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Paulo Pedro P. R. Costa
Paloma Rodrigues | Agência USPComunidades de fungos presentes no solo de três áreas da mata atlântica foram analisadas e catalogadas em pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), pela bióloga Vivian Gonçalves Carvalho.
“Os fungos desempenham várias funções essenciais ao ecossistema. Muitos deles podem ser extintos antes mesmo de sabermos de sua existência, o que representaria uma grande perda para a ciência, principalmente para avanços na biotecnologia”, ressalta a pesquisadora sobre a importância do estudo.
Vivian estimou que existam cerca de 1840 espécies de fungo no solo da mata atlântica.
As amostras de solo analisadas são provenientes de parcelas permanentes da mata atlântica, porções que foram implantadas pelo programa Biota da Fapesp para servirem como área de pesquisa da biodiversidade do estado de São Paulo. Elas estão localizadas no Parte Estadual de Carlos Botelho, na Serra de Paranapiacaba, Estação Ecológica de Assis, em Assis, e Parque Estadual da Ilha do Cardoso, no litoral sul de São Paulo. A mata atlântica é um bioma presente na maior parte da região litorânea do Brasil e uma das mais importantes florestas tropicais do mundo. A colonização deu início à extinção da porção nativa da mata, que se acentuou nas últimas décadas com a expansão agrícola. Esses dados ressaltam a importância de se fazer um mapeamento de comunidades microbianas desse bioma, antes que espécies desconhecidas sejam extintas.
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