- 10/03/2009
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Estava tudo certo: eu e meus amigos conseguimos reunir 34 cubensis em nossa caçada. Essa seria a segunda experiênica com cogumelos para mim e para mais dois de meus amigos, e a primeira para os outros dois.
Nos reunimos debaixo de um pinus com uma canga esticada sobre a grama para comermos os cogumelos com doce de leite para desbaratinar um pouco o gosto. Eu comi cinco cogumelos consideralvemente grandes.
Depois disso fomos andando até uma cascata e tiramos nossa trip lá mesmo: rindo de tudo, mergulhando no rio, alucinando com o sol e a água em nossas caras e tocando violão junto à Mãe Natureza.
Num certo momento da trip, ficamos deitados tomando sol numa pedra bem alta e todos estávamos notando e comentando que havia algo nos incomodando, mas não sabiamos o que era. Depois de uma meia hora (creio que foi esse o tempo), levamos conta de que estava quase anoitecendo e a caminhada para voltar ao camping era longa e cansativa no meio do mato alto. Estámos malucos e sem luz. Decidimos então caminhar de volta para o camping.
No caminho - que já estava quase 100 % escuro - eu via umas coisas rosas que tinham mais ou menos o tamanho de uma bola de futebol, e sua textura ficava se mexendo o tempo todo (psicodelia mesmo). E via várias dessas coisas. Até que, num certo instante, por acidente, pisei numa dessas coisas estranhas e senti que elas eram tão macias e confortáveis, dava uma sensação boa no pé. Então saí pulando em cima de todas essas coisas que eu podia ver.
Chegando lá eu já comecei a me sentir meio estranho e desconfortável, meio sujo, entrei na barraca e deitei, enquanto todos os meus amigos estavam lá fora admirando as estrelas.
Passado certo tempo, um celular começa a tocar, era o celular do Kindaman. Ele atendeu e era a mãe dele, aí ele não sabia o que falar e disse assim para a mã dele: "mãe, a bateria tá acabando, o celular tá fora de área, acho que vai sair denovo", então ele desligou o celular na cara dela e nos disse: "tô maluco". Meio milésimo de segundo depois a mãe dele liga denovo para perguntar que dia nós voltaríamos (essa noite era sábado), então ele falou (e isso era quase 8h da noite): "péra mãe, que dia é hoje?" aí ela respondeu que era sábado, então ele disse: "aah, susse, então agente volta hoje ainda!" hahahahahaha (tudo estava engraçado e foda ao mesmo tempo) aí eu falei para ele que voltaríamos domingo no fim da tarde, mas ele falou para a mãe dele que agente ia voltar domingo cedinho. Nisso, o Iago, outro amigo, disse assim para o Kindaman: "fala assim para tua mãe: depois eu ligo", então ele disse para a mãe dele: "mãe, mãe, o Iago te liga!" haouihaoiuahaoiuhaoiuahaoiu
Depois disso ele desligou o celular e tacou para dentro da barraca, entrou e deitou. E eu ainda tinha aquele sentimento de desconforto e imundice.
Nisso, eu comecei a me sentir muito mal, pensando que eu ficaria desse jeito para sempre, alucinado e sujo. Saí da barraca e fui até o banheiro e fiquei me encarando no espelho para ver quando a trip ia passar, meu meio de medir a trip era assim: eu me encarava no espelho e se o ambiente começava a crescer atrás de mim era sinal de que eu estava muito maluco, e essa sensação de aumentar o ambiente me fazia pensar que eu era uma vida muito insignificante e suja no meio de um universo de tamanho inimaginável e isso só elevava ainda mais o nível da minha brad. Então eu ficava de cinco em cinco segundos voltando minha cara ao espelho para ver se passava minha bad, mas não passava.
Então os meu amigos perceberam que eu não estava junto a eles e eles foram ao banheiro tentar me achar e acharam. Quando eles chegaram eu estava sentado na pia e eu disse a eles: "acho qeu vou vomitar", mas não vomitei, em momento algum. Nessa hora eles ficaram meio de cara e todos nós ficamos sentados, ou em cima da pia, eu sentado no chão, eu sentado na privada, ou sentado no chão do box, sem dizer uma palavra. Ficamos algum tempo assim. Então, numa hora, eu comecei a andar pelo banheiro inteiro falando: "eu quero voltar à realidade, quero cair na real, não aguento mais, quero voltar para casa, realidade, realidade" e fiquei nesse pensamento de estar "desligado do mundo" e de ser só mais um, e ainda me sentindo sujo, frustrante mesmo.
Depois disso, saímos do banheiro, meus amigos voltaram à olhar as estrelas e eu voltei para barraca. Lá dentro eu me lembrei de que aquelas coisas rosas que eu vinha pisando todo o caminho era cocô, bosta e merda. De cavalo. E fiquei deitado na barraca mais uma meia hora (suponho) muito deprimido pensando que eu precisava de um banho, mas não conseguia ir. Num ato repentino e ágil, joguei minhas roupas e minha toalha para fora da barraca, saí correndo - literalmente - para o chuveiro e tomei o melhor banho da minha vida, mesmo que de água fria no inverno.
Quando saí do banho, ainda estava muito sob o efeito dos mágico, mas saí com um sorriso de ponta à ponta, juntei meus amigos, fomos até um gramadão e fumamos uma bomba de raxa.
Antes eu era desleixado com as minhas coisas e com tudo que eu fazia.
Nessa experiêcia eu aprendi que tudo tem uma manha para sair do jeito que não me deixa desconfortável. Seja o jeito que se passa a margarina no pão, ou como se dá um nó no sapato, ou até mesmo a organização de sua casa.
Hoje, minhas coisas são muito, mas muito mais organizadas e tudo o que eu faço aogra é com uma manha, o que me faz sentir extramamente bem, até meu relacionamento com as pessoas mudou, mesmo aquelas que rolava um certo desentedimento, hoje não rola mais.
E continuo me sentindo bem até hoje, e essa experiência foi há três meses atrás, tenho certeza que isso vai continuar por mais um longo, longo tempo!
Bjoss, galera!
Nos reunimos debaixo de um pinus com uma canga esticada sobre a grama para comermos os cogumelos com doce de leite para desbaratinar um pouco o gosto. Eu comi cinco cogumelos consideralvemente grandes.
Depois disso fomos andando até uma cascata e tiramos nossa trip lá mesmo: rindo de tudo, mergulhando no rio, alucinando com o sol e a água em nossas caras e tocando violão junto à Mãe Natureza.
Num certo momento da trip, ficamos deitados tomando sol numa pedra bem alta e todos estávamos notando e comentando que havia algo nos incomodando, mas não sabiamos o que era. Depois de uma meia hora (creio que foi esse o tempo), levamos conta de que estava quase anoitecendo e a caminhada para voltar ao camping era longa e cansativa no meio do mato alto. Estámos malucos e sem luz. Decidimos então caminhar de volta para o camping.
No caminho - que já estava quase 100 % escuro - eu via umas coisas rosas que tinham mais ou menos o tamanho de uma bola de futebol, e sua textura ficava se mexendo o tempo todo (psicodelia mesmo). E via várias dessas coisas. Até que, num certo instante, por acidente, pisei numa dessas coisas estranhas e senti que elas eram tão macias e confortáveis, dava uma sensação boa no pé. Então saí pulando em cima de todas essas coisas que eu podia ver.
Chegando lá eu já comecei a me sentir meio estranho e desconfortável, meio sujo, entrei na barraca e deitei, enquanto todos os meus amigos estavam lá fora admirando as estrelas.
Passado certo tempo, um celular começa a tocar, era o celular do Kindaman. Ele atendeu e era a mãe dele, aí ele não sabia o que falar e disse assim para a mã dele: "mãe, a bateria tá acabando, o celular tá fora de área, acho que vai sair denovo", então ele desligou o celular na cara dela e nos disse: "tô maluco". Meio milésimo de segundo depois a mãe dele liga denovo para perguntar que dia nós voltaríamos (essa noite era sábado), então ele falou (e isso era quase 8h da noite): "péra mãe, que dia é hoje?" aí ela respondeu que era sábado, então ele disse: "aah, susse, então agente volta hoje ainda!" hahahahahaha (tudo estava engraçado e foda ao mesmo tempo) aí eu falei para ele que voltaríamos domingo no fim da tarde, mas ele falou para a mãe dele que agente ia voltar domingo cedinho. Nisso, o Iago, outro amigo, disse assim para o Kindaman: "fala assim para tua mãe: depois eu ligo", então ele disse para a mãe dele: "mãe, mãe, o Iago te liga!" haouihaoiuahaoiuhaoiuahaoiu
Depois disso ele desligou o celular e tacou para dentro da barraca, entrou e deitou. E eu ainda tinha aquele sentimento de desconforto e imundice.
Nisso, eu comecei a me sentir muito mal, pensando que eu ficaria desse jeito para sempre, alucinado e sujo. Saí da barraca e fui até o banheiro e fiquei me encarando no espelho para ver quando a trip ia passar, meu meio de medir a trip era assim: eu me encarava no espelho e se o ambiente começava a crescer atrás de mim era sinal de que eu estava muito maluco, e essa sensação de aumentar o ambiente me fazia pensar que eu era uma vida muito insignificante e suja no meio de um universo de tamanho inimaginável e isso só elevava ainda mais o nível da minha brad. Então eu ficava de cinco em cinco segundos voltando minha cara ao espelho para ver se passava minha bad, mas não passava.
Então os meu amigos perceberam que eu não estava junto a eles e eles foram ao banheiro tentar me achar e acharam. Quando eles chegaram eu estava sentado na pia e eu disse a eles: "acho qeu vou vomitar", mas não vomitei, em momento algum. Nessa hora eles ficaram meio de cara e todos nós ficamos sentados, ou em cima da pia, eu sentado no chão, eu sentado na privada, ou sentado no chão do box, sem dizer uma palavra. Ficamos algum tempo assim. Então, numa hora, eu comecei a andar pelo banheiro inteiro falando: "eu quero voltar à realidade, quero cair na real, não aguento mais, quero voltar para casa, realidade, realidade" e fiquei nesse pensamento de estar "desligado do mundo" e de ser só mais um, e ainda me sentindo sujo, frustrante mesmo.
Depois disso, saímos do banheiro, meus amigos voltaram à olhar as estrelas e eu voltei para barraca. Lá dentro eu me lembrei de que aquelas coisas rosas que eu vinha pisando todo o caminho era cocô, bosta e merda. De cavalo. E fiquei deitado na barraca mais uma meia hora (suponho) muito deprimido pensando que eu precisava de um banho, mas não conseguia ir. Num ato repentino e ágil, joguei minhas roupas e minha toalha para fora da barraca, saí correndo - literalmente - para o chuveiro e tomei o melhor banho da minha vida, mesmo que de água fria no inverno.
Quando saí do banho, ainda estava muito sob o efeito dos mágico, mas saí com um sorriso de ponta à ponta, juntei meus amigos, fomos até um gramadão e fumamos uma bomba de raxa.
Antes eu era desleixado com as minhas coisas e com tudo que eu fazia.
Nessa experiêcia eu aprendi que tudo tem uma manha para sair do jeito que não me deixa desconfortável. Seja o jeito que se passa a margarina no pão, ou como se dá um nó no sapato, ou até mesmo a organização de sua casa.
Hoje, minhas coisas são muito, mas muito mais organizadas e tudo o que eu faço aogra é com uma manha, o que me faz sentir extramamente bem, até meu relacionamento com as pessoas mudou, mesmo aquelas que rolava um certo desentedimento, hoje não rola mais.
E continuo me sentindo bem até hoje, e essa experiência foi há três meses atrás, tenho certeza que isso vai continuar por mais um longo, longo tempo!
Bjoss, galera!
