Andei procurando no forum e não achei nada sobre cogumelos comestíveis
e medicinais.
Então fiz uma pequena pesquisa. Desculpe por não colocar as fontes de onde tirei, são de alguns lugares e não peguei o lugar de suas origens.
Espero que seja útil, pra mim particularmente foi e façam bom proveito.
Mais pra frente colocarei mais informações dessa área.
O Benefício dos Cogumelos
Pesquisa financiada pela Fapesp e coordenada por docente da Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu demonstra propriedades nutricionais, imunológicas anticarcinogênicas e antimutagênicas do cogumelo-do-sol e do shitake.
O estudo da tecnologia de cultivo, da caracterização bioquímica e dos efeitos protetores das espécies de cogumelos comestíveis e considerados medicinais, como Agaricus blazei, conhecido como "cogumelo-do-sol", e Lentinula edodes, o shitake, foi o objetivo de pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e coordenada pelo professor livre-docente voluntário da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da UNESP, campus de Botucatu, Augusto Ferreira da Eira. "Trata-se de microorganismos muito ricos, seja por suas propriedades nutricionais, imunológicas, anticarcinogênicas e antimutagênicas, seja por sua utilização na culinária", informa o docente.
O projeto, iniciado em 1999, concluiu que o cogumelo-do-sol apresenta propriedades medicinais preventivas (protetoras), além de funcionar como poderoso coadjuvante no tratamento da hepatite C, na medida em que melhora o apetite dos pacientes, que costumam emagrecer muito durante o tratamento da doença. Também foi possível verificar que ele diminui os efeitos colaterais dos medicamentos antivirais, como fadiga e dores musculares. Foi comprovado ainda que é uma excelente fonte de proteínas e vitaminas, já que 100 gramas de cogumelo desidratado contêm 35 gramas de proteínas, além de ferro, fósforo, cálcio e vitaminas do complexo B. "Também verificamos que muitas das informações divulgadas em diversas propagandas na televisão, em rádios e revistas sobre o cogumelo-do-sol ligadas à diminuição de tumores são obtidas com o extrato concentrado do fungo - e não com comprimidos e chás, como é divulgado, afirma Eiras.
Na FCA da UNESP, os estudos com os cogumelos começaram em 1986, com a criação do Módulo de Cogumelos, que tinha como proposta inicial conhecer o que havia de verdade e mito relacionado às propriedades de algumas espécies, cujos nomes estavam associados a efeitos terapêuticos os mais variados, como a cura do câncer.
Com esse objetivo, foram integrados especialistas de imunologia, patologia, radiologia, bioquímica e agronomia, num total de 80 pesquisadores, distribuídos em sete equipes.
Inicialmente, houve a preocupação de estudar, de fato, o cogumelo Agaricus blazei. Foram então escolhidas para análise linhagens dos Estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Pesquisadores brasileiros e de Israel, liderados por Solomon Wasserm da Universidade de Haifa, concluíram, em estudo publicado em2003, no International Journal of Medicinal Mushrooms, que elas devem ser identificadas de forna diferenciada, como uma nova espécie (Agaricus brasiliensis), porque são diferentes das encontradas na Flórida, EUA.
Além dessa questão metodológica, estudos coordenados pela pesquisadora Lúcia Regina Ribeiro, do Departamento de Patologia da FM, avaliaram a eficiência em rato dos extratos aquosos, como sucos e chás, do cogumelo-do-sol e do shitake contra mutações induzidas por drogas (efeitos quimioprotetores) e outros danos celulares. Os experimentos demonstraram que, de fato, eles protegem contra alterações genéticas das células. "Quando o cogumelo foi moído e incorporado à ração, o benefício nos ratos foi a redução do aparecimento de focos tumorais", informa Eira.
Na área de Imunologia, experimentos realizados pela equipe coordenada pelo docente Ramon Kaneno, do IB, concluíram que extratos aquosos do cogumelo-do-sol obtidos por fervura diminuíram a sobrevida de camundongos portadores de tumores cancerígenos em relação aos tratamentos com sucos, provavelmente por efeitos hepatotóxicos. Eira diz que os benefícios do cogumelo-do-sol em relação a tumores podem ser observados apenas quando são utilizadas frações concentradas do cogumelo-do-sol, nas quais os princípios ativos encontram-se mais fortemente presentes. "Em frações solúveis em oxalato de amônia (extrato AFT), por exemplo, os tumores, de fato, não regrediram, mas estagnaram", comenta.
Foi verificado ainda que o cogumelo-do-sol tem efeito de neutralização das moléculas ligadas a processos celulares degenerativos (os radicais livres) e funciona como auxiliar importante em alguns tipos de tratamento, como a quimioterapia, porque elimina, em parte, os efeitos colaterais.
Especificamente quanto à radioterapia, a equipe coordenada pela pesquisadora da FM Alzira Teruio Yida-Sakati mostrou que sucos e chás de algumas linhagens são modificadoras das radiorespostas. Se ingeridos após a radiação, os chás não interferem no tratamento, mas se administrados antes da radiação, podem tornar o individuo resistente à radioterapia - o que reduz o efeito do tratamento. Em relação aos sucos, eles demonstraram efeito radioprotetor tanto antes quanto depois da sessão de radiação. "Portanto, a ingestão de chás deve ser evitada antes da radiação e a de sucos, antes ou depois", conclui Eira.
A mestranda Milena Costa Menezes avaliou a influência da suplementação dietética com o cogumelo-do-sol na evolução do estado nutricional e do tratamento de hepatite C em pacientes do ambulatório do Hospital das Clínicas da Faculdade. Pesquisa realizada durante seis meses apontou que o grupo de portadores da doença que consumiu uma mistura de seis diferentes linhagens em forma de pó apresentou melhora em todos os efeitos colaterais relatados em comparação com o grupo de controle após o primeiro mês de tratamento medicamentoso.
Antes de o projeto ter início, os produtores que cultivaram o cogumelo-do-sol empregavam a mesma tecnologia utilizada para produzir o champignon, originário da França. O cogumelo nativo do Brasil, no entanto, necessita de alternância de temperaturas para frutificar (dez a quatorze dias de calor, seguidos de três a cinco dias de frio e, novamente, o mesmo período de calor). "Para chegar a essa conclusão, foi necessário reproduzir, em estufas adaptadas dentro de contêineres, as condições de cultivo de campo. As variáveis foram então controladas por um programa de computador especialmente desenvolvido para esse fim", afirma Eira.
O agricultor, considera que, pelo fato da utilização do cogumelo na aplicação medicinal ser recente no Brasil, há ainda muita necessidade de orientação e informações confiáveis, principalmente, na formação do composto orgânico. "como a sua produção depende de alta temperatura, ele acaba sendo muito suscetível às doenças", observou o produtor, que processa cerca de 100 kg do produto por mês. "As orientações recebidas foram bastante úteis e positivas principalmente no controle das pragas", completa o produtor Roberto Konno, de Piracicaba, SP.
Para os próximos anos, o objetivo é direcionar o foco para os princípios ativos concentrados nos extratos e correlacionar a intensidade dos efeitos medicinais a época da colheita, substrato e clima. Outro grande desafio será o de melhorar a produtividade sem reduzir os princípios ativos nesses cogumelos.
O Cogumelo do Sol (espécie - Agaricus Blazei Murril)
Indicação: seus princípios ativos incluem ações anti-mutagênicas, bactericidas e estimulante das atividades imunológicas do organismo humano (estudos revelam um aumento de 30 a 40% da defesa imunológica do organismo). É indicado como complemento alimentar na melhora e prevenção de algumas doenças: câncer (sarcomas e carcinomas), bronquite crônica, asma, afisema pulmonar, gastrite, úlceras gastroduodenais, patologias hepáticas, doenças do coração, hipertensão, insuficiência cardíaca, tônico cardíaco, arteriosclerose, diabetes, colesterol elevado no sangue (efeito purificador do sangue), cistite, nefrite, insuficiência renal, hipertrofia da próstata e leucemia.
Composição do Agaricus Blazei:
Umidade: 7,5 % Ferro: 18 mg / 100g
Proteína: 36,7 % Cálcio: 41 mg / 100g
Gordura: 3,4 % Vitamina B1: 0,5 mg / 100g
Fibra: 6,8 % Vitamina B2; 3,0 mg / 100g
Cinzas: 7,3 % Vitamina D2: 354 mg / 100g
Açucares: 38,3 % Niacina: 41 mg / 100g
Fósforo: 929 mg / 100g Beta-d-glucan(1-3) 30-60 mg / 100g
Beta-d-glucan(1-6): 30-60 mg / 100g
Fonte: Revista - Ervas & Plantas que Curam nº 2. Editora Escala LTDA - São Paulo/SP. Material cedido por Claudio Cursino.
Mais Detalhes
Espécime único devido suas características, destaca-se pelas suas especificas propriedades medicinais. As substancias que compõem o contexto do "Cogumelo do Sol": proteínas, vitaminas, sais minerais e inúmeros princípios ativos, vem atraindo a atenção da comunidade médico-científica e do público em geral.
Suas características terapêuticas, aliadas a imunoterapia; propiciam um tratamento inovador e integrativo, sem efeitos colaterais. As pesquisas relatam sua eficácia no auxilio ao tratamento de diversas doenças, face seu poder de reforçar o Sistema Imunológico ativando os mecanismos naturais de defesa do próprio organismo humano.
O "Cogumelo-do-Sol" é um produto natural, rico em proteínas, vitaminas e sais minerais, que auxilia na recuperação e manutenção da saúde.
Resultado de intensas pesquisas visando sua melhoria como complemento alimentar, o "Cogumelo-do-Sol" pode ser consumido por pessoas de qualquer idade e seu consumo é adaptado à resposta de cada organismo.
O motivo de tanto interesse é a presença na composição química deste tipo de cogumelo de um polissacarídeo denominado Beta-d-Glucan. Nas pesquisas dos cientistas japoneses revelou-se que o polissacarídeo ß-d-Glucan atua no organismo humano aumentando as funções imunológicas, acarretando o aumento de macrófagos, "Natural Killer Cells" (NKC), células T, células B e células complementares, evitando a regeneração e a metástase do câncer.
Nos Estados Unidos, pesquisadores do Instituto de Otorrinolaringologia da Universidade da Califórnia (UCLA), observaram que este polissacarídeo presente no cogumelo aumentava a quantidade de células imunológicas no organismo. Já na Universidade da Carolina do Norte, pesquisadores afirmaram que os extratos obtidos a partir do cogumelo apresentaram alta toxicidade sobre as células cancerosas e também sobre o HIV.
Além das vitaminas B1 e B2, o Cuesta Agaricus também possui grandes quantidades de ergosterol que pode ser convertido para vitamina D2 quando seco ao sol ou desidratado em processo mecânico. A vitamina D2 tem efeitos positivos na redução dos perigos da osteoporose.
O cogumelo Agaricus blazei murril (ABM) é um imuno-modulador natural. É composto por substâncias que possuem a propriedade de estimular o funcionamento do sistema imunológico. Pesquisadores japoneses e norte-americanos encontraram no cogumelo Agaricus blazei murril componentes que estimulam a produção de novas células de defesa do organismo, tais como, as células B, células T e as células NK (Natural Killer).
Agaricus blazei
Classificação científica
Reino:
Fungi
Divisão:
Basidiomycota
Classe:
Homobasidiomycetes
Ordem:
Agaricales
Família:
Agaricaceae
Género:
Agaricus
Espécie:
A. blazei
Caraterísticas:
Especialistas estimam que existem no mundo cerca de 10 mil espécies de cogumelos, das quais 700 são comestíveis, 50 tóxicas e entre 50 e 200 usadas em práticas medicinais. O cogumelo-do-sol (Agaricus blazei) possui o formato que lembra um guarda-chuva. Originário das regiões serranas da Mata Atlântica do Sul do Estado de São Paulo. Foi levado, na década de 1970, para o Japão, onde suas propriedades medicinais começaram a ser estudadas. O cogumelo shitake, por sua vez, foi trazido da Ásia por japoneses e chineses e aclimatado ao Brasil.
Quanto às condições de produção, o Agaricus blazei era inicialmente cultivado apenas em canteiros desprotegidos no campo e, por isso, ficou conhecido como cogumelo-do-sol. Mesmo ao ar livre, porém ele é cultivado com uma cobertura de capim - e não recebe luz. No caso do shitake, o cultivo é feito em toras de madeiras, um método antigo e rústico, mas bastante utilizado por ser de baixo investimento.
Solução Prática
Estudo combate doença que atinge cogumelo-do-sol
Descoberto uma forma de combater o fungo competidor que diminui a produtividade do cogumelo - que começou a ser cultivado no Brasil na década de 1990 e tem sido utilizado no estudo da prevenção do câncer, sendo comercializado em larga escala nos mercados japonês e norte-americano, que são os maiores importadores do produto - quase 90%.
O estudo gerou a publicação de dois artigos no Congresso Brasileiro de Micologia (2001) e no International Journal Medicinal Mushroom (2003), além da tese de doutorado pela área de Energia na Agricultura da FCA da UNESP, orientada pelo professor Augusto Ferreira da Eira.
O fungo, conhecido cientificamente como Diehliomyces microsporus, se desenvolve no composto à base de fenos e bagaço de cana-de-açúcar, utilizado no cultivo do cogumelo-do-sol. "Ele compete por nutrientes e causa a degeneração do micélio - espécie de tecido responsável pelas funções vegetativas do organismo, como seu crescimento", explica Nascimento.
O pesquisador descobriu a doença em 2000, quando começaram a surgir várias reclamações de produtores de cogumelo-do-sol que relatavam o aparecimento de "pipocas" no cultivo, causando grandes prejuízos. "Começamos a estudar e descobrimos que esse fungo era o mesmo que afetava os cultivos de champignon na década de 1930 nos Estados Unidos, sem nenhum relato no Brasil", diz Nascimento. Após a descoberta da doença, o grande desafio foi achar uma maneira de preveni-la. "Os fungicidas não são recomendados para os produtos naturais e medicinais e, quando usados, prejudicam o desenvolvimento do cogumelo", explica Eira, da FCA.
Foi descoberto que o fungo não sobrevive à temperatura de pasteurização do composto e da camada de cobertura, que é de 62ºC, por 4 horas. "Se o produtor não redimensionar o pasteurizador para esse padrão, o composto não atinge a temperatura suficiente para matar o fungo competidor", relata. "O controle físico preventivo é uma medida segura, barata e prática, podendo ser efetuado durante o preparo do composto ou da camada de cobertura, cuidados estes necessários principalmente quando há indícios da contaminação", conclui.
Composto
Responsável pela decomposição de certos tipos de matéria orgânica, o fungo do Agaricus Blazei se desenvolve muito bem no composto orgânico formado por bagaço de cana e fenos diversos de gramíneas, corrigindo previamente suas deficiências com adubos e farelos. Após as etapas de fermentação e pasteurização o composto está pronto para receber as sementes, quando ocorrerá a colonização do substrato pelo fungo. Nesse ponto, o composto estará pronto para ser levado às câmaras de cultivo.
Todas as etapas de produção do composto, são rigorosamente supervisionadas visando o pleno desenvolvimento da raiz (micélio) do fungo, garantindo assim ao produtor elevados índices de produção de cogumelos.
Mais uma coisa esse é o meu primeiro post
e medicinais.
Então fiz uma pequena pesquisa. Desculpe por não colocar as fontes de onde tirei, são de alguns lugares e não peguei o lugar de suas origens.
Espero que seja útil, pra mim particularmente foi e façam bom proveito.
Mais pra frente colocarei mais informações dessa área.
O Benefício dos Cogumelos
Pesquisa financiada pela Fapesp e coordenada por docente da Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu demonstra propriedades nutricionais, imunológicas anticarcinogênicas e antimutagênicas do cogumelo-do-sol e do shitake.
O estudo da tecnologia de cultivo, da caracterização bioquímica e dos efeitos protetores das espécies de cogumelos comestíveis e considerados medicinais, como Agaricus blazei, conhecido como "cogumelo-do-sol", e Lentinula edodes, o shitake, foi o objetivo de pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e coordenada pelo professor livre-docente voluntário da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da UNESP, campus de Botucatu, Augusto Ferreira da Eira. "Trata-se de microorganismos muito ricos, seja por suas propriedades nutricionais, imunológicas, anticarcinogênicas e antimutagênicas, seja por sua utilização na culinária", informa o docente.
O projeto, iniciado em 1999, concluiu que o cogumelo-do-sol apresenta propriedades medicinais preventivas (protetoras), além de funcionar como poderoso coadjuvante no tratamento da hepatite C, na medida em que melhora o apetite dos pacientes, que costumam emagrecer muito durante o tratamento da doença. Também foi possível verificar que ele diminui os efeitos colaterais dos medicamentos antivirais, como fadiga e dores musculares. Foi comprovado ainda que é uma excelente fonte de proteínas e vitaminas, já que 100 gramas de cogumelo desidratado contêm 35 gramas de proteínas, além de ferro, fósforo, cálcio e vitaminas do complexo B. "Também verificamos que muitas das informações divulgadas em diversas propagandas na televisão, em rádios e revistas sobre o cogumelo-do-sol ligadas à diminuição de tumores são obtidas com o extrato concentrado do fungo - e não com comprimidos e chás, como é divulgado, afirma Eiras.
Na FCA da UNESP, os estudos com os cogumelos começaram em 1986, com a criação do Módulo de Cogumelos, que tinha como proposta inicial conhecer o que havia de verdade e mito relacionado às propriedades de algumas espécies, cujos nomes estavam associados a efeitos terapêuticos os mais variados, como a cura do câncer.
Com esse objetivo, foram integrados especialistas de imunologia, patologia, radiologia, bioquímica e agronomia, num total de 80 pesquisadores, distribuídos em sete equipes.
Inicialmente, houve a preocupação de estudar, de fato, o cogumelo Agaricus blazei. Foram então escolhidas para análise linhagens dos Estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Pesquisadores brasileiros e de Israel, liderados por Solomon Wasserm da Universidade de Haifa, concluíram, em estudo publicado em2003, no International Journal of Medicinal Mushrooms, que elas devem ser identificadas de forna diferenciada, como uma nova espécie (Agaricus brasiliensis), porque são diferentes das encontradas na Flórida, EUA.
Além dessa questão metodológica, estudos coordenados pela pesquisadora Lúcia Regina Ribeiro, do Departamento de Patologia da FM, avaliaram a eficiência em rato dos extratos aquosos, como sucos e chás, do cogumelo-do-sol e do shitake contra mutações induzidas por drogas (efeitos quimioprotetores) e outros danos celulares. Os experimentos demonstraram que, de fato, eles protegem contra alterações genéticas das células. "Quando o cogumelo foi moído e incorporado à ração, o benefício nos ratos foi a redução do aparecimento de focos tumorais", informa Eira.
Na área de Imunologia, experimentos realizados pela equipe coordenada pelo docente Ramon Kaneno, do IB, concluíram que extratos aquosos do cogumelo-do-sol obtidos por fervura diminuíram a sobrevida de camundongos portadores de tumores cancerígenos em relação aos tratamentos com sucos, provavelmente por efeitos hepatotóxicos. Eira diz que os benefícios do cogumelo-do-sol em relação a tumores podem ser observados apenas quando são utilizadas frações concentradas do cogumelo-do-sol, nas quais os princípios ativos encontram-se mais fortemente presentes. "Em frações solúveis em oxalato de amônia (extrato AFT), por exemplo, os tumores, de fato, não regrediram, mas estagnaram", comenta.
Foi verificado ainda que o cogumelo-do-sol tem efeito de neutralização das moléculas ligadas a processos celulares degenerativos (os radicais livres) e funciona como auxiliar importante em alguns tipos de tratamento, como a quimioterapia, porque elimina, em parte, os efeitos colaterais.
Especificamente quanto à radioterapia, a equipe coordenada pela pesquisadora da FM Alzira Teruio Yida-Sakati mostrou que sucos e chás de algumas linhagens são modificadoras das radiorespostas. Se ingeridos após a radiação, os chás não interferem no tratamento, mas se administrados antes da radiação, podem tornar o individuo resistente à radioterapia - o que reduz o efeito do tratamento. Em relação aos sucos, eles demonstraram efeito radioprotetor tanto antes quanto depois da sessão de radiação. "Portanto, a ingestão de chás deve ser evitada antes da radiação e a de sucos, antes ou depois", conclui Eira.
A mestranda Milena Costa Menezes avaliou a influência da suplementação dietética com o cogumelo-do-sol na evolução do estado nutricional e do tratamento de hepatite C em pacientes do ambulatório do Hospital das Clínicas da Faculdade. Pesquisa realizada durante seis meses apontou que o grupo de portadores da doença que consumiu uma mistura de seis diferentes linhagens em forma de pó apresentou melhora em todos os efeitos colaterais relatados em comparação com o grupo de controle após o primeiro mês de tratamento medicamentoso.
Antes de o projeto ter início, os produtores que cultivaram o cogumelo-do-sol empregavam a mesma tecnologia utilizada para produzir o champignon, originário da França. O cogumelo nativo do Brasil, no entanto, necessita de alternância de temperaturas para frutificar (dez a quatorze dias de calor, seguidos de três a cinco dias de frio e, novamente, o mesmo período de calor). "Para chegar a essa conclusão, foi necessário reproduzir, em estufas adaptadas dentro de contêineres, as condições de cultivo de campo. As variáveis foram então controladas por um programa de computador especialmente desenvolvido para esse fim", afirma Eira.
O agricultor, considera que, pelo fato da utilização do cogumelo na aplicação medicinal ser recente no Brasil, há ainda muita necessidade de orientação e informações confiáveis, principalmente, na formação do composto orgânico. "como a sua produção depende de alta temperatura, ele acaba sendo muito suscetível às doenças", observou o produtor, que processa cerca de 100 kg do produto por mês. "As orientações recebidas foram bastante úteis e positivas principalmente no controle das pragas", completa o produtor Roberto Konno, de Piracicaba, SP.
Para os próximos anos, o objetivo é direcionar o foco para os princípios ativos concentrados nos extratos e correlacionar a intensidade dos efeitos medicinais a época da colheita, substrato e clima. Outro grande desafio será o de melhorar a produtividade sem reduzir os princípios ativos nesses cogumelos.
O Cogumelo do Sol (espécie - Agaricus Blazei Murril)
Indicação: seus princípios ativos incluem ações anti-mutagênicas, bactericidas e estimulante das atividades imunológicas do organismo humano (estudos revelam um aumento de 30 a 40% da defesa imunológica do organismo). É indicado como complemento alimentar na melhora e prevenção de algumas doenças: câncer (sarcomas e carcinomas), bronquite crônica, asma, afisema pulmonar, gastrite, úlceras gastroduodenais, patologias hepáticas, doenças do coração, hipertensão, insuficiência cardíaca, tônico cardíaco, arteriosclerose, diabetes, colesterol elevado no sangue (efeito purificador do sangue), cistite, nefrite, insuficiência renal, hipertrofia da próstata e leucemia.
Composição do Agaricus Blazei:
Umidade: 7,5 % Ferro: 18 mg / 100g
Proteína: 36,7 % Cálcio: 41 mg / 100g
Gordura: 3,4 % Vitamina B1: 0,5 mg / 100g
Fibra: 6,8 % Vitamina B2; 3,0 mg / 100g
Cinzas: 7,3 % Vitamina D2: 354 mg / 100g
Açucares: 38,3 % Niacina: 41 mg / 100g
Fósforo: 929 mg / 100g Beta-d-glucan(1-3) 30-60 mg / 100g
Beta-d-glucan(1-6): 30-60 mg / 100g
Fonte: Revista - Ervas & Plantas que Curam nº 2. Editora Escala LTDA - São Paulo/SP. Material cedido por Claudio Cursino.
Mais Detalhes
Espécime único devido suas características, destaca-se pelas suas especificas propriedades medicinais. As substancias que compõem o contexto do "Cogumelo do Sol": proteínas, vitaminas, sais minerais e inúmeros princípios ativos, vem atraindo a atenção da comunidade médico-científica e do público em geral.
Suas características terapêuticas, aliadas a imunoterapia; propiciam um tratamento inovador e integrativo, sem efeitos colaterais. As pesquisas relatam sua eficácia no auxilio ao tratamento de diversas doenças, face seu poder de reforçar o Sistema Imunológico ativando os mecanismos naturais de defesa do próprio organismo humano.
O "Cogumelo-do-Sol" é um produto natural, rico em proteínas, vitaminas e sais minerais, que auxilia na recuperação e manutenção da saúde.
Resultado de intensas pesquisas visando sua melhoria como complemento alimentar, o "Cogumelo-do-Sol" pode ser consumido por pessoas de qualquer idade e seu consumo é adaptado à resposta de cada organismo.
O motivo de tanto interesse é a presença na composição química deste tipo de cogumelo de um polissacarídeo denominado Beta-d-Glucan. Nas pesquisas dos cientistas japoneses revelou-se que o polissacarídeo ß-d-Glucan atua no organismo humano aumentando as funções imunológicas, acarretando o aumento de macrófagos, "Natural Killer Cells" (NKC), células T, células B e células complementares, evitando a regeneração e a metástase do câncer.
Nos Estados Unidos, pesquisadores do Instituto de Otorrinolaringologia da Universidade da Califórnia (UCLA), observaram que este polissacarídeo presente no cogumelo aumentava a quantidade de células imunológicas no organismo. Já na Universidade da Carolina do Norte, pesquisadores afirmaram que os extratos obtidos a partir do cogumelo apresentaram alta toxicidade sobre as células cancerosas e também sobre o HIV.
Além das vitaminas B1 e B2, o Cuesta Agaricus também possui grandes quantidades de ergosterol que pode ser convertido para vitamina D2 quando seco ao sol ou desidratado em processo mecânico. A vitamina D2 tem efeitos positivos na redução dos perigos da osteoporose.
O cogumelo Agaricus blazei murril (ABM) é um imuno-modulador natural. É composto por substâncias que possuem a propriedade de estimular o funcionamento do sistema imunológico. Pesquisadores japoneses e norte-americanos encontraram no cogumelo Agaricus blazei murril componentes que estimulam a produção de novas células de defesa do organismo, tais como, as células B, células T e as células NK (Natural Killer).
Agaricus blazei
Classificação científica
Reino:
Fungi
Divisão:
Basidiomycota
Classe:
Homobasidiomycetes
Ordem:
Agaricales
Família:
Agaricaceae
Género:
Agaricus
Espécie:
A. blazei
Caraterísticas:
Especialistas estimam que existem no mundo cerca de 10 mil espécies de cogumelos, das quais 700 são comestíveis, 50 tóxicas e entre 50 e 200 usadas em práticas medicinais. O cogumelo-do-sol (Agaricus blazei) possui o formato que lembra um guarda-chuva. Originário das regiões serranas da Mata Atlântica do Sul do Estado de São Paulo. Foi levado, na década de 1970, para o Japão, onde suas propriedades medicinais começaram a ser estudadas. O cogumelo shitake, por sua vez, foi trazido da Ásia por japoneses e chineses e aclimatado ao Brasil.
Quanto às condições de produção, o Agaricus blazei era inicialmente cultivado apenas em canteiros desprotegidos no campo e, por isso, ficou conhecido como cogumelo-do-sol. Mesmo ao ar livre, porém ele é cultivado com uma cobertura de capim - e não recebe luz. No caso do shitake, o cultivo é feito em toras de madeiras, um método antigo e rústico, mas bastante utilizado por ser de baixo investimento.
Solução Prática
Estudo combate doença que atinge cogumelo-do-sol
Descoberto uma forma de combater o fungo competidor que diminui a produtividade do cogumelo - que começou a ser cultivado no Brasil na década de 1990 e tem sido utilizado no estudo da prevenção do câncer, sendo comercializado em larga escala nos mercados japonês e norte-americano, que são os maiores importadores do produto - quase 90%.
O estudo gerou a publicação de dois artigos no Congresso Brasileiro de Micologia (2001) e no International Journal Medicinal Mushroom (2003), além da tese de doutorado pela área de Energia na Agricultura da FCA da UNESP, orientada pelo professor Augusto Ferreira da Eira.
O fungo, conhecido cientificamente como Diehliomyces microsporus, se desenvolve no composto à base de fenos e bagaço de cana-de-açúcar, utilizado no cultivo do cogumelo-do-sol. "Ele compete por nutrientes e causa a degeneração do micélio - espécie de tecido responsável pelas funções vegetativas do organismo, como seu crescimento", explica Nascimento.
O pesquisador descobriu a doença em 2000, quando começaram a surgir várias reclamações de produtores de cogumelo-do-sol que relatavam o aparecimento de "pipocas" no cultivo, causando grandes prejuízos. "Começamos a estudar e descobrimos que esse fungo era o mesmo que afetava os cultivos de champignon na década de 1930 nos Estados Unidos, sem nenhum relato no Brasil", diz Nascimento. Após a descoberta da doença, o grande desafio foi achar uma maneira de preveni-la. "Os fungicidas não são recomendados para os produtos naturais e medicinais e, quando usados, prejudicam o desenvolvimento do cogumelo", explica Eira, da FCA.
Foi descoberto que o fungo não sobrevive à temperatura de pasteurização do composto e da camada de cobertura, que é de 62ºC, por 4 horas. "Se o produtor não redimensionar o pasteurizador para esse padrão, o composto não atinge a temperatura suficiente para matar o fungo competidor", relata. "O controle físico preventivo é uma medida segura, barata e prática, podendo ser efetuado durante o preparo do composto ou da camada de cobertura, cuidados estes necessários principalmente quando há indícios da contaminação", conclui.
Composto
Responsável pela decomposição de certos tipos de matéria orgânica, o fungo do Agaricus Blazei se desenvolve muito bem no composto orgânico formado por bagaço de cana e fenos diversos de gramíneas, corrigindo previamente suas deficiências com adubos e farelos. Após as etapas de fermentação e pasteurização o composto está pronto para receber as sementes, quando ocorrerá a colonização do substrato pelo fungo. Nesse ponto, o composto estará pronto para ser levado às câmaras de cultivo.
Todas as etapas de produção do composto, são rigorosamente supervisionadas visando o pleno desenvolvimento da raiz (micélio) do fungo, garantindo assim ao produtor elevados índices de produção de cogumelos.
Mais uma coisa esse é o meu primeiro post