Maras, Mayas e Seres Trespassadores

[Altermind]

Praia. Argentina. Em frente Venezuela.

Psysoliber. A vez.

De dentro dos tresspassadores verifico se o que há de fora são mayas. Não são.

VErifico se são Maras. Não são.

Um retalhado tempo então vejo quebrado em circunspectos que nunca existirão em espelhos multifacetados deformados no trespassar daquilo que não se ve mas se sabe.

Instestinos a mostra na visão de uma força estranha folheada a querer refazer tal cerebro galatico de fractais impensaveis no medo hiperboriano de ser tragado.

 

[Mortandello]

Ele pulou ou nao?

 

[Clorofila]

http://citizenx.org/wp-content/Earth08.sized.jpg

 

[MuiLok]

Recôlha-os.

Mesmo com as mãos vazias, eles estão sim.

Então, deguste-os, com toda fome espiritual que sentes.

Pessoas vêm e vão.

 

[Mr. Lango]

Acho que vocês estão pirando demais galera, porra, desse jeito eu não fico não.

 

[Mortandello]

Acho que vocês estão pirando demais galera, porra, desse jeito eu não fico não.

tem medo do quê?
quem nao tem medo consegue, fácil.

 

[Mr. Lango]

tem medo do quê?
quem nao tem medo consegue, fácil.

Eu não tenho medo de nada, só não consegui ainda, minha hora vai chegar.

 

[Pantaneiro]

Recomenda-se que alguns membros dessa comunidade procurem um psiquiatra com urgência!

 

[Clorofila]

Quando eu morrer, batam em latas,
rompam aos saltos e aos pinotes, façam estalar no ar chicotes,
chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa. Eu quero por força ir de burro.


Sobre o autor:
Mário de Sá-Carneiro nasceu em Lisboa (1890-1916). Sua obra revela toda sua inadaptação ao mundo e a constante busca do seu próprio eu. Percebe-se bem suas idéias de morte e suicídio, seu pessimismo e desespero. Manteve correspondência intensa com Pessoa.