- 19/03/2016
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Salve gente boa!
Então, sexta feira passada deu-se minha segunda experiência com cogumelos secos. O método foi quase exatamente o mesmo da experiência #1, porém a quantidade foi dobrada para 5g. Almocei cerca de 1/2 dia, fui cortar a grama, e as 4h da tarde já estava de banho tomado, pronto para curtir uma experiência deitado numa rede...
Meus amigos!!! Agora sim, bateu!!! Não foi nada sutil, como da primeira vez...
Aos 45 minutos da ingestão percebi a chegada do efeito por uma pressão na cabeça, uma tontura, um enjoosinho xarope... e estar balançando numa rede não ajudava em nada. Então voltei para dentro de casa, para uma poltrona tipo cadeira do papai. Aí o negócio começou as ganha: o teto com estalactites de uma coisa pastosa, descendo, as paredes com aspecto líquido (eu tocava e ela ficava ondulando, como numa piscina), uma mandala da parede rodava e se projetava para fora e para dentro, mudava seu ponto central de lugar, almofadas e poltrona respirando, coisas que são planas estavam com muito relevo. Beleza, tudo muito surpreendente, a gente fica de boca aberta, abismado com tanta coisa... Mas isso não foi nada, comparado com o momento em que fechei os olhos e tapei os olhos já fechados com uma mão de depois com a outra, produzindo uma "entrada" numa escuridão que foi aumentando e fui parar num "não-lugar", se é que me entendem. Era a ausência absoluta de qualquer coisa, um nada absoluto, a indeterminação total. Aí tirei as mão dos olhos e os abri. Olhei para a janela e tinha um vento saindo para a rua e parecia me indicar: olha para lá (a rua), sai, vai ver a natureza. E eu levantei (com alguma dificuldade inicial, devido a vertigens e distrações visuais) e fui... Meus caros, neste momento entendi a razão de tantas religiões terem a natureza como algo sagrado, pois apareceu assim para mim, como se a transcendência estivesse aí, tudo vivo, interligado, plantas, céu, nuvens, terra, capim, vento, sol, animais, sons, cheiros e eu como mais uma parte disso tudo, mais a vida proliferada nos mínimos detalhes: musgos, formigas, insetos minúsculos, rastros de vários animais/insetos no chão, folhas e troncos de árvores pareciam rostos e pessoas de vários tamanhos e formas, com várias pernas e braços e cores e fisionomias e tagarelavam entre si numa língua ininteligível... Tudo muito surpreendente. As 6-6:30 da tarde, antes de escurecer, eu já estava bem menos viajandão, mas aí restava aquela sensação de saber que tem algo lá fora/aqui dentro, que é mágico, sagrado, orgânico, vivo e ACESSÍVEL!!!
Bem, como foi tudo muito, muito surpreendente, eu fiquei mais de boca aberta, impressionado com o que ia aparecendo, do que qualquer coisa. Espero que com o tempo eu aprenda a tirar mais proveito da trip de olhos fechados, pois percebi que aí não há limite, tem margem para explorar o universo onírico. Ocorre que neste início tudo é tão impressionante... e a natureza, o jardim, o mato, o campo, me chama muito fortemente... e eu vou...
Talvez, daqui um mês, na próxima experiência, já com os cogumelos produzidos por mim mesmo (tenho 4 copos com ecuador/puerto rican quase totalmente colonizados numa estufinha) eu faça uma experiência noturna para ver qual é, talvez numa lua cheia com previsão de céu limpo, legal né?
Enfim, pensando no "tema" principal resultante dessa experiência, acho que foi a coisa de ter entendido o motivo de haver tantas religiões em que a natureza é sagrada (daime, candomblé, orientais, indígenas, xamanismos variados, etc...), onde há duendes, entidades, forças elementais. Claro, tudo isso faz muito sentido quando se olha o mundo com, p. exemplo, cogumelos... O sagrado está, literalmente, na tua presença.
Saudações!
Ah, só para concluir, no outro dia tive uma dor de cabeça bem longa, mas passou no final da tarde, o que não ocorreu na Experiência #1.
Então, sexta feira passada deu-se minha segunda experiência com cogumelos secos. O método foi quase exatamente o mesmo da experiência #1, porém a quantidade foi dobrada para 5g. Almocei cerca de 1/2 dia, fui cortar a grama, e as 4h da tarde já estava de banho tomado, pronto para curtir uma experiência deitado numa rede...
Meus amigos!!! Agora sim, bateu!!! Não foi nada sutil, como da primeira vez...
Aos 45 minutos da ingestão percebi a chegada do efeito por uma pressão na cabeça, uma tontura, um enjoosinho xarope... e estar balançando numa rede não ajudava em nada. Então voltei para dentro de casa, para uma poltrona tipo cadeira do papai. Aí o negócio começou as ganha: o teto com estalactites de uma coisa pastosa, descendo, as paredes com aspecto líquido (eu tocava e ela ficava ondulando, como numa piscina), uma mandala da parede rodava e se projetava para fora e para dentro, mudava seu ponto central de lugar, almofadas e poltrona respirando, coisas que são planas estavam com muito relevo. Beleza, tudo muito surpreendente, a gente fica de boca aberta, abismado com tanta coisa... Mas isso não foi nada, comparado com o momento em que fechei os olhos e tapei os olhos já fechados com uma mão de depois com a outra, produzindo uma "entrada" numa escuridão que foi aumentando e fui parar num "não-lugar", se é que me entendem. Era a ausência absoluta de qualquer coisa, um nada absoluto, a indeterminação total. Aí tirei as mão dos olhos e os abri. Olhei para a janela e tinha um vento saindo para a rua e parecia me indicar: olha para lá (a rua), sai, vai ver a natureza. E eu levantei (com alguma dificuldade inicial, devido a vertigens e distrações visuais) e fui... Meus caros, neste momento entendi a razão de tantas religiões terem a natureza como algo sagrado, pois apareceu assim para mim, como se a transcendência estivesse aí, tudo vivo, interligado, plantas, céu, nuvens, terra, capim, vento, sol, animais, sons, cheiros e eu como mais uma parte disso tudo, mais a vida proliferada nos mínimos detalhes: musgos, formigas, insetos minúsculos, rastros de vários animais/insetos no chão, folhas e troncos de árvores pareciam rostos e pessoas de vários tamanhos e formas, com várias pernas e braços e cores e fisionomias e tagarelavam entre si numa língua ininteligível... Tudo muito surpreendente. As 6-6:30 da tarde, antes de escurecer, eu já estava bem menos viajandão, mas aí restava aquela sensação de saber que tem algo lá fora/aqui dentro, que é mágico, sagrado, orgânico, vivo e ACESSÍVEL!!!
Bem, como foi tudo muito, muito surpreendente, eu fiquei mais de boca aberta, impressionado com o que ia aparecendo, do que qualquer coisa. Espero que com o tempo eu aprenda a tirar mais proveito da trip de olhos fechados, pois percebi que aí não há limite, tem margem para explorar o universo onírico. Ocorre que neste início tudo é tão impressionante... e a natureza, o jardim, o mato, o campo, me chama muito fortemente... e eu vou...
Talvez, daqui um mês, na próxima experiência, já com os cogumelos produzidos por mim mesmo (tenho 4 copos com ecuador/puerto rican quase totalmente colonizados numa estufinha) eu faça uma experiência noturna para ver qual é, talvez numa lua cheia com previsão de céu limpo, legal né?
Enfim, pensando no "tema" principal resultante dessa experiência, acho que foi a coisa de ter entendido o motivo de haver tantas religiões em que a natureza é sagrada (daime, candomblé, orientais, indígenas, xamanismos variados, etc...), onde há duendes, entidades, forças elementais. Claro, tudo isso faz muito sentido quando se olha o mundo com, p. exemplo, cogumelos... O sagrado está, literalmente, na tua presença.
Saudações!
Ah, só para concluir, no outro dia tive uma dor de cabeça bem longa, mas passou no final da tarde, o que não ocorreu na Experiência #1.
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