Teonanacatl.org

Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

Cadastre-se para virar um membro da comunidade! Após seu cadastro, você poderá participar deste site adicionando seus próprios tópicos e postagens.

  • Por favor, leia com atenção as Regras e o Termo de Responsabilidade do Fórum. Ambos lhe ajudarão a entender o que esperamos em termos de conduta no Fórum e também o posicionamento legal do mesmo.

Caracterização de duas espécies de fungos comestíveis. Lentinula edodes (Shiitake), Agaricus blazei

bolo

Artífice esporulante
Contribuidor
28/01/2010
1,400
94
41
awww.dbi.uem.br_FUNGO.jpg


TÍTULO: Caracterização de duas espécies de fungos comestíveis. Lentinula edodes (Shiitake), Agaricus blazei (Cogumelo do sol).
AUTORES: Caroline Ortega Terra, Cláudio V. B. Monteiro, Daniela Dias Pinto, Eduardo Menegassi, Fábio Henrique Cocensa, Jordana Mantovani, Luiz Rafael Clóvis, Nivaldo Junior, Solange de Carvalho, Thiago Alves da Silva.
ORIENTADORES: Daniela Dias Pinto, Solange de Carvalho. Universidade Estadual de Maringá/ Prática de Ensino 2
SUPERVISÃO: Dulcinéia Ester Pagani Gianotto, Docente do Departamento de Biologia da Universidade Estadual de Maringá.
INTRODUÇÃO
Este projeto foi realizado com os alunos do primeiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Dr. Gastão Vidigal, sob orientação das acadêmicas do quarto ano de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Maringá. A utilização de fungos na alimentação dos brasileiros tem aumentado consideravelmente, este trabalho abordará a viabilidade de cultivo, a importância econômica e social, sem deixar de esclarecer as diferenças existentes no Reino Fungi.
OBJETIVOS
O objetivo desse trabalho foi desenvolver a capacidade de produção cientifica, através da elaboração de textos, através de pesquisas bibliográficas, desenvolvendo a capacidade de analisar situações que o cercam no dia a dia para poderem opinar e criticar, despertar nos alunos o interesse pela pesquisa, e por assuntos que não são abordados em sala de aula
JUSTIFICATIVA
Os fungos apresentam uma grande diversidade de espécies, uma grande variedade de funções ecológicas e sociais, portanto o presente projeto propõe o estudo de espécies de fungos comestíveis, Lentinula edodes (Shiitake), Agaricus blazei (Cogumelo do sol),com os alunos de ensino médio onde abordaremos sua viabilidade de plantio, importância econômica, seu valor alimentar e medicinal.
MATERIAL E MÉTODOS
O presente projeto foi realizado com os alunos do primeiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Dr. Gastão Vidigal. O desenvolvimento do projeto ocorreu através de encontros semanais com os alunos. Primeiramente os alunos fizeram um levantamento bibliográfico, na Biblioteca Central da Universidade Estadual de Maringá. A partir dos dados obtidos através da pesquisa, os alunos elaboraram um texto, descrevendo as principais características dos fungos.
O segundo passo foi sanar as duvidas que os alunos encontraram, durante a coleta de dados, para isso foi utilizado auxilio de vídeo e alguns textos da Internet.
Foram realizadas entrevistas com produtores da região, onde foi abordada a viabilidade da produção e comercialização dos cogumelos.
Para visualização da cultura de cogumelos foram utilizadas as instalações da Universidade estadual de Maringá , onde estão cultivados essas espécies para pesquisas.
Na finalização dos trabalhos foram marcados encontros para a elaboração de um relatório onde foram descritos os resultados encontrados.
CARACTERIZAÇÃO GERAL DOS FUNGOS
Definir os limites exatos do reino Fungi é quase impossível, já que quanto mais estudamos esses organismos, mais diversificados eles se apresentam. Os pesquisadores utilizam o termo fungo para incluir organismos com núcleo, portadores de esporos, aclorofilados, que geralmente reproduzem sexualmente ou assexuadamente, e cujas estruturas somáticas, frequentemente filamentosas e ramificadas, estão tipicamente envoltas por uma parede celular. Em outras palavras, isto significa que os fungos têm em suas células verdadeiros núcleos típicos, que se reproduzem por meio de esporos e que carecem de clorofila. Significa ainda que a maioria dos fungos possui algum tipo de mecanismo sexual, que tem corpo constituído por filamentos, geralmente ramificado, e que estes filamentos tubulares possuem parede celulares que contém celulose ou quitina, ou ambas as substâncias. Não possuem raízes, caules ou folhas, nem um sistema vascular desenvolvido, como nas plantas superiores.
Os filamentos que constituem o corpo de um fungo se alongam por crescimento apical, mas a maior parte do organismo é potencialmente capaz de crescimento e um pequeno fragmento de qualquer parte do fungo é suficiente para começar um novo indivíduo. As estruturas reprodutivas estão diferenciadas das estruturas somáticas, exibindo uma variedade de formas que são utilizadas na classificação. Poucos fungos, podem ser identificados, se não se dispõem de seus estágios reprodutivos. Com poucas exceções, suas partes somáticas são muito semelhantes entre si.
O talo do fungo consiste tipicamente de filamentos microscópicos que se ramificam em todas a direções espalhando-se sobre ou dentro do substrato utilizado como alimento. Cada um desses filamentos é uma hifa. Esta é constituída de uma parede tubular fina, transparente, cheia ou forrada com uma camada de protoplasma variando em espessura. Dependendo da espécie, o protoplasma pode ser contínuo ou interrompido a intervalos irregulares por meio de paredes transversas, os septos, que dividem a hifa em células.
Com o avanço da ciência, poucas pessoas se dão conta de como nossa vida está ligada com os fungos. Diariamente esses organismos participam da nossa rotina, algumas vezes agindo de forma prejudicial, como por exemplo causando doenças de pele (micoses) ou nos beneficiando através da produção de alimentos.
A composição química da parede da célula não é a mesma em todos os fungos. Em algumas formas, a celulose é provavelmente o seu principal constituinte. Na maioria dos fungos particularmente nas formas superiores, a parede de célula está composta principalmente por quitina., além dessas substâncias os fungos podem apresentar ainda outros componentes da parede, pois nem sempre a composição de parede celular é igual para diferentes espécies. Substâncias presentes em hifas jovens podem desaparecer quase completamente, quando estas envelhecem; novas substâncias podem ser depositadas mascarando a presença dos primeiros constituintes, tornando-se difícil sua identificação. Além disso, se tem demonstrado que fatores externos tais como a composição do meio, os valores do PH e temperatura influem profundamente sobre a composição das paredes.
Os fungos possuem núcleos organizados, que se podem observar, cada um com sua membrana nuclear, apresentam nucléolo e filamentos de cromatina que durante a divisão se organizam em cromossomos. Os núcleos da parte somática da maioria dos fungos são extremamente pequenos e seu estudo se torna difícil. Nas estruturas especializadas que se vinculam ao ciclo sexual do fungo e nas quais tem lugar a meiose, os núcleos são maiores que os núcleos somáticos. Nos fungos, cujas hifas não possuem septos chamados asseptados os núcleos estão incluídos no citoplasma e distribuídos mais ou menos uniformemente em toda massa. Este estado se chama cenocítico. Nas hifas septadas, cada uma das células pode conter um, dois ou mais núcleos. As células uninucleadas são características de certos fungos; as binucleadas de outras e as multinucleadas se apresentam em quase todos os grupos. Vacúolos, gotinhas de óleo e outras inclusões se acham comumente no citoplasma.
A massa de hifas que constitui o talo de um fungo se dá o nome de micélio. O micélio de alguns dos fungos superior formam cordões. Em certos tipos de cordões, rizomorfas, as hifas unidas perdem a sua individualidade e formam tecidos complexos que exibem uma divisão de trabalho. A massa filamentosa tem um córtex expeço e duro e uma ponta de crescimento cuja estrutura lembra a ponta de uma raiz. As Rizomorfas são resistentes as condições adversas e permanecem dormentes até a volta de condições favoráveis ao desenvolvimentos. O crescimento é, então, reiniciado, atingindo um considerável comprimento.
O micélio dos fungos parasitas cresce na superfície ou, mais freqüentemente, dentro de hospedeiro, espalhando-se entre as células ou penetrando-as. Se o micélio é intercelular, o alimento é absorvido através da parede celular ou membrana do hospedeiro. Se o micélio penetra nas células, as paredes hifálicas entram em contato direto com o protoplasma do hospedeiro. Estas extensões da hifa somática que o fungo envia para dentro das células do hospedeiro através de um diminuto poro perfurado na parede celular. São vistos como órgãos absorventes especializados. Podem ser em forma de nó, alongados ou ramificados, como um sistema radicular em miniatura. As hifas de fungos saprofíticos entram em contato íntimo com o sobstrato e obtêm alimento pela difusão direta através das paredes hifálicas, causando uma desintegração da matéria orgânica que utilizam. As hifas mais velhas morrem à medida que o micélio cresce e se ramifica e se desintegra por causa das atividades de outros microrganismos que se alimentam de seus corpos mortos.
O fungos apresentam dois tipos de reprodução: assexuada e sexuada. A reprodução assexuada também chamada somática ou vegetativa, não inclui a união de núcleos, células sexuais ou órgãos sexuais. A reprodução sexuada, por outro lado, está caracterizada pela união dos núcleos.
Na formação dos órgãos reprodutivos, tanto sexuais como assexuais, todo o talo pode converter-se em uma ou mais estrutura reprodutivas, e deste modo a fase somática e reprodutiva, nunca se apresentam juntas no mesmo indivíduo. Os fungos, que apresentam esse tipo de comportamento são chamados de holocárpicos. Na maioria dos fungos, entretanto, os órgãos reprodutivos surgem somente em uma parte do talo, ao passo que o restante continua sua atividades somáticas normais. Os fungos desta categoria se denominam eucápicos.
Os fungos se reproduzem tanto sexual como assexuadamente. Em geral, a reprodução assexuada é a mais importante para a propagação da espécie, já que origina a produção de numerosos indivíduos, particularmente porque o ciclo assexual comumente se repete várias vezes por ano, ao passo que o estágio sexual de muitos fungos se apresenta anualmente uma só vez. Às vezes se define reprodução assexual como a produção não sexual de células reprodutivas especializadas, tais como esporos. Uma definição mais ampla deve incluir, também qualquer método de propagação que dê novos indivíduos.
A reprodução assexual que comumente encontramos nos fungos podem ser resumidas em: 1.fragmentação da soma e crescimento de um modo indivíduo a partir de cada fragmento. 2.fissão de células somáticas em células filhas.
3.gemação de células somáticas ou esporos e produção de um novo indivíduo a partir de cada gema.
4.produção de esporos cada um dos quais forma um tubo germinativo que iniciará um novo micélio.
A forma mais comum de reprodução assexual que apresentam os fungos é por meio de esporos. Os esporos variam em cores, desde hialino até verdes, amarelos, alaranjados, roxos e pretos, variam também em tamanho; em forma, desde globosos a ovais, de aciculares até helicoidais e em número de células. Alguns fungos produzem somente um tipo de esporos, já outras espécies podem apresentar vários tipos.
A reprodução sexual dos fungos, assim como dos outros organismos vivos, requer a união de micélios compatíveis. O processo de reprodução sexual típico se realiza em três fases distintas. A primeira destas é a plasmogamia que consiste na fusão da massa citoplasmática sem fusão nuclear. A fusão dos dois núcleos reunidos pela plasmogamia, se chama Cariogamia que constitui a 2ª fase da reprodução sexual. Nos fungos inferiores a cariogamia segue quase que imediatamente à plasmogamia, enquanto que nos fungos superiores estas fases estão separadas em tempo e espaço. Depois da cariogamia, segue-se a meiose.
Algumas espécies produzem em cada lado órgãos sexuais masculinos e femininos e são chamadas hermafroditas. Outras, apresentam órgãos masculinos e femininos em talos diferentes e são denominadas dióicas. Algumas espécies de fungos não produzem órgãos sexuais diferenciados, sendo a função sexual delegada às hifas somáticas.
Os órgãos sexuais dos fungos se chamam gametângios. Estes podem formar células sexuais diferenciadas, gametas, ou conter um ou mais núcleos gaméticos. Usa-se o termo isogametângio e isogametas para gametângios e gametas, morfológicamente, iguais, respectivamente. Heterogametângio e heterogametas usados para designar gametângios e gametas morfológicamente diferentes, respectivamente. Neste último caso, o gametângio masculino se chama anterídio e o feminino cogônio.
As formas de reprodução sexual mais comum são: Copulação Planogamética que consiste na fusão dos gametas, dos quais pelo menos um é movél. Os gametas móveis são chamados de planogametas; Contato de gametângios, esse tipo de reprodução sexual refere-se a um grande número de fungos, os gametas, femininos e masculinos, são reduzidos em protoplastos não diferenciados, cada um constituído de um núcleo. Este gametas não são expulsos do gametângios, e sim transferidos de um gametângio para outro através do contato entre eles, quando os núcleos gaméticos masculinos migram para o gametângio feminino; Copulação de gametângios, este processo se caracteriza pela fusão de todo o conteúdo, dos dois gametângios em contato, que pode ser através da passagem de todo o conteúdo de um gametângio para outro através da fusão das células gametângicas em uma só, contendo os dois protoplastos; Espermatização esse processo ocorre com o carregamento de numerosas estruturas masculinas pequenas, unicelulares, parecidas com esporos e que se chama espermácios, estes são transportados por insetos, ventos, água, etc., aos gametângios femininos, às hifas receptivas ou às hifas somáticas, às quais se aderem. No ponto de contato e forma-se poro por onde o conteúdo do espermácio passa para a estrutura particular, que atua como órgão feminino.
Devido a sua grande diversidade de características os fungos desempenham um papel muito importante ,são ,responsáveis em grande parte pela decomposição das substâncias orgânicas e como tal, nos afetam de modo direto, pela destruição dos alimentos, tecidos, couro e outros artigos de consumo manufaturados com materiais sujeitos a seus ataques. Causam muitas doenças em plantas e animais. Além disso constituem a base de uma quantidade de processos industriais de fermentação, tais como a elaboração do pão, vinho, cerveja, a fermentação da semente de cacau e a preparação de certos queijos; são empregados na produção de muitos ácidos orgânicos e de algumas preparações vitamínicas, e são responsáveis pela manufatura de certas drogas antibióticas entre as quais se destaca a penicilina. Os fungos são tão prejudiciais como benéficos à agricultura. Por um lado prejudicam a colheita, ocasionando perdas de milhões de dólares devido a doenças que produzem nas plantações, e por outro aumentam a fertilidade do solo, através do processo de decomposição de matéria orgânica, que irão liberar nutrientes no solo, que serão aproveitados pelas plantas. Por último não podemos deixar de mencionar a utilidade dos fungos como alimento.
Não só micologistas se preocupam em estudar os fungos, também os citologistas, os geneticisgitas e os bioquímicos sabem que podem ser importantes indivíduos de investigação no estudo dos processos biológicos fundamentais. Dada a rapidez com que alguns grupos crescem e se reproduzem, se requer pouco tempo para um número determinado de gerações, isso os torna um precioso objeto de estudo.
Para um estudo mais completo é necessário saber classificar esses fungos. Baseado principalmente na característica da origem sexuada e assexuada dos poros, os fungos são agrupados nas seguintes classes: Ficomicetos, .Ascomiceto, Basidiomicetos, Fungos Imperfeitos.
CARACTERIZAÇÃO DOS COGUMELOS Lentinula edodes (Shiitake), Agaricus blazei (Cogumelo do sol).
O cogumelo Lentinula edodes (FIG 1), ou shiitake, como é conhecido popularmente, vem sendo cultivado há aproximadamente 2000 anos, primeiramente na China e depois no Japão. Atualmente vários países principalmente do hemisfério norte já produzem em escala comercial.
O shiitake é um produto muito saboroso e combina com pratos de culinária japonesa chinesa e ocidental. Também é integralmente natural, pois seu cultivo dispensa uso de adubos, defensivos (agrotóxicos) , necessitando apenas de água limpa e madeira (toletes de eucalipto) para seu cultivo, atribuindo qualidades incomparáveis em relação á maioria dos produtos agrícolas.
No Japão e na China, o Shiitake é conhecido como alimento da longevidade. Recentes pesquisas científicas têm comprovado o alto poder nutritivo deste cogumelo o qual é rico em proteínas da mais alta qualidade, fibras dietéticas, vitaminas e sais minerais, além é claro, de sua atuação farmacêutica como regulador da hipertensão\colesterol (possui baixíssima quantidade de gorduras), possui propriedades preventivas contra gripes e até de processos cancerígenos.
O fungo Agaricus blazei faz parte do grupo dos basidiomicetos (Agaricus). Trata-se de um cogumelo saprófita que se desenvolve muito bem em clima quente e úmido. Atualmente, sua utilização principal é como um poderoso complemento alimentar coadjuvante na prevenção e tratamento de casos de câncer e diabetes, além de diversas doenças da terceira idade, pois, além da elevada concentração de Beta glucanas, apresenta em sua composição 06 componentes de elevada eficiência no organismo humano.
Os estudos com o Agaricus blazei (FIG 2) iniciaram-se em 1965, ocasião em que amostras desse cogumelo foram enviadas do Brasil para o Japão por um sitiante da região de Piedade/SP, desenvolvendo-se a partir daí seu cultivo artificial e adaptação ao solo e ao clima do páis.
A partir de então, o Prof. Dr. Junya Ohkubo, pesquisador farmacêutico e Bioquímico, juntamente com sua equipe, iniciou trabalhos na área de aplicação e desenvolvimento da linhagem hoje conhecida como Agaricus blazei, que possui, comprovadamente, princípios ativos segundo o Yakugaku Zasshi . Essas substâncias agem, teoricamente, ora aumentando o poder imunológico do organismo, ora inibindo a reprodução de células mutantes (cancerígenas).
O Professor Junya Okubo, juntamente com sua equipe, isolaram, além das beta-glucanas, outros importantes componentes presentes no Agaricus blazei, e passaram então a desenvolver variados testes em diversas linhas de pesquisa sobre as influências desses princípios ativos, nas deficiências apresentadas pelo metabolismo humano, em algumas situações.
Os principais estudos apresentados sobre esse cogumelo datam de 1980. Obviamente as pesquisas tiveram um grande avanço a partir daí, e hoje, um dos mais importantes estudos está sendo conduzido pelo prof. Junya Ohkubo, em Los Angeles/Califórnia, onde cerca de 5.000 mexicanos portadores do vírus da AIDS, estão tendo acompanhamento médico, utilizando-se do Agaricus blazei como auxiliar no tratamento dessa enfermidade, juntamente com outras drogas utilizadas pela medicina convencional.
Tem-se também notícia de estudos preconizados por outros pesquisadores como é o caso do estudo realizado pelo Dr. M. Ghoneum - Chefe da Divisão de Pesquisa da
awww.dbi.uem.br_FUNGO_FIG1.JPG
FIGURA 1: Lentinula edodes (Cogumelo Shiitake)
awww.dbi.uem.br_FUNGO_FIG2.JPG
FIGURA 2: Agaricus blazei ( Cogumelo do sol)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A terminologia cogumelo é uma denominação genérica dadas aos corpos frutíferos de algumas espécies de fungos (nem todos os fungos produzem este tipo de frutificação).
Desde a antigüidade, principalmente no Oriente, a utilização de cogumelos para prevenção, tratamento e cura de diversos tipos de doenças é bastante difundida entre a população. Atualmente são mais de 30 espécies estudadas e catalogadas como "cogumelos com propriedades terapêuticas.
Até bem pouco tempo atrás, os fungos (cogumelos), eram pouco conhecidos pelos Brasileiros. Apesar do consumo ser baixo em comparação aos outros países da América do norte, Europa e Ásia esse consumo vem aumentando significativamente, principalmente nas regiões mais desenvolvidas como Rio de Janeiro, São Paulo e os Estados do Sul..
Esse aumento de consumo caracteriza-se, também, pela diversificação, ou seja, o tradicionalmente conhecido cogumelo "champignon" tem disputado a preferência com outros cogumelos, como o Shimeji, Hiratake e principalmente o shiitake. Atualmente, o cultivo racional do Shiitake já é possível no Brasil graças ao desenvolvimento de técnicas e variedades adaptas ao nosso clima, tendo como substrato principal para o cultivo toletes de eucalipto. Esse cultivo natural em toletes de eucalipto tem um custo relativamente pequeno no que se refere à mão-de-obra e infra-estrutura (para 2000 toletes são suficientes 70 metros quadrados de viveiro ou sombra sob árvores).
A produtividade média no Brasil é da ordem de 10% do peso do tolete no momento da semeadura em Shiitake fresco, podendo ser bem maior em função dos cuidados dispensados na cultura. Para se ter uma idéia da viabilidade econômica do negócio, considere que um tolete nas dimensões acima possui um peso que gira em torno de 18kg que por sua vez propiciará uma colheita de aproximadamente 1,8kg de Shiitake fresco por toletes. Os custo de produção podem variar de função da estrutura que já se dispõe na propriedade energia elétrica, mão de obra, equipamentos, água, madeira e etc. em nível de cálculo, os custos variam entre R$1,80 á R$2,50 por toletes.
Com relação ao consumo, o eixo São Paulo –Rio é o maior consumidor do produto, pois uma posição estratégica em relação às outras regiões com potencial turístico. Em termos de atividade econômica rural, o cultivo do Shiitake assume um papel importante, pois valoriza os recursos naturais (água, topografia, solo e clima), valoriza áreas de cultura florestais como o eucalipto, otimiza, incentiva e aprimora a mão-de-obra familiar.
Em termos de atividade rural, o shiitake assume um papel importante, pois valoriza os recursos naturais como água, topografia, solo e clima e valoriza áreas florestais. Desde que os primeiros resultados de pesquisas sobre os benefícios da utilização do cogumelo shiitake na saúde humana e pelo seu delicioso sabor, o Shiitake vem disputando mercado com o tradicional champignon, isso se deve também a grande utilização de produtos químicos no preparo do champignon.
Os principais centros consumidores são as grande cidades. Geralmente são lugares onde a cultura do consumo foi mais divulgado, mas isso não significa que se a produção seja inviável no interior.
A grande vantagem é que é possível ter o domínio sobre a frutificação (nascimento) do shiitake, possibilitando um maior controle sobre a atividade evitando perdas/prejuízos.
Geralmente pode-se vender a produção para restaurantes, pizzarias, supermercados, lojas especializadas e direto ao consumidor.
Agaricus blazei (cogumelo do sol) é um cogumelo bastante utilizado na prevenção e tratamento de várias enfermidades como, por exemplo, câncer, diabetes, hipertensão, alergias, bronquite e outras. Devido ao seu alto valor comercial e baixo custo de implantação, suas técnicas de cultivo vem despertando grande interesse por parte de muitos produtores, que vêem nessa atividade uma alternativa de agregar valores ou desenvolver a propriedade. Quase 90% do seu escoamento é direcionado ao mercado externo, isto é, Japão, EUA, Canadá, Alemanha e outros.
Há muito tempo a medicina vem utilizando as substâncias produzidas pelos fungos. Um exemplo comum é o antibiótico (penicilina, terramicina e etc.).
O Agaricus blazei, faz parte de um seleto grupo de cogumelos e, têm chamado atenção dos cientistas da área médica devido aos resultados obtidos na sua aplicação em diversas enfermidades, resultados estes atribuídos às qualidades e concentrações extraordinárias de seu princípio-ativo. Foram selecionadas e testadas também cepas diferentes deste cogumelo que originaram algumas variantes como o Agaricus blazei Murril, Agaricus silvaticus Shaffer e o Agaricus Jun17, cada qual com características particulares de produtividade e poder terapêutico.
As funções básicas dos principais princípios ativos do Agaricus blazei estão relacionadas aos tecidos celulares, principalmente aos do sistema imunológico. Relatórios de pesquisas apresentados em congressos sobre o câncer, por parte de faculdades de medicina e farmacêuticas de renomadas Universidades, dão conta de que o Agaricus blazei possui soberba eficácia na ativação de células macrófagas - uma espécie de linfócito que compõe a primeira linha de defesa do organismo humano contra ataques de microorganismos e corpos estranhos, como, por exemplo, substâncias químicas prejudiciais e que devora esses microorganismos e substâncias.
Assim, o consumo do complemento alimentar Agaricus blazei é eficaz para ativar os macrófagos e células do corpo, além de prevenir ou melhorar diversas doenças humanas. À medida que uma pessoa envelhece, o funcionamento do sistema imunológico vai se enfraquecendo, tornando-a mais suscetível a doenças contagiosas decorrentes da invasão de inimigos externos, ou piorando a limpeza do organismo, de maneira que a incidência de câncer e doenças geriátricas aumenta com o passar do tempo. Além disso, o declínio do metabolismo manifesta-se na forma de enfraquecimento dos órgãos e envelhecimento da pele.
O cogumelo Agaricus blazei possui mais que o dobro das vitaminas, aminoácidos e sais minerais que a média dos cogumelos comestíveis. Diversos são os trabalhos que foram e estão sendo conduzidos por vários pesquisadores para testar os efeitos da utilização do Agaricus blazei para diversos fins, inclusive como coadjuvante no tratamento e outras.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos concluir que as duas espécies de cogumelos relatadas nesse trabalho são viáveis economicamente, devido a sua facilidade de produção com baixo custo e principalmente sem a utilização de agrotóxicos. Além disso é interessante o cultivo dessas espécies devido ao seu alto valor nutritivo e grande poder terapeutico.
BIBLIOGRAFIA
BOLD, H.C., ALEXOPOULOS, C.J.Morfologia de las plantas y los hongos, 15ed, Ediciones Omega S.A, Barcelona, 1989.
HOEHNE, F.C. Plantas e substâncias vegetais tóxicas e medicinais. São Paulo: Departamento de Botânica do Estado, Novos Horizontes Editora, 1978. 355 p.
OLIVEIRA, E.C. 1996. Introdução à biologia vegetal. São Paulo:USP.
RAVEN, P.H.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. 2001. Biologia Vegetal. 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
.
awww.dbi.uem.br_FUNGO.jpgawww.dbi.uem.br_FUNGO_FIG1.JPGawww.dbi.uem.br_FUNGO_FIG2.JPG
 
Última edição por um moderador:
Back
Top