- 09/12/2013
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Hoje era sexta, amanhã sábado, meu terrário tinha um cogumelo maduro bem grande, enfim, quando fui colhê-lo não pensei duas vezes: limpei a vermiculita da base e mandei p dentro.
Eu tinha acabado de receber o irmão de uma amiga da minha esposa. Ele é estrangeiro e vai ficar aqui em casa uns dias, mas eu não o conhecia até então. Ele tomou uns secos do estoque. Estávamos só os dois e não pude pesar (balança emprestada), mas meu cogu era bem grande, fresco e esverdeou muito quando colhi.
Estávamos tendo papos muito bacanas, viagens em imagens, algumas reflexões bem profundas. Ele é muito racional, como eu, e também curte uma filosofia de butequim. Mas em determinado ponto, algo de seu discurso me incomodou, creio. Ele toma muitos tipo de drogas sintéticas diferentes e, durante um bom tempo, não parava de falar das sensações e alegrias das experiências.
Nesse momento eu creio que rolou uma cisão entre nós, provocada por mim. Sem querer eu comecei a julgar seu discurso e me pôr em "um patamar" diferente. Depois de um tempo, só escutando (e julgando internamente) percebi isso e essa constatação me fez me sentir culpado, ou querer mudar de atitude interna. Me disse, "porque você se põe num lugar diferente? somos só humanos, cada um com seu cada qual. talvez você possa aprender mais se deixar se misturar mais com essa outra subjetividade".
Parecia a coisa mais certa a se fazer. Parecia sublime enquanto plano... Mas deu merda! Eu (creio, analisando) abri completamente as defesas e nos fundimos. Comecei a me sentir subjetivamente mesclado com ele. Todas as suas questões passavam por mim e vice-versa. Foi muito estranho.
Haviam questão que pareciam tipicamente minhas, as quais vi se manifestar claramente nele e vice-versa.
Exemplos:
1. Ele não parecia nem um pouco narcísico (como eu) e nem ter dificuldades de escutar os outros. E de repente o vi exatamente assim. Parecia eu, outrado!
2. Eu não me vejo tendo que adaptar minhas opiniões para concordarem com as do outro (como ele pareceu fazer muitas vezes), e em determinado momento, estava fazendo exatamente isso. Um pouco como que se apiedando da suposta angústia que outro viria a ter em ser frustrado com uma não-concordância. Posso estar sendo muito cego agora, ou vaidoso, mas nunca me vi fazendo isso (pelo contrário geralmente sou até chato nos embates).
Tive que fugir dessa experiência e disse que tinha que dormir................... Não consigo dormir.
Eu fico pensando nele e me vejo, e é difícil de me ver, como em uma terapia, agarrados em nossas defesas. A real é que eu não sei muito bem, se nós somos extremamentes iguais e ele me mostra defeitos que eu não costumo buscar identificar em mim (um espelho), ou se sou eu que incorporei algumas de suas questões egoicas, ou se estou sendo muito autocrítico, ou racionalizando demais, ou não sei mesmo... Meio norótico assim, tudo parece muito confuso.
É isso galera. Gostaria de dividir com vocês, vou tentar dormir. Grande abraço!
Eu tinha acabado de receber o irmão de uma amiga da minha esposa. Ele é estrangeiro e vai ficar aqui em casa uns dias, mas eu não o conhecia até então. Ele tomou uns secos do estoque. Estávamos só os dois e não pude pesar (balança emprestada), mas meu cogu era bem grande, fresco e esverdeou muito quando colhi.
Estávamos tendo papos muito bacanas, viagens em imagens, algumas reflexões bem profundas. Ele é muito racional, como eu, e também curte uma filosofia de butequim. Mas em determinado ponto, algo de seu discurso me incomodou, creio. Ele toma muitos tipo de drogas sintéticas diferentes e, durante um bom tempo, não parava de falar das sensações e alegrias das experiências.
Nesse momento eu creio que rolou uma cisão entre nós, provocada por mim. Sem querer eu comecei a julgar seu discurso e me pôr em "um patamar" diferente. Depois de um tempo, só escutando (e julgando internamente) percebi isso e essa constatação me fez me sentir culpado, ou querer mudar de atitude interna. Me disse, "porque você se põe num lugar diferente? somos só humanos, cada um com seu cada qual. talvez você possa aprender mais se deixar se misturar mais com essa outra subjetividade".
Parecia a coisa mais certa a se fazer. Parecia sublime enquanto plano... Mas deu merda! Eu (creio, analisando) abri completamente as defesas e nos fundimos. Comecei a me sentir subjetivamente mesclado com ele. Todas as suas questões passavam por mim e vice-versa. Foi muito estranho.
Haviam questão que pareciam tipicamente minhas, as quais vi se manifestar claramente nele e vice-versa.
Exemplos:
1. Ele não parecia nem um pouco narcísico (como eu) e nem ter dificuldades de escutar os outros. E de repente o vi exatamente assim. Parecia eu, outrado!
2. Eu não me vejo tendo que adaptar minhas opiniões para concordarem com as do outro (como ele pareceu fazer muitas vezes), e em determinado momento, estava fazendo exatamente isso. Um pouco como que se apiedando da suposta angústia que outro viria a ter em ser frustrado com uma não-concordância. Posso estar sendo muito cego agora, ou vaidoso, mas nunca me vi fazendo isso (pelo contrário geralmente sou até chato nos embates).
Tive que fugir dessa experiência e disse que tinha que dormir................... Não consigo dormir.
Eu fico pensando nele e me vejo, e é difícil de me ver, como em uma terapia, agarrados em nossas defesas. A real é que eu não sei muito bem, se nós somos extremamentes iguais e ele me mostra defeitos que eu não costumo buscar identificar em mim (um espelho), ou se sou eu que incorporei algumas de suas questões egoicas, ou se estou sendo muito autocrítico, ou racionalizando demais, ou não sei mesmo... Meio norótico assim, tudo parece muito confuso.
É isso galera. Gostaria de dividir com vocês, vou tentar dormir. Grande abraço!