- 23/06/2020
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Bom pessoal, vim aqui hoje relatar mais uma trip pra vocês...
Eu tinha feito um relato imenso, geralmente descrevo elas detalhadamente como experiências mesmo...
Dessa vez, vou deixar aqui apenas um pequeno texto que fui inspirado a fazer junto com meu desenho (sempre costumo desenhar algo sobre uma determinada viagem pra ilustrar e associar a ela, assim não as esqueço depois e não me perco em memórias distorcidas).
Espero que curtam
comecei me insinuando pela matéria
procurando espaço
para derramar meu corpo disforme
achei na mata fechada
um lugar preto e opaco
fui visitado por oportunidades
que se apresentavam e se diluíam no tempo
ideias me raspavam
como flechas de aço banhado em fogo
o complexo nunca é dito
portanto continuo calado
naquele lugar onde acesso quando o pé direito
toca a panturrilha esquerda
enquanto minhas mãos revelam apenas respeito
pelo que é e não é
encontrei essa solidez no fundo de minha alma
fiquei lá quando tudo caiu
estava como numa corda bamba
e de lá eu não saía
me equilibrei até virar parte dela
como uma cobra que abraça o tronco da árvore
se enrosca e integra nela a robustez e força
da madeira antiga que nunca descansa
sorrateiro, observava os caminhos
que permitiam a mim serem vislumbrados
deles degustava apenas o bem e o que é bom
numa altivez de quem dali é velho habitante
conhecedor da origem e do ocaso
são nada mais que aparências
e deixava claro aos que chegavam
pouco mais perto em passo suspeito
se cruzar caminho passo por cima
vez em quando imerso em água
apenas com os olhos pra fora
repetia o mantra para não perder no infinito
e dali, a própria cobra respondia
sussurrando em meu ouvido:
não obedeça ordem de carne humana
não obedeça ordem de carne humana
Eu tinha feito um relato imenso, geralmente descrevo elas detalhadamente como experiências mesmo...
Dessa vez, vou deixar aqui apenas um pequeno texto que fui inspirado a fazer junto com meu desenho (sempre costumo desenhar algo sobre uma determinada viagem pra ilustrar e associar a ela, assim não as esqueço depois e não me perco em memórias distorcidas).
Espero que curtam
comecei me insinuando pela matéria
procurando espaço
para derramar meu corpo disforme
achei na mata fechada
um lugar preto e opaco
fui visitado por oportunidades
que se apresentavam e se diluíam no tempo
ideias me raspavam
como flechas de aço banhado em fogo
o complexo nunca é dito
portanto continuo calado
naquele lugar onde acesso quando o pé direito
toca a panturrilha esquerda
enquanto minhas mãos revelam apenas respeito
pelo que é e não é
encontrei essa solidez no fundo de minha alma
fiquei lá quando tudo caiu
estava como numa corda bamba
e de lá eu não saía
me equilibrei até virar parte dela
como uma cobra que abraça o tronco da árvore
se enrosca e integra nela a robustez e força
da madeira antiga que nunca descansa
sorrateiro, observava os caminhos
que permitiam a mim serem vislumbrados
deles degustava apenas o bem e o que é bom
numa altivez de quem dali é velho habitante
conhecedor da origem e do ocaso
são nada mais que aparências
e deixava claro aos que chegavam
pouco mais perto em passo suspeito
se cruzar caminho passo por cima
vez em quando imerso em água
apenas com os olhos pra fora
repetia o mantra para não perder no infinito
e dali, a própria cobra respondia
sussurrando em meu ouvido:
não obedeça ordem de carne humana
não obedeça ordem de carne humana