- 07/03/2022
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Manifesto pela diversidade: Um olhar acerca da fungicultura amadora
Imagine que você é um jardineiro muito dedicado e apaixonado por rosas, você é acostumado a plantar apenas um tipo de rosa. Você, plantando somente um tipo de rosa, tem um jardim inteiro com a mesma cor, a única variação que você tem é no tamanho e densidade dos botões que nascem.
Já o seu vizinho, tem outro hobby, ele é apicultor, cria abelhas em sua casa e essas abelhas colhem o pólen das suas roseiras. As abelhas produzem um excelente mel, porque você cuida bem das suas roseiras, não usa agrotóxicos, mantém as plantas adubadas, faz podas regulares.
Apesar da sua paixão por roseiras, com o tempo você começa a ficar desmotivado, olha aquelas flores e não vê a mesma beleza de antes..
Então você decide que irá cultivar rosas de outras cores, tamanhos, tipos e formatos, fica surpreso com os resultados, como quando uma roseira pequenina produz uma flor grande e vigorosa! Com toda essa mudança e as abelhas do seu vizinho indo de flor e flor, começam a aparecer novas tonalidade de cores e tamanhos de rosas. Agora você tem um monte de serviço pra fazer, está super animado e tenta organizar melhor o jardim, compra novas ferramentas, testa novas técnicas, usa novos adubos, clona pequenos brotos.
Mesmo que você só plante roseiras, agora você está super animado com a variedade de cores, tamanhos, aspectos. E o seu vizinho? Ah, seu vizinho nem percebeu a mudança, ele não se importa com flores e sim com abelhas e afinal o mel continua com a qualidade de sempre.
O cultivo de cepas (strains) diferentes dentro da espécie de cogumelos P. Cubensis não é apenas para obter um fruto com maior potência ou efeitos únicos, mas para também explorar a beleza e diversidade do gênero P. Cubensis, para manter a chama acessa, para ter algo novo pelo o que buscar!
Quando falamos em cepas (strains) diversas, sempre voltamos naquela velha discussão alimentada apenas pelo tema potência ou efeito da substância ativa. Isso é importante? Sim, pode ser... Tenho como afirmar que strain X é melhor que Y? Não e talvez nem seja possível devido a inúmeras variáveis, tanto de cultivo, como de consumo.
Acredito que estudos podem dar uma luz maior sobre esse assunto, afinal quanto mais estudos, mais podemos evoluir. Não tem importância se o estudo é para afirmar ou negar teorias, do mesmo modo não entrarei na questão de strain X produzir mais que Y.
O que quero salientar aqui é que beleza da diversidade também é importante e instigante.
Procurar saber a origem daquele esporo, imaginar o local e como que foi coletado ou como aquele cruzamento foi feito, se foi um isolamento, se foi ao acaso ou induzido. Tudo isso é perceber o quão longo é o caminho até essa variedade chegar nas suas mãos, é se perguntar quantas pessoas já cultivaram pra gerar a cópia que comigo está? É o desafio de cultivar uma strain de crescimento lento e vencer o tempo e o risco de contaminação e ter a certeza que seus métodos de cultivo estão indo bem, é se alegrar ao abrir a estufa e ver a diferença dentro de cada caixa, é tirar fotos e compartilhar essas curiosas formas e cores com todos que também vivem essa paixão.
Esse é o motivo pelo qual insisto em fazer isso. É esse o motivo de sonhar em criar isolamentos ou cruzamentos! Por enquanto é um sonho, pois ainda me falta começar com a prática estou apenas tentando entender e aprender como junto com vocês se faz.. Enquanto isso me contento em adquirir novas strains, cultivar e fotografar, postar cada formato, cor, característica diferente e com isso poder esporular elas pela nossa comunidade e dar continuidade nesse ciclo que é infinito.
E você cultivador que leu esse texto até o final, gostaria de saber qual sua opinião sobre o tema!
Texto base por:
@SpiritualMind
Com contribuição de:
@Maria Psilocybe
@MarceloHirosse
Imagine que você é um jardineiro muito dedicado e apaixonado por rosas, você é acostumado a plantar apenas um tipo de rosa. Você, plantando somente um tipo de rosa, tem um jardim inteiro com a mesma cor, a única variação que você tem é no tamanho e densidade dos botões que nascem.
Já o seu vizinho, tem outro hobby, ele é apicultor, cria abelhas em sua casa e essas abelhas colhem o pólen das suas roseiras. As abelhas produzem um excelente mel, porque você cuida bem das suas roseiras, não usa agrotóxicos, mantém as plantas adubadas, faz podas regulares.
Apesar da sua paixão por roseiras, com o tempo você começa a ficar desmotivado, olha aquelas flores e não vê a mesma beleza de antes..
Então você decide que irá cultivar rosas de outras cores, tamanhos, tipos e formatos, fica surpreso com os resultados, como quando uma roseira pequenina produz uma flor grande e vigorosa! Com toda essa mudança e as abelhas do seu vizinho indo de flor e flor, começam a aparecer novas tonalidade de cores e tamanhos de rosas. Agora você tem um monte de serviço pra fazer, está super animado e tenta organizar melhor o jardim, compra novas ferramentas, testa novas técnicas, usa novos adubos, clona pequenos brotos.
Mesmo que você só plante roseiras, agora você está super animado com a variedade de cores, tamanhos, aspectos. E o seu vizinho? Ah, seu vizinho nem percebeu a mudança, ele não se importa com flores e sim com abelhas e afinal o mel continua com a qualidade de sempre.
O cultivo de cepas (strains) diferentes dentro da espécie de cogumelos P. Cubensis não é apenas para obter um fruto com maior potência ou efeitos únicos, mas para também explorar a beleza e diversidade do gênero P. Cubensis, para manter a chama acessa, para ter algo novo pelo o que buscar!
Quando falamos em cepas (strains) diversas, sempre voltamos naquela velha discussão alimentada apenas pelo tema potência ou efeito da substância ativa. Isso é importante? Sim, pode ser... Tenho como afirmar que strain X é melhor que Y? Não e talvez nem seja possível devido a inúmeras variáveis, tanto de cultivo, como de consumo.
Acredito que estudos podem dar uma luz maior sobre esse assunto, afinal quanto mais estudos, mais podemos evoluir. Não tem importância se o estudo é para afirmar ou negar teorias, do mesmo modo não entrarei na questão de strain X produzir mais que Y.
O que quero salientar aqui é que beleza da diversidade também é importante e instigante.
Procurar saber a origem daquele esporo, imaginar o local e como que foi coletado ou como aquele cruzamento foi feito, se foi um isolamento, se foi ao acaso ou induzido. Tudo isso é perceber o quão longo é o caminho até essa variedade chegar nas suas mãos, é se perguntar quantas pessoas já cultivaram pra gerar a cópia que comigo está? É o desafio de cultivar uma strain de crescimento lento e vencer o tempo e o risco de contaminação e ter a certeza que seus métodos de cultivo estão indo bem, é se alegrar ao abrir a estufa e ver a diferença dentro de cada caixa, é tirar fotos e compartilhar essas curiosas formas e cores com todos que também vivem essa paixão.
Esse é o motivo pelo qual insisto em fazer isso. É esse o motivo de sonhar em criar isolamentos ou cruzamentos! Por enquanto é um sonho, pois ainda me falta começar com a prática estou apenas tentando entender e aprender como junto com vocês se faz.. Enquanto isso me contento em adquirir novas strains, cultivar e fotografar, postar cada formato, cor, característica diferente e com isso poder esporular elas pela nossa comunidade e dar continuidade nesse ciclo que é infinito.
E você cultivador que leu esse texto até o final, gostaria de saber qual sua opinião sobre o tema!
Texto base por:
@SpiritualMind
Com contribuição de:
@Maria Psilocybe
@MarceloHirosse