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Inception - A Origem

Ecuador

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22/12/2007
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Para mim, merece um tópico à parte. Sério candidato a primeira obra-prima cinematográfica do século 21.

E se não é influenciado pelo mundo "paralelo" não sei mais o que é :)

Abaixo, uma das muitas resenhas encontradas pela net.


'A Origem', um filme complexo e fascinante
Christopher Nolan, diretor que filma sonhos, põe Hollywood a serviço de suas histórias mirabolantes
06 de agosto de 2010 | 6h 00

Cinéfilo de carteirinha lembra-se da cena de Cavaleiro das Trevas em que Batman e o Curinga ficam invertidos, mas Nolan filma de um jeito como se estivessem frente a frente, naquele andaime. O diretor já vinha invertendo códigos desde Amnésia, onde contou sua história de trás para a frente, e Insônia, onde transformou em pura luz a natureza sombria do filme noir. Batman e o Curinga invertidos podiam ser figuras emprestadas às pesquisas visuais de M.C. Escher. O artista voltas agora na arquitetura dos sonhos de A Origem. Para roubar uma ideia é preciso fazer uma pessoa sonhar com ela. O sonho tem de ser cuidadosamente planejado e executado. Exige um arquiteto e um conjunto de profissionais para colocar o processo em marcha.

Grupal. Roubar sonhos não é uma atividade solitária, mas de grupo. Leonardo DiCaprio pode ser o chamariz de elenco de A Origem, mas a dramaturgia do filme refere-se ao grupo. Os sonhos de DiCaprio têm até uma mulher fatal, interpretada por Marion Cotillard. Ela morreu, mas vive invadindo os sonhos do ex-marido. Ele quer manter os momentos que tiveram no passado, mas Marion transforma-se num vírus perigoso, que o impede de reencontrar os filhos. A Origem é, no limite, uma ficção científica, mas, como diz Nolan, o que importa não é a ciência, mas o humano. Compare com James Cameron e a imensa revolução tecnológica de Avatar. A Origem tem 400 planos digitalizados contra os cerca de 2 mil que Nolan afirma serem normais numa produção deste porte.

A técnica é importante, mas as ideias são mais. O desafio de Nolan é radicalizar o conceito de cinema de autor no blockbuster. Você já viu esses conflitos de tempo e espaço em obras de Alain Resnais, por exemplo, mas o que Nolan propõe é outra coisa. Ele mistura os códigos de um cinema feito para o grande público a histórias mais difíceis e até inacessíveis. É o cinema do futuro, que já chegou - popularização da alta cultura. Seu arauto foi Peter Jackson, na trilogia O Senhor dos Anéis, que adaptou da saga erudita de JRR Tolkien. Nolan tem como faróis diretores como Stanley Kubrick, Terrence Malick, Nicolas Roeg, Ridley Scott. E Orson Welles, autor do maior noir já feito - A Marca da Maldade.

Interessa-lhe Escher, mais do que Matrix, cujos personagens também dormem, ligados a computadores, à espera do Escolhido. Não existe escolhido em A Origem, assim como já havia, embutida, uma crítica ao super-herói em O Cavaleiro das Trevas. A ‘inception’ é o McGuffin da trama, recurso hitchcockiano que desencadeia o relato e, a rigor, não significa nada. O tema é a busca da felicidade. Como o velho protagonista de O Mensageiro do Amor, de Joseph Losey, DiCaprio precisa se libertar da influência da flor mortal representada por Marion, mas permanece uma dúvida, um twist final. O desfecho é real ou sonhado? A Origem é rico em referências e subtextos. Você não precisa deles para viajar na poderosa carga emocional deste novo marco do cinemão de autor.

A Origem - Original: Inception. Direção: Christopher Nolan. Gênero: Ação ( 148 min.)Censura: 14 anos. Cotação: Excelente

http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,a-origem-um-filme-complexo-e-fascinante,590895,0.htm
 
Um filmaço mesmo. Gostei muito do final e da minha interpretação. =)
Poucos filmes me fazem sentir "daquele jeito" depois de sair do cinema, esse foi um deles. Toda a metáfora por trás do roteiro, o ritmo do filme, os diálogos, enfim, um ótimo filme.
Recomendo fortemente a todos.
 
bom mesmo ex-trators extratores trator=atrator(atração) . Fiquei obrigado à cuidar melhor de meus relacionamentos ser implacável , menos sorrisos amarelos , mais alegria , de crianças que brincam na areia de praia ...
 
Só digo uma coisa. Leiam o ótimo livro

"Os Yogas Tibetanos do Sonho e do Sono", de Tenzin Wangyal Rinpoche, pela Ed. Devir.

Não vi o filme (ainda), portanto, engrosso o coro com o Morta: No spoilers, folks! :censored:

O sonhar é um dos momentos mais importantes de nossa existência e lidando com ele, pode-se alcançar a iluminação. Sonho lúcido é o que há em termos de prática espiritual.

Valeu, Ecuador! Sempre mandando bem!!

Seria muito legal uma sessão de Inception com cogumelos. Assiste, depois come e pratica algo a ver com sonhos. Acho que daria pano pra manga! kkkk
 
Até queria gostar do filme, mas dormi, achei meio chato e comecei a não entender, entre uma pescada e outra... e fui embora do cinema muito fulo.
___________
Eu gosto muito de estar fora dos trilhos quando tomo chá, de não estar em nenhum lugar dentro de mim. Se conseguir controlar a onda manda a prática aí.:)
 
Até queria gostar do filme, mas dormi, achei meio chato e comecei a não entender, entre uma pescada e outra... e fui embora do cinema muito fulo.
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Eu gosto muito de estar fora dos trilhos quando tomo chá, de não estar em nenhum lugar dentro de mim. Se conseguir controlar a onda manda a prática aí.:)

Não gosto de muito controle, acho que as coisas devem fluir naturalmente. Geralmente, se eu faço um ritual, com abertura, etc. e tals, a trip flui que é uma beleza. EDIT: Quando falo em ritual, não estou falando apenas em fórmulas, mas em um momento onde há a motivação de uma mente plenamente desperta, para o benefício de todos (eu incluído).

Um bom começo é ter um lugar para repousar o corpo, de preferência sentado para não dormir. Tô quase comprando um tanque de isolamento que me persegue faz uns 15 anos, mas o cara acho que queria uma grana que não tenho para tirar luxo, algo na base de uns R$ 4 mil (mas a parada é com colchão de água). Na falta de algo assim, uma poltrona do papai vai muito bem.

Depende muito de cada um, mas em geral umas invocações de altas esferas ajuda muito a estar bem. Aí o exercício envolve alguma energização através de pranaama e uma circulação de chakras (seja na escala que for), do básico para o coronário. Também funciona focar em apenas um chakra que tenha a ver com algum lance que você precisa trabalhar. Com isso, basicamente, há a possibilidade de se entrar em sonho lúcido ou desdobramento. O mais importante de tudo é ter um propósito. Por curiosidade apenas, fica mais difícil (falo da minha experiência, não de uma regra absoluta).

Serviu ou quer mais, Cavernaaaaaa?? ehehehe

Sarva mangalam!
 
Não gosto de muito controle, acho que as coisas devem fluir naturalmente. Geralmente, se eu faço um ritual, com abertura, etc. e tals, a trip flui que é uma beleza.

Um bom começo é ter um lugar para repousar o corpo, de preferência sentado para não dormir. Tô quase comprando um tanque de isolamento que me persegue faz uns 15 anos, mas o cara acho que queria uma grana que não tenho para tirar luxo, algo na base de uns R$ 4 mil (mas a parada é com colchão de água). Na falta de algo assim, uma poltrona do papai vai muito bem.

Depende muito de cada um, mas em geral umas invocações de altas esferas ajuda muito a estar bem. Aí o exercício envolve alguma energização através de pranayama e uma circulação de chakras (seja na escala que for), do básico para o coronário. Também funciona focar em apenas um chakra que tenha a ver com algum lance que você precisa trabalhar. Com isso, basicamente, há a possibilidade de se entrar em sonho lúcido ou desdobramento. O mais importante de tudo é ter um propósito. Por curiosidade apenas, fica mais difícil (falo da minha experiência, não de uma regra absoluta).

Serviu ou quer mais, Cavernaaaaaa?? ehehehe

Sarva mangalam!

Tá doido maluco!!!

Serve malagueta também pro c :roflmao:, claro, com respeito.
 
Para os que gostaram de Inception, recomendo assistirem Paprika (2006). Aliás, o próprio Christopher Nolan disse que Praprika serviu de inspiração para Inception.

A história de Paprika é a seguinte: uma equipe de psicoterapeutas desenvolve um instrumento inovador que permite aos médicos gravar os sonhos dos pacientes e eventualmente fazer algumas intervenções. Só que três modelos são roubados e os ladrões passam a entrar nos sonhos de toda a população, manipulando-a de forma que ficção e realidade comecem a se confundir, com trágicas consequências. Uma doutora, o inventor e um detetive, também paciente e usuário do mecanismo, tentam descobrir quem teria surrupiado a máquina. Para isso, dormem e penetram no universo onírico viciado de Paprika.

A desagregação coletiva é representada por meio de uma caravana de animais, bichos e brinquedos que nunca pára de crescer, à medida que mais gente tem seus sonhos invadidos e roubados. Numa das cenas mais cruéis, alguns adolescentes masculinos transformam-se em celulares com câmera para fazer aquilo que é prática comum no Japão: fotografar debaixo da saia de suas colegas e depois distribuir as fotos na internet. Sim, o filme não perdoa e é pesado mesmo.

Paprika torna-se uma viagem psicodélica no labirinto dos sonhos cifrados dos personagens, que têm seus temores exacerbados nos sonhos. Com medo do conteúdo, os personagens fogem para os sonhos dos outros, onde são facilmente controlados e não têm como enfrentar aquilo que não lhes é habitual. Tornam-se presas fáceis. Há inclusive uma personagem enigmática, a tal Paprika do título, que está a serviço da invenção. Só pelo meio do filme os espectadores saberão quem é ela, mas Paprika já terá entrado na vida real e se tornado, ela mesmo, um ser passível de ter um duplo de si dentro do mundo dos sonhos.

O diretor Kon Satoshi, considerado um gênio da animação japonesa, declarou que seu filme não é de sonhos, mas de pesadelos. Diz que os animes, muito comuns no Japão, são uma forma de escape da realidade, como o cinema, mas estão carregados de sexo e violência, assim como a produção cinematográfica atual, ou seja, os substitutos dos sonhos na chamada vida real estão sendo levados, como os sonhos maus, para o terreno do subconsciente perverso.

Satoshi narra de maneira hipnótica, sem concessões, diabolicamente imaginativo. Usa o desenho animado para derrubar as barreiras da lógica e da percepção por meio de uma montanha-russa de estímulos sensoriais e intelectuais. Nos melhores momentos, lembra os grandes artistas surrealistas. Mas não é sempre que o diretor acerta: a utilização excessiva da psicanálise por vezes soa superficial e apressada, talvez até mesmo gratuita, além do que os signos religiosos japoneses são desconhecidos da plateia ocidental, deixando algumas partes do filme incompreensíveis. A trama policial cheia de reviravoltas e o excesso de citações cinematográficas conspiram para deixar o filme mais confuso do que necessariamente denso.

 
É um filmaço. Calhou de eu assistir exatamente qd passava por um momento de questionamentos sobre a realidade que doíam até no físico, e claro, o filme só agravou meu quadro. Ainda detém o título de melhor filme dos últimos anos, tomara que em 2012 venha outro pra tomar o título.

Comigo aconteceu a mesma coisa, assiste pouco depois de uma experiência que me deixou com um profundo questionamento sobre a realidade... Ainda hoje me pego pensando sobre ter me perdido em algum ponto dos meus devaneios, onde entrei tão fundo que não consegui sair...
 
se o eterno retorno realmente existe(reencarnaçao, ou a repetiçao dessa vida), quer dizer que estamos presos nessa realidade(ou inferno). nao importa como passamos a nossa vida, fazendo bondade ou maldade, sempre retornaremos.
e esse filme apresenta uma ideia pertubadora para qualquer mente. a ideia de que talvez suicidio seja a forma de acordar dessa loucura real.
 
se o eterno retorno realmente existe(reencarnaçao, ou a repetiçao dessa vida), quer dizer que estamos presos nessa realidade(ou inferno). nao importa como passamos a nossa vida, fazendo bondade ou maldade, sempre retornaremos.


Não sei se você já notou, mas todas as tradições que tem essa idéia de um ciclo de reencarnações também apontam a possibilidade de transcender o mesmo e sair do samsara, ou seja lá o nome que se use.

E têm também um conceito de karma, ou seja, importa sim qual tipo de ação você fez na vida, mesmo continuando preso no ciclo.

Saindo um pouco da idéia do filme e falando do transcender mencionado acima, quanto ao suicídio, não acho que seja uma boa idéia para tal. Já pensou que com o suicídio você só conseguiria voltar ao ciclo de reencarnações, talvez em condições piores que antes?
 
(SPOILER) Dependendo do ponto de vista não há suicídio algum no filme. Quando a mulher se joga da janela ela pode ter justamente acordado no real, ou seja, ela estaria com a razão e o filme todo teria se passado num ambiente de sonho, enquanto o filme nos induz a pensar que o real é onde o protagonista e os atores estão vivendo e de onde partem para os mundos dos sonhos. E isso pra mim é que foi perturbador, pq vc pode chegar a um momento da vida em que tenha ou pense que tenha consciência da realidade, mas provavelmente nunca será capaz de determinar que aquela é a realidade última.

Percepção e pensamento não combinam.

"Uma vez que a ideia ganha força no cérebro é quase impossível erradicá-la.
Uma ideia que se forma totalmente é tão compreendida que permanece para sempre."
 
Não sei se você já notou, mas todas as tradições que tem essa idéia de um ciclo de reencarnações também apontam a possibilidade de transcender o mesmo e sair do samsara, ou seja lá o nome que se use.

E têm também um conceito de karma, ou seja, importa sim qual tipo de ação você fez na vida, mesmo continuando preso no ciclo.

Saindo um pouco da idéia do filme e falando do transcender mencionado acima, quanto ao suicídio, não acho que seja uma boa idéia para tal. Já pensou que com o suicídio você só conseguiria voltar ao ciclo de reencarnações, talvez em condições piores que antes?

ja estudei um pouco espiritismo, tenho uma ideia do que pode acontecer se eu fizer isso. mas se tudo isso nao passar de uma mentira? o que impede que o suicidio seja uma forma de libertação, partindo do suposto que nao possuimos alma? esse eh um assunto interessante. suicidar ou nao suicidar?

mas partindo do suposto que eu tenho alma. nao tenho a escolha de simplesmente apagar a minha alma e sair do jogo? sou obrigado a passar por tudo que muitos ja passaram? e se eu conseguir sair do samsara? vai ter outro jogo com outras dificuldades? isso vai ter fim? e se nao tiver fim, tudo isso seria um jogo eterno onde temos que sofrer para evoluir? isso me faz lembrar do inferno cristao, onde o sofrimento eh eterno. (ja nao estamos todos mortos?)

mas afinal de contas pra que tudo isso? qual a finalidade de tudo que nos cerca? qual a finalidade da existencia? parece que vou morrer sem entender isso :huh:
 
Última edição por um moderador:
mas se tudo isso nao passar de uma mentira?


E se for verdade? você não vai procurá-la?




mas afinal de contas pra que tudo isso? qual a finalidade de tudo que nos cerca? qual a finalidade da existencia? parece que vou morrer sem entender isso :huh:


Perguntas repetidas desde sempre tem respostas repetidas desde sempre.
 
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