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menores de idade

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    36

Crazyblue

Primórdia
Membro Ativo
08/11/2012
106
31
31
volta redonda RJ
Ontem vi um carro do conselho tutelar junto com a policia prendendo um de maior fornecendo bebida a menores, gostaria de saber algum relato sobre esse assunto?
 
Na verdade todo esse assunto de ser maior ou menor de idade se dá pelo fato de que um indivíduo com um maior nível de desenvolvimento mental pode ter um poder de tomar uma decisão correta maior.

O problema é quando atitudes irresponsáveis são cometidas, fazendo com que muitas vezes até mesmo objetivos grandiosos como a busca do conhecimento interior fiquem com uma péssima cara perante a sociedade. Uma apreensão de cogumelos, por exemplo.
 
Já ví muitos de menor que tem a mente muito mais evoluida do que muitos amigos velhos.
Mas no meu ponto de vista não e certo oferece nada do genero a um menor.
Tudo tem o seu tempo.

Valeu!
 
Mas no meu ponto de vista não e certo oferece nada do genero a um menor.

No meu ponto de vista, não se deve oferecer nada que possa ser prejudicial - não só fisicamente, mas também mental ou socialmente - para uma pessoa. Já se a pessoa pedir, vai depender do seu julgamento compartilhar ou não com aquele tal, inerente a idade. ( Costumava sair para beber com meu primo quando ele de menor, enquanto nunca iria beber com alguns que eram até mais velhos que eu na época )
 
somente quando eu era menor de idade, ao fazer 18 anos parei até de andar com menores.
 
As duas primeiras vezes que tomei os sagrados foi com 15 anos, junto com mais 3 amigos da mesma idade ;)
 
As duas primeiras vezes que tomei os sagrados foi com 15 anos, junto com mais 3 amigos da mesma idade ;)

Também era moleque quando experimentei. Me ajudou bastante a ter novos horizontes.
 
Também era moleque quando experimentei. Me ajudou bastante a ter novos horizontes.
Pois é, apesar de ter tomado a terceira vez apenas na faculdade, acho que nós não fomos prejudicados pela experiência. Muita gente não recomenda tomar antes dos 18, eu apoio totalmente essa opinião, mas não tenho do que reclamar, imagino que meus amigos também não, todos estudando em excelentes faculdades...
 
Pois é, apesar de ter tomado a terceira vez apenas na faculdade, acho que nós não fomos prejudicados pela experiência. Muita gente não recomenda tomar antes dos 18, eu apoio totalmente essa opinião, mas não tenho do que reclamar, imagino que meus amigos também não, todos estudando em excelentes faculdades...

A questão não é a idade com a qual você usa, mas sim os motivos. É claro que é quase impossível alguém usar pela primeira vez com toda a visão de misticismo, expansão de horizontes e tudo mais, entretanto, ela deve saber o que procurar em sua trip.
 
A adolescência é um dos períodos que o cérebro mais cresce, me corrijam se eu estiver falando besteira, desse modo, eles recomendam não utilizar de nenhum tipo de "drogas" nesse período da vida pois poderiam causar sequelas irreparáveis. Ainda mais se tratando dos cogumelos, quem pode prever o que esse consumo causaria na "mente" da pessoa? Mudanças de personalidades, etc. Mas.... eu não me arrependo, quem sabe eles não me fizeram bem né? pkspkspspk "drogadinho" :D:D

Eu não tinha nem de perto a visão que tenho hoje, sobre misticismo etc, a trip também não foi muito forte, mas deixou aquele gostinho de quero mais, e hoje aqui estou ;)
 
A adolescência é um dos períodos que o cérebro mais cresce, me corrijam se eu estiver falando besteira, desse modo, eles recomendam não utilizar de nenhum tipo de "drogas" nesse período da vida pois poderiam causar sequelas irreparáveis. Ainda mais se tratando dos cogumelos, quem pode prever o que esse consumo causaria na "mente" da pessoa? Mudanças de personalidades, etc. Mas.... eu não me arrependo, quem sabe eles não me fizeram bem né? pkspkspspk "drogadinho" :D:D

Muito gente costuma reparar bastante no jeito que tenho de falar, algo entre guru e hippie, acho que os psicoativos desde sempre ajudaram bastante a chegar nesse ponto kk'

Eu não tinha nem de perto a visão que tenho hoje, sobre misticismo etc, a trip também não foi muito forte, mas deixou aquele gostinho de quero mais, e hoje aqui estou ;)

Essa tripo por diversão foi o jeito da natureza te chamar, cara. Todos começamos de algum lugar.
 
Comi cogumelos pela primeira vez quando tinha 14 anos, mais ou menos na mesma época que comecei a fumar uns baseados com os colegas da escola, acho que algumas dessas experiências com cogumelos foram um pouco traumatizantes ainda mais nessa idade que eu tinha e acho que de algum modo me fazia ter uma ideia confusa a respeito da realidade, mas por um lado também tive incontáveis experiências maravilhosas e acho que são estas que não deixam eu me sentir arrependido de ter experimentado os cogumelos com tão pouca idade, mas enfim, pra quem aí tem uns 13-14 anos (eu sei que tem menores de idade aqui) e pensa em ter algumas experiências aconselho esperar um pouco até quando tiver uns 17 ou 18 anos que a cabeça e os conceitos de realidade já estão bem mais estáveis.
 
Tomei ayahuaska pela primeira vez com 11, erva com 15 e cogu com 17...
 
Creio que depende muito da pessoa e das experiencias de vida dela, se eu nao tivesse conhecido os cubensis aos 16 anos certamente nao estaria aqui... ...seila seria uma pessoa diferente(pior creio eu).
Sinto pena das pessoas que vivem pelos seus proprios desejos e cheias de preconceito, se bem que eu tambem nao sou grande coisa hahaha ...mas estamos ai para aprender cada vez mais, unindo nossos conhecimentos para um bem maior.

E considerando como é a alimentaçao dos jovens de hoje em dia e caindo logo aos vicios como cigarro e alcool(nada contra) acho que uma dose de psilocibina seria bem mais saudavel(mas logico tudo com equilibrio).
 
Eu to indo, mas tem galera que já tá voltando da segunda viagem. :roflmao:
Demorei pra me relacionar com todos os alteradores de consciência conhecidos.

Mulher - 16 anos
Álcool - 18 anos
Café e Maconha - 20 anos
Cogumelos - 30 anos

De lá pra cá não larguei nenhum. Só aumentando as doses gradativamente.;)
 
Na prática, imagino que seja extremamente irritante usar cogumelos perto de crianças e adolescentes muito novos, devido à falta de maturidade. Teria que ser uma situação muito excepcional, como estar numa roda num camping com um monte de gente jovem que conheci na hora.

Francamente, cada um é responsável pela própria vida, e isso vem de berço. O processo de irresponsabilização infantil acompanhado da desconexão à realidadade que a psicologia infantil impôs no século XX gerou justamente os adultos infantis que vemos hoje em dia. Que seja adolescente e tenha vergonha na cara pra encarar as próprias decisões - as quais serão em sua maioria erradas, o que é fundamental para que ele cresça e amadureça.


Offtopic:


Até hoje, só ouvi falar de cannabis ser realmente ruim de ser usada na adolescência, porque prejudicaria o desenvolvimento da capacidade de resistir a vícios em geral.

Fora isso, a posição de que adolescentes ou até crianças não podem usar uma ou outra droga é puramente cultural. Se uma criança nasce e cresce dentro de uma comunidade daimista isolada no meio da floresta, provavelmente vai começar a tomar Daime antes dos 10, e não há nada de ilegal nisso - é direito da família dispor sobre a religião dos filhos, até que estes cresçam.
 
Última edição:
Até mesmo essa afirmação sobre sobre ser prejudicial ao "desenvolvimento da capacidade de resistir a vícios" pode estar cheia de valor sócio-cultural.
O que é o vício? No âmbito social, são hábitos relacionados ao uso de substâncias.
Um homem que fuma cigarros, ou bebe café diariamente, é considerado um viciado.
Mas e oque dizer do abstentes do álcool, cigarros e 'drogas', levando uma vida saudável na frente da tv, assistindo 3 novelas por dia, bebendo coca-cola e tomando lexotan pra dormir? São vistos da mesma forma? Estes não são postos à margem da sociedade. E nem acredito devam ser! Vício é uma criação social. A adição verdadeira, a química, é outra conversa.
Uma vez que sua definição de vício é desmistificada, o peso sobre suas costas diminui bastante.

E essas mudanças, por vezes constatada no comportamento de adolescentes ou crianças usuárias de alteradores de percepção, revelam uma não-aceitação à padrões sociais previamente estabelecidos, e uma frustração crescente pela sua exclusão ou limitação social. Gerando assim ansiedade. Que por sua vez, em altos níveis, desencadeiam peculiaridades comportamentais, como aqueles que chamamos de "compulsão, depressão, bipolaridade, insônia".
Claro que nem todo mundo adquire esses sintomas através do uso de substâncias. Mas há de convir que esses são sintomas modernos.
Em vilas, ou aldeias antigas, a maturação social e sexual acontecia entre os 10 anos, permitindo o indivíduo presenciar ou participar de rituais, alguns dos quais, envolvendo substâncias alucinógenas e orgias divinas. Nesses lugares, ninguém nem tinha inventado o "vício", e a "mudança comportamental" era esperada.
Duvido que alguém lá tivesse problema com vícios, bipolaridade, depressão...
 
Deixemos claro duas coisas a quem é visitante e chegou agora no CM:
  1. Esse tópico é sobre opiniões pessoais, de forma alguma representanto a opinião do CM, mas apenas a opinião pessoal do membro que eventualmente o responda. O fórum veementemente e com toda razão se opõe formalmente ao uso de quaisquer psicotrópicos por menores de 18 anos e inclusive proíbe a participação de menores na Comunidade (art. 8º § único das regras do fórum)
  2. Esta discussão é apenas a posição individual sobre a experiência e opinião de pessoal dos membros do CM, que são penalmente imputáveis e podem responder individualmente por eventual ofensa ao ECA. O fórum é um ambiente para livre troca de informações entre maiores sobre assuntos relativos a cogumelos, de forma que a Comunidade em si não possui nenhuma responsabilidade pelo conteúdo de debates iniciados legitimamente.

@TheHunter,

Então, apesar da maconha ser a droga que considero das mais tranquilas para uso, eu concordo com os estudos que afirmam que o sistema de lidar com compulsões/vícios (seja sexo, drogas, jogos, preguiça demais, sono etc.) fica prejudicada com o uso de cannabis durante a adolescência, porque eu sinto isso na pele. Tá certo que eu sou apenas um caso "isolado" (porque nunca falei com mais ninguém sobre isso pra saber se outros são assim também), mas coincidiu com minha personalidade e meus conflitos pra ter uma vida sem vícios em quase todos os âmbitos.

E essas mudanças, por vezes constatada no comportamento de adolescentes ou crianças usuárias de alteradores de percepção, revelam uma não-aceitação à padrões sociais previamente estabelecidos, e uma frustração crescente pela sua exclusão ou limitação social. Gerando assim ansiedade. Que por sua vez, em altos níveis, desencadeiam peculiaridades comportamentais, como aqueles que chamamos de "compulsão, depressão, bipolaridade, insônia".

Concordo que a criminalização e exclusão dos usuários só gera agravamento da condição dos mesmos. O melhor caminho é o oposto: esclarecimento e reintegração. Mas isso em qualquer idade. Agora, na adolescência pode ficar pior e ser muito mais deletéria sobre a personalidade da criança/adolescência a repressão e preconceito sociais do que o uso em si de uma substância.

Em vilas, ou aldeias antigas, a maturação social e sexual acontecia entre os 10 anos, permitindo o indivíduo presenciar ou participar de rituais, alguns dos quais, envolvendo substâncias alucinógenas e orgias divinas. Nesses lugares, ninguém nem tinha inventado o "vício", e a "mudança comportamental" era esperada.
Duvido que alguém lá tivesse problema com vícios, bipolaridade, depressão...

Sim, sim, mas cuidado que tem gente que se tiver essa informação surta (se quem estiver lendo não gostou dessa informação, pule este e os próximos três parágrafos se quiser continuar), porque acredita que nossa visão atual sobre criança e adolescência seja a única correta. Ocorre que vale no Brasil o que está na lei, mas mesmo aqui a lei é relativizada. Por exemplo, comunidades indígenas possuem casamentos com menores de 14 anos, que seria normalmente estupro de vulnerável. Então até a lei sabe distinguir situações de situações e não impor a nossa visão Cristã-Ocidental a todos.

Digo mais, minha bisavó casou com 12 anos, e já começou a ter filho e cuidar de casa cedo. Hoje, é um absurdo pensar em casar uma menina de 12 anos, enquanto antigamente, em dada época, aos 14 já estava ficando muito velha pra casar. E há tribos aí pelo mundo em que anciões iniciam sexualmente meninas de até 8 anos. Essas meninas crescem numa cultura em que isso é normal e não sofrem nada.

Por outro lado, ocorrem casamentos com crianças menores de 8 anos em algum recanto do Oriente Médio, informação negada pela Grande Mídia. Particularmente, acho isso algo destrutivo para a criança, pelo simples fato que ainda não chegou à puberdade. Se o corpo ainda não começou a se preparar para a reprodução, é decerto objetivamente antinatural ter relação sexual de qualquer espécie, e isso independe da cultura.

Não estou aqui defendendo em qual idade alguém já esta apto a fazer sexo, até porque nada tem a ver com o depende de outros fatores (culturais, familiares, de experiência pessoal, etc.) e não tem a ver com o tópico. A lei então vai dizer a partir de que idade deixa de ser crime, e isso depende de cada país.

Estou apenas demostrando que os critérios usados pela nossa legislação são resultantes apenas de nossa cultura. Mas, uma vez iniciada a fase de puberdade acabou a infância (ONU) e o corpo ingressa na possibilidade de intercurso sexual saudável - o que envolve um espontâneo e consciente desejo pelo prazer sexual que surge sem precisar de estímulos e não mais apenas mera curiosidade ou imitação de cenas dos pais.

Agora de volta ao assunto do tópico.

O que eu quero dizer com o que está acima, e como se liga ao tema do tópico? Ora, desde que não haja um fundamento orgânico que prejudique alguém em especial até o fim da adolescência, não há razão orgânica para não se usar alguma substância química. E, francamente, o mais importante é saber se o organismo daquele indivíduo irá sofrer em excesso, ou mais que o normal de um usuário adulto, por usar alguma droga. O resto é cultura - ou seja, em algum nível, o quanto a cultura, a família e a experiência pessoal da própria pessoa torna-a apta a avaliar se pode/deve ou não usar psicotrópico ou álcool.

Assim, eu não posso me colocar nos pés de um adolescente de 16 anos e falar que ele não tem condições de escolher o que faz. Ele pode matar, ele pode estuprar, ele pode fazer muita coisa. E com plena consciência. Eu realmente não acredito na irresponsabilidade de adolescentes, creio apenas que devem ser compreendidos com tolerância própria de suas limitações e experiências de vida - só que isso (tolerância) vale para todos os seres Humanos da Terra! Enfim, jamais devem ser "des-responsabilizados" de seus atos!

Se o adolescente tem condições ou não de usar alguma droga, ele quem decida. Me cabe cuidar da minha vida, e ele da dele. No máximo eu vou dar uns toques, que serão muito mais úteis e poderão ajudá-lo futuramente a seguir um caminho melhor; do que dar uma lição de moral e afastá-lo.

Então é isso.

Agora, eu só me preocupo com isso em relação ao meu filho, única pessoa no mundo da qual eu tenho responsabilidade até que se forme completamente. Com ele o papo é outro, porque tenho responsabilidade sobre a criação dele e por isso tenho que considerar as questões culturais, a mentalidade dele, amadurecimento, o fato de que drogas em algum nível prejudicam, etc. Não seria moralista, mas lhe diria algo mais nesse tipo: "filho, só comece a fumar maconha com 21, beleza? Faça isso por isso", e álcool, que ferra tudo, é praticamente impossível impedi-lo de usar em festas, noitadas, etc. E também lhe daria informação correta, e não desinformação desesperada visando controlá-lo - porque no dia que ele descobrir a verdade (ou seja, as minhas mentiras, não as da mídia), será pior e irá pras drogas sem eu saber. E, francamente, se eu espero que meu filho nunca tenha problemas de vício, esse é o melhor caminho: honestidade e diálogo.

Obs.: tudo que disse acima sobre sexualidade eu disse sério. Ninguém aqui acha graça do que foi dito. Eu estaria olhando nos seus olhos com a maior objetividade do mundo falando o que eu disse. É um assunto sério, grave, não brincadeira. Interprete a minha intenção ao dizer essas coisas da forma adequada, porque isso não é brincadeira. É o tipo de informação que não se acha fácil, porque é séria demais pras pessoas digerirem. E esse assunto é delicado o suficiente para eu fazer essa ressalva.
 
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