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Ambição Nuclear

Clorofila

Cogumelo maduro
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24/01/2007
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Ambição nuclear

Sergio Rezende: O grande medo neste momento no Brasil é de faltar energia, e a nuclear tem várias vantagens. Uma delas é que, desta forma, diversifica-se a matriz energética

Miriam Leitão escreve para “O Globo”:

O ministro Sergio Rezende, da Ciência e Tecnologia, um dos maiores entusiastas e defensores da decisão de retomar Angra 3, disse-me ontem que a decisão foi “o ponto de partida para que o Brasil tenha um programa nuclear para valer”. Uma das opções do lixo atômico é fazer uma licitação entre os municípios brasileiros para saber quem quer recebê-los em troca de uma transferência de recursos. “É assim em outros países”, comenta o ministro.

— O grande medo neste momento no Brasil é de faltar energia, e a nuclear tem várias vantagens. Uma delas é que, desta forma, diversifica-se a matriz energética.

Outra vantagem é que ela não tem sazonalidade.

A energia hidrelétrica tem um sazonalidade terrível. A terceira é que pode ser instalada perto dos centros consumidores; a única exigência é que haja água para refrigerar a usina.

As hidrelétricas da Amazônia, por exemplo, têm que ser feitas, mas terão uma grande perda de energia na transmissão para os centros de consumo — afirma Rezende.

Assim, diz que a nossa matriz atual é tão sujeita à sazonalidade que a composição com energia nuclear é ideal, porque, na nuclear, segundo ele, há apenas paradas técnicas para manutenção ou para troca de pastilhas no núcleo do reator.

— São pastilhas que duram seis meses, e são três em cada reator. Desta forma, pode-se parar por apenas algumas horas, trocar uma das pastilhas, e logo depois ela está pronta para voltar a funcionar — explica.

Outra das vantagens da energia nuclear, na opinião do ministro da Ciência e Tecnologia, é que o Brasil tem matéria-prima abundante: — Nossas reservas de urânio conhecidas são suficientes para alimentar Angras 1, 2 e 3 por 500 anos.

A grande questão levantada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, é que a humanidade ainda não sabe o que fazer com os rejeitos. A pastilha usada é tirada da usina, mas continua irradiando por milhares de anos. Hoje, elas são colocadas numa piscina, porém, quando a piscina não comportar mais, terão que ser postas em tanques blindados e enterrados no que o ministro chama de “depósito semidefinitivo”.

Mas onde enterrar? — Uma das idéias é fazer uma licitação para saber que município brasileiro aceita que o lixo seja enterrado em seu território por 300 anos e, neste período, o município receberá uma receita para tanto.

Não vai faltar município. É assim em outros países.

Sergio Rezende está convencido de que o controle da tecnologia também não será um obstáculo: — Hoje controlamos grande parte da tecnologia de construção da usina, menos a do núcleo do reator, e apenas uma parte do ciclo de enriquecimento do urânio tem que ser feita fora do país. Num programa maior, não tenho dúvida que desenvolveremos tecnologia para controle de todo o processo.

E os riscos de vazamento? O ministro também acredita que não é problema.

Lembra que houve dois casos de vazamento: Chernobyl e Three Mile Island. O primeiro foi catastrófico, mas era uma usina de tecnologia ultrapassada, um reator de primeira geração; e o segundo não teve vítimas.

A energia nuclear sempre será polêmica por vários motivos e aqui estão os argumentos de um apaixonado defensor da opção nuclear.

O ministro me ligou porque, segundo ele, queria responder a alguns argumentos publicados aqui contra a energia nuclear.

O especialista em energia, David Zylbersztajn, enviou-me um e-mail argumentando que as restrições ao projeto de Angra 3 fazem sentido. O primeiro ponto dele é como alguns projetos viram, de repente, a salvação da vez. Agora, Angra; antes, Madeira. Mas o que particularmente preocupa Zylbersztajn é o custo da usina.

— No final dos anos 80, fiz uma análise de custos de Angra 1, publicada na revista da SBPC, e demonstrei que havia enormes “equívocos” de contabilidade que levavam o preço da energia da usina à estratosfera.

É típico na história do setor elétrico brasileiro a subavaliação dos orçamentos iniciais e a farra de aditivos contratuais ao longo da obra — lembra.

No caso de Angra 3, Zylbersztajn diz que há muitas dúvidas sobre o valor de R$ 7,5 bilhões para o resto da obra, que já consumiu R$ 2,5 bilhões.

— Alguém auditou os números apresentados? Qual o custo de oportunidade desses R$ 10 bilhões? Quanto de pesquisa com fontes renováveis poderia ser feito com tanto dinheiro? Segundo ele, a usina será subsidiada, já que dificilmente se conseguirá uma tarifa que cubra os custos.

— E subsídio por subsídio, por que não para eólica, solar ou biomassa? O ministro Sergio Rezende garante que não haverá subsídio: — Hoje não há subsídio em Angras 1 e 2, e a Eletronuclear dá lucro. A Eletrobrás é que fará a usina, porque isso é monopólio estatal. Ela tomará empréstimo no BNDES, a tarifa terá que ser realista, e terá que cobrir os custos do financiamento.

Os dados mostram que é uma energia mais barata que diesel e carvão.

O ministro diz que um ambientalista tem que ver o lado bom da energia nuclear neste momento: — Ela não emite nada de CO2.

Essa energia está condenada à controvérsia apaixonada.

Mas uma coisa é certa: o governo precisa explicar melhor como será este “programa nuclear para valer” de que fala o ministro da Ciência e Tecnologia.
(O Globo, 31/6)

:teo_seta_direita: Fonte
 
de onde eu venho, cada ser gera somente a energia necessaria pro seu dia-dia, sem disperdicio nem sobra.
todo o lixo vira comida em usinas verticais de processamento de lixo organico.
o composto serve para nutrir as fazendas erticais de 300 andares, onde cada fazenda gera comida pra uma cidade inteira de 150 mil habitantes.
os gases do composto organico alimentam a iluminaçao ativa que é emanada do composto com que produzimos nossos predios.
temos todos os confortos da vida moderna e algo mais.
o desenvolvimento emparelhou-se com o da natureza.
 
Longe de ser a saída ideal, evidente. Mas em termos práticos eu sou a favor da energia nuclear. Ninguém fala dos malefícios daas hidrelétricas, tanto ambientais quanto sociais.

Mas acho que o desenvolvimento nuclear deve ser algo provisório, afinal pesquisas e projetos de energia alternativa abundam no planeta e o investimento deve ser nesse ponto. Claro que falo a nível individual, residencial e comercial. Os projetos que conheço não dão conta da demanda energética das indústrias. A solução seria acabar com as indústrias, o que é utopia, afinal ninguém vai querer deixar de consumir.
 
realmente se formos comparar uma nuclear c uma hidrelétrica as desvantagens não sao tao grandes assim, pois uma hidreletrica altera completamente o fluxo natural d um rio, o fluxo de sues peixes, gera mtos gases poluentes nas primeiras décadas d funcionamento devido a decomposicao da matéria organica q ficou abaixo da agua, etc...

não sou nenhum especialista no assunto, mas li recentemente q c a grana dessa Angra 3 daria p se fazer um parque d energia eólica com o dobro da capacidade enérgica.... é d se pensar né!:pos:
 
não sou nenhum especialista no assunto, mas li recentemente q c a grana dessa Angra 3 daria p se fazer um parque d energia eólica com o dobro da capacidade enérgica.... é d se pensar né!:pos:

É verdade, não conhecia esse dado. Mas me pergunto sobre a razão do interesse governamental estar na usina nuclear e não em alternativas como essa. Seria falta de projeto e/ou viabilidade para a energia eólica ou apenas falta de interesse?

Alguém sabe sobre a construção dessas usinas? Licitações, dinheiro privado, etc. :confused:
 
Segundo o Greenpeace Brasil... ( tenho minhas dúvidas sobre estas instituições... )
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Veja por que dizer NÃO:

* NÃO há justificativa energética para Angra 3!
Além de custar muito caro, Angra 3 demoraria pelo menos seis anos para ficar pronta, tarde demais para gerar energia. Enquanto isso, um parque eólico pode ser construído em, no máximo, dois anos. Se a justificativa de Angra 3 não é energética, então qual será?

* NÃO precisamos de Angra 3!
Se os R$ 7 bilhões necessários para construir a usina fossem gastos em energia eólica, geraríamos o dobro de energia e 32 vezes mais empregos. Além disso, nosso potencial para as energias renováveis é suficiente para suprir nossa demanda energética. Conheça aqui o estudo [R]evolução Energética.

* 82% dos brasileiros dizem NÃO!
Segundo pesquisa do ISER, encomendada pelo Greenpeace, a ampla maioria dos brasileiros é contra a construção de usinas nucleares.

* NÃO podemos gastar tanto!
Energia nuclear é cara! Com o investimento que seria feito na usina, poderíamos construir 14 estações de metrô ou pagar 280 milhões de bolsas criança-cidadão para evitar o trabalho infantil.

* NÃO queremos esse perigo!
Depois de 60 anos desde que o primeiro reator começou a funcionar no mundo, ainda não existe uma solução definitiva e segura para o lixo radioativo gerado pelas usinas. Este lixo permanece perigoso por centenas de milhares de anos. Outro perigo é o risco de acidentes nucleares como Chernobyl e Goiânia. Em 2006, foram registrados incidentes nucleares na França, Suécia e no Japão.

* Vamos dizer NÃO à aventura nuclear!
O país tem inúmeras outras necessidades que devem ser prioridades de investimento. Mesmo assim, o governo pode insistir em remar contra a maré. Países como Alemanha, Espanha e Suécia estão fechando suas usinas e (com ótimos resultados) gerando energia a partir de fontes limpas e seguras.

Portanto, junte-se a nós e DIGA NÃO você também!

Ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Com cópia aos membros do CNPE – Conselho Nacional de Política Energética,

Venho, por meio desta, manifestar minha profunda rejeição à construção da usina nuclear Angra 3. Colocar dinheiro público em geração nuclear é totalmente desnecessário no Brasil, já que temos todas as condições de assumir a vanguarda do desenvolvimento limpo ao investir em fontes renováveis como solar, biomassa e eólica, além do uso racional da energia.

Angra 3 não se sustenta do ponto de vista energético e há outros interesses por trás da ampliação do programa nuclear brasileiro, que foi adotado durante a ditadura e continua muito ligado a setores que apóiam o uso militar da tecnologia atômica. Assim o Brasil vem desenvolvendo seu Programa Nuclear Militar, que inclui o enriquecimento de urânio e pode levar à construção de artefatos atômicos.

A energia atômica é cara. Angra 3 custaria aos cofres públicos mais de R$ 7 bilhões para gerar apenas 1350 MW somente depois de, no mínimo, 6 anos. Com este volume de recursos, poderíamos construir um parque eólico em no máximo 2 anos com o dobro da potência e gerando 32 vezes mais empregos. No mais, Angra 3 é uma idéia velha e ultrapassada, rejeitada por mais de 82% da população brasileira.

Ações do Ministério Público Federal questionam Angra 3 e a inexistência de depósitos de lixo radioativo para as usinas Angra 1 e 2. No ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou relatório que apresenta graves problemas de segurança nuclear no país. Quanto mais usinas nucleares, maior a produção de lixo radioativo, a possibilidade de acidentes e maior será o volume de recursos que deixará de ser investido em energias limpas e seguras.

Assim, exijo que o governo federal descarte a proposta de construção de Angra 3 e de expansão do Programa Nuclear Brasileiro, optando por uma matriz energética limpa e segura aliada a medidas de eficiência energética para garantir um futuro pacífico e sustentável ao nosso país.
 
se eles estivessem fazendo uma de fusão de hidrogenio pelo minimo ai e colocaria um motor de fusão e sumiria pelo cosmo ha velocidade da luz :D
 
A unica coisa que penso é que eles então mexendo com uma energia que não se sabe os efeitos além dos visiveis como destruição e contaminação!!! se a energia eletrica anda por um fio condutor e gera um campo eletromagnetico em torno do fio, o que será que gera em torno de uma angra dos reis!!! Eles não sabem o que estão fazendo com o planeta com as coisas ao seu redor, enquanto ficarem nesse hipnotismo que a ciencia concreta explica tudo vão emanando coisas que nem sabem o proceder!!! Se não conseguimos nem controlar nossos pensamentos como vamos controlar uma energia que só aprendemos a produzir mas não tem sabemos como acabar com seus residuos!!
Sei que levei a discussão por outro caminho, mas sou a favor de encher o sertão de placas de energia solar e colocar ventiladores onde vente bastante!!
Sem falar que eles acham que enterrando os restos estão seguros, melhor botar num foguete e mandar pro sol que ele resolve!!!!rsrs
Abraço
 
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