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GUIA PRÁTICO - Métodos de assepsia, Desinfecção e Esterilização (Microbiologia)

Sorg

Primórdia
Cadastrado
11/10/2011
8
32
31
Catalão
Olá pessoal,

Meu nome é Thyago sou participante como leitor do fórum há algum tempo, mas nunca escrevi muito. Sou acadêmico de Ciências Biológicas - Bacharelado pela Universidade Federal de Goias e, assim como muitos sou amante dos cogumelos e suas características. Vejo não somente em aqui, inclusive no eixo acadêmico muitos erros relacionados à procedimentos de desinfecção, esterilização, assepsia e em geral procedimentos e nomenclatura. Embora eu ainda seja apenas um graduando, como desenvolvo projetos na área de microbiologia, acredito que posso contribuir um pouco à esse repeito. Espero que isso ajude. Caso eu tenha publicado na sessão errada, por favor, tomem as medidas necessárias!

Um abraço,


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GUIA PRÁTICO - MÉTODOS DE ASSEPSIA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO (MICROBIOLOGIA)

TERMINOLOGIA BÁSICA

Esporo bacteriano (endósporos): Muitas evidências nos mostram que a anatomia das bactérias ajudam-na a ajustar-se a diversos habitats. Os endósporos são corpos dormentes (assim como sementes) produzidos pelas bactérias Bacillus, Clostridium, Sporosarcina. Resumindo: um endósporo é formado quando a bactéria se encontra em condições onde seu desenvolvimento, metabolismo, replicação fica prejudicado por condições ambientais e nutricionais (temperatura inadequada à espécie, deficiência de nutrientes etc..). Os esporos bacterianos são as forma de vidas mais resistentes, são capazes de suportar extremas temperaturas, baixa umidade, congelamento, radiação e agentes químicos que, normalmente, matariam facilmente outras células comuns. A “vida útil” de um esporo tende a imortalidade.

Biocida: é um termo geral utilizado para descrever um agente químico, geralmente de amplo espectro (broad spectrum), que inativa microrganismos. Dependendo da atividade do biocida este pode ganhar um sufixo: -stático refere aos agentes que inibem o crescimento (ex. bacteriostáticos, fungistático e esporostático), pode aparecer também como –cida, no qual refere-se a agentes que matam os microrganismos (ex. esporicida, viruscida, bactericida, fungicida).

Antibiótico: são definidos como substâncias sintéticas ou naturais que inibem (bacteriostático) ou destroem (bactericidas) bactérias seletas (certo tipo de.). Embora o termo antibiótico seja normalmente associado a bactérias ele pode englobar outros microrganismos como os fungos. Antibióticos atuam normalmente em baixa concentração. Podem ser administrados de forma tópica, intramuscular, intravenosa etc.

Antisséptico: são biocidas ou produtos que destroem ou inibem o crescimento de microrganismos no ou em tecidos vivos (ex. assepsia das mãos, mucosa, região de aplicação de injeções, campos cirúrgicos, região para coleta de materiais como sangue, punção lombar etc.).

Desinfetantes: antissépticos são similares aos desinfetantes, no entanto os desinfetantes são usados em objetos e superfícies inanimadas (mesas, microscópios, bancadas, piso, paredes etc..). Os desinfetantes podem ser esporostáticos, mas NÃO necessariamente esporicidas.

Esterilização: a esterilização refere-se a processos químicos ou físicos que removem ou destroem POR COMPLETO toda a forma de vida microbiana, incluindo os esporos.

Preservação: é a prevenção da multiplicação de microrganismos em produtos formulados, incluindo produtos farmacológicos como também alimentos.

Limpeza: É o procedimento de remoção de sujidade e detritos para manter em estado de asseio os artigos, reduzindo a população microbiana. A limpeza deve preceder os procedimentos de desinfecção ou de esterilização, pois reduz a carga microbiana através remoção da sujidade e da matéria orgânica presentes nos materiais.
“É possível limpar sem esterilizar, mas não é possível garantir a esterilização sem antes limpar”


Descontaminação de Artigos: Descontaminação e desinfecção não são sinônimos. A descontaminação tem por finalidade reduzir o número de microrganismos presentes nos artigos sujos, de forma a torná-los seguros para manuseá-los, isto é, ofereçam menor risco ocupacional.

Desinfecção: O termo desinfecção deverá ser entendido como um processo de eliminação ou destruição de todos os microrganismos na forma vegetativa, independente de serem patogênicos ou não, presentes nos artigos e objetos inanimados. A destruição de algumas bactérias na forma esporulada também pode acorrer, mas não se tem o controle e a garantia desse resultado.

PRINCÍPIOS ATIVOS USADOS COMO DESINFETANTES (MAIS COMUNS E DE FÁCIL ACESSO/CUSTO)

Formaldeído: Como desinfetante é mais utilizado a formalina, solução em água a 10% ou em álcool a 8%, sendo bactericida, tuberculicida, fungicida e viruscida após exposição de 30 minutos e esporicida após 18 horas. Não pode ser utilizado como agente de assepsia, pois é corrosivo, tóxico, irritante de vias aéreas, pele e olhos.

Iodo
Além do uso como antisséptico pode ser usado na desinfecção de vidros, ampolas, metais resistentes à oxidação e bancadas. A formulação pode ser de álcool iodado, contendo 0,5 e 1,0 % de iodo livre em álcool etílico de 77% (v/v), que corresponde a 70% em peso ou iodóforos na concentração de 30 a 50 mg/L de iodo livre. O (PVPI) Iodopovidona pode ser utilizado na assepsia das mãos, regiões para injeção, campos cirúrgicos etc. Não se recomenda o uso em mucosas (ex. boca, olhos, ânus etc.).

Cloro: O hipoclorito está indicado para desinfecção e descontaminação de superfícies e de artigos plásticos e borracha. Também é utilizado em superfícies de áreas como lavanderia, lactário, copa, cozinha, balcões de laboratório, banco de sangue, pisos etc.
É um agente desinfetante de amplo espectro, barato, não tóxico dentro de suas especificações (utilizar equipamento de proteção individual como máscara, óculos, luvas e aventais). Em sua concentração a 5% ou 50.000 ppm com aproximadamente 20 minutos de exposição, destrói

Álcool
O álcool é amplamente usado como desinfetante, tanto o álcool etílico, 70% (p/v), como o isopropílico, 92% (p/v), por terem atividade germicida, menor custo e pouca toxicidade, sendo que o álcool etílico tem propriedades germicidas superiores ao isopropílico. O seu uso é restrito pela falta de atividade esporicida, rápida evaporação e inabilidade em penetrar na matéria proteica. É recomendável para desinfecção de nível médio, com tempo de exposição de 10 minutos, sendo recomendáveis três aplicações intercaladas pela secagem natural. A concentração ideal é da faixa de 60% a 90%. O mecanismo de ação do álcool depende de sua concentração. Diferentemente de outros desinfetantes o álcool mais concentrado ou absoluto não exerce maior poder de desinfecção. Em concentrações de álcool superiores a 50%-70% eles dissolvem membranas lipídicas, desestabilizam a tensão da superfície celular, comprometendo a integridade da membrana levando as células a lise. Já as concentrações 60% a 70% álcool entra no nucleoplasma (meio que contorna o material genético) desnatura proteínas através de coagulação, outro fato importante é que o álcool 70% possui maior tempo de ação (evapora mais devagar). A água é necessária para a coagulação das proteínas, e, portanto a concentração ideal para a atividade microbicida é de 70% álcool. O álcool não é esporicida a temperatura ambiente. No entanto, é eficaz contra formas vegetativas de muitas bactérias e esporos de fungos.


AGENTES RECOMENDADOS PARA ASSEPSIA/DEGERMAÇÃO.

Etanol (álcool etílico): Utilizar em concentrações de 60%-70% após a limpeza química com sabonetes comuns e ou escova. Utilizar em até 3 repetições deixando o produto secar por si. O álcool pode ressecar a pele e mucosas, por isso, a adição de glicerina na fórmula pode evitar o ressecamento precoce. (Obs.: Formulações prontas comercializadas em farmácias geralmente já incluem hidratantes à base de glicerina + aromatizantes)

Clorexidina: O composto clorexidina (Hibiclens, Hibitane) é um complexo orgânico contendo cloro e anéis fenólicos. Seu mecanismo de ação ocorre nas duas membranas celulares pela diminuição da tensão superficial e da estrutura proteica através de desnaturação. Em concentrações moderado-altas é um bactericida para bactérias tanto gram-positivas quanto gram-negativas, porém ineficaz contra esporos. Sua ação em fungos e vírus é variável. A clorexidina tem vantagens sobre outros antissépticos devido seu caráter suave/benigno, baixa toxicidade, ação rápida e baixa absorção tecidual. É o antisséptico mais utilizado no controle de Staphylococcus MRSA (cepas bacterianas resistentes a antibióticos) em hospitais. Dentre as suas principais aplicações, destacam-se: degermação das mãos eantebraço da equipe; preparo da pele (pré-operatório e procedimentos invasivos);lavagem simples das mãos.


Triclosan: Apresenta ação contra bactérias Gram positivas e a maioria das Gram-negativas, exceto para a Pseudomonas aeruginosa, e apresenta pouca ação contra fungos. O triclosan pode ser absorvido através da pele íntegra, mas sem consequências sistêmicas relevantes. A sua ação antimicrobiana se faz num período intermediário e tem uma excelente ação residual. Sua atividade é minimamente afetada pela presença de matéria orgânica. O triclosan é encontrado em formulações de sabonetes em barra e líquidos, e é um dos agentes utilizados na degermação de médicos cirurgiões em muitos hospitais.



OUTRAS TÉCNICAS ÚTEIS


Flambagem (Incineração por calor seco): A temperatura da chama de um bico de Bunsen (1100 – 1,870° C) ou vela (em média 1000° C) dependendo do gás usado como combustível é eficaz na redução de microrganismos e outras substâncias ao nível de cinzas e gás. A incineração de alças bacteriológicas, pinças, agulhas utilizando um bico de Bunsen é uma prática muito comum em laboratórios de microbiologia. Esse método é considerado rápido e efetivo, no entanto é limitado a metais e vidros resistentes ao calor. Uma desvantagem nesse método é que o gás resultante da queima possa conter partículas virais (ativas, ou não), bem como gases tóxicos resultantes da queima de certos materiais. Isto pode ser contornado utilizando máscaras ou “capelas” com fluxo de ar controlado.

Dica: Quando trabalhando com inoculação de meios ou distribuição de bactérias, esporos de fungos ou outros organismos que necessitam de controle. O trabalho com o bico de Bunsen associado ao álcool 70% ou álcool absoluto (95% - 100%) é de grande ajuda. O procedimento é simples: Flambar o material na chama (parte apical, mais azulada do bico, ou topo da vela) até incandescência e após isso resfriar na solução alcoólica; ou apenas deixar imerso na solução até o momento de utilizar. Mantenha o recipiente com álcool não muito longe do bico/vela, e tomar bastante cuidado com a manipulação do fogo próximo ao álcool.


Esterilização/Desinfecção por luz ultravioleta.

Outro modo no qual a energia serve como um agente antimicrobiano é o uso da radiação. Radiação é definida como energia emitida da atividade de um átomo e dispersa a uma alta velocidade através da massa ou espaço. É caracterizada por um faixa de comprimento de ondas conhecida como espectro eletromagnético. Embora existam outras formas de radiação, irei considerar aqui, a mais simples de conseguir e manipular: a radiação ultravioleta.

Raios Ultravioleta: A radiação ultravioleta (UV) possui um comprimento de onda de aproximadamente 100 nm (nanômetros) a 400 nm. É mais letal de 240 nm a 280 nm (com pico em 260 nm). Na prática cotidiana a fonte de raios ultravioleta é a lâmpada germicida, que gera radiação a 254 nm. A radiação ultravioleta não é tão penetrante quanto a radiação ionizante. Isso porque a radiação ultravioleta passa livremente pelo ar, relativamente pela água, e muito pouco por sólidos, então os objetos a serem desinfetados necessitam estar diretamente expostos para ação completa. Como a radiação UV passa entre a célula, e é inicialmente absorvida pelo DNA. Danos específicos moleculares ocorrem nas bases pirimidínicas (Tiamina e Citosina) que forma ligações anormais. Sem muitos detalhes, essa ligação formada anormalmente (dímeros de pirimidina) interferem com a normal replicação e transcrição do DNA. Como resultado a célula para de crescer e morre. Além das mutações genéticas a radiação UV também gera substâncias tóxicas fotoquímicas conhecidas como radicais livres. Eficiente: destruição de células e esporos de fungos, formas vegetativas de bactérias, protozoários e vírus. Os esporos bacterianos são 10 vezes mais resistentes que as bactérias em sua forma vegetativa, mas podem ser destruídos se o tempo de exposição for maior.
Desvantagem e precauções: Além da baixa penetração em materiais sólidos como vidro, tecidos, massas, meios difusos, objetos densos, os materiais precisam ser espalhados de forma que a maior quantidade de luz possível incida sobre eles. Outro ponto negativo é que a radiação UV é prejudicial nos tecidos humanos, como também causa queimaduras, danos na retina, câncer e rugas na pele (envelhecimento celular).
Uso: Desinfecção do ar, ambientes, alguns líquidos, redução de microrganismos do ar, desinfecção de alimentos e água.

Dicas: As lâmpadas germicidas são de valor acessível, porém possuem uma vida-útil pequena. Recomenda-se a instalação da lâmpada e no momento de funcionamento isolar o ambiente de pessoas e animais. O tempo de exposição varia com o nível de contaminação (antes ou depois de uma limpeza ou desinfecção química, por exemplo).
Caso necessite de trabalhar em conjunto com a luz utilizar ternos HAZMAT ou qualquer vestimenta que inviabilize a penetração da luz. Utilização de óculos com filtro UV respectivo ao comprimento da onda utilizada na lâmpada.


Espero que tenha sido útil e que isso ajude a todos nas suas culturas e experimentos. Caso encontrem erros, por favor, avisem-me para que a devida correção seja feita.



REFERÊNCIAS


• Talaro, Kathleen P. Foundations in microbiology / Kathleen Park Talaro, Barry Chess. — 8th ed.
• Benson: Microbiological Applications Lab Manual, Eighth Edition.
Antiseptics and Disinfectants: Activity, Action, and Resistance. GERALD MCDONNELL1 e A. DENVER RUSSELL.
IMPORTÂNCIA DO ÁLCOOL NO CONTROLE DE INFECÇÕES EM SERVIÇOS DE SAÚDE. Adélia Aparecida Marçal dos Santos, Mariana Pastorello Verotti, Javier Afonso Sanmartin, Eni Rosa Aires Borba Mesiano.
Brasil. Ministerio da Saude. Secretaria de Vigilancia em Saude. Departamento de Vigilancia Epidemiologica. Biosseguranca em laboratorios biomedicos e de microbiologia / Ministerio da Saude, Secretaria de Vigilancia em Saude, Departamento de Vigilancia Epidemiologica. – 3. ed. em portugues rev. e atual. – Brasilia: Ministerio da Saude, 2006.
 
Muito bom Sorg, aula mesmo!
Me conte, se tratando de germinação de esporos antigos, tu teria alguma dica!?!?
Valeu pelo material, de grande ajuda :)

Noix.
Amaral, não sei qual o procedimento que você utiliza. Mas já li relatos de esporos com até 17 anos germinando. Inicie a cultura em ágar, mas antes hidrate o esporo. Há relatos do uso de carbono (carvão ativo) + alguns antibióticos no meio, depois é só transferir! Há também a hidratação em extrato de malte sob pressão, dá uma olhada. Embora eu nunca tenha feito qualquer experimento para testar a falseabilidade disto.
 
muito útil ! agradecemos!
sobre a Esterilização tenho algumas dúvidas...
"Esterilização: a esterilização refere-se a processos químicos ou físicos que removem ou destroem POR COMPLETO toda a forma de vida microbiana, incluindo os esporos." Pesquisei aqui, mas não obtive uma explicação mais clara sobre o fator TEMPO, existe a informação de que o ideal é 90minutos (1:30h) e a maioria usa apenas os 60minutos padrão. Essa diferença faz realmente diferença? depende muito da panela de pressão usada e da quantia de material a ser esterilizado? como também a passagem do vapor pelos grãos? teria alguma dica ou informação sobre estes fatores por favor? fico muito grato!

muito útil ! agradecemos!
sobre a Esterilização tenho algumas dúvidas...
"Esterilização: a esterilização refere-se a processos químicos ou físicos que removem ou destroem POR COMPLETO toda a forma de vida microbiana, incluindo os esporos." Pesquisei aqui, mas não obtive uma explicação mais clara sobre o fator TEMPO, existe a informação de que o ideal é 90minutos (1:30h) e a maioria usa apenas os 60minutos padrão. Essa diferença faz realmente diferença? depende muito da panela de pressão usada e da quantia de material a ser esterilizado? como também a passagem do vapor pelos grãos? teria alguma dica ou informação sobre estes fatores por favor? fico muito grato!

Após mais uma tentativa encontrei algo interessante que responde partes das minhas dúvidas: https://teonanacatl.org/threads/esterilização-técnicas.1080/#post-15581
realmente neste fórum tem tudo que precisamos :brincalhao:
 
Bom material, ajuda a capacitar a galera à obter melhores resultados em seus trabalhos, se temos o conhecimento e fazemos o uso correto deste conhecimento teremos bons resultados. Esterilização, desinfecção e descontaminação exigem uma postura de seriedade e responsabilidade, além dos procedimentos NINJA é claro! (organização e rapidez). ;)
 
Pô, só vi agora. Obrigado pela excelente contribuição, Sorg. :ler:
 
muito útil ! agradecemos!
sobre a Esterilização tenho algumas dúvidas...
"Esterilização: a esterilização refere-se a processos químicos ou físicos que removem ou destroem POR COMPLETO toda a forma de vida microbiana, incluindo os esporos." Pesquisei aqui, mas não obtive uma explicação mais clara sobre o fator TEMPO, existe a informação de que o ideal é 90minutos (1:30h) e a maioria usa apenas os 60minutos padrão. Essa diferença faz realmente diferença? depende muito da panela de pressão usada e da quantia de material a ser esterilizado? como também a passagem do vapor pelos grãos? teria alguma dica ou informação sobre estes fatores por favor? fico muito grato!



Após mais uma tentativa encontrei algo interessante que responde partes das minhas dúvidas: https://teonanacatl.org/threads/esterilização-técnicas.1080/#post-15581
realmente neste fórum tem tudo que precisamos :brincalhao:


Bem, como você mesmo disse, isso depende! Depende mais da pressão e temperatura do que do tempo, embora o tempo seja crucial. É como se fosse uma coluna de sustentação: todos os três pilares devem ser cuidadosamente respeitados para uma segurança (temperatura, pressão e tempo.)
Compare a pressão e temperatura de um autoclave (aparelho utilizado em esterilização em laboratórios, indústrias e hospitais) com uma panela de pressão. Então, tente aproximar os valores. Como a panela de pressão tem menor pressão do que um autoclave, compense a exposição (maior período em alta temp.) a um maior tempo. Isso é não é fato. Não dá para dizer quão seguro uma amostra estará, pois não é o equipamento adequado.
 
Dica: Quando trabalhando com inoculação de meios ou distribuição de bactérias, esporos de fungos ou outros organismos que necessitam de controle. O trabalho com o bico de Bunsen associado ao álcool 70% ou álcool absoluto (95% - 100%) é de grande ajuda. O procedimento é simples: Flambar o material na chama (parte apical, mais azulada do bico, ou topo da vela) até incandescência e após isso resfriar na solução alcoólica; ou apenas deixar imerso na solução até o momento de utilizar. Mantenha o recipiente com álcool não muito longe do bico/vela, e tomar bastante cuidado com a manipulação do fogo próximo ao álcool.
Botar a lamina incandescente no álcool não vai fazer a superficie dele pegar fogo?
 
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