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as origens do nome "Brasil"

tupy

★ vento sul ☆
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29/05/2006
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Terra de Deus
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De início pelo que a maioria conhece, aquilo que é empurrado goela abaixo no ensino fundamental:
Na época colonial, cronistas da importância de João de Barros, Frei Vicente do Salvador e Pero de Magalhães Gandavo apresentaram explicações concordantes acerca origem do nome "Brasil". De acordo com eles, o nome "Brasil" deriva de "pau-brasil", a designação de um tipo de madeira empregada na tinturaria de tecidos.

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Fato 01: Os fenícios.

O escritor grego chamado Diodoro (Silícia) que publicou uma coleção de 45 livros sobre a história universal, descreve nos capítulos 19 e 20 do 5º. livro, a primeira viagem dos fenícios ao Brasil; segundo ele; saíram da costa da África, próximo a Dacar, uma frota fenícia que atravessou a costa do oceano atlantico no rumo do sudoeste. Assim conta Diodoro a viagem dos fenícios: "Os navios andavam para o sul, ao longo da costa da África, mas subitamente, perderam a vista do continente e uma violenta tempestade levou-os ao alto mar, ali perseguindo as mesmas correntezas, descobriram eles uma grande ilha, com belas praias, com rios navegáveis, com muitas serras no interior, cobertas com imensas florestas, com um clima ameno, abundante em frutas, caça e peixe, com uma população pacífica e inteligente".

Muito tempo após o que foi relatado acima, um rei fenício chamado Badezir, aportou em terras brasileiras, ele foi deposto do seu reino e expulso da fenícia, com dois de seus filhos, além de escravos, militares e outros. O rei Badezir estabeleceu seu reino aqui e dividiu o Brasil em duas partes: da região que hoje compreende do Amazonas a Bahia para Badezir "representando a parte material", da Bahia ao Rio Grande do Sul para Yet-Baal, representando a "parte espiritual" (...).
Uma lenda árabe, citada por Gustavo Barroso, fala que na entrada de uma baía num continente do sul, havia uma grande mole de pedra chamada MANO SATANAS, que o Prof. Henrique José de Souza identificou como sendo o famoso morro do Pão de Açúcar.
O professor Henrique J. de Souza descreve num relato, desconhecido para o vulgo que no interior da Pedra da Gávea: "duas múmias, colocadas uma junto a outra sobre uma mesa de pedra; nos pés também se acham duas outras, dos dois escravos núbios.

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O nome "Brasil" seria daí derivado de Badezir.

Em 1982 um arqueólogo americano chamado Robert Frank Marx, que se interessava em encontrar provas de navegação pré-colombiana dentro do Brasil, iniciou uma série de mergulhos na baía da Guanabara, e encontrou 3 vasos de ceramica de origem fenícia.

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A algumas inscrições fenícias na pedra da Gávea, transcritas no livro de Bernardo Ramos.
"TYRO PHENICIA, JETHBAAL" - Primogenito de Badezir".

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Notem a montanha, mostra-se o formato de uma esfinge "que fora esculpida pelos fenícios" retrata um touro alado e coroado.

Tem-se moedas fenícias em museus, onde se pode ver claramente a impressão de um globo terrestre.

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(não encontrei a referida moeda)

No Piauí, foram encontrados em um lago estaleiros e um porto fenício.
No Maranhão, na década de 20 no lago Pensiva, foram encontrados artefatos fenícios.
Em Minas Gerais o frances Apollinaire Frot encontrou inscrições fenícias.
No Nordeste tem-se a "Galinha-Choca" na entrada de Fortaleza, um monumento em pedra que lembra em muito a arte fenícia.

Fato 02: O BARATZIL

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Após esses necessários esclarecimentos, devemos deixar claro que aqui em terras brasileiras tivemos o surgimento da augusta RAÇA VERMELHA. Muitos povos, como os egípcios, caldeus, persas e hindus, tiveram ciência desse acontecimento cósmico. A própria Sagrada Escritura hebraica, a denominada Bíblia, livro apontado de autoria de Moisés (Pentateuco), afirmava que o primeiro homem, ou seja, a primeira humanidade planetária, havia sido "feita de barro", o qual é, como todos sabem, de cor vermelha. Livros Sagrados de todos os povos, inclusive o Popol Vuh — Livro Sagrado dos povos de língua Quiché ou Quíchua, ou mesmo do Chilam Balam — atestam a Tradição da primeira humanidade terrestre ter sido da pura Raça Vermelha. Quando afirmamos "pura" Raça Vermelha, queremos dizer que não havia amalgamação ou miscigenação com nenhuma outra raça.
Assim, foi aqui no Brasil ou Baratzil que se iniciou o processo evolutivo da Raça Vermelha, cujas
primeiras sub-raças eram, em sua grande maioria, originárias do campo gravitacional kármico terrestre, ou seja, eram Seres Espirituais que, no Reino Natural, iniciaram seu processo evolutivo no planeta Terra; aqui iniciaram e aqui teriam que terminá-lo, antes de alcançar outros planos ou casas planetárias mais evoluídos.

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o som era Tzil e para representá-lo ou perpetuá-lo na memória, grafaram-no. A imagem pictográfica ou mesmo mnemônica era a de uma CRUZ, que por assimilação era Estrela, Luz, Divindade, etc. Além desses Seres da Raça Vermelha observarem os fenômenos cósmicos e meteorológicos, tinham os estrangeiros, sólidos conhecimentos e uma poderosa Cosmogonia, a qual logo foi aplicada aos demais irmãos planetários, ainda dentro da própria Raça Vermelha. Assim, além de revelarem a religião, ou seja, a aplicação das Leis Divinas, tornaram visíveis a todos, através dessa mesma religião, formas e meios de se ligarem à Divindade e Seus Prepostos. Também ensinaram um idioma, uma língua polissilábica, a qual foi denominada, fazendo inclusive parte do acervo dos arquivos e das tradições do mundo astral, como Abanheenga — A LÍNGUA DO HOMEM — A PRIMEIRA LÍNGUA DO HOMEM — de onde todos os demais idiomas de alguma forma derivaram ou sofreram fortes influências. Em sentido hierático, temo-la como LÍNGUA SAGRADA DAS ALMAS. Dissemos polissilábica, profundamente melodiosa e eufônica. Confundia-se a sua harmonia com a harmonia que se desejasse das coisas. Era, em verdade, a própria VOZ de todas as coisas, animadas ou inanimadas. Era grande o poder da palavra no Abanheenga; em verdade era o VERBO VIVO, o VERBO PURO SEM TEMPEROS, o VERBO MANIPULADOR, atributo extrínseco da Divindade ao homem, era o som sagrado, a primeira parte da comunicação entre os sentimentos e desejos das Almas; era a concretização da abstrata Idéia. Desse idioma que depois e até hoje é velado, se derivou o Nheengatu, a Língua Sagrada, a Língua Boa, no sentido de ainda conservar em seus fonemas ou sons principais e elementares as características do Abanheenga. Em bom momento afirmamos que a primeira Escrita, ou seja, a representação gráfica de idéias, fenômenos naturais, sons onomatopáicos, ou mesmo o desenho (pictografia), são representações dos sons provenientes da língua Abanheenga e depois Nheengatu. É nesses idiomas polissilábicos que encontraremos o significado exato do vocábulo BARATZIL, grafado posteriormente como BRASIL.

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No sentido profano do termo, temo-lo significando Terra das Estrelas; no sentido hierático, Terra da Luz; Guardiã da Cruz; Guardiã do Mistério da Cruz, ou Terra do Cruzeiro Divino. Analisando a composição, temos:
BARA — Terra; Guardiã; Alma Sagrada ou Iluminada.
TZIL — Luz; Cruz; Cruzeiro Divino; Divindade.
Adiante, veremos que do onomatopáico tzil surgiram os termos TUPÃ, TEMBETÁ, TAO, etc.
Assim, os demais termos que surgiram expressam os significados de ordem mnemônica, ideográfica e teogônica.

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Com certeza faz todo o sentido !! Não sei por que não ensinam isso na escola... :pos:
 
e cada historia louca,...que envolvem a origem do nome brazil e o descobrimento do brazil.....:rolleyes:
sera...
 
as origens do nome "Brasil"

Continuando...

"HI BRAZIL"​
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Existe uma ilha fantástica a oeste do mundo conhecido, onde tudo é abençoado, e nela os homens e animais podem viver em paz. Esta ilha figura nas lendas fenícias de 3.000 anos atrás com o nome de Braaz. Nas lendas Celtas, ela se chama Hy Brazil, e curiosamente tem o mesmo significado. Terra Abençoada. É dito que a palavra inglesa bless, que significa abeçoar, deriva da palavra celta bress, que por sua vez, veio o nome da ilha.

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Os monges irlandeses podem ter se aventurado muito pelas águas do Atlântico. talvez em busca desta antiga lenda celta, que dizia que o paraíso na terra se encontrava numa das ilhas afortunadas, a Ilha Brazil de São Brandão. Os comentários de William Blake e de James Joyce, em sua obra Finnegans Wake, propoem que a origem da lenda vem das viagens empreendidas pelos irlandeses quando estes fugiam dos vikingues, fatos descritos abaixo:

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Brasil aparece no item 3

Provas de que este nome já era conhecido existem muitas. Nos mapas que mostravam o oceano desconhecido, como o mapa do cartógrafo genoves Angel Dalorto, de 1325, que incluia a Insulla de Brazil, uma terra a oeste e ao sul da Irlanda; a partir de 1339, os planisférios dos cartógrafos Mediceu, Solleri, Pinneli e Branco também mostravam a oeste dos Açores a Ilha Brazil; no mapa de Bartolomeu Pareto de 1455, usado por Portugal, também constava a Insulla de Brazil (prova que já refuta o 'descobriram o Brasil por acidente') e; em 1482 o cartógrafo italiano de Ancoma, Gracioso Benincasa, desenha a Isola de Braçill.

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Mapa de 1502, roubado de Portugal pelo espião Alberto Cantino, já mostra desenho da costa brasileira de norte a sudeste




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A Viagem do descobrimento - Eduardo Bueno, ed. Objetiva
A Construção do Brasil - Joprge Couto, ed. Cosmos
Colombo, a Cabala e o Delírio, Luiz de Lancastre e Távora, Quetzal Editores, Lisboa, 1991.
O Vaticano deu o Brasil a Portugal - João Barcelos, Jornal Cotidiano, 1992, Cotia SP.
História de Portugal - José Matoso, ed. Circulo dos Leitores, Lisboa 1993
Segredos e Revelações da História do Brasil - Gustavo Barroso, Ed. Cruzeiro
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de acordo com a minha carga de conhescimento
o nome Brasil
vem por que antigamente
aqui havia muito pal brasil
que ganhou esse nome
por possuir cor avermelhada
como brasa

nao tenhu nada que posso citar agora
mas se vc fizer questao eu acho tupinambá
agora eu fiquei curioso
qual será o real sentido do nome da minha
sagrada terra onde nasci;)
 
de acordo com a minha carga de conhescimento
o nome Brasil
vem por que antigamente
aqui havia muito pal brasil
que ganhou esse nome
por possuir cor avermelhada
como brasa

Isso aí é enganação amigo :pos:
 
que texto magnifico! loco demais... abriu d+ minha cabeça!!
 
Eis o reino de Pindorama!!
 
E quem botou o nome no pau-brasil?
Para dar nome ao nosso pais.

Também acho que a história que nos contam na escola é farsa.
Aliás os portugueses que aqui vieram eram todos maçons.
 
as origens do nome "Brasil"

Continuando...

"HI BRAZIL"
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Existe uma ilha fantástica a oeste do mundo conhecido, onde tudo é abençoado, e nela os homens e animais podem viver em paz. Esta ilha figura nas lendas fenícias de 3.000 anos atrás com o nome de Braaz. Nas lendas Celtas, ela se chama Hy Brazil, e curiosamente tem o mesmo significado. Terra Abençoada. É dito que a palavra inglesa bless, que significa abeçoar, deriva da palavra celta bress, que por sua vez, veio o nome da ilha.

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Os monges irlandeses podem ter se aventurado muito pelas águas do Atlântico. talvez em busca desta antiga lenda celta, que dizia que o paraíso na terra se encontrava numa das ilhas afortunadas, a Ilha Brazil de São Brandão. Os comentários de William Blake e de James Joyce, em sua obra Finnegans Wake, propoem que a origem da lenda vem das viagens empreendidas pelos irlandeses quando estes fugiam dos vikingues, fatos descritos abaixo:

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Brasil aparece no item 3

Provas de que este nome já era conhecido existem muitas. Nos mapas que mostravam o oceano desconhecido, como o mapa do cartógrafo genoves Angel Dalorto, de 1325, que incluia a Insulla de Brazil, uma terra a oeste e ao sul da Irlanda; a partir de 1339, os planisférios dos cartógrafos Mediceu, Solleri, Pinneli e Branco também mostravam a oeste dos Açores a Ilha Brazil; no mapa de Bartolomeu Pareto de 1455, usado por Portugal, também constava a Insulla de Brazil (prova que já refuta o 'descobriram o Brasil por acidente') e; em 1482 o cartógrafo italiano de Ancoma, Gracioso Benincasa, desenha a Isola de Braçill.

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Mapa de 1502, roubado de Portugal pelo espião Alberto Cantino, já mostra desenho da costa brasileira de norte a sudeste

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A Viagem do descobrimento - Eduardo Bueno, ed. Objetiva
A Construção do Brasil - Joprge Couto, ed. Cosmos
Colombo, a Cabala e o Delírio, Luiz de Lancastre e Távora, Quetzal Editores, Lisboa, 1991.
O Vaticano deu o Brasil a Portugal - João Barcelos, Jornal Cotidiano, 1992, Cotia SP.
História de Portugal - José Matoso, ed. Circulo dos Leitores, Lisboa 1993
Segredos e Revelações da História do Brasil - Gustavo Barroso, Ed. Cruzeiro
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O Brasil nada tem a vêr com as míticas Ilhas Bem-Aventuradas , entre as quais , a Ilha das lendas gaélicas de Hybrasil .

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ILHA BRAZIL

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Parte do mapa catalão de 1375 que representa as ilhas de Mayda e Brazil.

A ilha de O'Brasil não deve ser confundida com terra do "pau-brasil" na América do Sul, Trata-se, de facto, da ilha das lendas Gaélicas, do Breizh-Il. Esta ilha mítica surge também com o nome Bracie, Berzil ou Brasil. É geralmente desenhada no meio do Atlântico, e aí que a encontramos no portulano mediceen de 1381 e na carta de Picignano (de 1367). Existem mesmo três nesta última carta: a primeira ao sul, sobre o paralelo de Gibraltar, a segunda a sudoeste da Irlanda, acompanhada por dois navios e por um homem devorado por serpentes; a terceira ao norte da precedente, com um monstro que engole um homem e possui a inscrição "ie de Mayotus seu de Bracir". A carta Catalã de 1375 e uma outra de 1384 chamam-lhe "Ie de Brazil", o mesmo nome aparece no portulano de Mecia de Vila Destes (de 1413), e as cartas de Andrea Bianco (de 1436) e de Fra Mauro (de 1457), sempre figurada a oeste da Irlanda. Encontramo-la na mesma região num Ptolomeu de 1519, num Atlas da Biblioteca de medicina de Montpellier, desenhado pouco depois da viagem de Magalhaes e no Ramusio de 1556. Um século e meio depois da colonização dos Açores continuava-se a colocar uma Ilha do Brasil a oeste ou a nordeste do Corvo. Os Atlas de Ortelius e de Mercatur registam ainda esse nome. A lembrança desta ilha mitológica é ainda hoje conservada na "Brazil Rock", rochedo situado a oeste da extremidade mais ocidental da Irlanda.
Será a ilha do Brasil a América do Sul? Sigismond Hadelich tentou provar isso mesmo usando passagens de Daniel Kimchi e de outros rabinos que os judeus, quatro séculos antes de Colombo já haviam estado na América. Por isso se falava já de Pau Brasil. Referência que aliás surge na "Crónica da Guiné" de Zurara. Este Pau Brasil era usado primeiramente para denominar uma certa madeira proveniente do Malabar e de Sumatra, e só depois é que surge aplicado às duras madeiras da Terra de Vera Cruz.
W. B. Babcock identifica a ilha Brazil, representada sempre a menos de cem milhas ao largo da Irlanda, com a Terra Nova, situada a 40 graus de longitude oeste a a 50 mais para Sul (93).
A primeira aparição da ilha surge no mapa de Angellinus Dalorto de Génova (de 1325). Aqui surge como uma ilha de grandes dimensões de forma discóide, a ilha estava localizada no oceano Atlântico na latitude do Sul da Irlanda. No mapa português designado por "Egerton 2303" (de 1508-1510) mostra uma ilha "Bracil" ao largo de Galway.
ORIGEM GAÉLICA DA PALAVRA "BRAZIL"

São numerosas as formas que a palavra assume nas diversas fontes cartográficas: Brasil, Bersil, Brazir, O'Brazil, O'Brassil, Breasil. Como nome próprio foi relativamente comum na Irlanda desde tempos remotos, o santo irlandês Brecan (480 a.C.), tinha como nome anterior Bresal. Breasil surge também como uma divindade na "History of Galway" de Hardiman.
A relação entre a Irlanda e as ilhas míticas do Atlântico está bem patente no mapa de Fra Mauro de 1459 onde está desenhada uma ilha de nome Brazil com a inscrição: "Queste isole de Hibernia son dite fortunate", ou seja, classificando-a como uma das "ilhas afortunadas".
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Mapa Catalão aproximadamente de 1480 mostrando Brazil e Illa Verde.

OUTRAS ORIGENS DA PALAVRA "BRAZIL"

Na Alta Idade Média a palavra surge associada à madeira vermelha. Segundo Humboldt a sua origem radicaria na palavra de origem árabe, com o mesmo significado, "bakkam". Este geógrafo chamava a atenção para o francês "braise", o português "braza" e "brazeiro", o castelhano "brasero", o italiano "braciere", todas elas palavras relacionadas com fogo.
A primeira referência documental a esta palavra surge num tratado comercial de 1193 assinado entre o Duque de Ferrara, na Itália, e um seu vizinho, que incluí "grana de Brasill" entre uma lista de diversos produtos como incenso, indigo (57). A mesma frase se repete "grão de Brazil"ínuma Carta do mesmo país cinco anos mais tarde. A repetida menção em documentos de teor público indica tratar-se de um artigo comercial vulgar no século XII. Possivelmente, podemos encontrar uma explicação em Marco Polo, sobre Lambri, no distrito de Sumatra, escreve: "They also have brazil in great quantities. This they sow, and when it is grown to the size of a small shoot they take it up and transplant it; then they let it grow for three years, after which they tear it up bt the root".
Outras referências a "Brazil" aparecem nas escalas dos portos de Barcelona e de outras cidades maritimas no século XIII, compilados por Capmany (58). Em 1221 encontramos "carrega de Brasill", em 1243 "caxia de bresil" e, em 1252, "cargua de brazil". Em 1312, na cidade de Dublin, surgem as palavras: "de brasile venali" (59).
Admite-se que a palavra se refira a um tipo específico de madeira, ou a madeira em geral. Palavras como "carrega", "caxia", "cargua", indica que se tratava de um produto que era colocado em caixas.
A ILHA BRAZIL NA CARTOGRAFIA

O mapa de Pizigani de 1367 mostra a ilha na sua original forma discóide a Oeste da Irlanda, uma legenda indica o seguinte: "Ysola de nocorus sur de brazar". No mapa Bianco de 1448 surge a enigmática inscrição: "de Brazil de Binar", o que poderá ser lido como "Brazil dos dois mares" se colocarmos "m" no lugar de "n".
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Mapa Dalorto de 1325 com Brazil, Daculi e outras ilhas imaginárias.

LOCALIZAÇÃO E FORMA DA ILHA

A forma circular da ilha do Brazil e sua posição a Oeste do Sul da Irlanda são comuns a diversos mapas, como o Dalorto de 1325, o Dulcert de 1339, o Laurenziano-Gaddiano de 1351, o Pizigani de 1367, o mapa anónimo de Weimar, provávelmente de 1481, o Giraldi de 1426, Beccario de 1426 e de 1435, Juan de Napoli de 1430, Bianco de 1436 e 1448, Valsequa de 1439, Pareto de 1455, Benincasa de 1482 e Juan de la Cosa de 1500. Também o interessante atlas veneziano de 1489, do Museu Britânico, mostra em quase todas as suas folhas dedicadas ao Atlântico, a ilha "Brazil", com a sua característica forma discóide, numa posição ao largo da Irlanda (92).
FORMA DA ILHA NO MAPA CATALÃO DE 1375

Este mapa apresenta uma novidade, convertendo a ilha circular numa ilha anelar que no centro apresenta uma lagoa com algumas ilhas. A explicação preferida consiste em relacionar estas ilhas interiores com a lenda portuguesa e espanhola das Sete Cidades. Mas aqui aparecem nove ilhas e não sete, por outro lado, a identificação mais comum consiste em associar Antilia com Sete Cidades, e não Brazil a esta outra ilha imaginária.
A mesma forma anelar com um lago interior com ilhas surge também num mapa do século XV copiado por Kretschmer (60). Mas este desenha somente sete ilhas o que vem reforçar os argumentos daqueles que estabelecem uma ligação entre Brazil e Sete Cidades.
IDENTIFICAÇÃO COM A REGIÃO DO GOLFO DE SÃO LOURENÇO

No Atlântico existe uma região com um extenso lago interior com ilhas. Esta região existe no local aproximado onde os mapas colocam a ilha Brazil. Trata-se do Golfo de São Lourenço. A própria entrada para o golfo existe sugerida numa divisão da ilha anelar de Brazil nos mapas de Prunes (de 1553) e Olives (de 1568).
Argumento decisivo é fornecido pelo mapa de Nicolay em 1560 e pelo de Zaltieri de 1566. Nestes, a ilha Brazil aparece claramente em águas americanas, incluída entre as ilhas em que então se supunha que a Terra Nova estivesse dividida.
MAPA CATALÃO DE CERCA DE 1480

Um mapa catalão é o único a mostrar uma parte da América, numa época anterior a navegação colombiana, o que indica que navegações dessa época tocaram o Norte da América e podem ter sido responsáveis pelo ecos cartográficos da ilha Brazil.
MAPA SYLVANUS DE 1511

Neste mapa o Golfo de São Lourenco é colocado quase tão perto da Irlanda como a ilha Brazil nalgumas representações cartográficas. Os nomes aqui referenciados são "Terra Laboratorum" e "Regalis Domus". Esta referência e a do mapa catalão de 1480 indicam claramente uma navegação ao norte do América anterior às de Cartier.
MAPA DE DALORTO DE 1325

Este mapa confunde a mítica ilha de Brazil com a ainda mais mítica ilha dos Mortos, acessível a alguns eleitos e que se desfazia no ar aos outros. Os atrevidos exploradores de Bristol (61) navegaram para ocidente em busca da ilha, terá sido esta tradição que influenciou Dalorto e produzido a representação no seu mapa do ano de 1325.
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Mapa Pizigani mostrando São Brandão, Mayda, Brazll, Daculi e outras ilhas lendárias.

OMISSÃO NOS REGISTOS NÓRDICOS

É estranha a inexistência nas sagas norueguesas de referências à ilha Brazil, especialmente se tivermos em conta que a colonização da Groenlândia foi tão conhecida nas paragens meridionais.
Pela sua posição priveligiada os intrépidos irlandeses estavam particularmente bem colocados para terem largado das suas costas e tocado as costas da Terra Nova, pelo menos é o que nos é sugerido pela forma anelar da ilha com ilhotas no interior e pelo seu nome, óbviamente céltico.
EXPEDIÇÕES INGLESAS EM BUSCA DE BRAZIL E ANTILIA

Segundo o embaixador da Espanha em Inglaterra, os moradores de Bristol equipavam anualmente caravelas, entre 1491 e 1497, para irem em busca de Brazil e de Antilia. (99) Existem relatórios sobre o achamento da ilha Brazil nos séculos XVII e XVIII, e o Almirantado só em 1875 e que suprimiu dos seus mapas o "Monte Brazil". O próprio professor Westropp pensou vê-la a partir da costa da Irlanda em 1872 e os pescadores da ilha de Aran ainda hoje acreditam que ela se torna visível de sete em sete anos.
Provávelmente é a esta expedição dos moradores de Bristol que se refere o "Itinerarium" de William de Worcester: "A 15 de Julho de 1480, um navio pertencente a John Jay Junior, de 80 toneladas de carga, saiu de King's Road em Bristol, em busca da ilha do Brasil, para lá da parte ocidental da Irlanda [sob o comando de Thomas Lloyd], o mais experiente marinheiro de toda a Inglaterra, e a Bristol chegaram notícias na segunda-feira, dia 18 de Setembro, de que navegaram durante cerca de nove meses e não encontraram a ilha, antes foram forçados pela tempestade a recuar até um porto (...) na Irlanda para descanso dos barcos e dos marinheiros (118)".
SOBREVIVÊNCIA DO MITO NA CULTURA POPULAR CANARIANA ATÉ AO SÉCULO XVIII

Os habitantes das ilhas Canárias ainda procuravam a ilha mítica de San Borondon (São Brandão) no século XVIII, esperança que lhes era mantida pelas frequentes notícias de ter sido avistada (101). ...»
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