- 15/11/2022
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Semana passada, na última segunda feira do ano, dia 26 de dezembro.
A ansiedade estava batendo forte. Já fazia uns dias que eu queria tomar uma dose para baixar a ansiedade. Não gosto de ficar à base de buspirona (ansitec), até porque a medicação de farmácia já não estava segurando a ansiedade. Então cortei o ansitec uns dias antes para evitar uma enxurrada de serotonina no cérebro.
Fui no airbnb e achei um chalé perfeito nos arredores da cidade, com muita natureza, hidro, vista perfeita e fui pra lá.
Às tres da tarde tomei 4 gramas com laranja e mel, e fiquei esperando vir a onda. Deitei na rede na varanda e fiquei observando as árvores. A temperatura abaixou, e fiquei como que num casulo na rede... e nada da onda chegar. Às vezes eu fechava os olhos para ver se os padrões surgiam, olhava as árvores... e nada. Já haviam passado uns 40 minutos e uma tempestade começou a se armar. Entrei pro chalé, sentei no tapete e fiquei olhando a ventania. O vento forte trazia folhas e galhos no ar, as árvores mexiam... mas isso ainda não era a psilocibina atuando, era só tempestade mesmo. Puxei um edredon e fiquei no tapete observando, e de repente comecei a ver os padrões com os olhos fechados.
Comecei a alternar tempos de olhos abertos, tempos de olhos fechados. A trilha sonora tocava Yaima. E eu me enrolei todo no edredon ainda no tapete...
Olhei para porta atrás de mim, e os detalhes circulares da madeira pareciam estar vivos, pronto, estava acontecendo.
De olhos fechados vinham os padrões geométricos complicadíssimos, pareciam desenhos astecas ou de algumas civilização antiga em movimentos suaves, como se fossem esculturas nas pedras formando novas formas. A voz da cantora Yaima me fazia sentir amado, e de repente... PQP, era como se a minha ex estivesse ali. Não que isso seja bom ou ruim, mas parecia tão real, tão real como nos melhores momento de carinho e afeto que trocávamos há 15 anos atrás. De repente, a forma física era ela, mas eu sentia como se fosse Hecate (A Deusa pagã da magia) me acompanhando entre símbolos antigos, e tudo num sentimento profundo de acolhimento, proteção e amor. Eu ainda estava ali no tapete, mas em outra dimensão, e encostar na cama parecia um toque de acolhimento, a melhor sensação da vida (eu nunca tomei Ecstasy, mas pelos relatos que já li, parece que a sensação de toque e amor estava no mesmo plano). A trip continuava bem... abri os olhos e lá fora a chuva caia forte, olhei a porta, a parede vermelha, e tudo estava girando lindamente. Fechei os olhos e segui na viagem interna, entre símbolos e aquele bom sentimento de amor.
De repente a consciência começou a voltar e para mim já parecia bom que a viagem acabasse por ali... abri os olhos, respirei fundo, pus a hidro pra encher... e fui curtir a banheira. Nessa hora troquei a playlist e pus algo mais tuts tuts tuts (trance mesmo, freedom fightress e Merkaba).
Mesmo ali na banheira, imerso na água, de olhos fechados, já eram umas 19h30, os padrões geométricos continuavam. Fiquei imerso ali uns 30 minutos curtindo o efeito mas desejando que a viagem acabasse. Fui pra cama e pedi para Hecate finalizar aquilo e acabou.
Fui comer algo e depois pensar sobre como lidar com as coisas que me causam ansiedade. Ainda penso nas coisas, mas elas não me causam dor. A luz acabou.... e o que restou foi só escuridão naquele chalé. Mas ainda assim a sensação era boa.
Antes de dormir fiquei tentando entender os elementos que vieram, mas, mais que isso, o que eu mais desejava era a sensação de bem que viria nos dias seguintes, inclusive que perdura até agora. Feliz ano novo a todos e boas viagens.
A ansiedade estava batendo forte. Já fazia uns dias que eu queria tomar uma dose para baixar a ansiedade. Não gosto de ficar à base de buspirona (ansitec), até porque a medicação de farmácia já não estava segurando a ansiedade. Então cortei o ansitec uns dias antes para evitar uma enxurrada de serotonina no cérebro.
Fui no airbnb e achei um chalé perfeito nos arredores da cidade, com muita natureza, hidro, vista perfeita e fui pra lá.
Às tres da tarde tomei 4 gramas com laranja e mel, e fiquei esperando vir a onda. Deitei na rede na varanda e fiquei observando as árvores. A temperatura abaixou, e fiquei como que num casulo na rede... e nada da onda chegar. Às vezes eu fechava os olhos para ver se os padrões surgiam, olhava as árvores... e nada. Já haviam passado uns 40 minutos e uma tempestade começou a se armar. Entrei pro chalé, sentei no tapete e fiquei olhando a ventania. O vento forte trazia folhas e galhos no ar, as árvores mexiam... mas isso ainda não era a psilocibina atuando, era só tempestade mesmo. Puxei um edredon e fiquei no tapete observando, e de repente comecei a ver os padrões com os olhos fechados.
Comecei a alternar tempos de olhos abertos, tempos de olhos fechados. A trilha sonora tocava Yaima. E eu me enrolei todo no edredon ainda no tapete...
Olhei para porta atrás de mim, e os detalhes circulares da madeira pareciam estar vivos, pronto, estava acontecendo.
De olhos fechados vinham os padrões geométricos complicadíssimos, pareciam desenhos astecas ou de algumas civilização antiga em movimentos suaves, como se fossem esculturas nas pedras formando novas formas. A voz da cantora Yaima me fazia sentir amado, e de repente... PQP, era como se a minha ex estivesse ali. Não que isso seja bom ou ruim, mas parecia tão real, tão real como nos melhores momento de carinho e afeto que trocávamos há 15 anos atrás. De repente, a forma física era ela, mas eu sentia como se fosse Hecate (A Deusa pagã da magia) me acompanhando entre símbolos antigos, e tudo num sentimento profundo de acolhimento, proteção e amor. Eu ainda estava ali no tapete, mas em outra dimensão, e encostar na cama parecia um toque de acolhimento, a melhor sensação da vida (eu nunca tomei Ecstasy, mas pelos relatos que já li, parece que a sensação de toque e amor estava no mesmo plano). A trip continuava bem... abri os olhos e lá fora a chuva caia forte, olhei a porta, a parede vermelha, e tudo estava girando lindamente. Fechei os olhos e segui na viagem interna, entre símbolos e aquele bom sentimento de amor.
De repente a consciência começou a voltar e para mim já parecia bom que a viagem acabasse por ali... abri os olhos, respirei fundo, pus a hidro pra encher... e fui curtir a banheira. Nessa hora troquei a playlist e pus algo mais tuts tuts tuts (trance mesmo, freedom fightress e Merkaba).
Mesmo ali na banheira, imerso na água, de olhos fechados, já eram umas 19h30, os padrões geométricos continuavam. Fiquei imerso ali uns 30 minutos curtindo o efeito mas desejando que a viagem acabasse. Fui pra cama e pedi para Hecate finalizar aquilo e acabou.
Fui comer algo e depois pensar sobre como lidar com as coisas que me causam ansiedade. Ainda penso nas coisas, mas elas não me causam dor. A luz acabou.... e o que restou foi só escuridão naquele chalé. Mas ainda assim a sensação era boa.
Antes de dormir fiquei tentando entender os elementos que vieram, mas, mais que isso, o que eu mais desejava era a sensação de bem que viria nos dias seguintes, inclusive que perdura até agora. Feliz ano novo a todos e boas viagens.