-Manhã de uma sexta-feira, 24 de junho de 2011. Com planos de ir para a área rural para uma caçada de amanitas. Planos arruinados: ônibus inexistente.
-Tudo nublado e extremamente gelado.
-Após um ralo café da manhã, novos planos: ir para um bairro longe do centro urbano (esse sim tinha ônibus), perto da rodovia BR 116. Sem destino fixo. Objetivo: colher castanhas, pinhões e nozes. Levando câmera.
-Descida para a parada. Desfecho: pego o ônibus saindo e vou correndo atrás em uma tentativa inútil. Fail.
-Ando até o próximo ponto e pego uma outra linha com rota diferente mas com um mesmo destino.
-Pago a barata tarifa de 2,50 e sento em um lugar escolhido.
-Passo por lugares que lembram da minha infância (eu morei naquela época nesse bairro), todos muito bonitos.
-Desço na parada almejada. Com um vento frio gelado na cara, começo meu trajeto.
-Atravesso a faixa e vou para um local em que fazíamos piquenique há muito tempo. Primeira parte do caminho.
-Lá encontro uma casa totalmente feita de pedra que no momento está abandonada. Local bem subliminar.
-Colho pinhões. Noz-pecã e castanha, nenhuma.
-Dou uma volta ao redor da casa, em um trecho de mato e natureza que ainda sobra e luta para sobreviver.
-Uma ideia vem na cabeça: vou atrás dos amanitas.
-Atravesso um trecho um tanto industrial, onde dois cachorros com uma cara nada interessante me observam passar. Me muno de um pedaço de pau...
-Acho um riacho que mais parece um esgoto.
-Chego ao outro lado da faixa.
-Vejo uma floresta de pinus ao longe e, caminhando na beirada do asfalto me dirijo a ela.
-Na encruzilhada, vejo que é impossível chegar lá: mato fechado e cerca alta. Estou cansado e com os pés molhados (choveu durante dois dias)
-Então me dirijo a um parque industrial.
-Caminho uns cem metros e vejo de longe um pinuzinho. Não mais do que três metros de altura. E adivinhe o que tinha em sua base? Sim, presentes de natal.
-Três amanitas muito bonitos. Primeira vez em muito tempo que eu mesmo encontro alguns. Não me conti de alegria.
-Escolho o candidato para depois e prossigo meu caminho.
-O parque industrial é maravilhoso. De um lado, uma propriedade com floresta mista (natural e de pinus), e, no outro, a indústria.
-Mas ao redor da floresta tem uma cerca.
-Um guardinha começa a me encarar de um jeito meio estranho... Eu olho para ele, ele me olha. Eu olho para ele, ele me olha. Eu aceno e ele acena. Problema resolvido.
-Prossigo mais uns duzentos metros e encontro um portãozinho.
-E adivinhem: Eu entro! Algumas visões da floresta de pinus e natural:
-Cogumelos e mais cogumelos. Milhares. Nunca vi tantos. Pequenos, grandes e coloridos. Acho que tinha uns mil desses roxos. Mas nenhum sinal dos amanitas.
-Por pouco tempo. A floreta de pinus é bem irregular, mas muito bela.
-Ando mais um pouco e adivinhem? É, isso mesmo, amanitas, amanitas, amanitas. Pequenos, médios grandes. Gigantes. Nem tirei fotos de todos. Tinha mais ou menos uns dez, espalhados pela floresta.
-Então tento um desafio: Falo com os protetores da floresta: "Ei, se eu achar mais um amanita faço um anel com cinco pinhões para vocês.
-Ando mais um pouco. Nossa. Meu deus. Não acredito! O maior amanita da história. Parece com um prato vermelho na floresta. A mesa dos meus amigos.
-Faço o círculo de pinhões (não quero me dar mal). Promessa cumprida.
-Deixo o super-amanita lá. Não quis colhê-lo, mesmo porque seria uma tristeza inútil.
-Dou mais uma volta pela floresta, encontro mais cogumelos ainda e mais amanitas.
-Com meus olhos cheios de círculos vermelhos, decido voltar para casa.
-Na volta, colho o meu escolhido.
-Volto pela faixa até a parada, onde, isso mesmo: pego o ônibus andando.
-Mas não deu bolo desta vez. O ponto final ficava logo ali. Entrei no ônibus todo sujo de barro e com meus frutos em um saquinho.
-Sucesso na missão. Um amanita na mão e milhares no meu coração.
-Tudo nublado e extremamente gelado.
-Após um ralo café da manhã, novos planos: ir para um bairro longe do centro urbano (esse sim tinha ônibus), perto da rodovia BR 116. Sem destino fixo. Objetivo: colher castanhas, pinhões e nozes. Levando câmera.
-Descida para a parada. Desfecho: pego o ônibus saindo e vou correndo atrás em uma tentativa inútil. Fail.
-Ando até o próximo ponto e pego uma outra linha com rota diferente mas com um mesmo destino.
-Pago a barata tarifa de 2,50 e sento em um lugar escolhido.
-Passo por lugares que lembram da minha infância (eu morei naquela época nesse bairro), todos muito bonitos.
-Desço na parada almejada. Com um vento frio gelado na cara, começo meu trajeto.
-Atravesso a faixa e vou para um local em que fazíamos piquenique há muito tempo. Primeira parte do caminho.
-Lá encontro uma casa totalmente feita de pedra que no momento está abandonada. Local bem subliminar.
-Colho pinhões. Noz-pecã e castanha, nenhuma.
-Dou uma volta ao redor da casa, em um trecho de mato e natureza que ainda sobra e luta para sobreviver.
-Uma ideia vem na cabeça: vou atrás dos amanitas.
-Atravesso um trecho um tanto industrial, onde dois cachorros com uma cara nada interessante me observam passar. Me muno de um pedaço de pau...
-Acho um riacho que mais parece um esgoto.
-Chego ao outro lado da faixa.
-Vejo uma floresta de pinus ao longe e, caminhando na beirada do asfalto me dirijo a ela.
-Na encruzilhada, vejo que é impossível chegar lá: mato fechado e cerca alta. Estou cansado e com os pés molhados (choveu durante dois dias)
-Então me dirijo a um parque industrial.
-Caminho uns cem metros e vejo de longe um pinuzinho. Não mais do que três metros de altura. E adivinhe o que tinha em sua base? Sim, presentes de natal.
-Três amanitas muito bonitos. Primeira vez em muito tempo que eu mesmo encontro alguns. Não me conti de alegria.
-Escolho o candidato para depois e prossigo meu caminho.
-O parque industrial é maravilhoso. De um lado, uma propriedade com floresta mista (natural e de pinus), e, no outro, a indústria.
-Mas ao redor da floresta tem uma cerca.
-Um guardinha começa a me encarar de um jeito meio estranho... Eu olho para ele, ele me olha. Eu olho para ele, ele me olha. Eu aceno e ele acena. Problema resolvido.
-Prossigo mais uns duzentos metros e encontro um portãozinho.
-E adivinhem: Eu entro! Algumas visões da floresta de pinus e natural:
-Cogumelos e mais cogumelos. Milhares. Nunca vi tantos. Pequenos, grandes e coloridos. Acho que tinha uns mil desses roxos. Mas nenhum sinal dos amanitas.
-Por pouco tempo. A floreta de pinus é bem irregular, mas muito bela.
-Ando mais um pouco e adivinhem? É, isso mesmo, amanitas, amanitas, amanitas. Pequenos, médios grandes. Gigantes. Nem tirei fotos de todos. Tinha mais ou menos uns dez, espalhados pela floresta.
-Então tento um desafio: Falo com os protetores da floresta: "Ei, se eu achar mais um amanita faço um anel com cinco pinhões para vocês.
-Ando mais um pouco. Nossa. Meu deus. Não acredito! O maior amanita da história. Parece com um prato vermelho na floresta. A mesa dos meus amigos.
-Faço o círculo de pinhões (não quero me dar mal). Promessa cumprida.
-Deixo o super-amanita lá. Não quis colhê-lo, mesmo porque seria uma tristeza inútil.
-Dou mais uma volta pela floresta, encontro mais cogumelos ainda e mais amanitas.
-Com meus olhos cheios de círculos vermelhos, decido voltar para casa.
-Na volta, colho o meu escolhido.
-Volto pela faixa até a parada, onde, isso mesmo: pego o ônibus andando.
-Mas não deu bolo desta vez. O ponto final ficava logo ali. Entrei no ônibus todo sujo de barro e com meus frutos em um saquinho.
-Sucesso na missão. Um amanita na mão e milhares no meu coração.