Passaram 11 meses.... quase 1 ano depois da "última experiência de minha vida"....
.... esses 11 meses foi o tempo necessário para eu juntar as peças do quebra-cabeça que me foi dado durante minhas trips....
... de lá para cá nunca mais tive contato com a psilocibina ou qualquer outra substância... vivi somente um amadurecimento lento sobre toda a informação que recebi...
... hoje muita coisa mudou... muito foi compreendido por mim..... quero voltar atrás em tudo o que eu escrevi sobre abandonar os cogumelos... houve sim uma ENORME ascensão espiritual em meu ser... sou outra pessoa, muito mais esclarecido e evoluído espiritualmente, consertei muitas coisas que estavam erradas em minha vida.
Agora compreendo tudo o que se passou nessa minha última experiência... hoje, quase 1 ano depois, lí e re-li todos os comentários dos amigos aqui do fórum. TODOS, sem exceção, tem razão em suas colocações. ALGUNS, que são mais experientes na enteogenia, acertaram em cheio (100%) no diagnóstico da minha última experiência.
Os pontos que considero são:
- Sem dúvida alguma de que a psilocibina é uma enorme fonte espiritual (atalho), porém somente se corretamente utilizada sob rígida metodologia.
- As primeiras experiências de quem é novato na enteogenia são as piores. Justamente por ser novato é que eu me assustei. Afinal somos doutrinados numa realidade desde que nascemos e de repente a verdadeira realidade nos é apresentada em poucas horas.... para quem não é preparado (e todo iniciante nunca é) fatalmente ocorrerão turbilhões de problemas relacionados á experiência, durante a após. Um tempo é necessário (semanas ou meses) para poder digerir tudo o que se passou e então evoluir com o que se aprendeu.
- Sem dúvida que nosso ser terrestre (alguns chamam de ego) possuí mecanismos de defesa cujo objetivo é evitar que a verdadeira realidade seja descoberta. O medo, sob diversas formas, é o mecanismo mais usado por ele.
- Em todas as minhas primeiras experiências errei principalmente em querer "dar nome aos bois". Hoje vejo que a experiência não deve ser compreendida, monitorada ou racionalizada em hipótese alguma. Devemos apenas deixar fluir! sem querer entender, apenas deixar que nossa pureza assuma o controle do nosso ser e surfar na contemplação.
- Descobri que a preparação do indivíduo depende exclusivamente do seu estilo de viver e ver a vida, isso é o que vai determinar o sucesso de suas experiências. Infelizmente este é o obstáculo mais difícil a ser transposto: estar com a vida perfeita para se entregar á enteogenia. São muitos os pontos que devem estar em equilíbrio na vida da pessoa que deseja realmente evoluir, dentre eles destaco o que acredito ser o principal de todos, o DESAPEGO. Este item é de extrema significância e talvez leve anos até ser conquistado, mas após é só desfrutar da felicidade plena na enteogenia.
- Estados alterados de consciência são plenamente aproveitados se 2 coisas forem unidas: RITUAL MUSICAL + PESSOAS NO MESMO ESTADO. Acredito ser impossível ter bad trips em meio a rituais que contenham música e muitas pessoas no mesmo estado alterado, prova disso é o Santo Daime e as Raves. Porém isto não é uma regra mas apenas uma sugestão.
- Por fim, o Setting faz toda a diferença. É uma pena que a maioria das primeiras experiências relatadas no fórum (inclusive as minhas) não tem o respeito necessário com o setting.
NeuroFX
Não acredito que vc vai deixar a psilocibina, vc ainda vai usá-la novamente. O motor já começou a girar, a roda gigante iluminada não vai mais parar.
Absolutamente! Os que chegam até aqui não podem parar de vislumbrar o aprendizado obtido. Mesmo que intervalos sejam necessários para assimilar o aprendizado conquistado.
Eu ainda não estou com a vida preparada para me aprofundar na enteogenia, porém estou trabalhando para isso. Acredito que dentro de meses ou anos meu ser e minha vida poderão estar de braços abertos para usufruir 100% dos benefícios da psilocibina em altas dosagens... até lá pretendo usar somente baixas doses (1/2 cogumelo) em settings cuidadosamente preparados.
Enfim... estou de volta!