- 14/01/2008
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Isso aconteceu a uns 2 anos. Eu havia tomado chá de cogumelos por três vezes e tive aulas proveitosas sobre a vida, nas vezes seguintes que fui ao pasto caçar uns cogumelos eu tive idéia de congelados no frízer para guardar, assim teria disponível quando houvesse necessidade, mas após a ingestão do chá não acontecia nada, claro, eu não sabia que o ato de congelar o cogumelo faz com que ele perca o principio ativo.
Numa ocasião que fui ao pasto eu enchi uma sacola de cubensis, “revoltado” pela falta de efeito nas viagens anteriores enchi um caneco lotado de cogumelos, tinha mais de 30 eu acho, fiz o chá, conversando com minha mãe, minha mente estava agitada, tinha tido almoço em família, tomei ali mesmo, vários copos quentes do chá em natura mesmo, só espremi uma laranja pra melhorar o gosto e o sabor.
Saí de casa e fui para um lindo parque que existe a 15 minutos de caminhada da minha casa, no caminho já fui sentido a alteração da consciência, vontade de ficar isolado etc.
Sentei na beira da lagoa, em volta tem uma pista para caminhada e corrida. Viajei pra dentro da psique da minha tia, e enxerguei tudo o que ela pensava na intimidade uma pessoa me dizia que não era correto a gente caçoar dela por traz, embora ela tenha muito dinheiro ela também enfrenta problemas de ordem emocional e eu podia enxergar os pensamentos mais íntimos dela de medo em relação a vida. A viagem seguiu interessante eu sentia e via meus neurônios trabalharem, um fio entrava na minha cabeça e fazia uma cirurgia sem dor para consertar minha psique. Até ai tudo ótimo, até que as 18:00h de repente a noite chegou, a chuva ficou mais forte e a temperatura caiu bruscamente, eu estava apenas de camiseta e shorts, tremia muito de frio, minha pupila pulsava rápido, tinha medo de tudo e de todos, medo de existir, medo que alguém me visse naquele estado deplorável, não conseguia concluir meus pensamentos, não conseguia pensar, isso é a coisa mais assustadora que pode me acontecer, não conseguir pensar. Tinha que voltar pra casa subi a avenida os faróis e o barulho dos carros me enlouqueciam mais ainda, tinha dificuldade de atravessar a rua pois não conseguia calcular a distancia dos carros. A muito custo consegui chegar em casa, sorte que minha mãe não estava, não queria ver ninguém, não queira que ninguém me viesse falar comigo, eu não iria ser capaz de responder nenhuma pergunta, cheguei no meu quarto entrei em pânico total, tinha a certeza clara da morte eminente, aquele era meu ultimo dia na face da terra, as vezes acreditada que iria ficar louco pra sempre, me internariam num hospício. A roupa do corpo me incomodava, fiquei pelado, saía e voltava pro quarto, fechava a porta e abria, tudo me incomodava, existir me incomodava, minha consciência estava por um fio, iria ficar louco, lesado pra sempre, maldito cogumelos. Tive a idéia de tomar água, fui tomado na pia do banheiro com a mão, bebia muito, e deitava na cama, e aquilo não passa, olhei meus olhos no espelho meu rosto deformou, as pupilas pulsavam no globo ocular, pareciam querer saltar pra fora, meu medo era alguém me visse naquele estado, que vergonha, se alguém viesse falar comigo, tentar me socorrer aí acho que morreria mesmo, não queria ver ninguém. Deitava na cama tendo pensamentos horríveis de morte eminente e incapacidade e amar ou gostar de alguém, eu não conseguia mais sentir amor por alguém, me sentia vazio e desgraçado por dentro. Eu queria uma luz no fim do túnel, só uma luz, um buraquinho de prego na parede me incomodava não conseguia olhar os objetos no meu quarto, minha psique estava sem filtro, tudo entrava na cabeço em filtragem nenhuma e me enlouquecia. Fiquei deitado, levantava, tomava água, e mais água, voltava a deitar, depois mais e mais água, a pupila foi pulsando mais lentamente, não sei bem quanto tempo exato, mas a agonia no meu quarto deve ter durado 1(uma) hora, parecia a eternidade. As poucos minha pupila fui pulsando mais lentamente até que aos poucos ficou grande e estacionada, a overdose de psilocibina foi perdendo efeito. Recuperei minha capacidade de raciocinar as 23:00h da noite, na cozinha.encontrei com meu cunhado, trocamos umas palavras, era domingo e no dia seguinte fui trabalhar normal, mas arrependido do que fiz, estava com meu estado psicológico abalado, sensibilizado, mas com uma leve sensação de vitoria de ter tomado um chá com a morte e saído com vida.
Por fim eu não culpo os cogumelos, a culpa foi toda minha, fiz tudo errado, local, horário, clima, mente agitada, quantidade exagerada de cubencis etc.
Para que a “aula” seja proveitosa tem que se preparar e estar com a mente tranqüila, num local iluminado, fazer uma higiene mental antes perdoando as pessoas que temos mágoa, tomar no máximo 3 e principalmente, fazer tudo com respeito aos cogumelos.
Desejo que essa minha historia sirva de ajuda pra muita gente. Faça com responsabilidade e terá uma ótima aula de vida, ok?!
Muita paz e amor no coração de todos e que
Deus proteja a todos,
Numa ocasião que fui ao pasto eu enchi uma sacola de cubensis, “revoltado” pela falta de efeito nas viagens anteriores enchi um caneco lotado de cogumelos, tinha mais de 30 eu acho, fiz o chá, conversando com minha mãe, minha mente estava agitada, tinha tido almoço em família, tomei ali mesmo, vários copos quentes do chá em natura mesmo, só espremi uma laranja pra melhorar o gosto e o sabor.
Saí de casa e fui para um lindo parque que existe a 15 minutos de caminhada da minha casa, no caminho já fui sentido a alteração da consciência, vontade de ficar isolado etc.
Sentei na beira da lagoa, em volta tem uma pista para caminhada e corrida. Viajei pra dentro da psique da minha tia, e enxerguei tudo o que ela pensava na intimidade uma pessoa me dizia que não era correto a gente caçoar dela por traz, embora ela tenha muito dinheiro ela também enfrenta problemas de ordem emocional e eu podia enxergar os pensamentos mais íntimos dela de medo em relação a vida. A viagem seguiu interessante eu sentia e via meus neurônios trabalharem, um fio entrava na minha cabeça e fazia uma cirurgia sem dor para consertar minha psique. Até ai tudo ótimo, até que as 18:00h de repente a noite chegou, a chuva ficou mais forte e a temperatura caiu bruscamente, eu estava apenas de camiseta e shorts, tremia muito de frio, minha pupila pulsava rápido, tinha medo de tudo e de todos, medo de existir, medo que alguém me visse naquele estado deplorável, não conseguia concluir meus pensamentos, não conseguia pensar, isso é a coisa mais assustadora que pode me acontecer, não conseguir pensar. Tinha que voltar pra casa subi a avenida os faróis e o barulho dos carros me enlouqueciam mais ainda, tinha dificuldade de atravessar a rua pois não conseguia calcular a distancia dos carros. A muito custo consegui chegar em casa, sorte que minha mãe não estava, não queria ver ninguém, não queira que ninguém me viesse falar comigo, eu não iria ser capaz de responder nenhuma pergunta, cheguei no meu quarto entrei em pânico total, tinha a certeza clara da morte eminente, aquele era meu ultimo dia na face da terra, as vezes acreditada que iria ficar louco pra sempre, me internariam num hospício. A roupa do corpo me incomodava, fiquei pelado, saía e voltava pro quarto, fechava a porta e abria, tudo me incomodava, existir me incomodava, minha consciência estava por um fio, iria ficar louco, lesado pra sempre, maldito cogumelos. Tive a idéia de tomar água, fui tomado na pia do banheiro com a mão, bebia muito, e deitava na cama, e aquilo não passa, olhei meus olhos no espelho meu rosto deformou, as pupilas pulsavam no globo ocular, pareciam querer saltar pra fora, meu medo era alguém me visse naquele estado, que vergonha, se alguém viesse falar comigo, tentar me socorrer aí acho que morreria mesmo, não queria ver ninguém. Deitava na cama tendo pensamentos horríveis de morte eminente e incapacidade e amar ou gostar de alguém, eu não conseguia mais sentir amor por alguém, me sentia vazio e desgraçado por dentro. Eu queria uma luz no fim do túnel, só uma luz, um buraquinho de prego na parede me incomodava não conseguia olhar os objetos no meu quarto, minha psique estava sem filtro, tudo entrava na cabeço em filtragem nenhuma e me enlouquecia. Fiquei deitado, levantava, tomava água, e mais água, voltava a deitar, depois mais e mais água, a pupila foi pulsando mais lentamente, não sei bem quanto tempo exato, mas a agonia no meu quarto deve ter durado 1(uma) hora, parecia a eternidade. As poucos minha pupila fui pulsando mais lentamente até que aos poucos ficou grande e estacionada, a overdose de psilocibina foi perdendo efeito. Recuperei minha capacidade de raciocinar as 23:00h da noite, na cozinha.encontrei com meu cunhado, trocamos umas palavras, era domingo e no dia seguinte fui trabalhar normal, mas arrependido do que fiz, estava com meu estado psicológico abalado, sensibilizado, mas com uma leve sensação de vitoria de ter tomado um chá com a morte e saído com vida.
Por fim eu não culpo os cogumelos, a culpa foi toda minha, fiz tudo errado, local, horário, clima, mente agitada, quantidade exagerada de cubencis etc.
Para que a “aula” seja proveitosa tem que se preparar e estar com a mente tranqüila, num local iluminado, fazer uma higiene mental antes perdoando as pessoas que temos mágoa, tomar no máximo 3 e principalmente, fazer tudo com respeito aos cogumelos.
Desejo que essa minha historia sirva de ajuda pra muita gente. Faça com responsabilidade e terá uma ótima aula de vida, ok?!
Muita paz e amor no coração de todos e que
Deus proteja a todos,