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Alucinógenos que podem curar - Scientific American Brasil - edição 104 - Janeiro 2011

Ecuador

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22/12/2007
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Não é propriamente novidade, visto que já há outros tópicos no CM (ver lista no final) sobre o mesmo assunto, quase sempre envolvendo Griffiths e Grobs ou referências diretas às pesquisas deles.

E nem é propriamente um artigo, já que a Scientific American é uma revista de divulgação. Mas é uma avaliação bem feita das últimas pesquisas, e mostra como o assunto parece mesmo estar atraindo atenção permanente da mídia e dos círculos científicos.


Scientific American Brasil

http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/alucinogenos_que_podem_curar.html


edição 104 - Janeiro 2011

Alucinógenos que podem curar

Em horas, substâncias psicoativas são capazes de induzir realinhamentos psicológicos profundos que exigiriam décadas para serem alcançados no divã

por Roland R. Griffiths e Charles S. Grob

SANDY LUNDAHL, EDUCADORA EM SAÚDE DE 50 ANOS DE IDADE, chegou ao centro de estudos biológicos comportamentais na Johns Hopkins University School of Medicine em uma manhã de primavera de 2004. Ela se ofereceu para participar de um dos primeiros estudos com drogas alucinógenas nos Estados Unidos em mais de três décadas. Preencheu questionários, conversou com os dois monitores que estariam com ela pelas próximas oito horas e se ajeitou no confortável espaço parecido com uma sala de estar em que a sessão aconteceria. Então, engoliu duas cápsulas azuis e reclinou-se em um sofá. Para ajudá-la a relaxar e focar seu interior, ela usava tapa-olhos e fones de ouvido, que transmitiam música clássica especialmente selecionada.

As cápsulas continham uma alta dose de psilocibina, principal componente dos cogumelos “mágicos”, que, como o LSD e a mescalina, produzem alterações de humor e percepção, mas muito raramente alucinações. Ao final da sessão, quando os efeitos haviam se dissipado, Sandy, que nunca havia tomado um alucinógeno antes, preencheu mais questionários. Suas respostas indicavam que, durante o tempo em que ficou na sala, havia passado por uma profunda experiência mística.

Em uma visita de acompanhamento mais de um ano depois, ela disse que continuava a pensar na experiência diariamente e – o mais notável – que ela a considerava o evento mais pessoal e espiritualmente significativo de sua vida. Ela sentia que aquilo trouxera mudanças positivas em seu humor, atitudes, comportamento e uma perceptível melhora em sua satisfação com a vida como um todo. “Parece que a experiência levou a uma aceleração do meu desdobramento ou desenvolvimento espiritual”, descreveu. “Lampejos de introspecção ainda ocorrem... Sou muito mais amorosa – compensando as feridas que causei no passado... Sou cada vez mais capaz de perceber as pessoas como tendo a luz do divino fluindo por elas.”

Sandy foi uma de 36 participantes de um estudo conduzido por um de nós de (Griffiths) na Johns Hopkins que começou em 2001 e foi publicado em 2006, seguido por um relatório que saiu dois anos depois. Quando o primeiro trabalho apareceu no periódico Psychopharmacology, muitos membros da comunidade científica saudaram a ressurreição de uma área de pesquisas que estava dormente havia um bom tempo. Os estudos com a psilocibina na universidade continuam por dois caminhos: um explora os efeitos psicoespirituais da droga em voluntários saudáveis. O outro estuda se os estados de consciência alterada induzidos por alucinógenos – e, em particular, experiências místicas – poderiam mitigar os efeitos de vários problemas psiquiátricos e comportamentais, incluindo alguns para os quais as terapias atuais não chegam a ser efetivas. A principal droga usada nesses estudos é a psilocibina, que integra os chamados alucinógenos clássicos. Assim como as outras drogas dessa classe – psilocina, mescalina, DMT e LSD –, a psilocibina age nos receptores de serotonina das células cerebrais. Confusamente, substâncias de outras classes que exercem efeitos farmacológicos diferentes desses dos alucinógenos clássicos também são rotuladas como alucinógenos” pela mídia e por relatórios epidemiológicos. Esses compostos, alguns dos quais também podem oferecer potencial terapêutico, incluem a quetamina, o MDMA (popularizado como “ecstasy”), salviorina A e ibogaína, entre outros.

SUPERANDO LEARY
A PESQUISA TERAPÊUTICA com os alucinógenos se vale de evidências promissoras observadas em estudos iniciados nos anos 50 que, coletivamente, envolveram milhares de participantes. Alguns desses estudos sugeriam que os alucinógenos poderiam ajudar a tratar a dependência química e a aliviar o sofrimento psicológico das doenças terminais. Essa pesquisa parou no início dos anos 70, quando o uso recreativo dos alucinógenos, principalmente o LSD, cresceu e atraiu uma cobertura sensacionalista da mídia. Esse campo de investigação também foi afetado pela demissão amplamente divulgada de Timothy Leary e Richard Alpert da Harvard University em 1963, em resposta à preocupação sobre métodos heterodoxos de pesquisa usando alucinógenos, incluindo, no caso de Alpert, oferecer psilocibina a um estudante fora do campus.

O crescente uso sem supervisão de substâncias pouco compreendidas, em parte resultado do apoio dado a elas pelo carismático Leary, ganhou repercussão. O Ato de Substâncias Controladas, de 1970, pôs os alucinógenos comuns na Lista 1, a categoria mais restritiva. Novas limitações foram impostas à pesquisa com humanos, a subvenção estatal foi suspensa e os pesquisadores envolvidos nessa linha de pesquisa se viram profissionalmente marginalizados.

Décadas se passaram antes que as atitudes que bloquearam as pesquisas arrefecessem o bastante para permitir estudos rigorosos com humanos envolvendo o uso dessas substâncias. As experiências místicas permitidas pelos alucinógenos interessam os pesquisadores particularmente porque têm o potencial de produzir mudanças positivas rápidas e duradouras no humor e comportamento – alterações que podem demandar anos de esforço na psicoterapia convencional.

O trabalho feito na Johns Hopkins é emocionante porque demonstra que essas experiências podem ser produzidas em laboratório na maioria das pessoas estudadas. Ele permite, pela primeira vez, pesquisas científi cas rigorosas e avaliações que registram os voluntários antes e depois do uso da droga. Esse tipo de estudo permite aos pesquisadores examinar as causas e efeitos psicológicos e comportamentais dessas experiências extraordinárias.

Pesquisadores da Johns Hopkins usaram questionários originalmente desenvolvidos para avaliar experiências místicas que ocorriam sem drogas. Eles também analisaram os estados psicológicos gerais dos participantes entre dois e 14 meses após a sessão com psilocibina. Os dados mostraram que os participantes experimentaram um aumento na autoconfiança, maior sensação de contentamento interior, melhor capacidade de tolerar frustrações, diminuição do nervosismo e aumento no bem-estar geral. Um comentário típico de um participante: “A sensação de que tudo é Um, que eu experimentei a essência do Universo e o saber que Deus não nos pede nada, exceto receber amor. Não estou sozinho. Não temo a morte. Sou mais paciente comigo mesmo”. Outra participante ficou tão inspirada que escreveu um livro sobre as experiências.

ALÍVIO DO SOFRIMENTO
QUANDO A PESQUISA SOBRE a terapia baseada em alucinógenos foi suspensa, há cerca de 40 anos, deixou uma lista de tarefas que incluía o tratamento do alcoolismo e outras dependências, a ansiedade associada ao câncer, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de estresse pós- traumático, desordens psicossomáticas, transtornos severos de personalidade e autismo.

No câncer, os pacientes frequentemente se confrontam com ansiedade severa e depressão, e antidepressivos e drogas redutoras de ansiedade podem ter uma atuação limitada para amenizar esses casos. Nos anos 60 e início dos 70, mais de 200 pacientes de câncer receberam alucinógenos clássicos em uma série de estudos clínicos. Em 1964, Eric Kast, da Chicago Medical School, que administrou LSD a pacientes terminais com dores severas, relatou que os pacientes desenvolveram um “desprezo peculiar pela gravidade de sua situação e conversavam livremente sobre sua morte iminente com uma característica considerada não usual pelos costumes ocidentais, mas muito benéfica aos seus estados mentais.” Estudos posteriores, produzidos por Stanislav Grof, William Richards e seus colegas do Spring Grove Psychiatric Hospital próximo a Baltimore (e mais tarde no Maryland Psychiatric Research Center) usaram LSD e outro alucinógeno clássico, o DPT (dipropiltriptamina). Os testes mostraram diminuição na depressão, ansiedade e medo da morte. E pacientes com experiências místicas mostram as melhoras mais significativas na medição psicológica de bem-estar.

Um de nós (Grob) atualizou esse trabalho. Em setembro passando, um ensaio no periódico Archives of General Psychiatry relatou um estudo piloto realizado entre 2004 e 2008 no Harbor-Ucla Medical Center para avaliar se as sessões com psilocibina reduziam a ansiedade em 12 pacientes terminais de câncer. Apesar de o estudo ser pequeno demais para permitir conclusões mais significativas, foi encorajador: os pacientes mostraram diminuição na ansiedade e melhora no humor, mesmo vários meses após a sessão.

Alcoólatras, fumantes e outros dependentes químicos podem relatar vitória sobre suas dependências após uma experiência mística que os afetou profundamente e ocorreu de forma espontânea, sem uso de drogas. A primeira onda de pesquisas clínicas com alucinógenos reconheceu o potencial terapêutico dessas experiências transformadoras. Mais de 1.300 pacientes participaram de estudos sobre dependência que originaram mais de duas dúzias de publicações décadas atrás. Em alguns desses estudos foram administradas altas doses em pacientes pouco preparados e reduzido apoio psicológico, alguns fisicamente presos ao leito. Pesquisadores que compreendiam a importância da preparação e deram apoio a seus pacientes tendiam a obter melhores resultados. Esse trabalho antigo trouxe resultados promissores, mas inconclusivos.

A nova geração de pesquisa com alucinógenos, com melhores metodologias, deve ser capaz de determinar se essas drogas podem de fato ajudar as pessoas a superar dependências. Além do tratamento da dependência, os estudos mais recentemente começaram a testar se a psilocibina pode mitigar os sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo. Outras substâncias controladas com mecanismos diferentes de ação também estão mostrando potencial terapêutico. Pesquisas evidenciam que a quetamina, administrada em baixas doses (é normalmente usada como anestésico), poderia dar um alívio mais rápido da depressão que os antidepressivos tradicionais, caso do Prozac. Um teste recente, na Carolina do Sul, usou o MDMA para tratar com sucesso o transtorno de estresse pós-traumático em pacientes em que as terapias convencionais não produziram efeito. Testes similares com o MDMA estão a caminho na Suíça e em Israel.

A ESTRADA À FRENTE
PARA QUE AS TERAPIAS COM USO de alucinógenos clássicos ganhem aceitação, terão de superar preocupações que emergiram com os excessos dos “psicodélicos anos 60”. Os alucinógenos podem, às vezes, induzir à ansiedade, paranoia ou pânico, que, em ambientes sem supervisão, podem produzir ferimentos acidentais ou mesmo suicídio. No estudo feito na Johns Hopkins, mesmo após cuidadosa seleção, e ao menos oito horas de preparação com um psicólogo clínico, cerca de um terço dos participantes experimentaram algum período de medo significativo e cerca de um quinto sentiram paranoia em algum momento durante a sessão. Mas no ambiente acolhedor oferecido pelo centro de pesquisas e com a constante presença de guias treinados, os participantes não demonstraram efeitos negativos duradouros.

Outros riscos potenciais dos alucinógenos incluem psicose prolongada, aflição psicológica, distúrbios na visão ou nos outros sentidos, com duração de dias ou mais. Esses efeitos, no entanto, não são muito frequentes e se mostram ainda mais raros em voluntários preparados psicologicamente. Apesar do eventual abuso na utilização dos alucinógenos clássicos (usados de forma a pôr em risco a segurança dos usuários ou de outros), eles não são tipicamente considerados drogas viciantes, porque não levam ao uso compulsivo nem produzem síndrome de abstinência. Para ajudar a minimizar as reações adversas, os pesquisadores da Johns Hopkins publicaram recentemente um conjunto de normas de segurança para a realização de estudos com altas dosagens de alucinógenos. Em função da habilidade dos pesquisadores em tratar com os riscos das drogas, sentimos que os estudos dessas substâncias devem continuar devido ao seu potencial para transformar a vida, digamos, de um paciente de câncer ou dependente químico. Se elas se mostrarem úteis no tratamento do abuso químico, ou da ansiedade existencial associada a doenças que põem a vida em risco, pesquisas posteriores poderiam ser beneficiadas. Os benefícios também podem vir da neuroimagem e de técnicas farmacológicas que não existiam nos anos 60 e que fornecem uma melhor compreensão de como essas drogas atuam.

A visualização das áreas do cérebro envolvidas nas emoções e pensamentos intensos que as pessoas têm sob a influência das drogas dará uma janela para a psicologia por trás das experiências místicas produzidas pelos alucinógenos. Pesquisas adicionais também poderão trazer abordagens não farmacológicas mais eficientes se comparadas às práticas espirituais tradicionais, como meditação ou jejum para produzir experiências místicas e mudanças comportamentais desejadas.

A compreensão sobre como as experiências místicas podem levar a atitudes benevolentes em relação a si mesmo e aos outros deve ajudar a explicar o bem documentado papel de proteção da espiritualidade no bem-estar e saúde psicológica. As experiências místicas podem originar um senso profundo e duradouro da interconexão entre pessoas e coisas – perspectiva que está por trás dos ensinamentos éticos das tradições religiosas e espirituais. Assim, uma compreensão da biologia dos alucinógenos clássicos poderia ajudar a esclarecer os mecanismos por trás do comportamento ético e cooperativo humano – conhecimento que, acreditamos, poderá vir a ser crucial para sobrevivência da nossa espécie.


Roland R. Griffiths e Charles S. Grob
Roland R. Griffiths é professor nos departamentos de psiquiatria e neurociências da Johns Hopkins University School of Medicine. Seus principais focos de pesquisa têm sido os efeitos comportamentais e subjetivos das drogas que alteram o humor. Ele é o líder de pesquisas com a psilocibina na Johns Hopkins.
Charles S. Grob é professor de psiquiatria e pediatria da David Geff em School of Medicine da Ucla e diretor de Divisão de Psiquiatria Infantil e Adolescente no Harbor-Ucla Medical Center. Ele conduziu testes clínicos com várias drogas alucinógenas, incluindo o uso da psilocibina no tratamento da ansiedade em pacientes com câncer.




Outros links no CM:
- Cientistas testam droga alucinógena contra a depressão
- Uso terapêutico da psilocibina e outras substâncias (Revista Galileu)
- Acabou de passar uma reportagem sobre Psilocibina no Fantastico!!!!
- Scientific American Brasil – Novembro 2009 – A volta da criança problema
- Long Trip: Magic Mushrooms' Transcendent Effect Linger- Scientific American (again!!)
- Efeitos espirituais duram 1 ano
- Effects of Psilocybin in Advanced-Stage Cancer Patients With Anxiety
- Cura Psicodélica (em inglês) - Scientific American
- Uso da psilocibina para tratamento.
 
Ótimo material, Ecuador.

Eu acredito e torço muito para que sejam feitos estudos desse tipo com os enteógenos, principalmente com a psilocibina. Tenho certeza que poderia ser usada em diversos tratamentos psíquicos, trazendo benefícios para os pacientes e mais qualidade de vida.

Sem falar de que, da maneira que estão fazendo (com supervisão total) não há praticamente alguma margem de erro acontecer durante a experiência mística.

Que se abram mais portas.
 
Otimo artigo, é bom saber da continuacao e avancos dos estudos com psicotropicos. Cada dia levamos mais e mais sorpresas com o potencial dessas substancias. :)
 
Psicóloga é presa em Canoas com novo tipo de droga
DMT é feito com substâncias usadas no chá do Santo Daime

Mulher é presa em Canoas com novo tipo de droga
Crédito: André Mello / Especial CP
Uma psicóloga de 30 anos foi presa por suspeita de tráfico, na manhã desta terça-feira, na rua Expedicionário, bairro Nossa Senhora das Graças, em Canoas. O Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) informou que ela recebia pelos Correios uma droga conhecida como DMT, feita com a mesma substância usada no chá do Santo Daime. Foram encontrados na casa dela cinco saquinhos com o entorpecente. Essa foi a primeira apreensão no Rio Grande do Sul.

Segundo o delegado Luiz Fernando Martins, menos de um grama do DMT, que pode ser aspirado, injetado ou fumado, custava de R$ 80 a R$ 100. A droga é sete vezes mais potente do que o LSD. A mulher alegou que estaria usando o produto para estudo.

“Cada vez mais a gente percebe que esses traficantes de drogas novas, sintéticas, não têm noção do mundo que estão participando. Parece que sociedade ainda não se deu conta do mal dessas drogas. A família dela ficou surpresa”, disse o delegado Cleomar Marangoni.

Além do DMT, foram encontrados na casa da psicóloga LSD, maconha mentolada, skank, 58 dólares e R$ 100. O material estava em uma maleta com motivos do personagem de desenhos infantis Bob Esponja. O Denarc identificou um suposto fornecedor da mulher em São Paulo.
 
:eek:

E dalhe progresso nisso em morta... -_- Aonde tem progresso tem degresso tb.
 
Eu queria que esse senhor delegado citasse UM mal recorrente do uso das drogas apreendidas.

Eu tb... e é por causa desse tipo de gente q os progressos ficam mais lentos... esse é o degresso q eu me refiro.. é foda msm... (n)
 
Sem falar de que, da maneira que estão fazendo (com supervisão total) não há praticamente alguma margem de erro acontecer durante a experiência mística.


Na interação de psicotrópicos e cérebro humano sempre há chance de acontecer o inesperado. Mas esse ambiente calmo e controlado, com supervisão de gente preparada, realmente minimiza alguns riscos.

O bom é a ausência de relatos de incidentes graves.



Psicóloga é presa em Canoas com novo tipo de droga
DMT é feito com substâncias usadas no chá do Santo Daime


Não entendi a relação com o assunto do tópico.
 
Não entendi a relação com o assunto do tópico.

Acho q a relacao esta na questao dos progressos relacionado aos estudos das substancias. Esse tipo de caso é sem duvida um dos fatores que atrasam estudos tal como do artigo que vc citou. Por causa de proibicoes do uso e devido a atracao da midia a casos como estes que o morta citou, tiveram esses estudos parados por mais de duas decadas.

E apesar de dês de uns anos terem retomado estudos, ainda existe muita letargia devido a pura ignorancia como deste delegado do caso. Acho importante tambem discutir nao só pelos estudos em si mas a a situacao legal, e alcancavel de poder aprofundizar mais e mais no estudo dessas substancias. Imagina o avance que nao teriamos feitos se nao fossem todas essas proibicoes que rolou des dos 70?
 
Na interação de psicotrópicos e cérebro humano sempre há chance de acontecer o inesperado. Mas esse ambiente calmo e controlado, com supervisão de gente preparada, realmente minimiza alguns riscos.

O bom é a ausência de relatos de incidentes graves.






Não entendi a relação com o assunto do tópico.

vai pensando nisso que uma hora voce entende.

ehhehehehehehehe

Enquanto avancos cientificos ocorrem la fora, aqui no brasil um merda de um delegado analfabeto diz que estas drogas causam MAL, sem saber bulhufas do que esta falando.
deu, ou preciso desenhar pro senhor?
 
É bem assim mesmo... e nao faz muito tempo que caiu a ficha dos gringos que a coisa tava estagnada la fora porcausa de um monte de ANALfabeto gringos tb.. ai decidiram seguir em frente com os progressos porque perceberam da baboseira de quem nao sabe de nada mas tem poder pra estagnar as coisas... e alem do mais a quantidade de pesquisas sao ainda pouquissimas, e do jeito que vai, vai demora ate pensarem em fazer isso no brasa tb..
 
vai pensando nisso que uma hora voce entende.

ehhehehehehehehe

Enquanto avancos cientificos ocorrem la fora, aqui no brasil um merda de um delegado analfabeto diz que estas drogas causam MAL, sem saber bulhufas do que esta falando.
deu, ou preciso desenhar pro senhor?


Os congêneres desse delegado nos EUA, Europa, Ásia etc. estão fazendo e dizendo a mesma coisa que ele. Isso não é exclusividade nossa. Nem é novidade.

Eu acho mesmo que a opinião pública e a legislação, pelo menos no Ocidente, estão cada vez mais tendendo para um novo enfoque a favor da descriminalização de vários psicoativos. Entretanto é um processo complexo e lento. E se mudar lá fora vai mudar aqui também.

Essa mudança do ponto de vista eu acho que tem alguma relação com as pesquisas de uso terapêutico, cada vez mais numerosas. As notícias sobre repressão eu acho que não têm.
 
As notícias sobre repressão eu acho que não têm.

Nao entendi bem o que vc quis dizer com isso mas, ta cheio de cabeca lavada acreditando em tudo o que dizem na tv, é so sair na tv o que o delegado disse em nome da lei e pronto, ja ganhamos mais uns milhares de contra-opinioes por culpa das noticias.
 
Muito obrigado pelo artigo e pelos links relacionados ao tema Ecuador, muito agradecido! :)
 
Muito bom artigo,
primeiro tem q se acabar com esse prconceito
q existe por ae a sim avassaremos nessa questão.

Paz e luz.
 
Mais uma notícia relacionadas às pesquisas de Griffiths, agora no Globo online:

Basta uma dose de cogumelo alucinógeno para causar mudança de personalidade, diz pesquisa

Plantão | Publicada em 29/09/2011 às 12h31m
O Globo (ciencia@oglobo.com.br)

RIO - Basta apenas uma grande dose do alucinógeno psilocibina, ingrediente ativo dos chamados "cogumelos mágicos", para provocar alterações de personalidade mensuráveis e de longo prazo, diz estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos EUA. Segundo os cientistas, as mudanças aconteceram na área da personalidade conhecida como "abertura", associada a traços como imaginação, estética, sentimentos e ideias abstratas.

As alterações nessas características pessoais foram verificadas em quase 60% dos 51 participantes do estudo e duraram ao menos um ano. Além disso, as mudanças de personalidade provocadas pelo alucinógeno - medidas com questionários de avaliação largamente utilizados em pesquisas do tipo - foram em magnitude maior do que as alterações observadas em adultos saudáveis como consequência do acúmulo de experiência ao longo décadas de vida. Segundo os cientistas, outras pesquisas indicam que depois dos 30 anos a personalidade de uma pessoa não costuma mudar significativamente.

- Normalmente, a abertura de uma pessoa tende a diminuir com a idade - lembra Roland R. Griffiths, professor de Psiquiatria e Ciências Comportamentais da universidade e líder do estudo, publicado no "Journal of Psychopharmacology".

Os voluntários do estudo passaram por duas a cinco sessões com oito horas de duração, espaçadas por pelo menos três semanas cada. Eles foram informados que receberiam doses moderadas a altas de psilocibina em uma dessas sessões, mas nem eles nem os monitores sabiam em qual delas. A cada sessão, os participantes foram encorajados a deitar em um colchão, usar uma venda nos olhos para bloquear estímulos visuais externos, ouvir música e focar sua atenção nas suas experiências interiores.

A personalidade dos voluntários foi avaliada na sua inclusão no estudo, um a dois meses após cada sessão e cerca de 14 meses depois da última delas. Griffiths acredita que as mudanças encontradas provavelmente são permanentes, já que se mantiveram por mais de um ano na maioria dos participantes, dos quais quase todos se consideravam espiritualmente ativos (isto é, participavam de rituais religiosos, rezavam ou meditavam); e mais da metade tinha cursos de pós-graduação.

Griffiths destaca que alguns dos voluntários relataram sentimentos fortes de medo e ansiedade nas sessões com a droga, mas nenhum reclamou de efeitos maléficos de longo prazo. Segundo ele, as alterações de personalidade foram verificadas principalmente nos participantes que relataram o que chamaram de "experiência mística".

Para Griffiths, o estudo indica que a psilocibina pode ter usos terapêuticos. Atualmente, ele avalia se o alucinógeno pode ajudar pacientes com câncer a enfrentar a depressão e a ansiedade que acompanham o diagnóstico, ou fumantes inveterados a superarem o vício.
- Há muitas aplicações que nem podemos imaginar neste ponto. Isso certamente merece mais estudos sistemáticos - considera.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/09/28/basta-uma-dose-de-cogumelo-alucinogeno-para-causar-mudanca-de-personalidade-diz-pesquisa-925469491.asp#ixzz1ZMzqevgP

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