de todo mal) virou pecado e a questão do sofrimento humano foi equacionada no livre-arbítrio.


Em que o gnosticismo pode ser importante para as reflexões contemporâneas?

Em uma palavra: no amor à liberdade. Os gnósticos eram ridicularizados e atacados por seus oponentes tanto por seu "excesso de imaginação" , isto é, pela livre interpretação que faziam da mensagem cristã (um de seus críticos dizia que eles empilhavam doutrinas como quartos de aluguel, e que havia tantos gnosticismos quanto membros de uma congregação), quanto por sua excessiva tolerância –eles admitiam que mulheres virassem bispos, adotavam o sistema de funções em rodízio, e achavam que o contato com Deus era direto e não precisava da intermediação de uma casta sacerdotal. A principal lição destes anarquistas espirituais é o elogio da convivência, o gosto pela diferença, e uma profunda antipatia por dogmas e autoridades auto-proclamadas. Numa época como a nossa, em que os fundamentalismos religiosos de todos os matizes ganham terreno, o gnosticismo é uma rara e feliz mostra de que, certa vez, foi possível conciliar o ímpeto pelo sagrado com a autonomia e liberdade de cada indivíduo, deixando os assuntos de Deus a cargo e competência de cada um, em vez de excluir, perseguir e matar coletivamente em Seu nome.
 
Entre essas primeiras sociedades Cristãs e no caso pré cristã, me interessa muito o estudo dos Essenios, Relatam até que jesus na fase Obscura na infancia e adolescencia, viveu e aprendeu os ensinamentos dos essenios, eram naturalistas e viviam em pequenas sociedades onde o que imperava era a liberdade e o amor.

leitura recomendada:

Os Essênios: Sua História e Doutrinas
editora: pensamento
Descrição: O autor faz uma exposição imparcial das doutrinas e práticas dos essênios, mostrando sua ascensão e progresso, como estuda seu relacionamento com o Judaísmo e, principalmente, com o Cristianismo nascente.


Ja os manuscritos de Nag Hammadi, ja li, e não achei muito diferente dos textos biblico que chegaram até nós, mas também me parece que esses manuscritos ficaram em poder do vaticano, ai fica dificil aparecer algo novo ou revelador, como sempre manipulando o que o gado pode (ou quer) saber.

A grande verdade é que dificilmente vamos saber o que realmente aconteceu naqueles tempos, haja visto a filtragem que ocorreu nas mensagens que chegaram até nós, tanto nos erros de tradução quanto nos concilios que ocorreram.
 
Obrigado por compartilhar, essa informação foi valiosissima para mim.
 
bons tempos aqueles... ai ai...
eehehhehehe

deve ter sido fascinante esse periodo pré-catolico de 4 seculos, os ensinamentos de Jesus ainda estavam "quentes", e os que sabiam ouvir puderam interpretar a mensagem real.

"religião é como um rio, quanto mais proximo da nascente mais pura é a agua"
 
Li um livro do Gerald Messadie, um bom apanhado histórico, esse autor ainda, bebe em fontes quentes, escreveu um livro chamado O Homem Que Se Tornou Deus .
Recomendo, ele comenta muito sobre os essênios, fala que Jesus teve o seu aprendizado na Índia, e a maioria dos milagres que ele operou nada mais eram que feitos desconhecidos pelo povo, como por exemplo transformar água em vinho, multiplicar os pães, curar os cegos etc.

Conta ainda, como Jesus já era contra os dogmas da Igreja.
 
Há muitas interpretações diferentes sobre Jesus.

Segue opinião que recolhi em uma lista, segundo a qual Jesus teria afinidade com os fariseus:

"Jesus Cristo foi o judeu mais famoso da humanidade, mas é recordado hoje como um cristão. Surpreendentemente, ao invés de procurar entender o que estava por trás do mito da figura de Jesus, a comunidade judaica, concordou com a versão cristanizada de Jesus, aceitando esta distorção da história, e tende a considerar Jesus como um estranho.

Como uma múmia cujas as bandagens devam ser removidas, 2.000 anos de gazes cristãs devem ser descascadas para descobrirmos o Jesus judeu. Ao lermos a história original de Jesus no novo testamento, antes deste ser modificado por Paulo e Lucas, que trabalharam após a rebelião judaica mal sucedida nos anos 66-70, e cuja intenção era tornar Jesus menos judaico e mais romano, menos um rebelde político que combatia as regras romanas e mais um revolucionário religioso judaico que combatia a corrupta hierarquia judaica. Estes editores cristãos esconderam a mensagem do Jesus real de revolta política contra Roma. O Jesus real era um patriota judeu profundamente religioso que combatia os romanos devido a crueldade com que dominavam os judeus e devido ao seu paganismo. Jesus nunca revogou as leis da Torah, e condenou expressamente aqueles que advogaram fazer assim (5:18 matt.). Jesus sempre andou com um yarmulke (vestimenta dos judeus religiosos). O retrato de Jesus enfrentando os fariseus, a liderança rabínica judaica, é um dispositivo cristão projetado para implicar os judeus na morte de Jesus. A prova que Jesus era comprometido com as idéias dos fariseus pode ser recolhida através da percepção que quase todos seus ensinos são meramente interpretações dos de ensinos (talmúdicos) do antigo testamento e dos fariseus. Os exemplos incluem alguns dos provérbios mais comentados de Jesus', tais como o sermão do monte " Os justos herdarão a terra e nela habitarão para sempre que é um restatement dos salmos 3:
"os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz , e do mesmo modo, o pronunciamento de Jesus' que "se qualquer um o golpear no mordente direito, a volta a ele o outro também" (5:39 matt.) é um restatement de Lamentations 3:30: "ofereça sua face para quem lhe fere." Quando Jesus é descrito pelos evangelhos desrespeitando o Sabbath, oferece argumentos talmúdicos para faze-lo, estes argumentos são baseados em ensinamentos dos fariseus. Como Hyam Maccoby escreve no Mythmaker: Jesus' afirma, ' o Sabbath foi feito para o homem, não o homem para o Sabbath ' este ensinamento suporta a doutrina rabínica da época de que salvar uma vida está acima da lei do Sabbath." Jesus não mostra nenhum interesse em fundar uma religião nova ou em converter pessoas não judias como se faz repetidamente no evangelho. Certamente, em vários pontos Jesus expressa seu descontentamento para com os gentios (matt: 10: 5-7, matt. 15:22-26), uma atitude consistente com o combate aos romanos que ele pregava.. Quanto a reivindicar ser o messias judeu, Jesus fêz assim somente no sentido histórico judaico de um rei judeu prometido que se levantasse para lutar contra os inimigos de Israel, reestabelecendo a soberania judaica sobre a terra santa. Ateado fogo com seu entusiasmo religioso, a intenção de Jesus' era conduzir a um insurreição política de encontro à ocupação romana, e por isso ele foi assasinado. LUCAS 23:2 mostra claramente que o ataque a Jesus era devido a sua rebelião política: "nós encontramos este companheiro pervertindo a nação e proibindo -a de dar o tributo a Cesar, dizendo que ele mesmo é Cristo, o rei." É por causa disso, que encontramos Jesus instruindo seus seguidores para comprarem uma espada, na preparação para uma ação militar com o cohort romano no jardim de Gethsemane. Os Romanos requisitaram sua execução rápida porque todo o reivindicador do trono de David foi crucificado. O inimigo de Jesus' era conseqüentemente o corrupto sacerdote judaico, Caiaphas, que era músculo político de Roma em Jerusalem e desprezado pelos judeus por ser um colaborador romano. Certamente, Lucas 13:31 mostra que que os rabinos tinham protegido Jesus', e que os fariseus conservaram mais tarde as vidas de Pedro e Paulo e dos outros apóstolos da execução p(atos 5:33-40; 23:6-9). Muitos judeus acreditam hoje que os rabinos odiaram Jesus porque ele afirmou ser divino, mas ele nunca fez esta reivindicação. Jesus usava constantemente a expressão, "filho do homem," esta expressão é comum entre os profetas judeus, em especial Esequiel Do mesmo modo, Jesus' gostava de falar no nome do deus no singular da primeira pessoa (eu) como Moises falava no Deuteronimo e Elias no livro dos reis. Os profetas frequentemente não se distinguiam de deus, pois foram escolhidos para falar em nome de deus. Mais tarde, depois que os milhões de judeus foram mortos na revolta dos anos 66-70, o evangelho foi editado para remover todos traços do discurso anti- romano de Jesus . A história foi mudada para um conflito entre Jesus e os judeus ao invés de um conflito de Jesus com os romanos. Mas a edição do texto original foi incompleta, e grande parte da história original foi preservada , especialmente quando percebemos que há muitos textos diferentes do evangelho. A transformação de Jesus do amante de Israel a um inimigo jurado do povos judeu, como John 8 Jesus citando os judeus como as crianças de Satan que estão condenadas a maldição no inferno, é um ato de manipulação que criou 2.000 anos trágicos de anti-semitismo cristão. Restaurar as raízes de Jesus como judeu, pode reaproximar o judaísmo e o cristianismo. Os judeus e os cristãos podem não ter a mesma religião. Mas pela primeira vez em dois milênios podem buscar a coomprensão mutua ao usarem a personalidade de Jesus de Nazareth como uma ponte, mesmo enquanto continuam a compreende-lo de maneiras completamente diferentes.

O escritor, é rabino e autor, regularmente participa de discussões com líderes cristãos e está trabalhando atualmente em um livro que pesquisa a identidade judaica de Jesus (www.shmuley.com).

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Jesus Christ is the most famous Jew of all time, but is today remembered as a Christian.
Surprisingly, the Jewish community has accepted this distortion of history, and tends to regard Jesus as an apostate. How odd that the Jews would accept a Christian version of one of their brethren rather than seeking to discover the man entombed beneath the myth.
Like a mummy whose bandages must be removed, 2,000 years of Christian gauze must be stripped away so we may discover the Jewish Jesus. We may do so by reading the original story of Jesus in the New Testament, before it was modified by Pauline and Lucan editors, who worked after the failed Jewish rebellion against Rome in the years 66-70, and whose intention it was to make Jesus less Jewish and more Roman, less a political rebel against Roman rule and more a Jewish religious revolutionary who inveighed against a corrupt Jewish hierarchy.
These Christian editors hid the real Jesus' message of political revolution against Rome, thereby transforming him into a sound-bite-speaking do-gooder who loved the Romans and hated his people.
THE REAL Jesus was a deeply religious Jewish patriot who despised the Romans for their cruelty to his people and for their paganism. He never once abrogated the laws of the Torah, and expressly condemned those who advocated doing so (Matt. 5:18). Jesus walked the earth with a yarmulke and a beard rather than a halo and a cross.
The portrayal of Jesus as being at odds with the Pharisees, the Jewish rabbinical leadership, is a later Christian device designed to implicate the Jews in Jesus' death. The proof that Jesus was a committed Pharisee throughout his life can be gleaned from how nearly all of his teachings are merely restatements of classical biblical and Fariseus (talmudic) teachings.
Examples include some of Jesus' most celebrated sayings, like the Sermon on the Mount's "Blessed are the meek, for they shall inherit the earth," which is a restatement of Psalms 3: "The meek shall inherit the earth, and delight themselves in the abundance of peace."
Likewise, Jesus' pronouncement that "If anyone strikes you on the right cheek, turn to him the other also" (Matt. 5:39) is a restatement of Lamentations 3:30: "Let him offer his cheek to him who smites him."
When Jesus is described by the Gospels as desecrating the Sabbath, he offers well-reasoned talmudic arguments for doing so, arguments based on sound Fariseus teachings. As Hyam Maccoby writes in The Mythmaker: "Jesus' celebrated saying, 'The Sabbath was made for man, not man for the Sabbath' is found almost word for word in a Pharisee source, where it is used to support the [rabbinical] doctrine that the saving of life takes precedence over the law of the Sabbath."
Jesus shows no interest in founding a new religion or in converting non-Jews, a point he makes repeatedly in the Gospels. Indeed, at various points Jesus expresses contempt for Gentiles (Matt: 10: 5-7, Matt. 15:22-26), an attitude that would be consistent with the extreme anti-Romanism he preached.
WHILE CLAIMING to be the Jewish messiah, Jesus did so only in the Jewish historical sense of a promised Jewish king who would arise to fight Israel's enemies, evict them from Israel and reestablish Jewish sovereignty over the Holy Land. Fired by his religious zealotry, Jesus' intention was to lead a political insurrection against Roman occupation, for which he was killed.
Luke 23:2 makes it abundantly clear that the charge against Jesus was political rebellion: "We found this fellow perverting the nation and forbidding to give tribute to Caesar, saying that he himself is Christ, a King." This is also why we find Jesus instructing his followers each to buy a sword, in preparation for a military action with the Roman cohort in the Garden of Gethsemane.
The Romans ordered his swift execution because any claimant to the throne of David was met with instant crucifixion. Jesus' enemy was therefore the corrupt Jewish High Priest, Caiaphas, who was Rome's political muscle in Jerusalem and was despised by his fellow Jews as a collaborator.
Indeed, Luke 13:31 makes it clear that the rabbis had previously saved Jesus' life, and that the Pharisees later saved the lives of Peter, Paul, and the rest of the apostles from execution by the corrupt High Priest and his cronies (Acts 5:33-40; 23:6-9).
MANY JEWS today believe that the rabbis hated Jesus because he claimed to be divine, but he never made any such claim. His oft-repeated _expression, "Son of Man," is common among Jewish prophets, especially Ezekiel. Likewise, Jesus' penchant for speaking in God's name in the first person singular is practiced by Moses in Deuteronomy and by Elijah in the book of Kings. Prophets often failed to distinguish between themselves and God, since they were deputized to speak in God's name.
Later, after millions of Jews were killed in the revolt of the years 66-70, the Gospels were edited to purge Jesus of any trace of anti-Roman vitriol. The story was changed to a conflict between Jesus and the hated Jews rather than Jesus and the powerful Romans. But the editing was incomplete, and a great deal of the original story remains, especially since there were so many different Gospel texts.
The transformation of Jesus from lover of Israel to a sworn enemy of the Jewish people, with John 8 quoting Jesus as berating the Jews as children of Satan who are condemned to damnation in hell, is a contemptible act of character manipulation that led to 2,000 tragic years of Christian anti-Judaism.
Restoring Jesus to his Jewish xuxa, by contrast, could usher in a new era of Jewish-Christian rapprochement. Jews and Christians may not meet through the same religion. But for the first time in two millennia they can forge a bond of kinship using the personality of Jesus of Nazareth as a bridge, even as they continue to understand him in completely different ways.
The writer, a rabbi and author, regularly participates in broadcast discussions with leading Christian scholars and is currently working on a book on the Jewish identity of Jesus (www.shmuley.com)."

Enfim, estando tão distante na história ...
 
A pesquisa histórica (O começo do cristianismo visto por Marilia Fiorillo) está correta.
Também creio que Deus deva ser acessado diretamente e não através da autoridade de terceiros.
A experiência pessoal - cuidando para não se pôr ênfase na pessoa, no ego - é que vivifica.

Que o Livro transforme-se em sangue, que corre nas veias feito
Vida.

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Por outro lado, esse artigo sobre Jesus e os fariseus, não corresponde muito ao que acredito ser a verdade. Jesus tinha formação judaica sim, mas também combatia a doutrina de homens dos fariseus.
 
 
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