- 16/02/2017
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Oi gente, tudo bem?
Então, tô começando a estabelecer um espaço para o meu (primeiro) cultivo de Pleurotus e não quero que nada dê errado. Paguei caro pelo micélio que tá vindo de longe (sou do RS) e não gostaria que qualquer contaminação pusesse tudo a perder logo de uma sentada . Assim, descrevo pra vocês algumas ideias e noções que tive pra receber sugestões, opiniões e/ou críticas da nossa comunidade . Vocês vão ver que ando um pouco obcecado pra tentar obter o melhor resultado possível e espero que as ideias de vocês contemplem um pouco isso, depois que eu apresentar o contexto; seja pra retirar peso da consciência ou concordar com o controle. Sei que podem acontecer coisas inesperadas e que errar é parte do processo de aprendizado, mas tudo o que tenho lido, visto e conversado aponta pra uma sensibilidade grande no cultivo. Sinto que devo "medir por cima" para poder lidar melhor com as situações de improviso e enganos que me aguardam, como muitos por aqui já devem ter passado.
Então, como growroom eu vou usar uma área relativamente restrita, mas de alvenaria. Descrevo: é um retângulo com cerca de 120cm x 90cm x 260cm. Escolhi ela porque ela se situa na garagem da casa, tendo acesso à ventilação e luz. O fato de ser de alvenaria ajudaria a manter a temperatura constante. A situação dela na planta da casa também é adequada, pois a casa foi construída sobre uma escavação de cerca de 3m em uma encosta, feita especialmente para acomodar a planta. A área em questão tem a parede do fundo erguida diretamente contra a parede principal desta escavação.
Foi concebida como um box de banho, (hj é um pequeno depósito, como tá nas fotos) mas foi azulejada só até cerca de 1,60m. A parte sem azulejos é a estrutura pura, sem reboco. Isso me preocupa um pouco, tem muitas frestinhas que poderiam servir de lar pra insetos, já que eles teriam fácil acesso a comida (meus cogumelos! :facewall. Pensei em vedar tudo com aqueles sprays de fibra de vidro, mas a espuma seca é porosa e a longo prazo poderia promover outro problema, mais microscópico desta vez.
Outra questão é o caimento do piso. O piso tem um caimento e um ralo, que, acredito, possam ser úteis pra evitar o acúmulo de água. Como pretendo usar baldes pro cultivo, o caimento iria tornar meus empilhamentos em "Torres de Pisa", o que me parece especialmente problemático. Reformar o piso tá fora de cogitação, então pensei, ou em fabricar estrados sob medida, ou em calçar as torres com tijolos ou cavilhas de madeira. Tenho algum receio de que a madeira possa abrigar patógenos e/ou escorregar por ação do peso e da umidade que vai imperar no ambiente - assim como tijolos não eliminariam por completo nem a questão do equilíbrio e nem a da colonização por outras espécies (trabalho com cerâmica indígena e já cansei de ver fungos e "secreções" minerais nas peças; argila é um material bem poroso) . O ralo plástico eu pretendo trocar por aqueles que podem ser fechados.
Enfim, a porta é a questão final. Nas fotos vocês podem ver que não há batentes inteiriços e pelo que estudei até então, é necessário um compartimento que possibilite o melhor controle entre ventilação adequada e vedação hermética. Como a amplitude térmica na região é bem ampla (invernos secos e entre 5-10 Cº - verões quentes, úmidos, entre 28º-36º), pensei em uma porta insulada, de madeira, forrada com a mesma fibra de vidro, mas, como disse acima, tenho meus ressentimentos com materiais porosos. Uma telinha na parte superior forneceria alguma luz e ventilação, mas o quão grande ela deve ser, dadas as proporções do espaço? Preciso instalar (ou improvisar) algum filtro anti-esporos ou qualquer outra coisa invisível a olho-nu? Se trata de uma uma propriedade rural, tem muita vegetação nas proximidades. A growroom fica numa garagem usada todo dia: os gases dos veículos podem interferir na qualidade ou na produção dos cogumelos?
Ufa! Acho que terminei. Muito obrigado pela paciência!
PS: os baldes empilhados são os que pretendo utilizar.
Então, tô começando a estabelecer um espaço para o meu (primeiro) cultivo de Pleurotus e não quero que nada dê errado. Paguei caro pelo micélio que tá vindo de longe (sou do RS) e não gostaria que qualquer contaminação pusesse tudo a perder logo de uma sentada . Assim, descrevo pra vocês algumas ideias e noções que tive pra receber sugestões, opiniões e/ou críticas da nossa comunidade . Vocês vão ver que ando um pouco obcecado pra tentar obter o melhor resultado possível e espero que as ideias de vocês contemplem um pouco isso, depois que eu apresentar o contexto; seja pra retirar peso da consciência ou concordar com o controle. Sei que podem acontecer coisas inesperadas e que errar é parte do processo de aprendizado, mas tudo o que tenho lido, visto e conversado aponta pra uma sensibilidade grande no cultivo. Sinto que devo "medir por cima" para poder lidar melhor com as situações de improviso e enganos que me aguardam, como muitos por aqui já devem ter passado.
Então, como growroom eu vou usar uma área relativamente restrita, mas de alvenaria. Descrevo: é um retângulo com cerca de 120cm x 90cm x 260cm. Escolhi ela porque ela se situa na garagem da casa, tendo acesso à ventilação e luz. O fato de ser de alvenaria ajudaria a manter a temperatura constante. A situação dela na planta da casa também é adequada, pois a casa foi construída sobre uma escavação de cerca de 3m em uma encosta, feita especialmente para acomodar a planta. A área em questão tem a parede do fundo erguida diretamente contra a parede principal desta escavação.
Foi concebida como um box de banho, (hj é um pequeno depósito, como tá nas fotos) mas foi azulejada só até cerca de 1,60m. A parte sem azulejos é a estrutura pura, sem reboco. Isso me preocupa um pouco, tem muitas frestinhas que poderiam servir de lar pra insetos, já que eles teriam fácil acesso a comida (meus cogumelos! :facewall. Pensei em vedar tudo com aqueles sprays de fibra de vidro, mas a espuma seca é porosa e a longo prazo poderia promover outro problema, mais microscópico desta vez.
Outra questão é o caimento do piso. O piso tem um caimento e um ralo, que, acredito, possam ser úteis pra evitar o acúmulo de água. Como pretendo usar baldes pro cultivo, o caimento iria tornar meus empilhamentos em "Torres de Pisa", o que me parece especialmente problemático. Reformar o piso tá fora de cogitação, então pensei, ou em fabricar estrados sob medida, ou em calçar as torres com tijolos ou cavilhas de madeira. Tenho algum receio de que a madeira possa abrigar patógenos e/ou escorregar por ação do peso e da umidade que vai imperar no ambiente - assim como tijolos não eliminariam por completo nem a questão do equilíbrio e nem a da colonização por outras espécies (trabalho com cerâmica indígena e já cansei de ver fungos e "secreções" minerais nas peças; argila é um material bem poroso) . O ralo plástico eu pretendo trocar por aqueles que podem ser fechados.
Enfim, a porta é a questão final. Nas fotos vocês podem ver que não há batentes inteiriços e pelo que estudei até então, é necessário um compartimento que possibilite o melhor controle entre ventilação adequada e vedação hermética. Como a amplitude térmica na região é bem ampla (invernos secos e entre 5-10 Cº - verões quentes, úmidos, entre 28º-36º), pensei em uma porta insulada, de madeira, forrada com a mesma fibra de vidro, mas, como disse acima, tenho meus ressentimentos com materiais porosos. Uma telinha na parte superior forneceria alguma luz e ventilação, mas o quão grande ela deve ser, dadas as proporções do espaço? Preciso instalar (ou improvisar) algum filtro anti-esporos ou qualquer outra coisa invisível a olho-nu? Se trata de uma uma propriedade rural, tem muita vegetação nas proximidades. A growroom fica numa garagem usada todo dia: os gases dos veículos podem interferir na qualidade ou na produção dos cogumelos?
Ufa! Acho que terminei. Muito obrigado pela paciência!
PS: os baldes empilhados são os que pretendo utilizar.