Exato amigo.. faço Farmacia, estou no terceiro ano já, a materia é Metodologia da pesquisa.. materia que "ensina" a fazer o TCC, tenho 21 anos.
Então amigo, estou lascado, pois precisa entregar esse projeto até sexta-feira, então por isso acho que não vai dar tempo de achar os cogumelos, e fazer as analises neles, pois primeiro que eu nem sei fazer esse tipo de analises fisico-quimica, já andei pesquisando, mas não consigo achar. E outra que to achando que vai rolar muita grana pra fazer esse tipo de coisa, e gastar grana para uma pesquisa só se for pro TCC, entende minha situação?
Por isso queria achar um outro tipo de Problema, mas que esteja dentro do assunto de cogumelos, para acabar com experiencias, e deixar a metodologia do projeto ou então a forma de abordagem mais para o lado bibliografico.
Estive pensando em alguma coisa como:
Como age um cogumelo psicoativo no nosso organismo ou no cerebro?
aí eu explicaria os processos sinapticos e niveis de serotonina, que são afetados por essa psilocibina, e não precisaria fazer experimento algum.
Achei no meio de um TCC sobre substancias psicodelicas e psilocibina, Aula de Farmacologia pura isso:
Os efeitos induzidos pelo consumo de cogumelos do gênero Psilocybe devem-se à
presença dos princípios ativos psilocibina e psilocina, de naturezas químicas semelhantes ao
neurotransmissor serotonina (5-HT, 5-hidroxitriptamina), que exerce considerada influência
sobre o ato de despertar, percepção sensorial, emoção e importantes funções cognitivas
(Shepherd, 1994). A ação fisiológica da psilocibina em humanos deve-se à sua ligação primária
aos receptores serotonérgicos cerebrais de maneira agonista, promovendo maior absorção de
serotonina na fenda sináptica, sendo o receptor 5-HT2A o de maior afinidade. Esses efeitos se
caracterizam por alteração dos processos cognitivos, mas considerados fisiologicamente seguros
e não produzindo dependência ou vício (Nichols, 2004; Schreiber et al., 1995).
Diversos estudos nesse movimento de redescoberta da psilocibina foram realizados até o
momento. Os mais importantes provém do grupo de pesquisas coordenado pelo Dr. Franz
Vollenweider, no qual ja se realizaram estudos clinicos e neuropsicologicos, com interesses de
encontrar bases neurobiologicas associados aos efeitos proporcionados pela substancia (Carter,
Burr et al., 2005; Carter et al., 2007; Carter et al., 2004; Geyer, Nichols, & Vollenweider, 2009;
Hasler, Bourquin, Brenneisen, Bar, & Vollenweider, 1997; Hasler, Bourquin, Brenneisen, &
Vollenweider, 2002; Felix Hasler et al., 2004; Vollenweider, 1994; Vollenweider & Geyer, 2001;
F. X. Vollenweider et al., 1997; F. X. Vollenweider et al., 1997; Wittmann et al., 2007).
Estudos clinicos conduzidos com a psilocibina demonstraram a ocorrencia de uma
pequena elevacao da pressao sanguinea e da temperatura do corpo (Gouzoulis-Mayfrank, Thelen
et al., 1999; Isbell, 1959). Esses dados se assemelham com aqueles encontrados com a substancia
psicodelica Ayahuasca ou a DMT (Callaway et al., 1999; Strassman & Qualls, 1994; Strassman
et al., 1996). Entretanto, diferentemente com o que acontece com essas ultimas substancias, a
psilocibina nao causou alteracoes significativas nos niveis plasmaticos de hormonios como
cortisol, prolactina e ACTH (adrenocorticotrofina) (Gouzoulis-Mayfrank, Thelen et al., 1999),
nem foram observadas alteracoes significantes em parametros do hemograma como colesterol,
fosfatase alcalina, colinesterase e aspartatamino-transferase (Hollister, 1961).
Em estudos mais recentes, foram mensurados efeitos agudos psicologicos e fisiologicos
apos a administracao de psilocibina em humanos, utilizando-se de quatro dosagens (muito baixa,
baixa, media e forte, respectivamente 45, 115, 215, 315 £gg/kg). Os objetivos eram explorar as
relacoes potenciais dose-dependente da administracao de psilocibina em humanos, cruzando
diversos parametros neuropsicologicos e fisiologicos, bem como estimar a seguranca e possiveis
riscos associados com o uso dessa substancia (F. Hasler, U. Grimberg, M. Benz, T. A. Huber, &
F. X. Vollenweider, 2004). Foi observado que a psilocibina nao promoveu, independentemente
da dose, quaisquer alteracoes significantes no eletrocardiograma. Alteracoes da pressao
sanguinea sao significantes somente para a dosagem forte, onde atingem um maximo de
150/90 mmHg, semelhantemente ao que acontece com a DMT presente na Ayahuasca (Callaway
et al., 1999; Strassman & Qualls, 1994; Strassman et al., 1996; Strassman et al., 1994).
Acessos a diversos niveis plasmaticos de hormonios (ACTH, prolactina, cortisol e TSH ¡V
hormonio estimulante da tireoide) demonstraram alteracoes significantes em todos apos 105 min
da administracao da psilocibina, que retornam aos seus niveis normais apos 300 min (F. Hasler et
al., 2004). Esses resultados se mostraram significantes, ao contrario do que foi encontrado no
estudo de Gouzoulis-Mayfrank et al. (1999), mas estao de acordo com os encontrados com a
Ayahuasca e DMT (Callaway et al., 1999; Strassman & Qualls, 1994; Strassman et al., 1996;
Strassman et al., 1994).
Analises de parametros do hemograma (sodio, potassio, cloro, ureia, creatinina, lactato
desidrogenase, ƒ×-glutamiltransferase, alaninamino-transferase, aspartatamino-transferase e
fosfatase alcalina) nao apresentaram alteracoes significantes, exceto para as duas enzimas do
figado, ƒ×-glutamiltransferase e aspartatamino-transferase, significantes somente na dosagem
forte, o que esta parcialmente de acordo com os achados de Hollister (F. Hasler et al., 2004;
Hollister, 1961).
Um outro estudo clínico-epidemiológico curioso envolvendo a psilocibina foi conduzido
na Universidade de Harvard. Neste a psilocibina não foi administrada, mas iniciou-se uma larga
pesquisa de localização de indivíduos acometidos por enxaquecas e que utilizaram psilocibina ou
LSD, em doses sub-alucinogênicas ou não, para o tratamento. Dados importantes foram
encontrados quando se observou que a eficácia dessas substâncias psicodélicas era maior do que
as atuais formas de tratamento de enxaquecas (Tabela 2). Esse estudo está sendo aprofundado
pelos autores, que no momento estão a selecionar voluntários para o desenvolvimento do estudo
sistemático (Sewell, Halpern, & Pope, 2006).
Não são muitos os trabalhos envolvendo pesquisas clínicas em seres humanos com a
psilocibina, no entanto, os que até então foram desenvolvidos demonstram a segurança orgânica
dos sujeitos humanos expostos à ação da psilocibina, bem como da segurança da administração
de outras substâncias análogas, além de suas potencialidades biomédicas (F. Hasler et al., 2004;
McKenna, 2004; Nichols, 1998, 2004; Strassman, 1995; Vollenweider, 1998).
eu iria abordar praticamente isso no projeto se caso eu mudasse o problema para
Como age um cogumelo psicoativo no nosso organismo ou no cerebro?