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Adquirir conhecimento trasncedental é uma prática superior.

Mortandello

O tal do mortan
Cultivador confiável
01/11/2005
7,008
98
Mauá - ABC - SP
Textos retirados da Bhagavad Gita
Aos amigos religiosos ou ateus.

A aquisição e a propagação do auto-conhecimento é superior a qualquer ganho material
ou presente, porque a purificação da mente e a inteligência, no final das contas, conduz
para a aparição do conhecimento transcendental e auto-realização – o único propósito de
qualquer prática espiritual (4.33).

Adquire-se este conhecimento transcendental de um mestre auto-realizado, pela humilde
reverência, pela investigação sincera, e pelo serviço. Alguém autorizado, que possua a
verdade realizada, irá ensinar você (4.34).

O contato com grandes almas, que têm realizado a verdade, auxilia muito. Ler as
escrituras, dar caridade, e fazer praticas espirituais, por si só, não dão a realização em
Deus. Somente uma alma realizada em Deus pode despertar e acender outra alma. Mas
um guru não pode dar a fórmula secreta para a auto-realização sem a graça do Senhor.
Os Vedas dizem: “Aquele que conhece a terra dá a direção para aquele que não conhece
e pergunta” (RV 9.7009).
Diz-se, também, que os preceitos da verdade são
essencialmente processo individual. As pessoas descobrem a verdade através dos seus
próprios esforços; têm que remar o seu barco através das águas turbulentas deste mundo
material.
Os Vedas proíbem a venda de Deus de qualquer forma. Eles dizem: “Ó poderoso Senhor
de incontável riqueza, eu não venderei a vós por qualquer preço” (RV 8.01.05).

A função
de um guru é a de um guia e filantropo, não um tomador. Antes de aceitar um guru
humano, deve-se primeiro possuir – ou desenvolver – plena fé no guru e desconsiderar as
suas fraquezas humanas, pegando as pérolas do conhecimento com sabedoria e jogar
fora as cascas das ostras. Se isto não é possível, deve-se lembrar que a palavra “guru”
também significa luz ou auto-conhecimento, que dissipa a ignorância e a ilusão; e a luz
chega – de forma automática – do Ser Supremo, o guru interno, quando a mente de
alguém está purificada pelo serviço altruísta, pela prática espiritual e pela rendição.
Existe quatro categorias de gurus: o falso guru, o guru, o guru realizado, e o guru
divino. Nesta era, muitos falsos gurus estão vindo para ensinar ou entregar um mantra por
um preço. Estes falsos gurus são comerciantes de mantra. Eles pegam o dinheiro de seus
discípulos para satisfazer as suas necessidades materiais sem dar o verdadeiro
conhecimento do Ser Supremo. Jesus disse: “Tome cuidado com os falsos profetas; eles
chegam até você parecendo como cordeiros por fora, mas eles realmente são como lobos
por dentro (Mateus, 7.15).

O Santo Tulasidasa disse que um guru que pega dinheiro dos
seus discípulos, e nada faz para remover a sua ignorância, vai para o inferno (TR
7.98.04).

Um guru é alguém que transmite conhecimento verdadeiro, e completo
entendimento sobre o Absoluto quanto leigo. Um guru realizado é um mestre autorealizado
mencionado aqui neste verso. Um guru realizado auxilia o devoto a manter a
consciência em Deus todo o tempo, por seu próprio e garantido poder espiritual.
Quando a mente e a inteligência são purificadas, o Senhor Supremo, o guru divino,
reflete-se em si mesmo na psique interior de um devoto e envia um guru ou um guru
realizado para ele. Um guru real é um filantropo. Ele nunca pede qualquer dinheiro ou um
pagamento de um discípulo, porque ele somente depende de Deus. Um guru real não
pedirá qualquer coisa de um discípulo para um ganho para si ou mesmo para a sua
organização. De qualquer modo, um discípulo está obrigado a fazer o melhor que pode
para auxiliar a causa do guru. Diz-se que não se deve aceitar qualquer pagamento de um
aluno sem entregar plena instrução e entendimento do Absoluto, energia cinética divina
(Maya), natureza material temporária, e a vivência da realidade (BrU 4.01.02).


Nosso próprio espírito interior é nosso guru divino. Os professores externos somente nos
auxiliam no começo da jornada espiritual. Nossa própria mente – quando purificada pelo
serviço desapegado, oração, meditação, adoração, canto silencioso dos nomes do
Senhor, canto congregacional dos sagrados nomes, e estudo das escrituras – torna-se o
melhor canal e guia para a corrente do conhecimento divino (Veja também os versos do
Bhagavad-gita, 4.38 e 13.22).

O Ser divino dentro de todos nós é o nosso guru real, e
deve-se estudar como afinar-se com Ele. Diz-se que não há guru maior do que a sua
própria mente. A mente pura torna-se um guia espiritual e o divino guru interno conduz a
um guru real e a auto-realização. É dito comumente que um guru aparece quando a
pessoa está pronta. A palavra “guru” também significa “vasto”, e é usado para descrever o
Ser Supremo – o guru divino e o guia interno.
O mestre espiritual sábio desaprova a idéia de um serviço pessoal cego, ou o culto ao
guru, o qual é muito comum na Índia. Um mestre auto-realizado diz apenas que Deus é
guru, e que todos são discípulos d´Ele. O discípulo deve ser como uma abelha
procurando mel nas flores. Se uma abelha não obtém mel de uma flor, ela vai
imediatamente para outra flor e permanece nela todo o tempo que recebe néctar. Idolatria
e adoração cega por um guru humano causa danos tanto para o discípulo como para o
guru.
Após conhecer a ciência transcendental, Ó Arjuna, você não tornará a iludir-se
deste jeito. Com este conhecimento você verá a criação inteira dentro do seu Ser
Superior, e, assim, dentro de Mim (4.35). Veja, também, 6.29-30. 11.07; 13.


A mesma força vital do Ser Supremo reflete-se em todos os seres vivos, sustentando a
atividade deles. Portanto, todos estamos conectados com uns aos outros como parte ou
parcela do Ser. Na aparição da iluminação ligamo-nos com o Absoluto (Bgita 18.55), e
todas as diversidades aparecem como nada mais que a expansão da unidade do Ser
supremo.
Mesmo se alguém for o maior pecador de todos os pecadores, poderá cruzar o rio do
pecado pela balsa do auto-conhecimento (4.36).


O fogo do auto-conhecimento reduz todas as amarras do Karma a cinzas, Ó Arjuna, como
a chama do fogo reduz a madeira a cinzas (4.37).


A Bíblia, também, diz: “Você conhecerá a verdade e a verdade irá libertá-lo (João, 8.32).
O fogo do auto-conhecimento queima todo o Karma passado – a causa raiz da
reencarnação das almas – de modo como o fogo queima instantaneamente uma
montanha de algodão. As ações presentes não produzem qualquer karma novo, porque o
sábio conhece que todo o mundo é feito pelas forças da natureza; portanto, eles não são
os executores. Dessa forma, quando surge o auto-conhecimento, somente uma parte do
karma passado, conhecida como destino, que é responsável pelo nascimento presente,
foi exaurida diante da liberdade da transmigração, alcançada pela pessoa iluminada.
O corpo físico e a mente geram novo Karma. O corpo sutil carrega o destino; e o corpo
causal é o repositório do Karma passado. O Karma produz o corpo, e o corpo gera
Karma. Deste modo, o ciclo de nascimentos e mortes continua indefinidamente. Apenas o
serviço sem egoísmo pode quebrar este ciclo, e o serviço sem egoísmo não é possível
sem o auto-conhecimento. Assim, o conhecimento transcendental quebra as amarras do
Karma e conduz a salvação. Este conhecimento não pode manifestar-se numa pessoa
pecaminosa – ou em qualquer pessoa cujo tempo de receber o conhecimento espiritual
não chegou.
Perda e ganho, vida e morte, fama e infâmia, deitam-se nas mãos do seu Karma. O
destino é todo-poderoso. Assim sendo, você não deve odiar nem culpar a ninguém (TR2.171.01).

As pessoas conhecem virtude e vício, mas a sua escolha é ordenada pelo
destino ou pegadas kármicas, porque a mente e a inteligência são controlados pelo
destino. Quando o sucesso não vem, apesar dos melhores esforços, pode-se concluir que
o destino precede o esforço.
 
Karma é uma lei do Hinduismo que defende que qualquer acto, por mais insignificante, voltará ao individuo com igual impacto. Bom será devolvido com bom; mau com mau. Visto os Hindus acreditarem na reincarnação, o karma não conhece limites de vida/morte.
Se o bem e o mal caem sobre si, se as pessoas se comportam de determinado modo consigo, isso deve-se ao que fez nesta ou numa vida passada.

Por um lado, o karma serve para explicar porque acontecem coisas boas a pessoas más e coisas más aos bons. A injustiça do mundo, a distribuição aparentemente ao acaso do bem e do mal é apenas aparente.
__ Na verdade todos recebem o que merecem. Mesmo a criança brutalizada por adultos merece esse horror.
__Os atrasados mentais, os milhões de Judeus mortos pelos nazis, merecem-no pelo que fizeram no passado. O escravo espancado até à morte merece-o, não pelo que faz agora, mas pelo que fez numa vida passada. O mal é racional, de acordo com a lei do karma.

NO COMECO FAZ SENTIDO,...MAS DEPOIS DA IDEIA DE REENCARNACAO:eek:
 
Karma é uma lei do Hinduismo que defende que qualquer acto, por mais insignificante, voltará ao individuo com igual impacto. Bom será devolvido com bom; mau com mau. Visto os Hindus acreditarem na reincarnação, o karma não conhece limites de vida/morte.
Se o bem e o mal caem sobre si, se as pessoas se comportam de determinado modo consigo, isso deve-se ao que fez nesta ou numa vida passada.

Por um lado, o karma serve para explicar porque acontecem coisas boas a pessoas más e coisas más aos bons. A injustiça do mundo, a distribuição aparentemente ao acaso do bem e do mal é apenas aparente.
__ Na verdade todos recebem o que merecem. Mesmo a criança brutalizada por adultos merece esse horror.
__Os atrasados mentais, os milhões de Judeus mortos pelos nazis, merecem-no pelo que fizeram no passado. O escravo espancado até à morte merece-o, não pelo que faz agora, mas pelo que fez numa vida passada. O mal é racional, de acordo com a lei do karma.

NO COMECO FAZ SENTIDO,...MAS DEPOIS DA IDEIA DE REENCARNACAO:eek:
O hinduismo é livre.
Acredite somente no que te toca e já serás um hindu feliz.
Eu também nao acredito em re-encarnaçao, mas e uma pessoa que nao tem a mente expandida como nós temos, talvez tenha mesmo que volta pra cá pra aprender a morrer direito nao é?
 
É sempre bom conhecer outras filosofias, mesmo que não acreditemos muito na maior parte delas... =]

Alienardo disse:
O Ser divino dentro de todos nós é o nosso guru real

Na minha opinião, a melhor parte do texto.
 
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