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Fungo alienígena: Lysurus mokusin

Cosmik

Fractal Ambulante
Cultivador confiável
07/05/2011
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/dev/null
Também conhecido como lantern stinkhorn, small lizard's claw, ou ribbed lizard claw, é uma espécie de fungos saprotrófica da família Phallaceae. O corpo frutífero consiste de uma estipe com caneluras avermelhadas e cilíndricas que são tampadas com vários "braços". Os braços podem aproximar-se ou mesmo fechar-se sobre o outro para formar um espiral. A gleba – uma verde-azeitona massa viscosa de esporos – é transportada sobre a superfície externa dos braços. O corpo frutífero, quando maduro, tem um odor semelhante a "fezes frescas de cães", "carne podre", ou "esgoto". É comestível em seu estágio "oval" (imaturo). O fungo é nativo da Asia, e também é encontrado na Austrália, Europa e América do Norte, onde provavelmente foi uma espécie introduzida. Tem sido usada medicinalmente na China como um remédio para úlceras.

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História, taxonomia, e filogenia

A espécie foi descrita pela primeira vez pelo padre católico e missionário Pierre-Martial Cibot na publicação Novi Commentarii Academiae Scientiarum Imperialis Petropolitanae (Novas memórias da Academia Imperial de Ciências de São Petersburgo) (1775), onde ele relatou ter encontrado próximo à Pequim. Esta descoberta representa a primeira publicação de um registro científico sobre fungos da China. O nome original que Cibot deu ao lantern stinkhorn, Phallus mukusin, foi sancionado por Christiaan Hendrik Persoon em seu Synopsis Methodica Fungorum de 1801. Em 1823, Elias Magnus Fries transferiu para o gênero Lysurus em seu Systema Mycologium. L. mokusin é um tipo de espécie do gênero Lysurus.

Em 1938, Y. Kobayasi reportou a forma L. mosukin f. sinensis, na qual ele disse que diferiam das principais espécies em ter uma cabeça que era mais angular e cônica no topo; a forma sinensis também foi reportada na Coreia em 1995. Alguns autores tentaram definir formas de L. mokusin como novas espécies com base no grau de separação dos braços apicais. Por exemplo, para contrastar com o seu conceito de Lysurus em que os braços eram livres ou ligeiramente fundidos, o gênero Lloydia foi criado por Chow em 1935 para conter espécies em que as pontas dos braços eram fundidas. Como resultado de várias interpretações diferentes dos limites do L. mokusin, e o desejo de alguns autores para definir novas espécies com base nas diferenças percebidas, o fungo adquiriu durante os anos uma extensa lista de sinônimos.

Em 2006 foi publicado a inclusão do Lysurus mukusin em uma larga escala de análise filogenética da ordem Gomphales e Phallales, e foi mostrado formar uma clade com Simblum sphaerocephalum, Lysurus borealis, e Protubera clathroidea.

Descrição

Os corpos frutíferos imaturos do L. mosukin são "ovos" brancos e gelatinosos medindo de 1 a 3 cm de diâmetro, e anexados à terra por fios de micélio rizomorfos. Conforme o fungo se desenvolve, o ovo ruptura e o corpo frutífero se expande rapidamente, deixando para trás restos da volva. A estipe da oca, esponjosa e madura frutificação tem dimensões de 10 a 15 cm por 1,5 a 2,5 cm, e varia na cor do branco ao rosa ao vermelho, com 4 a 6 lados divididos por distintas costelas, profundamente sulcadas. A base de distinção entre L. mokusin e outras espécies de Lysurus é a forma angular da sua estipe. Os lados ramificam-se em 4 a 6 braços que são fundidos juntos na ponta para formar um ápice pontiagudo, semelhante a uma torre. Conforme o cogumelo amadurece, os braços podem se separar. A superfície externa dos braços é revestida por uma acastanhada e viscosa massa de esporos com mau cheiro, chamada de gleba; seu odor fétido ajuda a atrair moscas e outros insetos para ajudar na dispersão de esporos. O odor tem sido comparado a "fezes frescas de cães", "carne podre" ou de esgoto.

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Corte secional da estipe.

Os esporos são em formas cilíndricas, lisas, e com finas paredes translúcidas, com dimensões de 4 a 6 por 2 a 2,5 µm. Microscópio eletrônico de varredura revelam que uma das pontas dos esporos tem cicatriz hilar – um corte na parede do esporo que resulta durante a sua separação do esterigma do basídio. O basídio geralmente é de 8 esporos, e a gleba composta por cadeias de células de aproximação esférica, fusiforme, elipsoide que são ou 6,5 a 7,4 por 2,8 a 5,6 µm ou 37,1 a 46,3 por 18 a 28 µm e também misturado com células filamentosas de 2,3 a 4,5 µm de largura. A hifa do L. mosukin tem fíbula.

Comestibilidade e outros usos

Esta espécie é considerada comestível quando ainda no estado "oval" imaturo, e é uma iguaria na China. Quando maduro, o seu odor fétido detém a maioria dos indivíduos que tentam o consumo. O fungo tem sido utilizado medicinalmente na China como um remédio para úlceras.

Habitat e distribuição

Lysurus mokusin é saprófito, e cresce solitário ou em pequenos grupos em serapilheira, serragem, folhagem usada em paisagismo e compostagem. Avistamentos documentados de L. mokusin incluem Australásia, Ilhas Canárias, Coreia do Sul, Japão, China (Província de Fujian), e nas Ilhas Bonin. A espécie era desconhecida na Europa até ser relatada na Itália em 1979; ela é considerada uma espécie exótica (introduzida) naquele continente. Nos Estados Unidos, já foi coletada no estados da Califórnia, Texas e Washington, D.C..

Fontes: https://en.wikipedia.org/wiki/Lantern_Stinkhorn
http://www.mushroomexpert.com/lysurus_mokusin.html
 
é um cogu bem exótico msm, tem q ser meio corajoso pra comer ele, esse cheiro ruim tbm pode ser pra espantar algum ruminante caçando cogu.
 
esse cheiro ruim tbm pode ser pra espantar algum ruminante caçando cogu.

A teoria mais aceita é que o cheiro de carne podre atrai insetos que se alimentam da mesma na fase larval. Esses insetos pousam no cogumelo e acabam levando os esporos para outros lugares. ;)
 
A teoria mais aceita é que o cheiro de carne podre atrai insetos que se alimentam da mesma na fase larval. Esses insetos pousam no cogumelo e acabam levando os esporos para outros lugares. ;)

Sim, cada ser vivo tem sua maneira de se reproduzir.
As frutas não são doces e tem odores gostosos por acaso... são para os animais e insetos comerem e levarem suas sementes para colonizar em outras terras.
Algumas plantas usam as abelhas...

O humano e maioria dos animais usam o pênis para introduzir o espermatozoide na mulher etc.
 
Achei um parecido por aqui, que sai de uma ova e o chapéu acaba se dividindo e enrolando parecendo chifres de carneiro.
 
Sim, cada ser vivo tem sua maneira de se reproduzir.
As frutas não são doces e tem odores gostosos por acaso... são para os animais e insetos comerem e levarem suas sementes para colonizar em outras terras.
Algumas plantas usam as abelhas...

O humano e maioria dos animais usam o pênis para introduzir o espermatozoide na mulher etc.

Opa, @Kenzo , acredito que não chegue a ser a maioria, embora os mamiferos tenham bastante esse hábito. Podemos perceber variadas outras formas reprodutivas nos vários filos.
 
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