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Datas que devem ser relembradas!!

RECIFE, 02 DE FEVEREIRO DE 1997

:seta: Morria Francisco de Assis França, mais conhecido como CHICO SCIENCE.​

Porra Becheleni!

Bem lembrado! Grande Chico!! :pos:

Pra esse eu tiro a minha bota (pois não uso chapéu)...

"... ô josué nunca vi tamanha desgraça,

quanto mais miséria tem mais urubu ameaça..."


 
:seta: 19 de março de 2003: Invasão do Iraque :neg:

A Invasão do Iraque em 2003 iniciou-se a 20 de março através de uma aliança entre os E.U.A. , Reino Unido e muitas outras nações (unidade conhecida como a Coligação) iniciada, a partir do Kuwait a ofensiva terrestre, depois de uma série de ataque aéreos com mísseis e bombas de precisão a Bagdad e arredores ter aberto o caminho às tropas no terreno.
 

18 de Abril de 1955: Morria Albert Einsten


Albert Einstein (Ulm, 14 de Março de 1879Princeton, 18 de Abril de 1955) foi o físico que propôs a teoria da relatividade. Ganhou o Prémio Nobel da Física de 1921 pela correta explicação do Efeito fotoeléctrico; no entanto, o prémio só foi anunciado em 1922. O seu trabalho teórico possibilitou o desenvolvimento da energia atômica, apesar de não prever tal possibilidade sua opinião foi contra o desenvolvimento de arma de destruição em massa.
Após a formulação da teoria da relatividade em Junho de 1905, Einstein tornou-se famoso mundialmente, na época algo pouco comum para um cientista. Nos seus últimos anos, a sua fama excedeu a de qualquer outro cientista na história, e na cultura popular, Einstein tornou-se um sinónimo de alguém com uma grande inteligência e um grande génio. A sua face é uma das mais conhecidas em todo o mundo. Em sua honra, foi atribuído o seu nome a uma unidade usada na fotoquímica, o einstein, bem como a um elemento químico, o Einstênio.
Foi um dos maiores génios da Física, tendo o seu QI estimado em cerca de 240. Algumas fontes informam um suposto resultado de 158, provavelmente limitado pelo teto do teste.
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Einstein nasceu na região alemã de Württemberg numa família judaica não-observante. Em 1852, o avô materno de Einstein, Julius Koch, estabelece-se como comerciante de cereais em Bad Cannstatt, nos arredores de Estugarda (Stuttgart), uma cidade a cerca de noventa quilómetros a oeste de Ulm. O negócio prospera.
Os pais de Einstein, Hermann Einstein e Pauline Koch, casam-se em 1876. Hermann muda-se de Bad Buchau para a cidade de Ulm, onde passou a viver com a esposa. Torna-se proprietário de um negócio de penas de colchões (o outro co-proprietário era um primo).
Em 21 de Junho de 1880 (o pequeno Albert tem um ano de idade), a família Einstein muda-se para Munique. Em 1885, Hermann Einstein funda uma empresa de material eléctrico com o irmão Jacob. A empresa chamou-se J. Einstein & Cie. Os dois irmãos estão convencidos de que este sector em pleno crescimento oferece melhor rentabilidade do que o tradicional negócio de penas de colchão. Na década de 1880, a cidade de Munique, em processo de industrialização (relativamente tardio) desenvolveu-se muito, crescendo a população a um ritmo de dezessete mil novos habitantes por ano. O material eléctrico, uma tecnologia relativamente recente, tem alta conjuntura nestes anos. A empresa do pai de Einstein chegou a ter entre 150 e 200 trabalhadores nos seus melhores dias. Um dos contratos que a empresa obteve foi o da electrificação dos recintos da famosa Oktoberfest de Munique, o areal de Theresienwiese.
A 18 de Novembro de 1881, nasce Maria Einstein (Maja). Einstein teria sempre uma relação muito íntima com a irmã. Einstein e Maja recebem uma educação não religiosa. Em casa não se come Koscher, a família não frequenta a sinagoga. Com três anos, Einstein tinha dificuldades de fala. Os pais estão assustados. A juventude de Einstein é solitária. As outras crianças chamam-lhe "Bruder Langweil" (irmão tédio) e "Biedermann" (mesquinho). Aos cinco anos de idade, Einstein recebe um professor privado. Aos seis anos de idade, Einstein tem já aulas de violino. Nesta altura, antes de descobrir a sua paixão pelas ciências naturais, o pequeno Einstein deseja ser músico.
A 1 de Outubro de 1885, Einstein começa a frequentar uma escola primária católica em Munique (uma cidade fortemente conservadora que sempre permaneceu maioritariamente católica, apesar das simpatias iniciais por Lutero, bem cedo combatidas pelos Jesuítas - ver pormenores no artigo Munique). Os seus colegas de escola sentem-se repugnados pelo pequeno judeu. Uma situação que ele achou difícil de tolerar.
Frequentou o Luitpold Gymnasium em Munique até aos quinze anos.
Entretanto, os negócios do pai de Einstein começam a correr pior do que se esperava. Há uma grande concentração da indústria do sector eléctrico. Como é típico com os mercados tecnológicos, após o período de grandes números de empresas pequenas e inovadoras, há um ciclo de reestruturações e concentração (Ver: Economias de Escala).
Hermann Einstein vê-se obrigado a largar o controle da sua empresa de Munique. A firma é comprada em 1894 pela AEG. Poucos anos depois, em 1910, existiriam apenas duas grandes empresas no sector: Siemens & Halske e a AEG (Allgemeine Elektrizitätsgesellschaft)

O jovem Albert Einstein (tem quinze anos) permanece em Munique por mais uns meses ao cuidado de familiares, a fim de terminar o ano lectivo. Junta-se depois à família em Itália. Em 1895, Albert fez exames de admissão à "Eidgenössische Technische Hochschule" (Universidade Politécnica Federal Suíça, em Zurique). Reprovou-se na parte de humanidades dos exames. Foi então enviado para Aarau (Argóvia) para terminar a escola secundária. Em 1896 recebeu o seu diploma da escola secundária. Em 1896, Einstein (com dezessete anos de idade) decide que não pretende continuar a ser cidadão alemão.



Pede a naturalização suíça, que receberia a 21 de Fevereiro de 1901. Pagou os vinte francos suíços que o seu passaporte custou (uma quantia considerável) com as suas próprias poupanças. Nunca deixaria de ser cidadão suíço. Nas suas inúmeras viagens que faria no futuro, Einstein usaria quase sempre o seu passaporte suíço.
Cursou o ensino superior na Suíça, na ETH Zurich, onde mais tarde foi docente. A 6 de Janeiro de 1903 casou-se com Mileva Marić, sem a presença dos pais da noiva. Albert e Mileva tiveram três filhos: Lieserl Einstein, Hans Albert Einstein e Eduard Einstein. A primeira morreu ainda bebé, o mais velho tornou-se um importante professor de Hidráulica na Universidade da Califórnia e o mais jovem, formado em Música e Literatura, morreu num hospital psiquiátrico suíço.
Obteve o doutoramento em 1905. No mesmo ano, escreveu cinco artigos, quatro deles fundamentais para três áreas distintas da Física moderna. Podemos dizer que 1905 foi o "annus mirabilis" para Einstein.
O primeiro artigo deste ano milagroso foi sobre o movimento browniano, que constitui uma evidência experimental da existência dos átomos. Antes deste artigo, os átomos eram considerados um conceito útil, mas sua existência concreta era controversa. Einstein relacionou as grandezas estatísticas do movimento browniano com o comportamento dos átomos e deu aos experimentalistas um método de contagem dos átomos através de um microscópio vulgar. Wilhelm Ostwald, um dos que se opunham à ideia dos átomos, disse mais tarde a Arnold Sommerfeld que mudou de opinião devido à explicação de Einstein do movimento browniano.
O segundo artigo de 1905 propôs a ideia dos "quanta de luz" (os actuais fotões) e mostrou como é que poderiam ser utilizados para explicar fenómenos como o efeito fotoeléctrico. A teoria dos quanta de luz de Einstein não recebeu quase nenhum apoio por parte dos físicos durante vinte anos. Contradizia a teoria ondulatória da luz subjacente às Equações de Maxwell. Mesmo depois de as experiências terem demonstrado que as equações de Einstein para o efeito fotoeléctrico eram exactas, a explicação proposta por ele não foi aceita. Em 1921, quando recebeu o prémio Nobel pelo seu trabalho sobre o efeito fotoeléctrico, a maior parte dos físicos ainda pensava que as equações estavam correctas, mas que a ideia de quanta de luz fosse impossível.
O terceiro artigo de 1905 introduziu a relatividade restrita. Estabeleceu uma relação detalhada entre os conceitos de tempo, distância, massa e energia e que omitia a força da gravidade. Algumas das ideias matemáticas já tinham sido introduzidas um ano antes pelo físico neerlandês Hendrik Lorentz, mas Einstein mostrou como era possível entender esses conceitos. O seu trabalho baseou-se em dois axiomas: um foi a ideia de Galileu de que as leis da natureza são as mesmas para todos os observadores que se movem a uma velocidade constante relativamente uns aos outros; o outro, a ideia de que a velocidade da luz é a mesma para todos os observadores. A relatividade restrita tem algumas consequências importantes, já que são rejeitados conceitos absolutos de tempo e tamanho. A teoria ficou conhecida mais tarde por "Teoria da Relatividade Restrita" para ser distinguida da teoria geral que Einstein desenvolveu mais tarde, a qual considera que todos os observadores são equivalentes.
O quarto artigo apresentou mais uma dedução produzida a partir dos axiomas da relatividade. Nele, Einstein deduziu a famosa relação entre a massa e a energia: E=mc². Einstein considerou esta equação extremamente importante porque mostra que a energia e a massa estão relacionadas entre si. A ideia serviu mais tarde para explicar como é que o Big Bang, uma explosão de energia pura, pode ter dado origem à matéria. A equação também pôs as pessoas a especular sobre a possibilidade de construção de bombas extremamente potentes, apesar de na época a Física nuclear ainda estar pouco desenvolvida.
Em Novembro de 1915, Einstein apresentou perante a Academia Prussiana das Ciências uma série de conferências onde apresentou a sua teoria da Relatividade Geral. A conferência final culminou com a apresentação de uma equação que substituiu a lei da gravitação de Isaac Newton. Esta teoria considera que todos os observadores são equivalentes, e não só aqueles que se movem a velocidade uniforme. Na relatividade geral, a gravidade não é uma força (como na segunda lei de Newton) mas uma consequência da curvatura do espaço-tempo. A teoria serviu de base para o estudo da cosmologia e deu aos cientistas ferramentas para entenderem características do universo que só foram descobertas bem depois da morte de Einstein.
A relação de Einstein com a Física Quântica é bastante interessante. Ele foi o primeiro, mesmo antes de Max Planck, o descobridor dos quanta, a dizer que a teoria quântica era revolucionária. A sua ideia de luz quântica foi um corte revolucionário com a Física clássica. Em 1909, Einstein sugeriu numa conferência que era necessário encontrar uma forma de entender em conjunto partículas e ondas. No entanto, em meados dos anos 20, quando a teoria quântica original foi substituída pela nova mecânica quântica, Einstein discordou da Interpretação de Copenhaga porque ela defendia que a realidade era aleatória. Einstein concordava que a Mecânica Quântica era a melhor teoria disponível, mas procurou sempre uma explicação mais completa, isto é, determinista. Seu pensamento de que a Física descreve "coisas reais" tinha dado bons resultados com átomos, fotões e gravidade. Não estava disposto a abandonar essa linha de raciocínio.
A frase famosa de Einstein, "A mecânica quântica está a impor-se. Mas uma voz interior diz-me que ainda não é a teoria certa. A teoria diz muito, mas não nos aproxima do segredo do Velho (the Old One). Eu estou convencido que Ele não joga aos dados.", apareceu numa carta a Max Born datada de 12 de Dezembro de 1926. Não era uma rejeição da teoria estatística. Ele tinha usado a análise estatística no seu trabalho sobre movimento browniano e sobre o efeito fotoeléctrico. Mas ele não acreditava que, na sua essência, a realidade fosse aleatória.
Em 1914, pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial, Einstein instalou-se em Berlim onde foi nomeado director do Instituto Kaiser Wilhelm de Física e professor da Universidade de Berlim, tornando-se, novamente, cidadão alemão no mesmo ano.
O seu pacifismo e a sua origem judaica tornaram-no impopular entre os nacionalistas alemães. Depois de se ter tornado mundialmente famoso (em 7 de Novembro de 1919, quando o Times de Londres anunciou o sucesso da sua teoria da gravidade) o ódio dos nacionalistas tornou-se ainda mais forte.
Em 1919, ano dessa famosa confirmação do desvio de luz em Sobral e Príncipe Albert Einstein divorcia-se de Mileva e casa-se com a sua prima divorciada Elsa.
Em 1920, durante uma de suas aulas em Berlim, há um incidente com manifestações anti-semitas, o que levou Einstein a deter-se com mais atenção aos fatos que então ocorriam na Alemanha.
Em 1921, Einstein acompanha uma delegação Sionista à Palestina. Ele propõe para a Palestina um Estado baseado no modelo Suiço, onde Muçulmanos e Judeus possam viver lado a lado em paz. Sendo um físico famoso, Einstein participa numa campanha de angariação de fundos para a Universidade Hebraica de Jerusalém. Ele apoia o plano de uma universidade onde judeus de todo o mundo possam estudar sem serem vítimas de discriminação.
Ganhou o Prémio Nobel de Física de 1921 pela descoberta do efeito fotoeléctrico; no entanto, o prémio só foi anunciado em 1922. Einstein receberia a quantia de 120.000 coroas suecas. Einstein não participou da cerimónia de atribuição do prémio pois encontrava-se no Japão nessa altura. Ao longo de sua vida, Einstein visitaria diversos países, incluindo alguns da América Latina.
Entre 1925 e 1928, Einstein foi presidente da Universidade Hebraica de Jerusalém.
Em 1933, Adolf Hitler chega ao poder na Alemanha. Einstein, judeu, encontra-se agora em perigo. É avisado por amigos de que há planos para o seu assassínio/assassinato e é aconselhado a fugir. Einstein renúncia mais uma vez à cidadania alemã.
A 7 de Outubro de 1933, Einstein parte do porto de Southampton, num navio que o traria para os Estados Unidos da América, o seu novo lar. Nunca voltaria a viver na Europa.



Instalou-se nos Estados Unidos e aceitou uma posição no Instituto de Estudos Avançados de Princeton, Nova Jersey. Foi professor de física teórica. Tornou-se cidadão americano em 1940, mantendo a cidadania suíça.
Einstein passou os últimos quarenta anos de sua vida tentando unificar os campos eletromagnético e o gravitacional.



O seu trabalho no Instituto de Estudos Avançados centrou-se na unificação das leis da física, que ele chamava de Teoria do Campo Unificado. Procurou unificar as forças fundamentais e pesquisou este tema no IAS. Tentou construir um modelo que descrevesse todas as forças como diferentes manifestações de uma única força. Na época, (e até 1970) porém, as forças força interativa forte e força interativa fraca não eram compreendidas como separadas. Esta meta de Einstein persiste na pesquisa actual, principalmente como parte da teoria das cordas.
Em 1941 tem início o Projecto Manhattan (o desenvolvimento de uma bomba atómica). Einstein é considerado suspeito e é preterido da participação no projecto.
Em 1944, o manuscrito do seu trabalho de 1905, devidamente autografado, foi leiloado, revertendo os cerca de seis milhões de dólares que foram arrecadados para a ajuda às vítimas da guerra. Este documento encontra-se hoje na Livraria Americana do Congresso.
Em 1945, Einstein reforma-se da carreira universitária.
Em 1952, David Ben-Gurion, então o primeiro-ministro de Israel, convida Albert Einstein para suceder a Chaim Weizmann no cargo de presidente do estado de Israel. Doente, Einstein agradece mas recusa, alegando que não está à altura do cargo.
Einstein passou os últimos 20 anos da sua vida numa tentativa mal-sucedida de desenvolver uma teoria que unificasse a Relatividade Geral e a Mecânica Quântica.
Uma semana antes de sua morte assinou a sua última carta, endereçada a Bertrand Russell, concordando em que o seu nome fosse incluído numa petição exortando todas as nações a abandonar as armas nucleares.
Morreu a 18 de Abril de 1955 em Princeton, Nova Jersey, em conseqüência de um aneurisma, aos 76 anos. O seu corpo foi cremado e seu cérebro doado ao cientista Thomas Harvey, patologista do Hospital de Princet

Einstein considerava-se um socialista. Num artigo de 1949, descreveu a "fase predatória do desenvolvimento humano", exemplificada pelo anarquismo capitalista da sociedade, como uma origem de mal a ser ultrapassada. Não concordava com os regimes totalitários de inspiração socialista; hoje em dia seria considerado um social democrata. No início, foi a favor da construção da bomba atómica para derrotar Adolf Hitler, mas depois da guerra fez pressão a favor do desarmamento nuclear e de um governo mundial. Foi-lhe proposto o cargo de presidente de Israel, que recusou. Do ponto de vista religioso, era próximo do deísmo de Baruch Spinoza: acreditava que Deus se revelava através da harmonia das leis da natureza e rejeitava o Deus pessoal que intervém na História. Disse, um dia, que dentre as grandes religiões preferia o Budismo.





A seguinte carta breve de Einstein, escrita a 24 de Setembro de 1946 ao Sr. Isaac Hirsch, o presidente da Congregação B'er Chaym, ilustra bem a relação de Einstein com a religião judaica e o seu sentido de humor típico:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Cquote1.pngMeu caro Sr. Hirsch,
muito obrigado pelo seu gentil convite. Apesar de eu ser uma espécie de Santo Judeu, tenho estado ausente da Sinagoga há tanto tempo, que receio que Deus não me iria reconhecer, e se me reconhecesse seria ainda pior.
Com os meus melhores cumprimentos e votos de bons feriados para si e para a sua congregação. Agradecendo mais uma vez,


http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Cquote2.png
Albert Einstein




Fritz Stern, o conhecido historiador alemão, também de origem judaica, que se exilou igualmente nos EUA, frequentou uma vez, ainda na sua juventude, um colóquio de Einstein. No final, tendo a oportunidade de conversar com o físico, Stern disse-lhe que estava indeciso quanto ao rumo a dar aos seus estudos universitários: se Medicina ou História. A resposta de Einstein foi: "Medicina é uma ciência, ao passo que a História não o é. No teu lugar eu estudaria Medicina". Stern acabou por optar por estudar História.
Pelo facto de defender os direitos civis, Einstein, chamou a atenção do FBI, que o investigou sob a acusação de pertencer ao Partido Comunista. O governo americano recentemente liberou os arquivos que contêm sua visão sobre a pessoa de Einstein e suas actividades pessoais e políticas. Em um desses arquivos comenta-se que o cientista era "inadmissível para os Estados Unidos" por várias razões, principalmente porque, segundo as palavras dos serviços, cria, aconselhava e ensinava uma doutrina anarquista, além de ser membro e afiliado a grupos que admitiam "actuar ilegalmente contra os princípios fundamentais do governo organizado".
Albert_Einstein_Head.jpg
 
18 de Abril de 1822: Morria Charles Darwin



Charles Robert Darwin (Shrewsbury, 12 de Fevereiro de 1809 — Downe, Kent, 19 de Abril de 1882) foi um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual. Esta teoria se desenvolveu no que é agora considerado o paradigma central para explicação de diversos fenômenos na Biologia.
Darwin começou a se interessar por história natural na universidade enquanto era estudante de Medicina e, depois, Teologia. A sua viagem de cinco anos abordo do Beagle e escritos posteriores lhe trouxeram reconhecimento como geólogo e fama como escritor. Suas observações da natureza o levaram ao estudo da diversificação das espécies e, em 1838, ao desenvolvimento da teoria da Seleção Natural. Consciente de que outros antes dele tinham sido severamente punidos por sugerir idéias como aquela, ele as confiou apenas a amigos próximos e continuou a sua pesquisa tentando antecipar possíveis objeções. Contudo, a informação de que Alfred Russel Wallace tinha desenvolvido uma idéia similar forçou a publicação conjunta da teoria em 1858.
Em seu livro de 1859, "A Origem das Espécies" (do original, em inglês, On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life), ele introduziu a idéia de evolução a partir de um ancestral comum, por meio de seleção natural. Esta se tornou a explicação científica dominante para a diversidade de espécies na natureza. Ele ingressou na Royal Society e continuou a sua pesquisa, escrevendo uma série de livros sobre plantas e animais incluindo a espécie humana, notavelmente, "A descendência do Homem e Seleção em relação ao Sexo" (The Descent of Man, and Selection in Relation to Sex, 1871) e "A Expressão da Emoção em Homens e Animais" (The Expression of the Emotions in Man and Animals, 1872).
Em reconhecimento à importância do seu trabalho, Darwin foi enterrado na Abadia de Westminster, próximo a Charles Lyell, William Herschel e Isaac Newton.
Charles Darwin nasceu na casa da sua família em Shrewsbury, Shropshire, Inglaterra, em 12 de fevereiro de 1809. Ele foi o quinto dos seis filhos do médico Robert Darwin e sua esposa Susannah Darwin. Seu avô paterno foi Erasmus Darwin e seu avô materno, o famoso ceramista Josiah Wedgwood, ambos pertencentes à proeminente e abastada família Darwin-Wedgwood e à elite intelectual da época. Sua mãe morreu quando ele tinha apenas oito anos. No ano seguinte, em 1818, Darwin foi enviado para a escola Shrewsbury. Ali, ele só se interessava em colecionar minerais, insetos e ovos de pássaros, caça, cães e ratos.
Em 1825, depois de passar o verão como médico aprendiz ajudando o seu pai no tratamento dos pobres de Shropshire, Darwin foi estudar medicina na Universidade de Edimburgo. Contudo, sua aversão à brutalidade da cirurgia da época o levou a negligenciar os seus estudos médicos. Na universidade, ele aprendeu taxidermia com John Edmonstone, um ex-escravo negro, que lhe contava muitas histórias interessantes sobre as florestas tropicais na América do Sul. Em seu segundo ano, Darwin se tornou um ativo participante de sociedades estudantis para naturalistas. Participou, por exemplo, da Sociedade Pliniana, onde se liam comunicações sobre história natural. Durante esta época, ele foi pupilo de Robert Edmund Grant, um pioneiro no desenvolvimento das teorias de Jean-Baptiste Lamarck e do seu avô Erasmus Darwin sobre a evolução de características adquiridas. Darwin tomou parte das investigações de Grant a respeito do ciclo de vida de animais marinhos. Tais investigações contribuíram para a formulação da teoria de que todos os animais possuem órgãos similares e diferem apenas em complexidade. No curso de história natural de Robert Jameson, ele aprendeu sobre geologia estratigráfica. Mais tarde, ele foi treinado na classificação de plantas enquanto ajudava nos trabalhos com as grandes coleções do Museu da Universidade de Edimburgo.
Em 1827, seu pai, decepcionado com a falta de interesse de Darwin pela medicina, o matriculou em um curso de Bacharelado em Artes na Universidade de Cambridge para que ele se tornasse um clérigo. Nesta época, clérigos tinham uma renda que lhes permitia uma vida confortável e muitos eram naturalistas uma vez que, para eles, "explorar as maravilhas da criação de Deus" era uma de suas obrigações. Em Cambridge, entretanto, Darwin preferia cavalgar e atirar a ficar estudando. Ele também passava muito do seu tempo coletando besouros com o seu primo William Darwin Fox. Este o apresentou ao reverendo John Stevens Henslow, professor de botânica e especialista em besouros que, mais tarde, viria a se tornar o seu tutor. Darwin ingressou no curso de história natural de Henslow e se tornou um de seus alunos favoritos. Durante esta época, Darwin se interessou pelas idéias de William Paley, em particular, a noção de projeto divino na natureza. Em suas provas finais em janeiro de 1831, ele se saiu muito bem em teologia e, mesmo tendo feito apenas o suficiente para passar no estudo de clássicos, matemática e física, foi o décimo colocado entre 178 aprovados.
Seguindo os conselhos e exemplo de Henslow, Darwin não se apressou em ser ordenado. Inspirado pela narrativa de Alexander von Humboldt, ele planejou se juntar a alguns colegas e visitar a Ilha da Madeira para estudar história natural dos trópicos. Como preparação, Darwin ingressou no curso de Geologia do reverendo Adam Sedgwick, um forte proponente da teoria de projeto divino, e viajou com ele como um assistente no mapeamento estratigráfico no País de Gales. Contudo, seus planos de viagem à Ilha da Madeira foram subitamente desfeitos ao receber uma carta que lhe informava a morte de um dos seus prováveis colegas de viagem. Outra carta, entretanto, recebida ao retornar para casa, o colocaria novamente em viagem. Henslow havia recomendado que Darwin fosse o acompanhante de Robert FitzRoy, capitão do barco inglês HMS Beagle, em uma expedição de dois anos que deveria mapear a costa da América do Sul. Isto lhe daria a oportunidade de desenvolver a sua carreira como naturalista. Esta se tornaria uma expedição de quase cinco anos que teria profundo impacto em muitas áreas da Ciência.
A viagem do Beagle durou quatro anos e nove meses, dois terços dos quais Darwin esteve em terra firme. Ele estudou uma rica variedade de características geológicas, fósseis, organismos vivos e conheceu muitas pessoas, entre nativos e colonos. Darwin coletou metodicamente um enorme número de espécimes, muitos dos quais novos para a ciência. Isto estabeleceu a sua reputação como um naturalista e fez dele um dos precursores do campo da Ecologia, particularmente a noção de Biocenose. Suas anotações detalhadas mostravam seu dom para a teorização e formaram a base para seus trabalhos posteriores, bem como forneceram visões sociais, políticas e antropológicas sobre as regiões que ele visitou.
Durante a viagem, Darwin leu o livro "Princípios da Geologia" de Charles Lyell, que descrevia características geológicas como o resultado de processos graduais ocorrendo ao longo de grandes períodos de tempo. Ele escreveu para casa que via formações naturais como se através dos olhos de Lyell: degraus planos de pedras com o aspecto característico de erosão por água e conchas na Patagônia eram sinais claros de praias que haviam se elevado; no Chile, ele experimentou um terremoto e observou pilhas de mexilhões encalhadas acima da maré alta o que mostrava que toda a área havia sido elevada; e mesmo no alto dos Andes ele foi capaz de coletar conchas. Darwin ainda teorizou que atóis de coral iam se formando gradualmente em montanhas vulcânicas à medida que estas afundavam no mar, uma idéia confirmada posteriormente quando o Beagle esteve nas ilhas Cocos (keeling).
Na América do Sul, ele descobriu fósseis de animais extintos como o megaterium e o gliptodonte em camadas que não mostravam quaisquer sinais de catástrofe ou mudanças climáticas. Naquele tempo, ele pensava que aquelas eram espécimes similares às encontradas na África mas, após a sua volta, Richard Owen lhe mostrou que os fósseis encontrados eram mais similares a animais não extintos que viviam na mesma região (preguiças e tatus). Na Argentina, duas espécies de ema viviam em territórios separados mas compartilhavam áreas comuns. Nas ilhas Galápagos, Darwin descobriu que cotovias (mockingbirds) diferiam de uma ilha pra outra. Ao retornar à Inglaterra, foi lhe mostrado que o mesmo ocorria com as tartarugas e tentilhões. O rato-canguru e o ornitorrinco, encontrados na Austrália, eram animais tão estranhos que levaram Darwin a pensar que "Um incrédulo... poderia dizer que 'seguramente dois criadores diferentes estiveram em ação'". Todas estas observações o deixaram muito intrigado e, na primeira edição de "A Viagem do Beagle", ele explicou a distribuição das espécies à luz da teoria de Charles Lyell de "centros de criação". Em edições posteriores, ele já dava indicações de como via a fauna encontrada nas Ilhas Galápagos como evidência para a evolução: "é possível imaginar que algumas espécies de aves neste arquipélago derivam de um número pequeno de espécies de aves encontradas originalmente e que se modificaram para diferentes finalidades".
Três nativos foram trazidos de volta pelo Beagle para a Terra do Fogo. Eles tinham sido "civilizados" na Inglaterra nos dois anos anteriores, ainda que os seus parentes parecessem à Darwin selvagens pouco acima de outros animais. Em um ano, entretanto, aqueles missionários voltaram ao que eram e, de fato, preferiam esta condição uma vez que não quiseram retornar à Inglaterra. Esta experiência somada a repulsa de Darwin pela escravidão e outros abusos que ele viu em vários lugares, tais como o tratamento desumano dos nativos por colonos ingleses na Tasmânia, o persuadiram de que não há justificativa moral para maltratar outros homens baseado no conceito de raça. Ele passou então a acreditar que a humanidade não se encontrava tão distante dos outros animais como diziam seus amigos do clero.
Abordo do barco, Darwin sofria constantemente de enjôo. Em outubro de 1833 ele pegou uma febre na Argentina e em julho de 1834, enquanto retornando dos Andes a Valparaíso, adoeceu e ficou um mês de cama. De 1837 em diante, Darwin passou a sofrer repetidamente de dores estomacais, vômitos, graves tremores, palpitações, e outros sintomas. Estes sintomas se agravavam particularmente em épocas de estresse, tais como quando tinha de lidar com as controvérsias relacionadas à sua teoria. A causa da doença de Darwin foi desconhecida durante a sua vida e tentativas de tratamento tiveram pouco sucesso. Uma idéia esposada por Kettlewell e Julian Huxley, no início da década de 1960, defende que ele contraiu a Doença de Chagas ao ser picado por um inseto na América do Sul. No entanto, os autores reconhecem que especialistas nessa doença indicam que não há concordância dos sintomas de Darwin com os da doença. Outras possíveis causas incluem problemas psicológicos e a doença de Ménière.
Enquanto Darwin ainda estava em viagem, Henslow cuidadosamente cultivou a reputação de seu antigo pupilo fornecendo a vários naturalistas os espécimes fósseis e cópias impressas das descrições geológicas que Darwin fazia. Quando o Beagle retornou em 2 de outubro de 1836, Darwin era uma celebridade no meio científico. Ele visitou a sua casa em Shrewsbury e descobriu que seu pai havia feito vários investimentos de forma que Darwin pudesse ter uma vida tranqüila. Mais que isto, ele poderia ter uma carreira científica autofinanciada. Darwin foi então a Cambridge e convenceu Henslow a fazer descrições botânicas das plantas que ele havia coletado. Depois se dirigiu a Londres onde procurou os melhores naturalistas para descrever as suas outras coleções de forma a poder publicá-las posteriormente. Um entusiasmado Charles Lyell encontrou Darwin em 29 de outubro e o apresentou ao jovem e promissor anatomista Richard Owen. Depois de trabalhar na coleção de ossos fossilizados de Darwin no Royal College of Surgeons, Owen surpreendeu a todos ao revelar que alguns dos ossos eram de tatus e preguiças gigantes extintas. Isto melhorou a reputação de Darwin. Com a ajuda entusiasmada de Lyell, Darwin apresentou seu primeiro artigo na Geological Society de Londres em 4 de janeiro de 1837, afirmando que a massa terrestre da América do Sul estava se erguendo lentamente. No mesmo dia, Darwin apresentou seus espécimes de mamíferos e aves à Zoological Society. Os mamíferos ficaram aos cuidados de George R. Waterhouse. Embora, em princípio, os pássaros parecessem merecer menos atenção, o ornitólogo John Gould revelou que o que Darwin pensara serem corruíras (wrens), melros e tentilhões levemente modificados de Galápagos eram de fato tentilhões, mas cada um de uma espécie distinta. Outros no Beagle, incluindo o capitão FitzRoy, também tinham coletado estes pássaros mas haviam sido mais cuidadosos com suas anotações, o que permitiu a Darwin determinar de que ilha cada espécie era originária.
Em Londres, Darwin ficava com o seu irmão e livre pensador Erasmus e, em jantares, eles encontravam-se com outros pensadores que imaginavam um Deus guiando a sua criação unicamente por meio de leis naturais. Entre eles, estava a escritora Harriet Martineau, cujas histórias promoviam a reforma das leis de proteção social de acordo com as idéias de Malthus. Nos meios científicos, idéias como a transformação de uma espécie em outra (transmutação) eram controversamente associadas com radicalismo político. Por isto, Darwin preferia a respeitabilidade de seus amigos mesmo quando não concordava plenamente com as idéias deles, tais como a crença de que a história natural devesse justificar religiões ou ordem social.
Em 17 de fevereiro de 1837, Lyell aproveitou o seu discurso presidencial na Geological Society para apresentar as descobertas de Owen em relação aos fósseis de Darwin, enfatizando as implicações do fato de que espécies extintas encontradas em uma região fossem relacionadas a outras que viviam atualmente na mesma região. Neste mesmo encontro, Darwin foi eleito para o conselho da Geological Society. Ele já tinha sido convidado por FitzRoy para contribuir com o seu diário e notas pessoais para a seção de história natural do livro que o capitão estava escrevendo sobre a viagem do Beagle. Darwin também estava trabalhando em um livro sobre a geologia da América do Sul. Ao mesmo tempo, ele especulava sobre a transmutação de espécies no caderno de anotações que ele tinha iniciado no Beagle. Outro projeto que ele iniciou na mesma época foi a organização dos relatórios dos vários especialistas que haviam trabalhado em suas coleções em um livro de múltiplos volumes chamado "Zoologia da viagem do H.M.S. Beagle" (Zoology of the Voyage of H.M.S. Beagle). Darwin concluiu o seu diário em 20 de junho e, em julho, iniciou seu livro secreto sobre transmutação, onde desenvolveu a hipótese de que, apesar de cada ilha de Galápagos ter sua própria espécie de tartaruga, todas elas eram originárias de uma única espécie que tinha se adaptado à vida nas diferentes ilhas de diferentes modos.
Sob a pressão de concluir Zoologia e corrigir as revisões de seu diário, a saúde de Darwin deteriorou. Em 20 de setembro de 1837, ele sofreu palpitações do coração e foi passar um mês no campo para se recuperar. Ele visitou Maer Hall onde sua tia inválida estava sob os cuidados de sua irmã Emma Wedgwood e entreteve seus parentes com as histórias de suas viagens. Após o seu retorno do campo, ele evitava tomar parte de eventos oficiais que poderiam lhe tomar um tempo precioso. Contudo, por volta de março de 1838, William Whewell o recrutou como secretário da Geological Society. Mas logo a sua doença o forçou a novamente deixar seu trabalho e ele seguiu para Escócia para "fazer geologia". Ali, visitou Glen Roy para ver um fenômeno conhecido como "estradas" (roads) que ele (incorretamente) identificou como praias que se elevaram.
Completamente recuperado, ele retornou a Shrewsbury. Raciocinando cientificamente sobre a sua carreira e ambições, ele fez uma lista com as colunas "Casar" e "Não casar". Entradas na coluna pró-casamento incluíam "companhia constante e um amigo na velhice ... melhor que um cão de qualquer modo," enquanto listado entre as desvantagens estavam "menos dinheiro para livros" e "terrível perda de tempo". Os prós venceram. Ele discutiu a idéia de casar com o pai e então foi visitar sua prima Emma em 29 de julho de 1838. Ele não propôs casamento mas, contrariando os conselhos do pai, contou-lhe sobre as suas idéias de transmutação de espécies. Enquanto os seus pensamentos e trabalho continuavam em Londres, durante o outono, sua saúde voltou a definhar e ele passou a sofrer repetidas crises. Em 11 de novembro ele pediu Emma em casamento e, uma vez mais, lhe falou de suas idéias. Ela aceitou mas permaneceria sempre preocupada que os lapsos de fé de Darwin acabariam por pôr em risco a possibilidade de, como ela acreditava, se encontrarem após a morte.
Darwin considerou o raciocínio de Malthus de que a população humana aumenta mais rapidamente que a produção de alimentos, levando-a a uma competição e tornando qualquer esforço de caridade inútil. Ele viu naquela idéia uma forma de explicar (a) seus achados sobre espécies extintas que se relacionavam mais com outras não extintas encontradas na mesma região, (b) a similaridade entre espécies próximas umas das outras, (c) suas dúvidas derivadas da criação de animais e (d) sua incerteza quanto a existência de uma "lei de harmonia" na natureza. No fim de novembro de 1838, ele começou a comparar o processo de seleção de características feito por criadores de animais com uma natureza Malthusiana selecionando variantes aleatoriamente de forma que "toda a parte de uma nova característica adquirida é colocada em prática e aperfeiçoada", e pensou nisto como "a mais bela parte da minha teoria" de como novas espécies se originam. Ele estava procurando uma casa e acabou por encontrar "Macaw Cottage" na rua Gower, Londres, e então mudou seu "museu" para lá em dezembro. Ele já mostrava sinais de cansaço e Emma lhe escreveu sugerindo que ele descansasse, comentando quase profeticamente "Não adoeça mais meu querido Charley até que eu esteja aí para cuidar de você". Em 24 de janeiro de 1839, Darwin foi eleito membro da Royal Society e apresentou seu artigo sobre as "estradas" de Glen Roy.
Em 29 de janeiro de 1839, Darwin casou com sua prima Emma Wedgwood em Maer. Depois de primeiro morar em Gower Street, Londres, o casal mudou para Down House em Downe em 17 de setembro de 1842. Os Darwin tiveram dez filhos, três dos quais morreram prematuramente. Muitos deles e de seus netos alcançaram notabilidade.
  • William Erasmus Darwin (27 de dezembro de 1839–1914)
  • Anne Elizabeth Darwin (2 de março de 1841–22 de abril de 1851)
  • Mary Eleanor Darwin (23 de setembro de 1842–16 de outubro de 1842)
  • Henrietta Emma "Etty" Darwin (25 de dezembro de 1843–1929)
  • George Howard Darwin (9 de julho de 1845–7 de dezembro de 1912)
  • Elizabeth "Bessy" Darwin (8 de julho de 1847–1926)
  • Francis Darwin (6 de agosto de 1848–19 de setembro de 1925)
  • Leonard Darwin (15 de janeiro de 1850–26 de março de 1943)
  • Horace Darwin (13 de maio de 1851–29 de setembro de 1928)
  • Charles Waring Darwin (6 de dezembro de 1856–28 de junho de 1858)
Muitos dos seus filhos sofreram de doenças ou fraquezas e o temor de Darwin de que isto se devesse ao fato de que ele e Emma eram primos foi expresso em seus textos sobre os efeitos do acasalamento entre indivíduos de linhagens mais próximas (inbreeding) ou mais distantes (crossing).
Darwin era agora um eminente geólogo no meio científico formado por clérigos naturalistas, com uma renda segura e trabalhando secretamente em sua teoria. Ele tinha muito a fazer, escrevendo sobre todos os seus achados e supervisionando a preparação dos vários volumes da "Zoologia" que deveriam descrever as suas coleções. Ele estava convencido da ocorrência da evolução mas, desde muito tempo, sempre esteve consciente de que a idéia de transmutação de espécies era vista como uma blasfêmia, bem como era associada com agitadores democráticos radicais na Inglaterra; portanto, a publicação de suas idéias poderia significar a demolição de sua reputação e, conseqüentemente, a sua ruína. Assim, ele fazia experimentos minuciosos com plantas e consultava freqüentemente muitos criadores de animais, incluindo criadores de pombos e porcos, na tentativa de encontrar repostas convincentes para todos os contra-argumentos que ele conseguia antever.
Quando FitzRoy publicou seu livro sobre a viagem do Beagle em maio de 1839, o diário e comentários de Darwin foram um grande sucesso. Mais tarde naquele ano, o diário foi publicado isoladamente em um livro que se tornou um sucesso de vendas hoje conhecido como "A Viagem do Beagle" (The Voyage of the Beagle). Em dezembro de 1839, durante a primeira gravidez de Emma, a saúde de Darwin voltou a ficar comprometida e ele conseguiu avançar muito pouco em seus trabalhos no ano seguinte.
Darwin tentou explicar sua teoria para amigos mais próximos, mas eles demoraram a mostrar interesse e pensavam que uma seleção exige um selecionador divino. Em 1842 a família se moveu para a sua casa no campo (Down House) para escapar da pressão de Londres. Ali, Darwin escreveu um pequeno texto esboçando a sua teoria que, em 1844, seria expandido para um documento de 240 páginas intitulado "Ensaio". Darwin completou seu terceiro livro sobre geologia em 1846. Auxiliado por um amigo, o jovem botânico Joseph Dalton Hooker, ele iniciou um estudo aprofundado sobre cracas. Em 1847, Hooker leu o "Ensaio" e fez comentários que forneceram a Darwin a opinião externa que ele precisava.
Darwin temia publicar a teoria de forma incompleta considerando o fato de que as suas idéias sobre evolução poderiam ser altamente controversas se, de fato, alguma atenção fosse dada a elas. Outras idéias sobre evolução - especialmente o trabalho de Jean-Baptiste Lamarck - tinham sido consistentemente rejeitadas pela comunidade científica britânica e foram associadas à noção de radicalismo político. A publicação anônima de "Vestígios da História Natural da Criação" (Vestiges of the Natural History of Creation) em 1844 gerou outra controvérsia sobre radicalismo e evolução e foi severamente atacada pelos amigos de Darwin, o que assegurava que nenhum cientista de reputação iria querer estar associado com tais idéias.
Para tentar tratar a sua doença, Darwin foi a um spa em Malvern em 1849 e, para a sua surpresa, verificou que os dois meses de tratamento com água o ajudaram. Em seu estudo sobre cracas ele descobriu "homologias" que suportavam a sua teoria por mostrar que partes de um corpo levemente modificadas poderiam servir a funções diferentes em novos contextos. Foi então que a sua querida filha Annie adoeceu despertando novamente os seus temores de que sua doença pudesse ser hereditária. Após um longo sofrimento, ela morreu e Darwin perdeu toda a sua fé em um Deus benevolente.
Nesta época, ele conheceu o jovem naturalista, e livre pensador, Thomas Huxley que se tornaria um amigo próximo e grande aliado. O trabalho de Darwin sobre cracas (Cirripedia) lhe valeu a medalha real da Royal Society em 1853, estabelecendo definitivamente a sua reputação como biólogo. Ele completou este estudo em 1854 e voltou a sua atenção para a sua teoria de transmutação de espécies.
Darwin encontrou uma resposta para o problema de como gêneros divergem ao fazer uma analogia com as idéias de divisão de trabalho na indústria. Variedades especializadas de um gênero, ao encontrarem nichos nos quais sua especialização é mais útil, forçariam a diversificação em espécies. Ele experimentou com sementes, testando a sua habilidade de sobreviver à água salgada, para determinar se uma espécie poderia se transferir para uma ilha isolada pelo mar. Ele também passou a criar pombos para testar a sua hipótese de que a seleção natural era comparável à "seleção artificial" usada por criadores de pombos.
Foi então que, na primavera de 1856, Lyell leu um artigo sobre a introdução de espécies escrito por Alfred Russel Wallace, um naturalista trabalhando no Bornéo. Ciente da similaridade entre este trabalho e o de Darwin, Lyell o pressionou para publicasse o quanto antes a sua teoria de forma a estabelecer precedência. Apesar de sua doença, Darwin iniciou o livro de três volumes intitulado "Seleção Natural" ("Natural Selection"), obtendo espécimes e informações de naturalistas como Asa Gray e o próprio Wallace. Em dezembro de 1857, quando trabalhava em seu livro, Darwin recebeu uma carta de Wallace perguntando se ele se aprofundaria na questão das origens do homem. Ciente dos temores de Lyell, Darwin respondeu: "Eu acho que irei evitar completamente este assunto, uma vez que ele é rodeado de preconceitos, embora eu admita que este é o maior e mais interessante problema para um naturalista". Ele então encorajou Wallace a teorizar sobre o tema, dizendo "não há observações boas e originais sem especulação". Quando o seu manuscrito já alcançava 250 mil palavras, em junho de 1858, Darwin recebeu de Wallace o artigo em que aquele descrevera o mecanismo evolutivo que concebera. Wallace também solicitara a Darwin que o enviasse a Lyell. Darwin assim o fez, embora estivesse chocado que ele tivesse sido "prevenido" do fato. Embora Wallace não tivesse solicitado a publicação, Darwin se ofereceu para enviar o artigo a qualquer revista que ele desejasse. Ele descreveu o que se passava para Lyell e Hooker. Estes concordaram em um apresentação conjunta na Lynnean Society, em 1 de julho, do artigo intitulado "Sobre a Tendência das Espécies de formarem Variedades; e sobre a Perpetuação das Variedades e Espécies por Meios Naturais de Seleção" (On the Tendency of Species to form Varieties; and on the Perpetuation of Varieties and Species by Natural Means of Selection). Infelizmente, o filho caçula de Darwin faleceu e ele não pode comparecer à apresentação.
O anúncio inicial da teoria atraiu pouca atenção. Ela foi mencionada brevemente em algumas resenhas, mas para a maioria dos revisores era apenas mais uma entre muitas variações de pensamento evolutivo. Nos treze meses seguintes Darwin sofreu com sua saúde precária e fez um enorme esforço para escrever um resumo de seu "grande livro sobre espécies". Recebendo constante encorajamento de seus amigos cientistas, ele finalmente terminou o texto e Lyell cuidou para que o mesmo fosse publicado por John Murray. O livro recebeu o título "Sobre a origem das espécies por meio de seleção natural" (On the Origin of Species by Means of Natural Selection) e, quando foi colocado à venda em 22 de novembro de 1859, esgotou o estoque de 1250 cópias rapidamente. Naquela época, o termo "evolucionismo" implicava em criação sem intervenção divina e, por isso, Darwin evitou usar as palavras "evolução" ou "evoluir", embora o livro terminasse anunciando que "um número incontável das mais belas e maravilhosas formas evoluíram e estão evoluindo". O livro só mencionava brevemente a idéia de que seres humanos também deveriam evoluir tal qual outros organismos. Darwin escreveu de forma propositadamente atenuada que "luz será lançada no tocante à origem do homem e sua história".
O livro de Darwin iniciou uma controvérsia pública que ele acompanhou atentamente, obtendo cortes de jornais de milhares de resenhas, críticas, artigos, sátiras, paródias e caricaturas. Críticos foram rápidos em apontar as implicações não discutidas no livro de que "homens fossem descendentes de macacos" ("men from monkeys"). Entretanto, houve resenhas favoráveis, entre elas, uma publicada no The Times escrita por Huxley que incluía críticas a Richard Owen, um expoente do meio científico que Huxley estava tentando "destronar". Owen pareceu inicialmente neutro mas então escreveu um artigo condenando o livro.
O corpo científico da Igreja da Inglaterra, incluindo os antigos tutores de Darwin em Cambridge, Sedgwick e Henslow, reagiu contra o livro, embora ele tenha sido bem recebido por uma nova geração de jovens naturalistas. Foi quando sete ensaios e resenhas feitas por sete teólogos anglicanos liberais declararam que milagres eram irracionais e atraíram a atenção para si desviando-a de Darwin.
O confronto mais famoso ocorreu em um encontro da Associação Britânica para o Avanço da Ciência em Oxford. O professor John William Draper fez uma longa apresentação sobre Darwin e progresso social e, então, Samuel Wilberforce, o bispo de Oxford, atacou as idéias de Darwin. Em um acalorado debate, Joseph Hooker defendeu Darwin com tenacidade e Thomas Huxley se estabeleceu como o "bulldog de Darwin" – o mais veemente defensor da teoria evolutiva no palco Vitoriano. Conta-se que tendo sido questionado por Wilberforce se ele descendia de macacos por parte de pai ou de mãe, Huxley murmurou: "O Senhor o deixou em minhas mãos" e respondeu que "preferia ser descendente de um macaco que de um homem educado que usava sua cultura e eloqüência a serviço do preconceito e da mentira" (isto é contestado, veja Wilberforce and Huxley: A Legendary Encounter). Logo se espalhou pelo país a história de que Huxley teria dito que preferia ser um macaco a um bispo.
Muitas pessoas sentiam que a visão de Darwin da natureza acabava com a importante distinção entre homem e animais. O próprio Darwin não defendia suas idéias em público, embora ele lesse avidamente tudo sobre o debate. Ele se encontrava freqüentemente doente e apenas fazia comentários através de cartas e correspondência. Seu círculo central de amigos cientistas – Huxley, Hooker, Charles Lyell e Asa Gray – ativamente colocavam seu trabalho em discussão nos palcos científico e público, defendendo-o de seus muitos críticos e ajudando-o a ganhar o respeito que lhe valeu a medalha Copley da Royal Society em 1864. A teoria de Darwin também foi usada como base para vários movimentos da época e tornou-se parte da cultura popular. O livro foi traduzido para muitos idiomas e teve numerosas re-impressões. Ele tornou-se um texto científico acessível tanto para aos novos e curiosos cidadãos da classe média quanto para os trabalhadores e foi aclamado como o mais controverso e discutido livro científico de todos os tempos.
Apesar dos sucessivos problemas de saúde que acometeram Darwin nos seus últimos vinte e dois anos de vida, ele continuou trabalhando avidamente. Ele passou a se dedicar aos aspectos mais controversos do seu "grande livro" que ainda estavam por ser completados: a evolução da espécie humana a partir de animais mais primitivos, o mecanismo de seleção sexual que poderia explicar características de não tão óbvia utilidade além de mera beleza decorativa, bem como sugestões para as possíveis causas subjacentes ao desenvolvimento da sociedade e das habilidades mentais humanas. Seus experimentos, pesquisa e escrita continuaram.
Quando a filha de Darwin adoeceu, ele deixou de lado o seu trabalho e experimentos com sementes e animais para acompanhá-la em seu tratamento no campo. Ali, ele iniciaria o seu interesse por orquídeas selvagens que se desenvolveria em um estudo inovador sobre como as flores serviam para controlar a polinização feita pelos insetos e garantir a fertilização cruzada. Como já observara com as cracas, partes homólogas serviam a diferentes funções em diferentes espécies. De volta ao lar, ele adoeceu novamente em um quarto repleto de experimentos e plantas trepadeiras. Ainda assim, continuou o seu trabalho no livro "Variação" (Variation), que cresceu até ocupar dois volumes, o que o forçou a deixar de lado "A descendência do Homem e Seleção em relação ao Sexo". Uma vez impresso, o livro foi muito procurado.
A questão da evolução humana tinha sido amplamente discutida pelos seus simpatizantes (e críticos) logo depois da publicação da "Origem das Espécies" mas a contribuição do próprio Darwin para o tema só veio uma década mais tarde com os dois volumes de "A descendência do Homem e Seleção em relação ao Sexo" em 1871. No segundo volume, Darwin introduziu por completo o seu conceito de seleção sexual e explicou a evolução da cultura humana, as diferenças entre os sexos, a diferenciação entre raças bem como a bela plumagem dos pássaros. Um ano mais tarde, Darwin publicou seu último grande trabalho, "The Expression of the Emotions in Man and Animals", que era focado na evolução da psicologia humana e sua continuidade com o comportamento animal. Ele desenvolveu a sua idéia de que a mente humana e culturas foram desenvolvidas por meio de seleção natural e sexual, uma abordagem que foi revivida com a emergência da psicologia evolutiva. Como ele concluiu em a "Descendência do Homem", Darwin achava que apesar de todas as "qualidades nobres" e "capacidades sublimes" da humanidade:
"O homem ainda traz em sua estrutura fisica a marca indelével de sua origem primitiva." Seus experimentos relacionados à evolução culminaram em cinco livros sobre plantas, e então seu último livro voltou à discussão sobre o efeito que minhocas tinham sobre o solo.
Darwin morreu em Downe, Kent, Inglaterra, em 19 de abril de 1882. Ele deveria ter sido enterrado no jardim da igreja de St Mary em Downe, mas atendendo ao pedido de seus colegas cientistas, William Spottiswoode (Presidente da Royal Society) cuidou para que ele tivesse um funeral de estado e Darwin foi enterrado na abadia de Westminster próximo a Charles Lyell, William Herschel e Isaac Newton.
Embora vários membros da família de Darwin fossem pensadores livres, abertamente lhes faltando crenças religiosas convencionais, ele inicialmente não duvidava da verdade literal da Bíblia. Ele freqüentava uma escola da igreja da Inglaterra e, mais tarde, em Cambridge, estudou teologia Anglicana. Nesta época, ele estava plenamente convencido do argumento de William Paley de que o projeto perfeito da natureza era uma prova inequívoca da existência de Deus. Contudo, as suas crenças começaram a mudar durante a sua viagem no Beagle. Para ele, a visão de uma vespa paralisando uma larva de borboleta para que esta servisse de alimento vivo para seus ovos parecia contradizer a visão de Paley de projeto benevolente ou harmonioso da natureza. Enquanto abordo do Beagle, Darwin era bastante ortodoxo e poderia citar a Bíblia como uma autoridade moral. Apesar disso, ele via as histórias no velho testamento como falsas e improváveis.
Ao retornar, ele investigou a questão de transmutação de espécies. Ele sabia que seus amigos naturalistas e clérigos pensavam em transmutação como uma heresia que enfraquecia as justificativas morais para a ordem social e sabiam que tais idéias revolucionárias eram especialmente perigosas em uma época em que a posição estabelecida da igreja da Inglaterra estava sob constante ataque de dissidentes radicais e ateus. Enquanto desenvolvia secretamente a sua teoria de Seleção Natural, Darwin chegou mesmo a escrever sobre a religião como uma estratégia tribal de sobrevivência, embora ele ainda acreditasse que Deus era o legislador supremo. Sua crença continuou diminuindo com o passar do tempo e, com a morte de sua filha Annie em 1851, Darwin finalmente perdeu toda a sua fé no cristianismo. Ele continuou a ajudar a igreja local e colaborar com o trabalho comunitário associado à igreja mas, aos domingos, ia caminhar enquanto sua família ia para o culto. Em seus últimos anos de vida, quando perguntado sobre a visão que tinha a respeito da religião, ele escreveu que nunca tinha sido um ateu no sentido de negar a existência de Deus e, portanto, se descreveria mais corretamente como um agnóstico.
Charles Darwin contou em sua biografia que eram falsas as afirmações de que seu avô Erasmus Darwin teria clamado por Jesus em seu leito de morte. Darwin concluiu dizendo que "Era tal o estado de sentimento cristão neste país [em 1802].... Nós podemos apenas esperar que nada deste tipo prevaleça hoje". Apesar desta crença, histórias muito parecidas circularam logo após a morte de Darwin, em particular, uma que afirmava que ele havia se convertido logo antes de morrer. Estas histórias foram disseminadas por alguns grupos cristãos até ao ponto de se tornarem lendas urbanas, embora as afirmações tenham sido refutadas pelos filhos de Darwin e sejam consideradas falsas por historiadores.
A teoria de Darwin de que evolução ocorreu por meio de seleção natural mudou a forma de pensar em inúmeros campos de estudo da Biologia à Antropologia. Seu trabalho estabeleceu que a "evolução" havia ocorrido: não necessariamente por meio das seleções natural e sexual (isto, em particular, só foi comumente reconhecido após a redescoberta do trabalho de Gregor Mendel no início do século XX e o desenvolvimento da Síntese Moderna). Outros antes dele já haviam esboçado a idéia de seleção natural: em sua vida, Darwin reconheceu como tal os trabalhos de William Charles Wells e Patrick Matthew que ele (e praticamente todos os outros naturalistas da época) desconheciam quando ele publicou a sua teoria. Contudo, é claramente reconhecido que Darwin foi o primeiro a desenvolver e publicar uma teoria científica de Seleção Natural e que trabalhos anteriores ao seu não contribuíram para o desenvolvimento ou sucesso da Seleção Natural como uma teoria testável.
Apesar da grande controvérsia que marcou a publicação do trabalho de Darwin, a evolução por seleção natural provou ser um argumento poderoso contrário às noções de criação divina e projeto inteligente comuns na ciência do século XIX. A idéia de que não mais havia uma clara separação entre homens e animais faria com que Darwin fosse lembrado como aquele que removeu o homem da posição privilegiada que ocupava no universo. Para alguns de seus críticos, entretanto, ele continuou sendo visto como o "homem macaco" frequentemente desenhado com um corpo de macaco.
Ainda durante a vida de Darwin, muitas espécies de seres vivos e elementos geográficos foram batizados em sua homenagem, entre eles, o Monte Darwin, nos Andes, em celebração ao seu vigésimo quinto aniversário. A capital do Northern Territory na Austrália também foi batizada com o seu nome em comemoração à passagem do Beagle por ali, em 1839. No mesmo território, foram batizados com o seu nome uma universidade e um parque nacional.
As 14 espécies de tentilhões que ele estudou em Galápagos são chamadas "tentilhões de Darwin" em honra ao seu legado. Em 1964, foi inaugurado em Carmbridge o Darwin College em honra à sua família e, parcialmente, porque os Darwin eram os donos do terreno usado. Em 1992, Darwin foi posicionado em décimo sexto lugar na lista dos mais importantes personagens da história, compilada pelo historiador Michael H. Hart. Darwin também figura na nota de dez libras introduzida pelo banco da Inglaterra em 2000 em substituição a Charles Dickens. Sua barba impressionante e difícil de ser copiada foi apontada como um dos fatores que contribuíram para a escolha. Darwin também aparece em quarto lugar na lista dos cem mais importantes britânicos, uma lista compilada por meio de voto popular pela BBC.
Seguindo a publicação da "Origem das Espécies", o primo de Darwin, Francis Galton, aplicou as idéias de Darwin à sociedade, de forma a promover o conceito de "melhorias hereditárias". Ele inciou este trabalho em 1865, completando-o em 1869. Em "The Descent of Man", Darwin concordou que Galton tivesse demonstrado que "talento" e "genialidade" em humanos eram provavelmente herdados mas acreditava que as mudanças sociais que ele propunha eram muito utópicas. Nem Galton nem Darwin concordavam que o Estado devesse interferir nestas questões. Acreditavam que, no máximo, a hereditariedade deveria ser considerada na escolha de cônjuges. Em 1883, depois da morte de Darwin, Galton começou a chamar a sua filosofia social de Eugenia. No século XX, movimentos de eugenia ganharam popularidade em vários países e foram associados a programas de controle de reprodução tais como leis de esterilização compulsória. Tais movimentos acabaram sendo estigmatizados após serem usados na retórica da Alemanha Nazista em suas metas de alcançar "pureza" racial.
Em 1944 o historiador americano Richard Hofstadter aplicou o termo "Darwinismo Social" para descrever o pensamento desenvolvido durante os séculos XIX e XX a partir das idéias de Thomas Malthus e Herbert Spencer, que aplicaram as noções de evolução e sobrevivência do mais apto às sociedades e nações. Estas idéias caíram em descrédito após serem associadas ao racismo e ao imperialismo. Note que na época de Darwin a diferença entre o que mais tarde seria chamado de "darwinismo social" e simplesmente "darwinismo" não era clara. Contudo, Darwin não acreditava que sua teoria científica implicasse em qualquer teoria particular de governo ou ordem social.
O uso do termo "Darwinismo Social" para descrever as idéias de Malthus não é muito adequado uma vez que Malthus morreu em 1834, portanto antes que a teoria de Darwin tivesse sido concebida. Além disso, de fato, a teoria de Darwin é que foi inspirada em um ensaio de Malthus de 1838, Princípio da População. O "progressivismo" evolutivo de Spencer e suas idéias políticas e sociais também foram muito influenciadas pelas idéias de Malthus e seus livros sobre economia (de 1851) e evolução (de 1855) são ambos anteriores à publicação da "Origem das Espécies" (de 1859).

Trabalhos Publicados

  • 1836: A LETTER, Containing Remarks on the Moral State of TAHITI, NEW ZEALAND, &c. – BY CAPT. R. FITZROY AND C. DARWIN, ESQ. OF H.M.S. 'Beagle.'
  • 1839: Journal and Remarks (The Voyage of the Beagle)
  • Zoology of the Voyage of H.M.S. Beagle: publicado entre 1839 e 1843 em cinco volumes por vários autores, editado e supervisionado por Charles Darwin:
  • 1842: The Structure and Distribution of Coral Reefs
  • 1844: Geological Observations of Volcanic Islands , (versão em francês)
  • 1846: Geological Observations on South America
  • 1849: Geology from A Manual of scientific enquiry; prepared for the use of Her Majesty's Navy: and adapted for travellers in general., John F.W. Herschel ed.
  • 1851: A Monograph of the Sub-class Cirripedia, with Figures of all the Species. The Lepadidae; or, Pedunculated Cirripedes.
  • 1851: A Monograph on the Fossil Lepadidae; or, Pedunculated Cirripedes of Great Britain
  • 1854: A Monograph of the Sub-class Cirripedia, with Figures of all the Species. The Balanidae (or Sessile Cirripedes); the Verrucidae, etc.
  • 1854: A Monograph on the Fossil Balanidæ and Verrucidæ of Great Britain
  • 1858: On the Perpetuation of Varieties and Species by Natural Means of Selection
  • 1859: On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life
  • 1862: On the various contrivances by which British and foreign orchids are fertilised by insects
  • 1868: Variation of Plants and Animals Under Domestication (PDF format), Vol. 1, Vol. 2
  • 1871: The Descent of Man and Selection in Relation to Sex
  • 1872: The Expression of Emotions in Man and Animals
  • 1875: Movement and Habits of Climbing Plants
  • 1875: Insectivorous Plants
  • 1876: The Effects of Cross and Self-Fertilisation in the Vegetable Kingdom
  • 1877: The Different Forms of Flowers on Plants of the Same Species
  • 1879: "Preface and 'a preliminary notice'" em Erasmus Darwin de Ernst Krause
  • 1880: The Power of Movement in Plants
  • 1881: The Formation of Vegetable Mould Through the Action of Worms
  • 1887: Autobiography of Charles Darwin (editado por seu filho Francis Darwin)
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Viva a Revolução Bolchevique!

A Revolução Bolchevique completa em 7 de novembro (25 de outubro no antigo calendário russo) 88 anos. Revolução proletária e socialista, um exemplo da inesgotável força da aliança operária e camponesa que conquistou o poder de Estado na Rússia.

Na escola da vida, na escola da luta, o proletariado aprendeu a exercer sua condição de classe dominante, quebrar a resistência dos opressores e constituir um novo Estado, através de formas de organização soviéticas.

A Revolução Bolchevique é também um exemplo da justeza da teoria marxista, na sua capacidade de analisar cientificamente a realidade e ser um guia para a ação revolucionária. O Partido Comunista da Rússia (Bolchevique) e seu principal dirigente, Lênin, souberam desenvolver o marxismo analisando corretamente a guerra imperialista e a conjuntura específica da Rússia. Acreditaram e dirigiram as massas. Ousaram fazer a revolução.

A experiência da Revolução Bolchevique e a situação atual

Com a revolução bolchevique de outubro de 1917 o proletariado e os camponeses na Rússia chegavam ao poder através de uma insurreição do povo em armas. Fato histórico que marca uma nova época do progresso social no mundo, foi a primeira revolução popular vitoriosa a consolidar-se, revolução das massas, dos explorados, da maioria, derrotando a minoria, destituindo do poder a burguesia e seus aliados. E uma revolução de caráter socialista, que significou a construção de um Estado socialista, a ditadura do proletariado, com perspectivas de derrotar definitivamente a burguesia e o capitalismo, e construir uma nova sociedade, comunista.

Lênin, o principal dirigente do Partido Bolchevique, afirmava na reunião do Soviete de Deputados Operários e Soldados de Petrogrado, em 7 de novembro (25 de outubro):


“Camaradas! A revolução operária e camponesa, de cuja necessidade os bolcheviques sempre falaram, realizou-se. Que significado tem esta revolução operária e camponesa? Em primeiro lugar, o significado desta revolução consiste em que teremos um governo soviético, o nosso próprio órgão de poder, sem qualquer participação da burguesia. As próprias massas oprimidas criarão o poder. Será destituído de raiz o velho aparelho de Estado e será criado um novo aparelho governativo sob a forma das organizações soviéticas. Começa agora uma nova fase na história da Rússia, e a presente revolução russa, a terceira, deve em última análise conduzir à vitória do socialismo.”.

Enquanto uma revolução proletária e popular, empreendida através da participação revolucionária das massas, a revolução bolchevique contou com o heroísmo e a abnegação do povo russo. Esta impressionante combatividade dos povos que constituíram a União Soviética ficou demonstrada em todo o processo revolucionário, em 1905, em fevereiro de 1917, na primeira etapa da revolução, com a derrota do czarismo, em outubro, na revolução socialista e nos anos seguintes de guerra civil para consolidar o novo poder e enfrentar a intervenção militar e o cerco dos países capitalistas, do imperialismo mundial.

Mas para a vitória da revolução – para a qual contribuíram uma série de acontecimentos, como a 1ª Guerra Mundial, guerra de repartilha do mundo pelos países imperialistas, que tanto agravou a miséria e a fome na Rússia, criando as condições objetivas de crise para a revolução – teve um papel decisivo, determinante, a direção imprimida pelo proletariado que uniu e liderou as massas populares, em especial os camponeses pobres, rumo à vitória. Esta direção ideológica, política, teórica e prática do proletariado foi exercida através do Partido Bolchevique, o Partido Comunista da Rússia.

“A vitória estará do lado dos explorados”

Ao analisar a revolução russa de outubro de 1917 é impossível não destacar a contribuição de Vladimir Ilitch Ulianov, Lênin, Secretário-geral do Partido Bolchevique e o primeiro presidente do Governo soviético, que encarnou como ninguém todo o espírito revolucionário do povo, a capacidade dos proletários e camponeses dirigirem seu próprio poder, o poder soviético, e construir uma nova sociedade. Que vislumbrou o significado histórico da revolução proletária russa como uma comprovação na prática da combatividade, criatividade e capacidade das massas populares e um estímulo formidável à revolução mundial, à luta pela libertação do jugo do capital e do imperialismo do proletariado de todos os países e dos povos das nações exploradas, dos países coloniais e semicoloniais. Lênin encerrava um curto texto - “Os que estão assustados com a falência do velho e os que lutam pelo novo”, escrito dois meses após a vitória da revolução, defendendo o duro e difícil caminho de construção do socialismo:

“À medida que cresce a resistência da burguesia e dos seus parasitas cresce a força do proletariado e do campesinato que a ele se uniu. Os explorados fortalecer-se-ão, amadurecerão, crescerão, aprenderão, afastarão de si o ‘velho Adão’ da escravidão assalariada à medida que crescer a resistência dos seus inimigos – os exploradores. A vitória estará do lado dos explorados, porque de seu lado está a vida, do seu lado está a força do número, a força da massa, a força das fontes inesgotáveis de tudo o que é abnegado, avançado e honesto, de tudo que aspira a avançar, de tudo que desperta para a construção do novo, de toda a gigantesca reserva de energia e talentos do chamado ‘baixo povo’, os operários e camponeses. A vitória pertence-lhes.”

Marxismo: “a análise concreta da situação concreta”

Um outro aspecto a ser destacado na Revolução de Outubro e do mérito de Lênin, enquanto seu principal dirigente, foi a confirmação na prática da teoria científica do proletariado, o marxismo, do materialismo dialético e o materialismo histórico como guia para ação revolucionária da massas, da capacidade de analisar cientificamente a realidade, a situação concreta e transformá-la, de compreender e praticar o que sempre disseram Marx e Engels: “Nossa doutrina não é um dogma, mas um guia para a ação”.

E este aspecto da direção de Lênin, de ser fiel aos princípios gerais do marxismo, resgatando seu caráter revolucionário e ao mesmo tempo combatendo o subjetivismo e o dogmatismo, as fórmulas imutáveis desligadas da vida, tem particular atualidade para enfrentar a “crise do socialismo”, na verdade a atual crise do movimento revolucionário mundial, assumindo o marxismo-leninismo, enriquecendo-o e desenvolvendo-o. Lênin nos dá um magnífico exemplo de como utilizar o método marxista na “Apreciação do momento”, nas suas “Cartas sobre Tática”, na Carta I, de 4 de abril de 1917, quando defende de forma original, pois a realidade é original, de que a primeira etapa da revolução, (democrático-burguesa), vitoriosa há menos de dois meses, tinha terminado e que a Rússia vivia uma fase de transição para a segunda etapa da revolução (socialista):

“O marxismo exige de nós que tenhamos em conta do modo mais preciso e objetivamente verificável a correlação das classes e as particularidades concretas de cada momento histórico. Nós, bolcheviques, sempre nos esforçamos por ser fiéis a esta exigência, absolutamente obrigatória do ponto de vista de qualquer fundamentação científica de uma política.

‘A nossa doutrina não é um dogma, mas um guia para a ação’, disseram sempre Marx e Engels, zombando com razão da aprendizagem de cor e a simples repetição de ‘fórmulas’, capazes, no melhor dos casos, de apontar apenas tarefas gerais, necessariamente modificáveis pela situação econômica e política concreta de cada fase particular do processo histórico.

...as palavras de ordem e as idéias bolcheviques no geral foram plenamente confirmadas pela história, mas concretamente as coisas apresentaram-se diferentemente daquilo que podia (quem quer que seja), esperar, mais originais, mais peculiares, mais matizadas.

Ignorar, esquecer este fato significaria igualar-se aos ‘velhos bolcheviques’ que já mais de uma vez desempenharam um triste papel na história do nosso partido, repetindo uma fórmula insensatamente aprendida de cor em vez de estudar a peculiaridade da realidade nova e viva.

... Agora é necessário assimilar a verdade indiscutível de que um marxista deve ter em conta a vida viva, os fatos precisos da realidade, e não continuar a agarrar-se a uma teoria de ontem, que, como qualquer teoria, no melhor dos casos apenas indica o fundamental, o geral, apenas se aproxima da apreensão da complexidade da vida.”
 
...seguindo com MUITA atençao essa visão ocidentalista da historia russia/ sociedade atual.
CUIDADO com o que lêem.:cool:
 
Revolução Cubana! 1º janeiro 1959.

La Revolución Cubana es continuadora de la tradición de lucha del pueblo cubano. Para lograr este destino histórico fueron innumerables los obstáculos que tuvo de enfrentar la isla desde el siglo pasado.

Cuba fue la última colonia de España en América Latina, y se caracterizaba por ser un país de plantaciones azucareras explotadas con mano de obra esclava.

La sociedad esclavista cubana, era fuertemente apoyada por los estados esclavistas del sur de Norteamérica, en su pugna de intereses con los estados industriales del norte. Los primeros contaban con que Cuba se convirtiera en un estado esclavista más de la Unión.

El propósito de anexarse a la isla, fue siempre una fuerte aspiración de los dirigentes de Estados Unidos, desde los inicios mismos de esa República, expresada en reiteradas ocasiones por distintos gobernantes y hombres públicos, que han considerado históricamente a Latinoamérica y en especial a Cuba, como su traspatio.

En 1868 se inició la querra de independencia, liderada por patriotas cubanos que procedían de familias ricas, poseedoras de cultura política, relaciones, y recursos económicos. Sin embargo, la propia guerra arrastró a campesinos, artesanos y esclavos, estimulando el patriotismo en las masas de estudiantes, profesionales e intelectuales y en la población en general. El sentimiento nacional se hizo realidad concreta e irreversible en el propio fragor de la lucha contra el dominio de España.

Esta contienda que duró diez años, no logró la independencia. España, era una fuerte potencia, y aunque hubo desgaste de ambas partes, las enfermedades, los problemas organizativos y de dirección, sobre todo en la parte cubana, junto a situaciones de caudillismo, regionalismo y la falta de unidad en algunos frentes, contribuyeron a que no se lograra la victoria definitiva.

En estas condiciones se produjo el Pacto del Zanjón, que debilitaba la capacidad de lucha frente la metrópoli y constituía una claudicación por parte de algunos jefes, que agotados, confundidos y divididos, habían decidido un cese al fuego y una paz sin independencia.

Este hecho no obstante, tuvo una respuesta valiente y digna, las voces de varios patriotas liderados por Antonio Maceo de alzaron en la histórica Protesta de Baraguá, que se convirtió en símbolo de intransigencia revolucionaria y demostró la voluntad de continuar la lucha hasta lograr la verdadera independencia.

En 1879 estalló la Guerra Chiquita, que demostró que en los cubanos se mantenía el espíritu de lucha para lograr la independencia, pero las condiciones del momento eran muy desfavorables, las fuerzas estaban diezmadas, divididas, y era imprescindible la unidad de acción frente a un enemigo aún poderoso.

En 1886 se produjo la abolición de la esclavitud, consecuencia inevitable de la Guerra de los Diez Años y de otros factores externos que también influyeron.

En 1895, después de una ardua labor política y un largo proceso organizativo, bajo la guía de José Martí y el Partido Revolucionario Cubano por él fundado, se inició la nueva epopeya libertadora, la Guerra de independencia. Se debe señalar que por primera vez en la historia se había creado un partido para dirigir una contienda independentista.

En ese entonces, España continuaba siendo una de las principales potencias militares de Europa.

Esta vez la guerra estuvo encabezada desde el principio por representantes de capas humildes de la sociedad que habían ganado un prestigio indiscutible en el fragor de las batallas, tal es caso de Antonio Maceo, "El Titán de Bronce" quien junto al "Generalísimo" Máximo Gómez y un conjunto de nuevas generaciones de campesinos, obreros, artesanos e intelectuales, protagonizarían esta nueva gesta libertaria, que lograría extenderse por toda la isla con la indiscutible hazaña militar que constituyó la Invasión de Oriente hacia Occidente.

En 1898, España estaba exhausta, sin recursos ni energía para continuar la guerra. Los patriotas cubanos fueron dominando todo el campo y las comunicaciones interiores, la invasión hacia occidente había logrado su objetivo. Prestigiosos generales españoles habían sido derrotados a lo largo de esa contienda.

Fue precisamente a partir de ese momento en 1898, que se produjo la intervención militar norteamericana, después de haber intentado con España, en reiteradas ocasiones, la compra del territorio de Cuba. La explosión del Acorazado Maine, anclado en el Puerto de La Habana, fue el pretexto para la declaración de guerra por Estados Unidos.

La llamada Guerra Hispano-Cubano-Norteamericana, desde el principio tuvo para Estados Unidos el objetivo de apoderarse del territorio cubano, pero este no pudo lograrse como lo habían previsto, (con la anexión de la isla al vecino del norte), debido a que la lucha del pueblo cubano, había tenido una amplia repercusión en el ámbito mundial, y había despertado interés hasta en el propio territorio estadounidense.

La fórmula aplicada entonces por el Gobierno de EEUU., al no poderse anexar Cuba, fue la de concederle una independencia formal, mediatizada, el 20 de mayo de 1902, con un presidente entreguista, Tomás Estrada Palma, conocido por sus posiciones anexionistas, que respondía a los intereses norteamericanos.

Como consecuencia de ello surgieron en el país, las bases navales norteamericanas, y el apéndice constitucional denominado: Enmienda Platt, que entre otras cosas, daba a Estados Unidos el derecho a intervenir en Cuba, siempre que lo estimara conveniente.

Las inversiones de Estados Unidos en Cuba, que en 1896 ascendían a 50 millones de dólares, se elevaron a 160 en 1906, a 205 en 1911 y a 1200 en 1923, e incluían la propiedad de las tres cuartas partas de la industria azucarera.

La economía creció deformada y casi en absoluta dependencia de los intereses norteamericanos. El país se fue convirtiendo en un suministrador de azúcar a bajos precios, y en un mercado para los excedentes financieros y la producción agrícola e industrial de Estados Unidos.

La República mediatizada reeditó bajo formas nuevas la esclavitud ya abolida desde el 1886. Comenzó la inmigración de haitianos y jamaicanos.

La corrupción en su máxima expresión, se estableció como práctica en la administración pública. Los fondos que se debían invertir para obras públicas, educación y salud, eran malversados por el aparato administrativo, el Parlamento y el Poder Judicial, estos existían únicamente, para servir los intereses de los monopolistas yanquis y burgueses. La discriminación racial, la prostitución y el juego, florecieron en esa etapa.

La política exterior de Cuba se fraguaba en Washington, y las crisis económicas capitalistas influían en el país con una gran fuerza, debido a que los Estados Unidos hacían recaer sobre Cuba sus efectos devastadores.

En la década del 30, durante la tiranía machadista, la clase obrera dirigida por los comunistas, jugó un papel significativo en la lucha contra los males sociales y la dictadura de Gerardo Machado.

En agosto de 1933 fue derrocado el gobierno de Machado por el empuje de la huelga general revolucionaria.

Pero la Revolución del 30 se frustró con la intervención del Gobierno de Estados Unidos, mediante la llamada "Mediación" y la presencia de acorazados en las cercanías de Cuba. Producto de esa intervención, surgió un gobierno confuso. El descontento llegó a los cuarteles y el 4 de septiembre se produjo la sublevación de sargentos y soldados, del cual surgieron figuras como Fulgencio Batista Zaldívar

Se constituyó un gobierno provisional, de corte nacionalista con la activa participación de Antonio Guiteras como ministro de Gobernación de tendencia antimperialista. Comenzaron a instrumentarse algunas medidas progresistas, bajo amenazas y presiones de la máquina de guerra yanqui.

Con la complicidad de las clases reaccionarias y la traición y el deshonor de Fulgencio Batista, se frustró el proceso revolucionario, siendo aplastado con sangre y fuego.

En marzo de 1935 fue reprimida brutalmente la huelga general revolucionaria, y en mayo de ese mismo año, con el asesinato de Antonio Guiteras, se eliminó el último vestigio de resistencia armada.

Esta etapa de efervescencia revolucionaria, contribuyó a que fuera abolida la Enmienda Platt, ante el empuje de las masas populares. No obstante, se produjo una época de confusión, de incertidumbre. La economía mundial se iba recuperando gradualmente y el poder de Batista, se iba consolidando.

La división de las fuerzas revolucionarias que se produjo a partir de 1933, posibilitó la maniobra de los sectores más reaccionarios.

En el ámbito internacional, creció la contradicción entre el imperialismo norteamericano y la Alemania hitleriana, la poderosa corriente antifascista mundial y la política de los frentes populares, promovió algunas alianzas tácticas con la izquierda, sin que el régimen disminuyera su carácter inminentemente castrense, burgués y proimperialista.

En 1939 estalló la II Guerra Mundial. Los regímenes burgueses de Europa fueron incapaces de resistir. Sus ejércitos se rindieron ante las hordas hitlerianas y su enorme potencial industrial y su población, quedó en manos de los agresores. Sin embargo, el pueblo soviético resistió y enfrentó heroicamente el fascismo.

Cambió la correlación de fuerzas, nació el campo socialista y se abrió paso el movimiento revolucionario mundial, a partir de esa coyuntura histórica se liberaron del coloniaje decenas de países de Asia y África.

Estados Unidos, que había concluido la contienda con su poder industrial intacto, se constituyó en el baluarte de la reacción mundial, asumiendo el papel de gendarme internacional, e iniciándose una amplia política de alianzas militares contra el campo socialista que desató la carrera armamentista.

En 1944 triunfó la oposición a Batista, asumiendo la presidencia Ramón Grau San Martín, quien después de una elección en que había obtenido amplia mayoría, puso en práctica una política reaccionaria, y a partir del año 1946 se enfrentó a la dirección del movimiento sindical.

Este período coincidió con la guerra fría y el anticomunismo adquirió una virulencia inusitada.

En la administración pública, donde las recaudaciones habían aumentado por los precios relativamente altos del azúcar, el robo, la corrupción y la malversación, adquirieron cifras significativas.

En esta etapa surgió un movimiento de carácter cívico-político, dirigido por Eduardo Chivás, que capitalizó una gran parte del descontento nacional y arrastró a diferentes sectores del pueblo.

La democracia representativa y el parlamentarismo burgués demostraron ser incapaces de resolver los graves problemas del país, era necesario un movimiento de masas fuerte, que revirtiera la llamada República mediatizada.

Chivás muere el 16 de agosto de 1951, y el movimiento político fundado por él, que contó con gran apoyo popular, más tarde contribuiría en la lucha contra la tiranía batistiana.

La gran masa revolucionaria del período, carecía de una dirección correcta, era necesario aglutinar todo el potencial revolucionario existente.

Esa masa popular y revolucionaria, estaba compuesta por la pequeña burguesía y también por sectores humildes.

Pero fue precisamente en 1952, cuando irrumpió en la escena política, el fatídico golpe militar del 10 de marzo.

Fulgencio Batista, que se había alejado del poder en 1944 con una gran cantidad de millones de pesos, había dejado en los cuarteles el mismo ejército, que con incontables prebendas, lo había apoyado durante esos años.

Era el mismo ejército de la República, que habían creado los norteamericanos en la primera ocupación militar, el que encabezó el golpe de Estado.

El gobierno de turno desmoralizado, le resultó fácil de derrocar a Batista. Compuesto por malversadores, huyeron sin la menor resistencia, abandonando al pueblo a su suerte.

Los problemas sociales del país se habían visto agravados, como resultado del crecimiento de la población y el subdesarrollo.

Los partidos y líderes tradicionales eran incapaces de organizar una resistencia fuerte, que pudiera enfrentar a la dictadura militar reaccionaria.

Se habían producido divisiones y fricciones en el movimiento revolucionario, fundamentalmente por divergencias en las formas de lucha.

Más de seiscientos mil desempleados constituían la reserva laboral, la clase obrera era explotada, los males del analfabetismo, la insalubridad, la miseria, el juego, los vicios y los abusos, se imponían por todas partes.

El imperialismo dominaba la política nacional. El Partido Marxista-Leninista por sí solo, no contaba con medios, fuerzas, ni condiciones para llevar a cabo una insurrección armada.

Las condiciones objetivas para una Revolución, sí estaban dadas, había que valorar los factores subjetivos, y lograr una nueva estrategia revolucionaria.

Desde el triunfo de la Revolución de Octubre de 1917, hasta la lucha contra el fascismo en la década del 40, había comenzado a gestarse una conciencia política, en algunos sectores de la sociedad cubana de la época. Una generación de jóvenes revolucionarios, influidos por los libros, la literatura y por los acontecimientos históricos, interpretaron y aplicaron a las condiciones específicas del país, la doctrina de Marx, Engels y Lenin.

Adaptar a las características de Cuba la mezcla de sentimientos patrióticos, democráticos y progresistas, de pureza política, desinterés y abnegación, que existían en la totalidad de los que integraban la vanguardia revolucionaria.

En vísperas del asalto al Cuartel Moncada, el 26 de julio de 1953, las condiciones sociales, económicas y políticas del país eran desastrosas. Así nacía el nuevo proceso revolucionario.

El Asalto al Cuartel Moncada no significó el triunfo de la Revolución Cubana en ese momento, pero trazó el programa de liberación nacional que contribuiría a la victoria definitiva del 1ro de enero de 1959. Sin el Moncada, no habría existido el Granma, la lucha en la Sierra Maestra y el triunfo definitivo, como tampoco habría historia revolucionaria sin las gestas independentistas del 1868 y del 1895, que mantuvieron en alto el sentimiento nacionalista y patriótico.

Después de 92 años del Grito de La Demajagua en 1868, Cuba era al fin dueña absoluta de su destino, no se había frustrado la Revolución.

En esta obra no sólo estuvo presente el Movimiento 26 de julio, también contribuyeron a ella el Partido Marxista-Leninista, que agrupaba a lo mejor de la clase obrera; y los combatientes del Directorio Revolucionario, que protagonizaron episodios heroicos, como el Ataque al Palacio Presidencial el 13 de marzo de 1957, y que participaron además, en la lucha insurreccional. Trabajadores, estudiantes y pueblo unidos fueron los protagonistas de esta epopeya.

Comenzaba una etapa completamente nueva en la historia de la patria, llegaba el momento de cumplir las promesas del Moncada

Fonte: http://www.cip.cu/webcip/libros/rev_cubana/historia/sint-historica/rev-002.html
 
15 de Agosto de 1969: Começava o Woodstock!


O Festival de Música e Artes de Woodstock foi o mais importante festival de rock and roll de sua época. Foi realizado em uma fazenda em Bethel, Nova Iorque, durante os dias 15, 16 e 17 de agosto de 1969 e, embora tenha sido projetado para 50 000 pessoas, mais de 400 mil compareceram, a maioria das quais não pagaram o ingresso.
Todo o evento provocou uma grande balbúrdia, com rodovias congestionadas e Bethel sendo ocasionalmente considerada "área de calamidade pública". O Festival de Woodstock representou um marco no movimento de contracultura dos anos 60, e foi o auge da era hippie.

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:teo_seta_direita: https://pt.wikipedia.org/wiki/Festival_de_Woodstock
 
17 de Outubro de 1948

Morria Frédéric François Chopin.

Frédéric Chopin (Żelazowa Wola, 1 de Março de 1810 — Paris, 17 de outubro de 1849) foi um dos maiores compositores para piano e o mais conhecido compositor polaco.
Frédéric François Chopin (em francês) ou Fryderyk Franciszek Chopin (em polaco) era filho do professor francês Nicolas Chopin, que dava aulas de língua e literatura francesa, e da polaca Justyna Krzyzanowska, que tocava o piano. Iniciou aulas de piano aos seus sete anos com o professor Wojciech Żywny e nesta altura compôs suas primeiras Polonaises. O primeiro concerto público deu-se no ano de 1818.
Estudou musica no Conservatório de Varsóvia entre os anos de. Durante este período, tornou-se ativo participante da vida musical de Varsóvia. Assistiu aos concertos de Paganini bem como a óperas no Teatro Nacional de Varsóvia (Don Giovanni, Barbeiro de Sevilla), e compôs as Variações em Si bemol Maior sobre um motivo da ópera Don Giovanni e uma série de Rondós baseados em motivos lúdicos.
Deixou a Polônia no dia 2 de Novembro de 1830 e seguiu para Paris com vinte e um anos de idade e nunca regressou.
Chopin dedicou toda sua obra ao piano, com exceção de uma ou duas peças para violoncelo, um trio de câmara, os dois concertos para piano e algumas canções. Assim, seu nome ficou internacionalmente ligado ao do instrumento, de forma que é impossível fazer uma história da música para piano sem Fryderyk Chopin (chopén). A música de Chopin tem na maioridade suas origens no folclore polonês. Este facto não era compatível com o ambiente político na Polônia, que estava na altura e durante cerca de 100 anos sobre ocupação do Czar da Russia. Várias obras têm os nomes das danças populares do seu país de origem, como é o caso das mazurcas (Mazurki) e polonaises (Polonezy). Em outras obras, como os estudos, nocturnos, valsas e sonatas com facilidade encontramos temas das cantigas populares do povo da Polônia, bem influências do bel canto italiano.
No período em que viveu em Paris, teve contato com outros compositores que marcaram época: Franz Liszt, com quem estabeleceu uma duradoura relação de amizade, e que, por sua vez, sofreu influências da música de Chopin; Robert Schumann e Hector Berlioz são alguns de seus contemporâneos.
Viveu durante nove anos com a escritora e feminista francesa George Sand, com quem teve uma relação conflituosa. Vítima da tuberculose que o acometera desde a infância, faleceu em 1849, dois anos após o rompimento com Sand. Há teorias de que o rompimento foi provocado por uma briga de Sand e sua filha, Solange. Chopin teria apoiado a jovem, irritando a escritora.
Sepultado no cemitério do Père Lachaise em Paris. Seu coração ficou sepultado dentro de um dos pilares da igreja de Santa Cruz em Varsóvia.
Sua obra é reverenciada como parte fundamental do repertório pianístico — é um dos maiores desafios, tanto para jovens pianistas como para virtuoses — e dá nome a alguns dos mais importantes concursos de piano do mundo, como o concurso Chopin de Varsóvia (Polônia), que é o mais antigo, organizado desde 1927: Competição Internacional de Piano Frédéric Chopin.

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21 de Fevereiro de 1929

Roberto Gómez Bolaños, também conhecido como Chespirito (Cidade do México, 21 de Fevereiro de 1929) é um escritor, ator, comediante e compositor mexicano.

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Conhecido mundialmente pelos seus personagens El Chavo del Ocho e El Chapulin Colorado. É sobrinho do ex-presidente mexicano Gustavo Díaz Ordaz Bolaños (1911-1979).
Chegou a se formar em engenharia, tentando também a carreira de jogador de futebol, mas acabou demonstrando talento para trabalhar escrevendo roteiros, primeiramente para rádio e depois para TV, onde também se tornou ator e diretor.
Depois de 27 anos convivendo juntos, Roberto Gómez Bolaños casou-se com Florinda Meza, a atriz que interpretava a Dona Florinda, no dia 19 de de 2004], num restaurante da Cidade do México.
Longa vida a Chespirito!

Fonte: Wikipedia
 
Bem lembrado Camel. Eterno Chespirito!!!

:teo_seta_direita:DATA MEMORAVEL :teo_seta_direita:APROXIMADAMENTE 2000 ANOS ATRÁS, JESUS CRISTO MORRE PARA QUE VOCÊ VIVA!!!

Lembrem-se que ELE morreu por nós...porquê nos AMA.


A Inigualável Paixão de Jesus Cristo por John Piper

Se os cristãos não fossem tão familiarizados com estas coisas, devido aos 2000 anos de tradição e liturgia, eles poderiam sentir quão absolutamente improvável seria que a morte de Jesus se tornasse a base de uma fé mundialmente transformadora. Como poderia um convicto, condenado e executado pretendente ao trono de Roma desencadear, nos três séculos seguintes, um poder para sofrer e para amar, que modelaria o império?
A resposta cristã é que a paixão de Jesus Cristo foi absolutamente única, e sua ressurreição dentre os mortos, três dias após, foi um ato de Deus para confirmar o que sua morte consumou. A singularidade não está necessariamente no tamanho ou intensidade da dor física. Ela foi inefavelmente terrível. Mas eu não gostaria de minimizar os horrores de outros que também morreram horrivelmente. A singularidade descansa em outro lugar.
Divindade Inigualável
A paixão de Jesus Cristo foi única porque ele era único. Quando perguntado “És tu o Cristo [=Messias], Filho do Deus Bendito[=Deus]?”, Jesus disse “Eu sou”. Era uma afirmação quase inacreditável. Esperava-se que o Messias fosse poderoso e glorioso. Mas ali estava Jesus, pronto para ser crucificado, dizendo abertamente o que ele freqüentemente apontava durante seu ministério: Eu sou o Messias, o Rei de Israel . Ele falou abertamente no exato momento em que havia menos chances de ser acreditado. E então, ele adiciona palavras que explicam como um Cristo crucificado reinaria como Rei de Israel: “Vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu” (Marcos 14.62). Em outras palavras, ele espera reinar à direita de Deus e algum dia voltar à Terra em glória.
Ele era mais que um mero homem. Não menos. Ele era, como o antigo Credo de Nicéia diz: “verdadeiro Deus de verdadeiro Deus”. Cristo existia antes da criação. Ele é co-eterno com Deus o Pai. Ele não foi criado. Não houve um ponto quando ele não existia. Desde a eternidade, antes do princípio dos séculos, Deus existe com uma essência divina em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Este é o testemunho daqueles que o conheciam e escreveram textos inspirados por Ele para explicar quem Ele é.
Por exemplo, o apóstolo João refere-se a Cristo como o “Verbo” e escreve:
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1.1-3,14)

O próprio Jesus disse coisas que só fazem sentido se ele fosse ao mesmo tempo Deus e homem. Por exemplo, ele perdoou pecados: “Filho, perdoados estão os teus pecados” (Marcos 2.5). Este tipo de atitude foi o que finalmente o matou. A resposta furiosa era compreensível: “Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?” (Marcos 2.7).
É uma reação compreensível. C.S. Lewis, o professor britânico que escreveu clássicos infantis e excelentes defesas do Cristianismo, explica: “Se alguém me rouba dois quilos numa balança, pode ser possível e é razoável para eu dizer: ‘Bem, eu perdôo ele, nós não falaremos mais sobre isso'. O que você diria, se alguém tivesse roubado de você os dois quilos, e eu dissesse: ‘Está tudo bem. Eu o perdôo'?” [1] . Pecado é pecado porque é contra Deus. Se Jesus não era um lunático, então ele perdoou pecados contra Deus porque ele era Deus.
Isto é o que suas palavras e ações apontavam. Uma vez ele disse: “Eu e o Pai somos um”, o que quase o levou a ser apedrejado (João 10.30-31). Em outra ocasião, ele diz: “antes que Abraão existisse, Eu sou” (João 8.58). As palavras “Eu sou” não sinalizam apenas sua existência antes de Abraão, que viveu 2000 anos antes, mas também se referem ao nome que Deus deu a si mesmo no Antigo Testamento. “E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êxodo 3.14).
Jesus previu sua própria traição como se soubesse o futuro tanto quanto o passado, e então explicou o que isto significava com outra afirmação assustadora: “Desde agora vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que Eu sou” (João 13.19). Jesus era o “EU SOU” – o Deus de Israel, o Senhor do Universo em forma humana. Este é o porquê a sua paixão é sem paralelos. Somente a morte do divino Filho de Deus poderia consumar o que Deus pretendia fazer por esta morte.

Inocência Inigualável
A paixão de Cristo também foi única porque ele era totalmente inocente. Não apenas inocente dos crimes de blasfêmia e rebelião, mas de todo pecado. Ele perguntou certa vez aos seus inimigos: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (João 8.46). O que quer que pensassem, eles sabiam que não havia nada contra Jesus. Seu discípulo, Pedro, que sabia seu próprio pecado tão bem, disse que a morte de Jesus foi a morte “de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pedro 1.19). A recusa de Jesus em lutar contra a forma como ele foi injustamente condenado e morto fortaleceu a convicção de seus seguidores de que ele era sem pecado.
Pedro expressou isto depois: “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente” (1 Pedro 2.22-23). A razão da morte de Jesus levar todos os sacrifícios judaicos de animais a um fim é que ele se tornou o próprio sacrifício definitivo e “se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus” (Hebreus 9.14). Sua morte foi inigualável porque ele não tinha pecado.

Desígnio Inigualável
A paixão de Cristo foi sem paralelos na história humana porque ela foi planejada e predestinada por Deus, para nossa salvação. Apesar de toda a controvérsia sobre quem realmente matou Jesus, a verdade mais profunda é: Foi Deus quem planejou e viu o que iria acontecer. Quando os terríveis eventos aconteciam na noite antes dele morrer, Jesus disse, “Tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas” (Mateus 26.56). Todos os detalhes, desde o fato de terem lançado sortes por suas vestes (João 19.24) e ser perfurado por uma lança, ao contrário de quebrarem suas pernas (João 19.36) – tudo isto foi planejado pelo Pai e predito nas Escrituras.
A igreja primitiva resumiu isto em sua pregação: “Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel; para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer” (Atos 4.27-28). A verdade de que Deus enviou seu Filho para morrer é central ao cristianismo. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). A morte de Jesus foi única porque havia um único Filho e um único plano divino para salvação.

Autoridade Inigualável na Morte
A paixão de Cristo foi única também porque Jesus não somente se submeteu desejosamente ao plano de seu Pai (“Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” Lucas 22.42); ele também o abraçou e prosseguiu por sua própria autoridade divina. Uma das mais emocionantes palavras ditas por Jesus foi sobre sua morte e ressurreição: “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (João 10.17-18). Ninguém jamais falou sobre sua vida e morte desta forma. O grande testemunho do Novo Testamento é que a controvérsia sobre quem matou Jesus é irrelevante. Ele escolheu morrer. Seu Pai ordenou. Ele aceitou. Um ordenou todas as coisas, o outro obedeceu. A autoridade estava nas mãos de Deus. E estava nas mãos de Jesus. Porque Jesus é Deus.

Significado Inigualável para o Mundo
Finalmente, a paixão de Cristo foi inigualável porque foi acompanhada de eventos únicos, cheios de significado para o mundo. Primeiro, temos as palavras de incomparável amor e autoridade na cruz. Nenhum homem crucificado, morrendo em agonia, falaria como Cristo. Um dos ladrões, que estava crucificado com Jesus, finalmente arrependeu-se e disse, desesperadamente: “Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino”. Que momento para ver um reino ser estabelecido! Jesus não o corrigiu. Ao contrário, ele disse “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23.43). Esta era a voz de quem decide onde os ladrões passarão a eternidade.
O ladrão não foi o único que recebeu a misericórdia de Cristo enquanto ele morria. Jesus olhou para aqueles que o crucificaram e disse “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34). Eles poderiam fazê-lo sangrar e gritar, mas não poderiam fazê-lo odiar.
E quando o momento de sua morte estava próximo, Jesus gritou “Está consumado!” e, inclinando a cabeça, entregou o espírito (João 19.30). Com essas palavras, ele quis dizer mais que “minha vida acabou”. Ele quis dizer “cumpri plenamente o trabalho redentor que meu Pai me enviou para fazer”. Uma vida inteira de obediência imaculada a Deus, seguida de um sofrimento horrendo e morte – o motivo pelo qual ele veio. Estava consumado.
O significado do que ele consumou foi simbolizado por um surpreendente evento em Jerusalém. No lugar santíssimo do templo judeu, onde somente o sumo-sacerdote poderia ir e encontrar Deus uma vez por ano, a cortina se rasgou quando Jesus morreu. “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo” (Mateus 27.50-51). O significado disto: quando Jesus morreu – quando sua carne foi rasgada – Deus rasgou (de alto a baixo) a cortina que separava as pessoas ordinárias de Si mesmo. A morte de Jesus abriu o caminho para o mundo ter uma íntima, santa, pessoal, perdoada e alegre comunhão com Deus. Nenhum mediador humano é necessário. Jesus abriu o caminho para o acesso direto a Deus. Ele se tornou o único Mediador necessário entre os homens e Deus. A igreja primitiva disse “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne... Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé”. (Hebreus 10.19-22).

Cumprimento Inigualável
O trabalho de redenção foi terminado. O preço da reconciliação entre Deus e o homem foi pago. Agora somente restava a Deus confirmar a consumação ressuscitando Jesus dos mortos. Esta é a forma que Jesus predisse e planejou. Mais de uma vez, ele disse: “Eis que subimos a Jerusalém, e se cumprirá no Filho do homem tudo o que pelos profetas foi escrito; pois há de ser entregue aos gentios, e escarnecido, injuriado e cuspido; e, havendo-o açoitado, o matarão; e ao terceiro dia ressuscitará” (Lucas 18.31-33).
Aconteceu três dias depois (partes de dias são consideradas como dias: Sexta, Sábado e Domingo). No começo da manhã de domingo ele se levantou dos mortos. Por quarenta dias apareceu numerosas vezes aos discípulos antes de sua ascensão ao céu. O médico Lucas, que escreveu o livro que leva seu nome, disse que “Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus” (Atos 1.3).
Os discípulos demoraram a crer no que realmente havia acontecido. Não havia precedentes. Eles eram pescadores terrenos. Eles sabiam que pessoas não se levantam dos mortos. Ao ponto de Jesus insistir em comer peixe para provar-lhes que não era um fantasma.
“Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, não o crendo eles ainda por causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel; o que ele tomou, e comeu diante deles.” (Lucas 24.39-43).

Não foi a ressurreição de um cadáver. Foi a ressurreição do Deus-Homem, para uma indestrutível nova vida de majestade à destra de Deus. A igreja primitiva o aclamou como Senhor do Céu e da Terra. Eles diziam “Havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas” (Hebreus 1.3). Jesus terminou o trabalho inigualável que Deus lhe deu para fazer, e a ressurreição foi a prova de que Deus ficou satisfeito.

:teo_seta_direita:Texto retirado da pagina http://www.monergismo.com/textos/cristologia/piper_inigualavel_paixao.htm

Amem vós uns aos outros como Eu vos amei!!!
Jesus Cristo.
 
Em 8 de maio de 1985, o congresso nacional aprovou emenda constitucional que acabava com os últimos vestígios da ditadura.


O golpe também foi recebido com alívio pelo governo norte-americano, satisfeito de ver que o Brasil não seguia o mesmo caminho de Cuba, onde a guerrilha liderada por Fidel Castro havia conseguido tomar o poder. Os Estados Unidos acompanharam de perto a conspiração e o desenrolar dos acontecimentos, principalmente através de seu embaixador no Brasil, Lincoln Gordon, e do adido militar, Vernon Walters, e haviam decidido, através da secreta "Operação Brother Sam", dar apoio logístico aos militares golpistas, caso estes enfrentassem uma longa resistência por parte de forças leais a Jango.

Logo após o golpe, vieram os Atos Institucionais, artificialismos criados para dar legitimidade jurídica a ações políticas contrárias à Constituição Brasileira de 1946, culminando numa ditadura.

Foram decretados dezesseis atos de 1964 a 1978, estes pela própria redação eram mandados cumprir, diminuindo assim as liberdades da população, eliminando alguns dos direitos do cidadão.

(...) qualquer cidadão poderia ser torturado nos porões da ditadura sob acusação de terrorismo, bastava desconfiar, bastava algum vizinho desafeto denunciar outro.



Nao houve cidadão preso que nao fosse barbaramente torturado. Ficar pendurado no pau-de-arara (um cavalete em que o sujeito fica preso pela barra que passa na dobra do joelho, com pés e mãos amarrados juntos) um dos piores suplícios. Além disso, pontapés, queimaduras de cigarros, choques elétricos, alicates arrancando os mamilos, banhos de ácido, testículos amassados com alicate, arame em brasa introduzido pela uretra, dente arrancado a pontapés, olhos vazados com socos. Mulheres estupradas na frente dos filhos, homens castrados. A lista de atrocidades é infindável.



(...) morto sob tortura tinha o caixão lacrado para ninguém ver o cadáver arrebentado. O laudo oficial do IML, emitido por médicos venais comprometidos com a ditadura dizia friamente que a morte tinha ocorrido em tiroteio com a polícia.

Na verdade uma data mais para ser esquecida.
SALVEM OS BRAVOS HERÓIS DAQUELA ÉPOCA, que mesmo sob tortura não entregavam os companheiros de luta.
 
Última edição:
12 de outubro de 1492


Apesar de diversas controvérsias, o ocidente "reconhece" oficialmente o novo Mundo.

Quão grande foi a mudança para a humanidade? Pense, quantas vidas não foram mudadas apartir daí??

Para os povos Pré-colombianos, os Africanos, os europeus...pense no caldeirão de raças e culturas,foi triste...foi lindo...foi HUMANO!

Faz parte da nossa história...não deve ser esquecido...


Indico o Filme "1492 - a Conquista do Paraíso" é meio "poético" mas é válido!

Feliz 2009 a todos!!!!:D:pos:
 
Essa foto do Vladimir Herzog faz o sangue ferver!!!!!
 
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