Olha, não sei dizer se isso foi uma badtrip ou apenas um medo, por isso preferi postar neste tópico...
Bom vamos ao relato, já tive uma experiência com P.cubensis que relatei um tempo atrás aqui mas foi sozinho. Ontem dia 15 de dezembro as 14:30 saimos eu e mais um amigo para colher alguns cogumelos, ainda estava chuvendo mas logo o sol apareceu quando chegamos no pasto, subimpa! Antes mesmo de ter a experiencia já estava dando risada sozinho, por ter encontrado os mágicos, colhemos cerca de 21 cogumelos, voltamos pra casa onde moro e fizemos o chá com 400ml de agua... 200ml pra cada, 2 copos.
Era 16:30 da tarde quando ingerimos o chá, meu amigo nunca havia tomado mas estava curioso pra saber como era, eu o orientei avisei que não era brinquedo, não é simplesmente usar e ficar doidão, a coisa parte mais pro lado espiritual, ele aceitou de boa e fomos... Arrumamos meu quarto e colocamos um colchão no chão, eu fiquei na cama e ele no colchão, colocamos umas músicas no Pink Flod para fluir a trip, passado 40 minutos começão os efeitos, ânsia, vontade de vomitar, estomago virando, e o corpo mole como se estivessemos totalmente embriagados ao ponto de se escorar nas paredes, ao longo da trip no quarto a parede começa a ondular, as texturas ficam mais nitidas e se movem, meu colega começa a dizer que estava perdido, não sabe nem onde está... isso me assustou um pouco porque apesar de tudo, eu ainda dava conta de mim mesmo que estava em casa, na minha vila, ele já não distorcia coisa com coisa e começa rir, isso me contagiou e a gente não conseguia mais conversar, apenas davamos risadas muita risada, algo dentro de nos parecia que ia explodir de tanta feliciadade, veis pulsando, cabeça com pressão e acelerada, mas a alegria... a alegria, nunca senti algo tão puro na minha vida como aquele momento, teto se mexendo, janela ondulando, e a risada que não parava, apenas riamos como crianças que descobrem algo novo, resolvemos ir lá fora porque deitado começa a ficar desconfortável, tontura, enjoo, estava aquele tempo nublado, e fomos lá fora e colocamos um tijolo cada um na parte do quintal pra sentar, o chão começa a se mover, parece que tem várias formigas andando pelo chão e as coisas se fundem, parede entra na terra, o chão se move e faz buracos como se fossem um vacuo, redondo e rodando que parece nos sugar... pergunto ao meu amigo se ele sente isto e ele diz que sim, apesar não precisa nem dizer, o clima, a sensação no ar, estamos na mesma vibe, conectados, e interagidos duma forma diferente, com amor, afeto, amizade, pureza, sem maldade.
Olho pro céu e as nuvens parecem rosa, se formam em 3D com efeitos nitidos e muito coloridos, as coisas estão vivas, cheias de energia, que nos contagia... O desconforto ainda continuava e havia passado cerca de 1h30 desde que ingerimos o chá, resolvemos voltar pra sala e cada um deitou em um sofá, olhando o teto parecia derreter e nos sugar, começamos a nos sentir incomodados, em pé não era bom deitado muito pior, o corpo mole, mas ao mesmo tempo pesado, sensações de frio e calor, sentimos algo borbulhar no nosso sangue e principalmente na nossa cabeça, alucinações fortes, e ao mesmo tempo começava um vazio, um sentimento que você sabe que apesar de tudo, de ter familia, de ter amigos, de viver nesse mundo, você é sozinho, quando morrer não terá nada disso, o fato de desapego das coisas, acho que na verdade o fato do ego começou a me sufocar, não sei mais dizer sobre meu amigo essa hora, ele so rungia e falava "nossa aaaaaaaaaah" algo to perdido... Eu dizia pra ele parar de conversar comigo que estava ficando descofortável, eu pelomenos estava no pico da viajem, parecia que eu não fazia parte do meu corpo, eu imaginava estar la no portão da minha casa e estava, mesmo deitado no sofá da sala me via nitidamente lá, só bastava imaginar. Comecei a me sentir com medo, ao saber como se eu soubesse o que era morrer, o que era não fazer parte desse mundo, dos sentimentos derretidos ao vento, do amor materno se difundindo no espaço e nunca mais voltando a fazer parte do meu ser, eu estava vazio estranho... Ai que nesse momento algo me surpreende, minha mãe me ligando... Ela foi viajar para curitiba-pr e nos moramos em botucatu-sp, de fato é longe, 600km, atendo e celular e na hora me vem um sentimento muito bom, de amor, de saber que ela se preocupa comigo, de que eu tenho familia, de que realmente eu tenho medo de ficar sozinho e sou demais apegado com ela, converso com ela digo que esta tudo bem e que a casa está em ordem, então ela desliga...
Nesse momento sinto que morro no final da ligação, a sensação de perda, do que estamos acostumados me assustou demais... eu me sentia vazio pensamentos confusos, rápidos e descordenados, não estava mas pensando coisa com coisa, eu girava em torno do mundo muito rápido e isso rodava minha cabeça e formigava meu corpo... Nunca tinha sentido isso antes, me sinto inseguro, com medo do mundo, das coisas simplesmente parece que meu ego me prende aqui e não consigo me soltar, fico na ponte da indecisão e vejo o quanto realmente sou apegado as coisas, e que pra mim alcançar o pico do desprendimento do ego que ainda acredito muito que alcançarei essa luz, mesmo apanhando muito, caio na real nesse momento que preciso aprender a aceitar a morte, a aceitar que tudo aqui é passageiro e que a realidade oculta e outra coisa, sombria pros desconhecidos... Não sei dizer se isso foi uma bad ou um entendimento, no fundo quando a coisa começou a cessar um pouco e o que restou foi apenas o vazio e a volta na realidade com as cores meio desfocadas avermelhadas ainda começo a conversar com meu amigo e interagimos um com o outro sobre o que tinha ocorrido, tudo bateu, não teve diferenças, ficamos confusos e com medo da solidão, a distorção do tempo que tinha passado como anos em 1 segundo, ou sei lá... era 20:45 da noite quando voltamos em nós, parecia que nossa alma vagando por ai voltara para o corpo com receio... Ainda estamos um pouco baquiados, como se tivessemos tomados uma verdadeira surra de algo, voltamos e começamos a conversar muito, uma conversa meio de medo e confusão do tempo e as coisas, mas ao mesmo tempo o sentimento de corpo leve, alma lavada, purificada dos males do mundo... ficamos um tempo sentando em cada sofá durante 2h ainda, como se estivessemos um pouco louco ainda, mas sã, somente baquiados, a sensação de paz e conforto era indescrítivel, meu amigo que nunca havida tomado me dizia que tinha se livrado de algo muito pesado nas costas, era 23h quando resolvemos fumar um cannabis pra colocar as idéias no lugar, juro que não senti muito o efeito da cannabis, estava ainda encanado com o que havia acontecido com nós aquela tarde... Parecia que havera passado anos, muito estranho a sensação de se perder no tempo ou simpleste paralo... ele me pede pra levar ele embora, fui porque a casa dele e longe, então o levei de moto... Voltei pra casa, não havia almoçado nem jantado, fui dormir estava cansado...
Acordei agora e senti necessidade de relatar, quero ajuda de alguém por que por incrível que pareça, na hora que estava com medo das coisas, pensava em nunca mais tomar cogumelo, não que essa seja minha real intensão, não sei se os amigos sabem descrever o medo... Quando voltei em mim me toquei da besteira que havia dito, os cogumelos não são brinquedo... Eles jogão na sua cara aquilo que você nega no seu cotidiano que nega ver, ele da isso como um tapa na sua cara e por isso a inseguransa, o medo de saber quem realmente sou, egoista, frio, bipolar ou sei lá... Quero saber se hoje eu ainda posso ter uma trip pra buscar mais entendimento, por que agora me toquei como sou apegado as coisas, e apesar do susto, sinto necessidade e me libertar um pouco mais, isso foi apenas um passo... Preciso aceitar a morte e o fato de que nada dura pra sempre... Luz
Bom vamos ao relato, já tive uma experiência com P.cubensis que relatei um tempo atrás aqui mas foi sozinho. Ontem dia 15 de dezembro as 14:30 saimos eu e mais um amigo para colher alguns cogumelos, ainda estava chuvendo mas logo o sol apareceu quando chegamos no pasto, subimpa! Antes mesmo de ter a experiencia já estava dando risada sozinho, por ter encontrado os mágicos, colhemos cerca de 21 cogumelos, voltamos pra casa onde moro e fizemos o chá com 400ml de agua... 200ml pra cada, 2 copos.
Era 16:30 da tarde quando ingerimos o chá, meu amigo nunca havia tomado mas estava curioso pra saber como era, eu o orientei avisei que não era brinquedo, não é simplesmente usar e ficar doidão, a coisa parte mais pro lado espiritual, ele aceitou de boa e fomos... Arrumamos meu quarto e colocamos um colchão no chão, eu fiquei na cama e ele no colchão, colocamos umas músicas no Pink Flod para fluir a trip, passado 40 minutos começão os efeitos, ânsia, vontade de vomitar, estomago virando, e o corpo mole como se estivessemos totalmente embriagados ao ponto de se escorar nas paredes, ao longo da trip no quarto a parede começa a ondular, as texturas ficam mais nitidas e se movem, meu colega começa a dizer que estava perdido, não sabe nem onde está... isso me assustou um pouco porque apesar de tudo, eu ainda dava conta de mim mesmo que estava em casa, na minha vila, ele já não distorcia coisa com coisa e começa rir, isso me contagiou e a gente não conseguia mais conversar, apenas davamos risadas muita risada, algo dentro de nos parecia que ia explodir de tanta feliciadade, veis pulsando, cabeça com pressão e acelerada, mas a alegria... a alegria, nunca senti algo tão puro na minha vida como aquele momento, teto se mexendo, janela ondulando, e a risada que não parava, apenas riamos como crianças que descobrem algo novo, resolvemos ir lá fora porque deitado começa a ficar desconfortável, tontura, enjoo, estava aquele tempo nublado, e fomos lá fora e colocamos um tijolo cada um na parte do quintal pra sentar, o chão começa a se mover, parece que tem várias formigas andando pelo chão e as coisas se fundem, parede entra na terra, o chão se move e faz buracos como se fossem um vacuo, redondo e rodando que parece nos sugar... pergunto ao meu amigo se ele sente isto e ele diz que sim, apesar não precisa nem dizer, o clima, a sensação no ar, estamos na mesma vibe, conectados, e interagidos duma forma diferente, com amor, afeto, amizade, pureza, sem maldade.
Olho pro céu e as nuvens parecem rosa, se formam em 3D com efeitos nitidos e muito coloridos, as coisas estão vivas, cheias de energia, que nos contagia... O desconforto ainda continuava e havia passado cerca de 1h30 desde que ingerimos o chá, resolvemos voltar pra sala e cada um deitou em um sofá, olhando o teto parecia derreter e nos sugar, começamos a nos sentir incomodados, em pé não era bom deitado muito pior, o corpo mole, mas ao mesmo tempo pesado, sensações de frio e calor, sentimos algo borbulhar no nosso sangue e principalmente na nossa cabeça, alucinações fortes, e ao mesmo tempo começava um vazio, um sentimento que você sabe que apesar de tudo, de ter familia, de ter amigos, de viver nesse mundo, você é sozinho, quando morrer não terá nada disso, o fato de desapego das coisas, acho que na verdade o fato do ego começou a me sufocar, não sei mais dizer sobre meu amigo essa hora, ele so rungia e falava "nossa aaaaaaaaaah" algo to perdido... Eu dizia pra ele parar de conversar comigo que estava ficando descofortável, eu pelomenos estava no pico da viajem, parecia que eu não fazia parte do meu corpo, eu imaginava estar la no portão da minha casa e estava, mesmo deitado no sofá da sala me via nitidamente lá, só bastava imaginar. Comecei a me sentir com medo, ao saber como se eu soubesse o que era morrer, o que era não fazer parte desse mundo, dos sentimentos derretidos ao vento, do amor materno se difundindo no espaço e nunca mais voltando a fazer parte do meu ser, eu estava vazio estranho... Ai que nesse momento algo me surpreende, minha mãe me ligando... Ela foi viajar para curitiba-pr e nos moramos em botucatu-sp, de fato é longe, 600km, atendo e celular e na hora me vem um sentimento muito bom, de amor, de saber que ela se preocupa comigo, de que eu tenho familia, de que realmente eu tenho medo de ficar sozinho e sou demais apegado com ela, converso com ela digo que esta tudo bem e que a casa está em ordem, então ela desliga...
Nesse momento sinto que morro no final da ligação, a sensação de perda, do que estamos acostumados me assustou demais... eu me sentia vazio pensamentos confusos, rápidos e descordenados, não estava mas pensando coisa com coisa, eu girava em torno do mundo muito rápido e isso rodava minha cabeça e formigava meu corpo... Nunca tinha sentido isso antes, me sinto inseguro, com medo do mundo, das coisas simplesmente parece que meu ego me prende aqui e não consigo me soltar, fico na ponte da indecisão e vejo o quanto realmente sou apegado as coisas, e que pra mim alcançar o pico do desprendimento do ego que ainda acredito muito que alcançarei essa luz, mesmo apanhando muito, caio na real nesse momento que preciso aprender a aceitar a morte, a aceitar que tudo aqui é passageiro e que a realidade oculta e outra coisa, sombria pros desconhecidos... Não sei dizer se isso foi uma bad ou um entendimento, no fundo quando a coisa começou a cessar um pouco e o que restou foi apenas o vazio e a volta na realidade com as cores meio desfocadas avermelhadas ainda começo a conversar com meu amigo e interagimos um com o outro sobre o que tinha ocorrido, tudo bateu, não teve diferenças, ficamos confusos e com medo da solidão, a distorção do tempo que tinha passado como anos em 1 segundo, ou sei lá... era 20:45 da noite quando voltamos em nós, parecia que nossa alma vagando por ai voltara para o corpo com receio... Ainda estamos um pouco baquiados, como se tivessemos tomados uma verdadeira surra de algo, voltamos e começamos a conversar muito, uma conversa meio de medo e confusão do tempo e as coisas, mas ao mesmo tempo o sentimento de corpo leve, alma lavada, purificada dos males do mundo... ficamos um tempo sentando em cada sofá durante 2h ainda, como se estivessemos um pouco louco ainda, mas sã, somente baquiados, a sensação de paz e conforto era indescrítivel, meu amigo que nunca havida tomado me dizia que tinha se livrado de algo muito pesado nas costas, era 23h quando resolvemos fumar um cannabis pra colocar as idéias no lugar, juro que não senti muito o efeito da cannabis, estava ainda encanado com o que havia acontecido com nós aquela tarde... Parecia que havera passado anos, muito estranho a sensação de se perder no tempo ou simpleste paralo... ele me pede pra levar ele embora, fui porque a casa dele e longe, então o levei de moto... Voltei pra casa, não havia almoçado nem jantado, fui dormir estava cansado...
Acordei agora e senti necessidade de relatar, quero ajuda de alguém por que por incrível que pareça, na hora que estava com medo das coisas, pensava em nunca mais tomar cogumelo, não que essa seja minha real intensão, não sei se os amigos sabem descrever o medo... Quando voltei em mim me toquei da besteira que havia dito, os cogumelos não são brinquedo... Eles jogão na sua cara aquilo que você nega no seu cotidiano que nega ver, ele da isso como um tapa na sua cara e por isso a inseguransa, o medo de saber quem realmente sou, egoista, frio, bipolar ou sei lá... Quero saber se hoje eu ainda posso ter uma trip pra buscar mais entendimento, por que agora me toquei como sou apegado as coisas, e apesar do susto, sinto necessidade e me libertar um pouco mais, isso foi apenas um passo... Preciso aceitar a morte e o fato de que nada dura pra sempre... Luz
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