Procurei um lugar tranqüilo em meio às muitas árvores daquele campo. De
cara, uma grande pedra me chamou a atenção. Sentei sobre ela e tomei uma
garrafa do chá que havia preparado.
Meu amigo havia me alertado que era perigoso tomar o chá sozinho, ainda mais
sendo a primeira vez que eu iria tomá-lo. Disse que a gente não distingue
bem as coisas. Só depois fui entender.
De repente, veio-me uma grande sensação de bem-star. Lentamente, fui me
deitando sobre a pedra, com um discreto sorriso. Como minha cabeça não
encontrou apoio, ficou dependurada. Achei graça naquilo e comecei a dar
risada.
Na frente dos meus olhos, apareceram uns pequenos “galhos” de folhas. No
topo de um deles, tinha um pequeno inseto marrom. Ele era muito engraçado.
Parecia que estava trepando na folha. Não conseguia parar de dar risada.
Aliás, depois disto, quase tudo o que eu via eu achava graça. Eu parecia uma
criancinha radiante de alegria, descobrindo coisas divertidas. Igual àquela
música do Cidade Negra “Pra entender o Erê, tem que tá moleque.. O Erê erê” .
Depois de umas duas horas achei que o efeito estava passando. Eu
falava “Ahh..””” tipo, já está acabando? Ledo engano.
Deviam ser umas sete horas, já estava escurecendo e eu comecei a ver uns
morcegos voando perto das árvores. E, era de verdade. Achei melhor voltar
pra “cidade” que estava a uns 200 metros dali.
Quando estava subindo pra ir embora, vi de longe, o farol de um carro em
minha direção. Achei melhor esperar, porque se me vissem poderiam pensar que
eu era algum bandido ou coisa assim.
Espontaneamente, agachei-me e comecei a falar com uma planta. Ela era muito
linda e delicada. Apesar de já estar escuro ela mantinha-se iluminada. E,
realmente, eu conversei com ela.
De repente, eu olho pra cima e vejo dois homens com lanternas procurando
alguma coisa. Na certa, só poderia ser eu, pensei. Não sabia o que fazer se
me achassem diria a verdade, que tinha tomando um chá de cogumelo e que não
iria fazer nada a ninguém. Achei melhor ficar escondido e esperar que me
encontrassem.
Esperei por um minuto, que pareceu meia hora, estava deitado de costas e
resolvi olhar pra saber onde eles estavam. Não vi nada. Eu já estava bem
alucinado, devia ter confundido-os com alguns vaga-lumes. Por várias vezes,
tive que me persuadir de que o que eu escutava e via era fruto da minha
imaginação.
Já não tinha nenhuma condição psicológica para voltar a “cidade” mas, ao
mesmo tempo, já estava escuro e a aquele lugar começou a se tornar
assustador com seus morcegos, besouros e cigarras.
Fiquei deitado, imóvel observando o céu que se transfigurava vivamente, com
um colorido intenso sobre meus olhos, que quase saltavam até ele de tão
maravilhados. Fiquei lá por um bom tempo, depois peguei minha bicicleta e
fiquei passeando pela cidade até que o efeito terminasse.
cara, uma grande pedra me chamou a atenção. Sentei sobre ela e tomei uma
garrafa do chá que havia preparado.
Meu amigo havia me alertado que era perigoso tomar o chá sozinho, ainda mais
sendo a primeira vez que eu iria tomá-lo. Disse que a gente não distingue
bem as coisas. Só depois fui entender.
De repente, veio-me uma grande sensação de bem-star. Lentamente, fui me
deitando sobre a pedra, com um discreto sorriso. Como minha cabeça não
encontrou apoio, ficou dependurada. Achei graça naquilo e comecei a dar
risada.
Na frente dos meus olhos, apareceram uns pequenos “galhos” de folhas. No
topo de um deles, tinha um pequeno inseto marrom. Ele era muito engraçado.
Parecia que estava trepando na folha. Não conseguia parar de dar risada.
Aliás, depois disto, quase tudo o que eu via eu achava graça. Eu parecia uma
criancinha radiante de alegria, descobrindo coisas divertidas. Igual àquela
música do Cidade Negra “Pra entender o Erê, tem que tá moleque.. O Erê erê” .
Depois de umas duas horas achei que o efeito estava passando. Eu
falava “Ahh..””” tipo, já está acabando? Ledo engano.
Deviam ser umas sete horas, já estava escurecendo e eu comecei a ver uns
morcegos voando perto das árvores. E, era de verdade. Achei melhor voltar
pra “cidade” que estava a uns 200 metros dali.
Quando estava subindo pra ir embora, vi de longe, o farol de um carro em
minha direção. Achei melhor esperar, porque se me vissem poderiam pensar que
eu era algum bandido ou coisa assim.
Espontaneamente, agachei-me e comecei a falar com uma planta. Ela era muito
linda e delicada. Apesar de já estar escuro ela mantinha-se iluminada. E,
realmente, eu conversei com ela.
De repente, eu olho pra cima e vejo dois homens com lanternas procurando
alguma coisa. Na certa, só poderia ser eu, pensei. Não sabia o que fazer se
me achassem diria a verdade, que tinha tomando um chá de cogumelo e que não
iria fazer nada a ninguém. Achei melhor ficar escondido e esperar que me
encontrassem.
Esperei por um minuto, que pareceu meia hora, estava deitado de costas e
resolvi olhar pra saber onde eles estavam. Não vi nada. Eu já estava bem
alucinado, devia ter confundido-os com alguns vaga-lumes. Por várias vezes,
tive que me persuadir de que o que eu escutava e via era fruto da minha
imaginação.
Já não tinha nenhuma condição psicológica para voltar a “cidade” mas, ao
mesmo tempo, já estava escuro e a aquele lugar começou a se tornar
assustador com seus morcegos, besouros e cigarras.
Fiquei deitado, imóvel observando o céu que se transfigurava vivamente, com
um colorido intenso sobre meus olhos, que quase saltavam até ele de tão
maravilhados. Fiquei lá por um bom tempo, depois peguei minha bicicleta e
fiquei passeando pela cidade até que o efeito terminasse.