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A origem do pensamento (de: Segunda Experiência...)

morpheu

Cogumelo maduro
Membro Ativo
01/05/2013
264
42
Eu recuperei a origem dos pensamentos. Em outras palavras eu estava sob controle de alguns processos que o cérebro faz involuntariamente.

O pensamento não é produto do cérebro.

Por exemplo, tente definir amor. (E eu espero que você realmente tente).

Definir amor é a coisa mais fácil do mundo: amor é um eufemismo para apego, desejo sexual, interesse financeiro e material, ver o outro como uma propriedade, usar o outro para fugir da solidão e para suprir carências afetivas, sentimentalismo açucarado, dependência emocional e psicológica...

Eu posso “amar” o outro, mas desde que o outro me “ame” também. Eu posso “amar” o outro, mas desde que ele não faça nada que me desagrade. Eu posso “amar” minha namorada e meu melhor amigo, mas só até o dia em que eu descobrir que minha namorada está me traindo com meu melhor amigo, porque aí eu vou querer matar os dois, ou no mínimo vou ficar com muita raiva deles.

Isso que nós chamamos de amor é algo que só cria sofrimento e violência. Se eu perder aquilo que eu “amo”, eu vou sofrer intensamente. Se alguém me tirar ou prejudicar aquilo que eu “amo”, eu vou querer espancar, processar, prender e matar esse alguém. Se o amor é uma coisa tão nobre e boa como dizem, como pode ele gerar tanto conflito e sofrimento?

O que nós traduzimos em linguagem humana não chega perto do real significado do pensamento.

Mas pensamento é linguagem. Não existe pensamento sem palavra.

Outra conclusão que tirei foi de que a nossa percepção do universo é uma mentira. E seguindo esta linha de raciocínio, nós não podemos afirmar nada com certeza, seria pura alienação e hipocrisia.

Se afirmar qualquer coisa com certeza é pura alienação e hipocrisia, então também tem que ser pura alienação e hipocrisia afirmar com certeza que não podemos afirmar nada com certeza e que a nossa percepção do universo é uma mentira.

Perfeitamente. Segunda consciência. Algumas pessoas chamam de Deus, outras acreditam ser a própria alma, outras, o Universo, a natureza, o santo ou outra entidade. A sensação de que há "alguém ou algo mais" dentro de si. Para você, é uma "outra frequência". Tem muito a ver com o que você acredita, lá no fundo.

Se os cogumelos nos mostram aquilo em que acreditamos, então eles são uma ótima ferramenta para conservar e fortalecer nossos enganos e ilusões.
 
[...]
Definir amor é a coisa mais fácil do mundo: amor é um eufemismo para apego, desejo sexual, interesse financeiro e material, ver o outro como uma propriedade, usar o outro para fugir da solidão e para suprir carências afetivas, sentimentalismo açucarado, dependência emocional e psicológica...
[...]
Isso que nós chamamos de amor é algo que só cria sofrimento e violência. Se eu perder aquilo que eu “amo”, eu vou sofrer intensamente. Se alguém me tirar ou prejudicar aquilo que eu “amo”, eu vou querer espancar, processar, prender e matar esse alguém. Se o amor é uma coisa tão nobre e boa como dizem, como pode ele gerar tanto conflito e sofrimento?
Estou curioso.. Se o amor só cria sofrimento e violência, o que então manteria a paz na sociedade humana? Respeito e relações interpessoais mornas? Ou pra você a paz é impossível?

Mas pensamento é linguagem. Não existe pensamento sem palavra.
Discordo. Inclusive diversos pesquisadores da linguagem afirmam que é possível pensar em conceitos, ao invés de pensar em palavras.

Se afirmar qualquer coisa com certeza é pura alienação e hipocrisia, então também tem que ser pura alienação e hipocrisia afirmar com certeza que não podemos afirmar nada com certeza e que a nossa percepção do universo é uma mentira.
Mindblown o_O
 
Eu posso “amar” o outro, mas desde que o outro me “ame” também. Eu posso “amar” o outro, mas desde que ele não faça nada que me desagrade. Eu posso “amar” minha namorada e meu melhor amigo, mas só até o dia em que eu descobrir que minha namorada está me traindo com meu melhor amigo, porque aí eu vou querer matar os dois, ou no mínimo vou ficar com muita raiva deles.

Isso é precisamente a descrição de "apego", passou longe de ser "amor".

Amor é simplesmente querer bem ao outro incondicionalmente. Amar.
Não se trata de querer algo para si.
Nao importa nem se esse outro gosta de mim. Nao importa se discordo dele e vice-versa. Quem ama de verdade respeita inclusive a decisao do outro de nao querer mais estar proximo, no caso de um ex-romance.
Amar é respeitar o outro, a vida do outro... é desinteressado.

Todo mundo tem potencial para sentir isso.

Apego sim é querer o outro para si, é querer que as coisas aconteçam "do seu jeito", o que uma hr ou outra acaba em frustraçao.
 
Última edição:
Se o amor só cria sofrimento e violência, o que então manteria a paz na sociedade humana? Respeito e relações interpessoais mornas? Ou pra você a paz é impossível?

É impossível haver paz na sociedade humana, porque a sociedade é um aglomerado de indivíduos, e, onde há dois ou mais indivíduos, só pode haver guerra, já que um indivíduo sempre estará em desacordo com o outro. Fulano sempre vai querer que as coisas sejam assim, enquanto sicrano sempre vai querer que as coisas sejam assado, e aí a guerra começa. Nunca chegará um dia em que todos vão querer que as coisas sejam do mesmo jeito. E onde há um eu e um você, o eu sempre será mais importante do que o você, o meu sempre será mais importante do que o seu. Além do mais, é da própria natureza do indivíduo criar inimigos para si, pois assim ele se sente separado, e isso fortalece a sensação de individualidade, já que a individualidade tem como base a separação.

E, para aqueles que acham que pode haver paz na sociedade humana, eu deixo a pergunta: se de fato é possível haver paz na sociedade humana, então por que, após milênios tentando, essa paz ainda não foi alcançada? O que é que está impedindo que essa paz seja alcançada?

Só pode haver paz com o fim do indivíduo.

Discordo. Inclusive diversos pesquisadores da linguagem afirmam que é possível pensar em conceitos, ao invés de pensar em palavras.

Mas o pensamento é incapaz de conceber um conceito sem ao mesmo tempo nomeá-lo. Se você pensa em um conceito, já haverá sempre uma palavra para esse conceito. Por exemplo, o conceito de cachorro só pode ser apreendido pelo pensamento na medida em que há algum nome para esse conceito, como “cachorro”, “cão”, “dog”, “perro”, “chien”...

Aposto que esses “pesquisadores da linguagem” nunca conseguiram pensar apenas em conceitos, sem utilizar nenhuma palavra. Se eles afirmam que isso é possível, isso é apenas uma crença ou uma hipótese deles.

Amor é simplesmente querer bem ao outro incondicionalmente. Amar.

Para querer bem ao outro, primeiro você tem que saber o que de fato é o melhor para o outro. E, se o ser humano nem sequer sabe o que é o melhor para si mesmo, como pode ele saber o que é o melhor para o outro?

E um indivíduo querer bem ao outro incondicionalmente é algo que não existe. Eu posso “amar” alguém, mas, se um dia esse alguém chegasse para mim e sem mais nem menos me apontasse uma arma e atirasse no meu joelho, imediatamente esse “amor” e esse querer bem se converteriam em ódio, medo, raiva, ressentimento e desejo de vingança. Você poderia dizer que há casos em que as pessoas perdoam e continuam a “amar” quem lhes faz mal, mas até nesses casos o que há é apenas apego, porque muitas vezes o apego e a dependência são tão grandes que, por mais que as pessoas percebam que estão sendo prejudicadas por isso, elas acham que vale mais a pena continuar sofrendo com o seu objeto de apego do que abandoná-lo. Algumas pessoas preferem continuar em relacionamentos conflituosos a ficar sozinhas não porque elas amam o outro, mas porque elas dependem do outro e porque o sofrimento que a solidão lhes causa é maior do que o sofrimento que o relacionamento lhes causa, da mesma forma que um viciado em crack pode ter total consciência do mal que a droga lhe faz, mas a dependência é tão grande que ele prefere continuar usando a pedra a largá-la.

Aliás, como é possível nós amarmos o outro, se nós nem sequer sabemos quem o outro é? E como é possível nós sabermos quem o outro é, se nós nem sequer sabemos quem nós somos? Será que você “ama” o outro, ou a imagem que você tem dele? Porque nós nunca nos relacionamos com os outros, mas apenas com a imagem que temos deles: primeiro você cria uma imagem de si mesma, e então, com base nessa imagem, você cria uma imagem do outro, e o outro, por sua vez, tem também uma imagem de si mesmo, e essa imagem, que é diferente da imagem que você tem dele, cria uma imagem sua, que é diferente da imagem que você tem de si mesma. E o amor entre imagens não pode ser outra coisa senão uma mentira. Você só se relaciona com imagens mesmo quando se relaciona com pessoas que você julga conhecer extremamente bem e com as quais tem uma relação íntima, assim como elas também só se relacionam com a imagem que têm de você.

Além do mais, por mais que você “ame” o outro, você não é o outro e o outro não é você. Esse “amor” é incapaz de fazer com que você deixe de continuar vendo a si mesma como sendo separada do outro, e onde há separação só pode haver guerra, embora essa guerra muitas vezes se disfarce de paz e amor.

Quem ama de verdade respeita inclusive a decisao do outro de nao querer mais estar proximo, no caso de um ex-romance.
Amar é respeitar o outro, a vida do outro... é desinteressado.

Só porque se respeita a decisão do outro de não querer mais estar próximo não quer dizer que seja amor em vez de apego. Há formas bem sutis de apego.
 
E, para aqueles que acham que pode haver paz na sociedade humana, eu deixo a pergunta: se de fato é possível haver paz na sociedade humana, então por que, após milênios tentando, essa paz ainda não foi alcançada? O que é que está impedindo que essa paz seja alcançada?
Talvez porque nós não amadurecemos ainda como civilização. Só porque ainda não houve paz no planeta inteiro não quer dizer que ela seja impossível. Mas eu entendo o seu ponto de vista.

Mas o pensamento é incapaz de conceber um conceito sem ao mesmo tempo nomeá-lo. Se você pensa em um conceito, já haverá sempre uma palavra para esse conceito.
Bom, um deficiente auditivo completamente destituído de linguagem me parece um bom exemplo de um ser humano que poderia pensar em várias coisas sem ter nome para elas.
Uma criança então só pensa quando aprende a falar? Não precisa responder, mas pensa um segundo sobre isso.
 
É impossível haver paz na sociedade humana, porque a sociedade é um aglomerado de indivíduos, e, onde há dois ou mais indivíduos, só pode haver guerra, já que um indivíduo sempre estará em desacordo com o outro. Fulano sempre vai querer que as coisas sejam assim, enquanto sicrano sempre vai querer que as coisas sejam assado, e aí a guerra começa. Nunca chegará um dia em que todos vão querer que as coisas sejam do mesmo jeito. E onde há um eu e um você, o eu sempre será mais importante do que o você, o meu sempre será mais importante do que o seu. Além do mais, é da própria natureza do indivíduo criar inimigos para si, pois assim ele se sente separado, e isso fortalece a sensação de individualidade, já que a individualidade tem como base a separação.

Percebe que quando falamos o que achamos sobre o outro, falamos mais sobre nós mesmos que sobre o outro?

Não diga por todos "o meu será sempre mais importante que o seu", "o eu sera mais importante que o vc". Diga por si mesmo. Vc nao pode colocar palavras na boca dos outros nem deduzir suas ações. Somos mais complexos que isso.
Compaixão por exemplo nao cabe nesse reducionismo seu, e vou te contar: vc pode n ter visto, mas existe. Nao reduza a experiencia humana à sua experiência.
Tem muitas e muitas e muitas excessoes a essa regra sua, é só conviver com pessoas que pensam diferente e querer ver.

Só é possivel pensar nesse tipo de determinismo "que o ser humano sempre foi assim em qlq contexto, é assim, e sempre será assim" que as sociedades "sempre funcionaram e sempre funcionarão do jeito X", que alguém "nasce assim, vive assim e morre assim", seja qual "assim" for, se vc tem uma visão de ser humano imutável. De sociedade imutável.
Qual sua visao sobre o ser humano? Qual sua visao sobre si mesmo?

Esse tipo de visão determinista é muito limitada pois nao consegue explicar por exemplo o poder da criatividade e transformação humanos.

E se vc resolver observar, e estudar aqueles que observaram antes de vc, vai ver que temos evidencias abundantes, de todos os lados, que as sociedades, culturas, seres humanos, e todos seres vivos estao em constante mutação.
Até as pedras se transformam, cara. Só que no caso humano temos muitas ferramentas incriveis! Temos poder de criação! Podemos modificar o mundo e a nós mesmos! Podemos modificar a cultura e a sociedade!

E sim, podemos modificar pra bem e pra mal. Depende do que nos ensinam, e principalmente, depende da nossa Vontade.

Do mesmo jeito que o ser humano tem potencial para agir competitiva e egoisticamente, tem tb o potencial para a cooperaçao e solidariedade.

O que nós aprendemos sobre o mundo, sobre como lidar com nossas emocoes, como lidar com o outro, com a natureza, etc., é aprendido em grande medida através de referências externas (comportamentos e ensinamentos de outras pessoas, mitos, contos, etc)

A função dos mitos é justamente essa, informar sobre o mundo e fornecer um modelo de referencia tanto de comportamento social, quanto psiquico. (E nao tô tirando isso do suvaco, mt gente estudou o assunto seriamente, como Joseph Campbel e Jung)

Acontece que atualmente temos poucas referencias de como agir cooperativamente, respeitando os principios de igualdade, autonomia e sustentabilidade.

Nossas maiores referencias sao justamente de comportamentos contrarios, egoistas, competitivos, opressores. É o tipo de comportamento mais interessante para o sistema atual.

Nossos herois sao sociopatas ou psicopatas. Olha quantos filmes fazemos sobre eles, como a sociedade os cultua!
Como cultuam os "bens sucedidos" endinheirados que passam por cima de tudo e todos, inclusive passam por cima da propria humanidade, para conseguir apenas dinheiro e poder. Eles sao nossas referencias de sucesso social!
Nos contam as historias dos povos opressores, nao da dos povos que viviam em paz.
Como cultuam um tipo toxico e opressor de masculinidade... enfim, poderia citar mts exemplos de culto ao mais baixo da natureza humana.

O que eu acho mais perverso nisso tudo é que conseguem convencer mt gente de que essa é a unica possibilidade de ser humano. O ser humano é mal. Uma mentira repetida mil vezes vira verdade, nao é mesmo? E repetem muito mais de mil vezes, o tempo td na tv, jornal, videogame, cinema, livros de historia... É uma lavagem cerebral.

Claro que o ser humano tem potencial para fazer mal e ser egoista, mas tem tb para fazer bem, ser solidario, cooperativo, autonomo, respeitar a autonomia do outro, amar as pessoas... apenas nao é o que nossa cultura ensina.

Outras culturas ensinavam. A nossa nao.

Quando alguem acredita que o ser humano é e sempre será mau, esta negando todo o outro lado da moeda. É tão cego quanto afirmar que o ser humano é bom 100%.

"Nunca chegará o dia em que todos vão querer que as coisas sejam do mesmo jeito" - Graças a Jah! Desde que aprendamos a conversar e a respeitar um ao outro ta tudo bem ter pontos de vista diferentes. Nossa sociedade lida com os conflitos de maneira infantilizada, precisamos mesmo melhorar.

E, para aqueles que acham que pode haver paz na sociedade humana, eu deixo a pergunta: se de fato é possível haver paz na sociedade humana, então por que, após milênios tentando, essa paz ainda não foi alcançada? O que é que está impedindo que essa paz seja alcançada?

Só pode haver paz com o fim do indivíduo.

Paz não é ausência de conflito.
Paz é saber lidar com os conflitos com respeito e polidez.

Nao da pra falar em "milenios tentando" pq nosso desenvolvimento cultural nao segue uma linha reta temporal.

Varias culturas nasceram e morreram com cosmovisoes e sistemas sociais muito distintos do nosso, das quais sabemos mt pouco ou quase nada. Certamente existiram sociedades mais cooperativas, solidarias e com menos violencia.

A historia da nossa cultura é que cultiva valores debeis. Temos a heranca moral das culturas dos povos opressores que "conquistaram" e "engoliram", aniquilaram, escravizaram outros povos.
É nossa responsabilidade, nao vamos generalizar as coisas para todas as culturas.

Para querer bem ao outro, primeiro você tem que saber o que de fato é o melhor para o outro. E, se o ser humano nem sequer sabe o que é o melhor para si mesmo, como pode ele saber o que é o melhor para o outro?

Para querer bem ao outro basta respeita-lo como ser humano. Ngm precisa ter repostas prontas pra ngm.

E um indivíduo querer bem ao outro incondicionalmente é algo que não existe.

Novamente, fale apenas por si mesmo. Fale apenas sobre sua experiencia.
Não coloque palavras na boca dos outros. Nao pense que vc sabe tudo das experiencias das outras pessoas.
Minha experiencia por exemplo, contradiz o que vc esta generalizando como impossivel.

Aliás, como é possível nós amarmos o outro, se nós nem sequer sabemos quem o outro é? E como é possível nós sabermos quem o outro é, se nós nem sequer sabemos quem nós somos?

Respeito o outro pq é um ser vivo.
Todo ser vivo merece respeito e amor. Todo ser vivo adoece sem respeito e amor.

Compreender quem somos é uma busca. A gente se constroi na caminhada dessa busca.

Olha esse exemplo do misterio:
Tô eu aqui numa sexta a tarde com colica na cama escrevendo um textao... pra vc.
Vc, uma pessoa que nao conheço pessoalmente nem nunca vou conhecer. Nao tenho outra imagem sua a nao ser daquilo que vc mostra ser sua opiniao nestes posts. E eu discordo amplamente de mts das suas opinioes.
E se vc me conhecesse provavelmente n iria com a minha cara hahaha
Mas posso dizer com muita sinceridade que te quero bem, @morpheu
Te quero bem e me importo com vc, nao por um motivo especifico, mas pq vc é humano como eu, te vejo como irmão e ponto. Lide com isso hahaha

Eu poderia estar lendo um livro interessante, terminando a serie de palestras sobre o Caibalion da Lucia Helena (q inclusive recomendo), poderia estar fazendo qlq outra coisa mais divertida.

Mas to aqui usando meu tempo para conversar com vc, uma pessoa que nao conheço mas considero pacas.
Considero pq me importo.
Me importo o suficiente para me esforçar em dizer o que penso, ja q vc tb esta se esforçando para comunicar o q pensa.

E me importo em dizer o q penso pra vc, msm sabendo q a chance de vc querer escutar outro ponto de vista seja mt pequena, e q logo vc pode começar a fazer dobras mentais inimaginaveis para apenas confirmar aquilo em que vc ja acredita.

Nós humanos temos tb o pessimo habito de acreditar antes de raciocinar na maioria das vezes.

Você só se relaciona com imagens mesmo quando se relaciona com pessoas que você julga conhecer extremamente bem e com as quais tem uma relação íntima, assim como elas também só se relacionam com a imagem que têm de você.

Fato. Por isso é importante tomarmos consciencia da imagem que temos do outro, e da imagem que temos de nos mesmos. É o primeiro passo (mas n o unico) para relaçoes maduras.


E só pra terminar...
Tive a oportunidade de conhecer algumas "Fenix" na vida. Pessoas que se tivessem comido o pao q o diabo amassou n teriam sofrido tanto.
Pessoas que viram e sentiram na pele o pior que um ser humano poderia fazer com outro.
Pessoas que cresceram sem nenhuma referencia de amor e cuidado, mt pelo contrario, tudo o que tinham desde crianças eram reafirmacoes de humilhacao e violencia.
Pessoas que inclusive ja viram o pior do ser humano dentro de si mesmos.

E as considero "Fenix" pq tiveram uma força interna incomensuravel para renascer a partir de tanto sofrimento; tiveram uma vontade inabalavel para afirmarem-se como as pessoas que eles queriam ser, com os sentimentos e relacoes que queriam cultivar, e nao simplesmente aceitar "aquilo que fizeram de mim", ou as imagens sobre eles mesmos q alguem construiu e os forçaram a acreditar por um tempo.

Essas pessoas entenderam que podem viver o amor, ainda que ngm as tenha mostrado q isso existia.
Entenderam que o respeito pode existir, ainda que ngm as tenha respeitado.
Entenderam q é possivel construir relacionamentos saudaveis.

Acima de tudo, somos seres que temos Vontade e capacidade de transformacao e auto-transformacao.


Simbora pra mais 1 Km de texto.... :geek:

Eu ate tento responder "so um pouquinho". Mas é mais forte q eu
 
Se me permitem entrar na discussão. Com licença.

Parcialmente concordo com muito do que o @morpheu disse, mas sem a mesma atitude. Este excesso de certeza é algo que eu tinha e perdi ao longo do tempo. Sim, somos seres imperfeitos tal como todos os outros e não conseguiremos viver em harmonia. A história teve diversos ciclos e sempre se repetiu. Nós vivemos em uma pirâmide social que sempre esteve presente ao longo da história e os conflitos de interesse nesta pirâmide são inerentes: ou seja, o conflito existe desde que a pirâmide exista. E a pirâmide sempre irá existir e para o que eu acredito ser o mais "justo" para uma sociedade humana, ela precisa existir.

Muitos, por exemplo, culpam o capitalismo. Eu acho que o capitalismo é o único sistema que pode dar certo, no máximo alguma forma de evolução dele. Exatamente pelo lugar onde a opinião de vocês dois intersecciona: cada ser humano é único e tem seus interesses pessoais. Alguns tem mais empatia, outros tem menos. O ser humano tem tudo de bom, tudo de ruim, e tudo que existe entre os dois. A única forma de viver em sociedade é, ironicamente, ser uma ilha dentro dela. Nós vivemos em pequenas ilhas de pequenos círculos sociais e fazemos por bom motivo. Somos pequenas tribos de vários tamanhos. Algumas tribos são predatórias, outras são presa. Nós reproduzimos a lei da selva sem nos matar. Ou seja, a própria selva é assim. A vida é assim. O equilíbrio se faz com o bem e o mal.
 
Talvez porque nós não amadurecemos ainda como civilização.

E o que é que está impedindo que nós amadureçamos como civilização?

Bom, um deficiente auditivo completamente destituído de linguagem me parece um bom exemplo de um ser humano que poderia pensar em várias coisas sem ter nome para elas.

Surdos não são destituídos de linguagem. Eles se comunicam e se referem às coisas por meio de gestos e sinais, além de serem capazes de ler e escrever, e tudo isso é linguagem.

Uma pessoa completamente destituída de linguagem nem sequer pensaria, nem sequer veria a si mesma como uma pessoa, nem sequer seria um indivíduo.

Uma criança então só pensa quando aprende a falar?

Pensar e falar são basicamente a mesma coisa. Falar é pensar em voz alta, comunicar oralmente seus pensamentos aos outros; e pensar é falar em voz baixa, é conversar consigo mesmo. Dizendo de outro modo, pensamento é linguagem em voz baixa e fala é linguagem em voz alta.

Se o que você entende por fala é apenas proferir palavras utilizando a voz, então se pode dizer que a criança pensa antes de aprender a falar. Mas, se o que você entende por fala é linguagem, então, ao pensar, a criança já sabe também falar.

Aliás, a criança só surge a partir da linguagem.

A nossa crença é de que as coisas são independentes e anteriores aos nomes que lhes damos, quando, na verdade, é o ato de nomear que faz com que as coisas apareçam. Quando você vê uma mesa, você só a vê porque há um pensamento dizendo “isto é uma mesa”, pois, se não houvesse um pensamento dizendo “isto é uma mesa”, você não estaria vendo mesa nenhuma. E, se você vê que a mesa é de plástico, é porque, ao mesmo tempo em que há um pensamento dizendo “isto é uma mesa”, há também um pensamento dizendo “isto é plástico”; se você vê que a mesa é branca, é porque, ao mesmo tempo em que há um pensamento dizendo “isto é uma mesa”, há também um pensamento dizendo “isto é branco”; se você vê que a mesa é quadrada, é porque, ao mesmo tempo em que há um pensamento dizendo “isto é uma mesa”, há também um pensamento dizendo “isto é quadrado”. O problema é que nós não estamos conscientes desses pensamentos dizendo “isto é uma mesa”, “isto é plástico”, “isto é branco”, “isto é quadrado”, o que não quer dizer que eles não estejam ali, da mesma forma que na maior parte do tempo não estamos conscientes da nossa respiração, embora ela esteja sempre acontecendo. Nós não percebemos que só vemos uma mesa porque há alguma palavra se referindo a ela.

Com base nessa nossa crença, nós achamos que uma criança aprende a falar assim: primeiro ela vê um determinado objeto cujo nome ela ainda não sabe, como um brinquedo, e então alguém diz para ela que aquele objeto se chama brinquedo e, desse modo, ela fica sabendo o nome do objeto. Mas o que acontece na verdade é que a criança só vê o brinquedo quando alguém chega para ela e diz “isto é um brinquedo”, porque antes disso ela ainda não estava vendo o brinquedo. E com a criança não é diferente: ela só surge porque as pessoas lhe dizem e lhe ensinam que ela é um indivíduo.

Até as pedras se transformam, cara. Só que no caso humano temos muitas ferramentas incriveis! Temos poder de criação! Podemos modificar o mundo e a nós mesmos! Podemos modificar a cultura e a sociedade!

Todas as mudanças pelas quais a humanidade passou até agora foram superficiais. A cultura mudou, formas de governo e sistemas econômicos mudaram, a ciência e a tecnologia progrediram, mas nada disso conseguiu tornar alguém feliz. Aparentemente nós mudamos, mas profundamente nós continuamos sempre os mesmos.

Nos contam as historias dos povos opressores, nao da dos povos que viviam em paz.

Que povos são esses que viviam em paz?

Aliás, ausência de paz não é apenas conflito entre indivíduos, mas qualquer tipo de resistência a um fato, situação ou circunstância. Sempre que surge um pensamento como “isso não deveria estar acontecendo”, “por que isso foi acontecer comigo?”, “eu queria que as coisas fossem diferentes”, isso é ausência de paz, pois é o indivíduo em conflito com aquilo que é, e é da própria natureza do indivíduo estar em conflito e insatisfeito com aquilo que é.

E o conflito e a violência não acontecem só quando há xingamento, agressão física, tortura, assassinato, guerra... Esses são apenas casos mais intensos e explícitos de violência. Mas a violência pode adquirir formas extremamente sutis e até mesmo ter a aparência de paz e amor.

Claro que o ser humano tem potencial para fazer mal e ser egoista, mas tem tb para fazer bem, ser solidario, cooperativo, autonomo, respeitar a autonomia do outro, amar as pessoas... apenas nao é o que nossa cultura ensina.

As pessoas só ajudam os outros porque esperam receber algo em troca (se alguém que nós ajudamos no passado se recusa a nos ajudar quando precisamos, nós ficamos jogando na cara dele que um dia o ajudamos), porque querem ter uma imagem positiva de si mesmas, porque querem que os outros vejam como elas são boazinhas, porque estão obedecendo à religião que elas seguem, porque esperam ir para o Céu, porque esperam conseguir um bom carma... Ou seja, essa ajuda é só por interesse pessoal.

E fazer o bem e ajudar os outros não vai fazer diferença nenhuma no mundo e nem tornar alguém feliz (no máximo pode dar a alguém um alívio extremamente temporário, limitado e fugaz). Hoje você pode resolver um determinado problema de uma pessoa, mas amanhã ela já vai ter um novo problema esperando para ser resolvido; hoje você pode alimentar um faminto, mas amanhã ele já vai estar morrendo de fome novamente; você pode passar o resto da vida alimentando um faminto, mas ele vai achar outro motivo para continuar infeliz. Os problemas são infinitos: quando um é resolvido, outro surge. Mesmo que todas as pessoas do mundo comecem a ajudar os outros, todo mundo vai continuar infeliz do mesmo jeito, pois o que nos torna infelizes não são os fatos, situações e circunstâncias da nossa vida, mas os pensamentos que temos sobre eles. Nós podemos melhorar a situação de uma pessoa, mas isso não vai torná-la feliz, no máximo vai dar a ela uma satisfação efêmera. Mas o ser humano é assim mesmo: nem sequer consegue resolver o seu próprio problema e acha que pode resolver o problema do outro, nem sequer consegue fazer a si mesmo feliz e acha que pode fazer o outro feliz, nem sequer consegue ajudar a si mesmo e acha que pode ajudar o outro. Nós tentamos acabar com o sofrimento do outro porque assim nos distraímos do nosso próprio sofrimento.

E de que adianta ajudar os outros, se isso não vai libertá-los? No máximo vai tornar a escravidão deles mais confortável.

Paz não é ausência de conflito.
Paz é saber lidar com os conflitos com respeito e polidez.

Na verdade paz significa ausência de indivíduo.

Todo ser vivo merece respeito e amor. Todo ser vivo adoece sem respeito e amor.

Ninguém tem a mínima obrigação de amar e respeitar o outro. Se eu “adoeço” porque não me respeitam e não me amam, a culpa não é dos outros por não me respeitarem e não me amarem, a culpa é minha por esperar alguma coisa deles. Ninguém está me devendo nada, não.

De resto, nós não amamos os outros, apenas os usamos para nossa satisfação pessoal. Todo indivíduo é medíocre, mesquinho, egoísta, interesseiro. Em alguns isso fica mais evidente do que em outros, mas não há um único que preste (os “bonzinhos” são na verdade os mais falsos de todos).
 
E o que é que está impedindo que nós amadureçamos como civilização?

Bom, se eu soubesse eu seria o próximo Gandhi ou Buda, né não?!

A respeito da questão da linguagem, o que você vem dizendo até então é uma ideia chamada de determinismo linguístico (parte da hipótese Sapir-Whorf), e pelo material que eu já vi sobre o assunto parece ser uma ideia que não é levada muito a sério por quem estuda linguagem atualmente.

Vou citar um exemplo anedótico pra tentar ilustrar a argumentação que eu já usei nos comentários anteriores:
O povo Dani, da Nova Guiné possui duas palavras para cores: Mili, para cores frias/escuras e Mola para cores mornas ou claras. Mesmo eles não tendo uma palavra para o azul turquesa, eu acredito que qualquer um da tribo consegue imaginar essa cor (ou qualquer outra).
Isso é muito influenciado pela própria cultura; uma tribo que vive numa floresta é bem mais provável de ter nomes para tons específicos de verde do que uma que vive no deserto, não por poderem enxergar mais cores, mas por uma questão de importância e relevância. :)
 
Surdos não são destituídos de linguagem. Eles se comunicam e se referem às coisas por meio de gestos e sinais, além de serem capazes de ler e escrever, e tudo isso é linguagem.

Uma pessoa completamente destituída de linguagem nem sequer pensaria, nem sequer veria a si mesma como uma pessoa, nem sequer seria um indivíduo.

Eu discordo deste ponto por um motivo lógico, acredito que seja uma impossibilidade. A linguagem foi uma consequência do indivíduo e do intelecto, ela foi criada exatamente para tentar expressar o pensamento. Ou seja, a linguagem é a projeção do pensamento e não o contrário.

Pensar e falar são basicamente a mesma coisa. Falar é pensar em voz alta, comunicar oralmente seus pensamentos aos outros; e pensar é falar em voz baixa, é conversar consigo mesmo. Dizendo de outro modo, pensamento é linguagem em voz baixa e fala é linguagem em voz alta.

A analogia está quase certa. Sim, a linguagem é o pensamento projetado, mas não necessariamente em voz. E o que são as escritas? As primeiras formas de comunicação escritas eram por desenhos e não por palavras. A comunicação "linguística" não necessariamente necessita de palavras ou lógica. Você pode transmitir uma idéia, ou um pensamento, por tom de voz com gemidos e isto também é linguagem. Danças, até mesmo cores (em uma bandeira, por exemplo) ou símbolos (cruz vermelha, sinal de pare, escudos de identificação de famílias, etc.) também são linguagem. Acredito que seu conceito de linguagem esteja errado, apesar de entender boa parte da idéia que você está tentando transmitir.

Hoje você pode resolver um determinado problema de uma pessoa, mas amanhã ela já vai ter um novo problema esperando para ser resolvido; hoje você pode alimentar um faminto, mas amanhã ele já vai estar morrendo de fome novamente

Discordo plenamente. O que acredito que você tenha tentado dizer, e eu concordaria, é que você, como indivíduo, não tem o poder de alterar a realidade do equilíbrio, não no sentido de lados idênticos, mas da coexistência de opostos. Ou seja, você pode ensinar, mas sempre vai haver um ignorante. Você pode alimentar, mas a fome sempre vai existir. Porém, a existência do negativo não anula o positivo, muito pelo contrário. A evolução da sociedade e do ser humano é visível. Algumas coisas não mudam, mas a miséria, a ignorância, estas questões têm diminuído constantemente. Vivemos literalmente na época dourada da humanidade. Ou seja, os lados negativos ainda existem, mas de forma menor.

Talvez seja uma observação óbvia, mas não sei se você percebeu. Você está projetando, mais do que argumentando. Está generalizando a sua crença e aplicando um viés cognitivo. Você está fazendo o argumento baseado num resultado esperado, ou seja, está ignorando tudo o que contraria a tese. Suas frases são definitivas, como se estivesse tentando explicar a realidade e não convencer através de um argumento. Tente aplicar um pouco mais de neutralidade, desta forma você poderá evoluir suas crenças, adaptando-as aos fatos, ou até mesmo deixando partes completamente de lado. Inteligência é admitir o erro.
 
="morpheu, post: 187986, member: 11157"]E o que é que está impedindo que nós amadureçamos como civilização?

Vc consegue pensar em algum mal social/ambiental que nao tenha como origem o egoismo?
Acredito que o que nos impede que amadureçamos como civilização é justamente:
Culto ao egoismo e à superficialidade.
Falta de coragem pra amar, conhecer, e mudar a si próprio, as próprias ações, e a maneira de se relacionar com os outros.

A dualidade é inerente a tudo o que se manifesta nesse mundo. Não somos exceção. A todo instante temos em nós a possibilidade de sermos egoistas ou cooperativos. Depende da nossa vontade e da força da nossa vontade.

Em última instância somos responsaveis pelo amadurecimento da nossa realidade psiquica individual e coletiva.

Somos alimentados pela realidade social/cultural, e também a alimentamos com nossos hábitos, pensamentos, questionamentos, ações, ou seja, a cultura está sempre em lenta e constante mutação porque nós existimos e a influenciamos com a existencia que escolhemos ter dentro das nossas possibilidades e capacidades.

Nós influenciamos e construimos constantemente essa realidade à nossa volta pelo simples fato de existirmos e interagirmos com o mundo.
Todas as nossas açoes ou inaçoes tem sua consequência. Todas elas deixam uma marca no mundo ou em alguem. Pense bem.

Se somos guiados pela vontade de transformação da realidade para que sirva ao ao bem comum, se sao cultivados os valores que fortalecem o coletivo, em vez daqueles que o desagregam, alimentamos mudanças positivas na cultura.
Podemos recriar nossas organizaçoes sociais de inumeras e variadas maneiras.

Se acreditamos que somos seres passivos, inuteis, e que nada do que fazemos importa... que tudo sempre foi, é, e sempre sera uma grande bosta... bem, suas ações/pensamentos continuam influenciando o mundo, mas nao no sentido da lapidação da cultura e existencia humanas, nao no sentido da evolução da civilização, mas sim no sentido de aumentar essa mesma grande massa fecal. (Sempre há esperanças... no lixão nasce flor e nas bostas cogus)

Atualmente a cultura alimenta essa ultima ideia. Baixa auto-estima, superficialidades, competição, sentimentos de medo e ódio... as pessoas se tornam altamente manipulaveis assim.

Os rumos da civilizaçao só mudarão se mudarmos nós. Garanto q n muda por inércia.

Nao existe civilizacao sem defeitos, mas ela com certeza pode ser mais harmoniosa. Não precisa continuar sendo essa barbárie.

Aliás, a criança só surge a partir da linguagem.

A nossa crença é de que as coisas são independentes e anteriores aos nomes que lhes damos, quando, na verdade, é o ato de nomear que faz com que as coisas apareçam. Quando você vê uma mesa, você só a vê porque há um pensamento dizendo “isto é uma mesa”, pois, se não houvesse um pensamento dizendo “isto é uma mesa”, você não estaria vendo mesa nenhuma.

Como vc chegou a essa conclusao e pq acredita tanto que seja a verdade?

Se vc conviver com bebês vai perceber que eles interagem com as pessoas e objetos à sua volta desde quando nascem, e nao apenas quando aprendem o nome das coisas.

E a linguagem não se restringe à palavra. Um bebê se comunica desde muito cedo, embora é claro que de forma rudimentar.
Choro tb é linguagem. Linguagem tb pode ser corporal.

Aliás, a linguagem sequer é restrita à especie humana. Teve um pessoal que estudou a comunicação entre as baleias e descobriram padroes na musica que compunham conjuntamente ainda q a kms de distancia, uma linguagem rudimentar (tem essa historia em um dos episodios do Cosmos do Carl Sagan)
Cachorros se comunicam. Claro q nao como um ser humano se comunicaria, mas eles tb tem uma linguagem.

Enfim,
Concordo que a palavra dá corpo aos pensamentos. Mas não sei se a linguagem molda necessariamente pensamentos. Talvez.

Daria o milhão de reais q nao tenho pra saber o que se passa na cabeça de um bebê antes de aprender as palavras.
Meu palpite é o de que deve ser muito parecido com uma onda de cogu, na moral hehehe. Só que puro sentir, puro aqui e agora. Se pensam, nao pensam do mesmo jeito. Deve ser loko!

Cogu tb tem isso de lançar a gente pra um lugar além-palavras.

Quando vc diz que "a criança só surge a partir da linguagem"... concordo apenas no sentido que o "Ego" dos individuos fortalece seus contornos a partir do momento em que aprende a nomear.

A partir do momento em q a criança se identifica com um nome, e identifica os outros seres a sua volta, como a mae, com um nome, o gatinho com um nome, o brinquedo com um nome... a criança começa a estabelecer contornos, a entender o que é "eu" e o que é "não-eu".

Mas a pessoa existe antes da formaçao do seu ego.
Existimos antes da palavra.

Aparentemente nós mudamos, mas profundamente nós continuamos sempre os mesmos.

Fato, e isso só fortalece meu argumento de necessidade de mudança moral, que só acontece mediante a vontade e à decisao do nosso livre arbitrio.
A tecnologia evoluiu mt desde a carroça puxada por cavalos, ate a invenção dos foguetes e aviões modernos, por exemplo.
O que parece nao ter evoluido nas ultimas centenas de anos foi justamente a qualidade moral do ser humano que pilotou/pilota esses diferentes meios de transporte.

O conhecimento só é util de verdade qnd nos torna melhores.
E nosso desenvolvimento moral tem a ver com ampliar a consciencia sobre nós e sobre o cosmos.

Nossa cultura/mitologia dificulta esse processo.
No fim das contas ninguém evolui por ninguém, embora todos se influenciem mutuamente.
Buscar boas referencias historicas e miticas nos ajuda.

As pessoas só ajudam os outros porque esperam receber algo em troca

Vc nunquinha na vida fez alguma coisa por alguém simplesmente pq podia e a pessoa precisava?
Nunca fez nada sem querer algo em troca? Sem sequer se importar se a pessoa gosta ou n de vc?
Nunca fez um bem por outra pessoa sem ser observado e sem ter a necessidade de contar pra alguém?

Se vc fez algo, algum dia, por menor q tenha sido o ato, vc tem a prova do contrario do que esta dizendo. Podemos ser altruistas da mesma maneira q podemos ser egoistas.

É consciencia e escolha.

De resto, nós não amamos os outros, apenas os usamos para nossa satisfação pessoal. Todo indivíduo é medíocre, mesquinho, egoísta, interesseiro. Em alguns isso fica mais evidente do que em outros, mas não há um único que preste (os “bonzinhos” são na verdade os mais falsos de todos).

"Quando Pedro fala de Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo"

Que povos são esses que viviam em paz?

Para ilustrar o que quero dizer com uma cultura que reproduz seus modelos psiquicos de referencia, através dos seus mitos (moldando assim sua realidade social), vou usar um exemplo que a Blavatsky usa.

Ela observa (naquela epoca dela de 1800ebolinha) que os paises de tradiçao budista tinham taxas de criminalidade infinitamente menores que os paises de tradiçao cristã, e ela localiza o motivo disso nos mitos que fundamentam a cosmovisao de cada uma das tradições.
Beeem por cima:
A mitologia budista fala o tempo todo que o individuo é responsavel pelos seus atos, e que não escapa à sua responsabilizaçao.
Ja para a tradiçao cristã, nao importa o quao horriveis foram os atos de uma pessoa em vida, se no seu ultimo suspiro ela pedir perdao, ja tem seu ticket pro paraiso post-mortem garantido.

Ou seja, a ideia que temos da nossa natureza e da natureza humana como um todo, molda toda nossa visao de mundo. Cria a base da realidade que construimos.

O Joseph Campbel observou algo semelhante quando percebeu q povos que, em seus mitos, colocavam os seres humanos como parte da natureza, tinham comportamentos socioculturais sustentaveis em relaçao a ela.

Da mesma maneira, povos que narravam em seus mitos que o ser humano era superior à natureza, davam aval para comportamentos socioculturais de exploraçao e dominio em relaçao a ela.

Criamos o mundo a partir da ideia q temos dele.
Criamos a nos mesmos a partir da ideia que temos de nós e dos outros seres humanos.

Muitos, por exemplo, culpam o capitalismo. Eu acho que o capitalismo é o único sistema que pode dar certo, no máximo alguma forma de evolução dele.

Vou me abster de dar opinião na esfera econômica. Só sei q a unica coisa q pode dar certo é um sistema que seja sustentavel em relaçao à natureza e socialmente responsavel, no sentido de estar voltado para a melhoria da qualidade de vida humana, em vez de ser construido explorando a vida humana e os recursos naturais.

E nem é questao de ser boazinha... é questao de sobrevivencia msm. Ou damos um jeito de melhorarmos como especie, ou seguiremos para a auto-extinçao.
 
Última edição:
Um bom resumo pra encurtar a "falação" da minha parte:

Das melhores cenas de "Waking Life"
(Pode postar link disso aqui ne?)
View: https://youtu.be/sqbajEDpvHQ


"Não se pode nada contra o Estado", "morte e impostos", "não fale sobre politica ou religião". Isso é equivalente à propaganda inimiga.
Renda-se soldado! Renda-se soldado!
Vimos isso no seculo 20. Agora no seculo 21, precisamos enxergar que não podemos ficar encurralados neste labirinto.
Não devemos nos submeter à desumanização!

Me preocupa o que esta acontecendo neste mundo
Me preocupa a estrutura, os sistemas de controle.
Os que controlam a minha vida e os que querem controla-la ainda mais!
Eu quero liberdade! E é isso que vc deveria querer!
Cabe a cada um de nós deixar de lado a ganancia, o ódio, a inveja, as inseguranças, seu modo de controle.
Nos sentimos patéticos, pequenos
e abrimos mão, voluntariamente, da soberania, da liberdade e do destino.

Precisamos nos conscientizar de que somos condicionados em massa!
Desafie o Estado escravo das corporações!
O seculo 21 é um novo seculo.
Não é um seculo de escravidão,
de mentiras e questões irrelevantes, de classicismo, estadismo e outras modalidades de controle.
Será a era em que a humanidade defenderá algo puro e correto

Que monte de lixo! Democratas liberais, republicanos conservadores... dois lados da mesma moeda!
Duas equipes gerenciais brigando pelo cargo maximo da Escravidao ltda.
A verdade esta la, mas eles estendem um bufe de mentiras

Estou farto! E nao aceito nem mais um quinhão!
A resistência não e fútil!
Nós venceremos!
A humanidade é boa demais, não somos fracassados!
Nos ergueremos e seremos humanos!
Nos empolgaremos com coisas reais! Com coisas que importam: criatividade e o espirito humano dinâmico que recusa-se a submeter-se!

Bem, isso é tudo o que tenho a dizer.
Está nas suas mãos
 
A respeito da questão da linguagem, o que você vem dizendo até então é uma ideia chamada de determinismo linguístico (parte da hipótese Sapir-Whorf)

Pois eu nunca tinha ouvido falar disso.

Vou citar um exemplo anedótico pra tentar ilustrar a argumentação que eu já usei nos comentários anteriores:
O povo Dani, da Nova Guiné possui duas palavras para cores: Mili, para cores frias/escuras e Mola para cores mornas ou claras. Mesmo eles não tendo uma palavra para o azul turquesa, eu acredito que qualquer um da tribo consegue imaginar essa cor (ou qualquer outra).

Você acredita que eles conseguem imaginar o azul turquesa ou que eles conseguem ver o azul turquesa? Por acaso você consegue imaginar uma cor que você nunca viu?

Se o nome que esse povo da Nova Guiné tem para as cores frias é ”Mili”, então o nome que ele tem para o azul turquesa é “Mili”, já que o azul turquesa é uma cor fria, uma forma específica de cor fria. As palavras em si não significam nada, elas só significam aquilo que você tem em mente quando as diz, tanto é que diferentes palavras podem ter o mesmo significado (por exemplo, “preto”, “black” e “noir” têm o mesmo significado, que é o significado de preto) e uma mesma palavra pode ter diferentes significados (por exemplo, a palavra “bala” pode significar munição de arma, um doce que se chupa ou ainda ser uma gíria para ecstasy, a palavra “Mili” pode significar azul, verde e violeta, a palavra “azul” pode significar azul escuro, azul claro, azul turquesa, azul piscina, azul marinho...). Um Pinscher e um São Bernardo não são a mesma coisa e mesmo assim é possível utilizar palavras iguais para se referir a eles, como “cão”, “cachorro”, “animal”, “mamífero”, da mesma forma que o azul turquesa é diferente do verde, embora ambos possam ser chamados de “cor”, “cor fria”, “Mili”, porque eles ainda têm algo em comum que permite que sejam chamados com a mesma palavra.

Mesmo que não houvesse uma palavra específica para Pinscher e outra para São Bernardo, ainda assim seria possível notar uma diferença entre eles através de características que se conseguiria nomear, como ao dizer que um é pequeno e o outro é grande, um é preto e marrom ou só marrom e o outro é branco e marrom... Do mesmo modo o povo Dani, embora não tenha uma palavra específica para azul turquesa e outra para verde, poderia dizer que o azul turquesa é “Mili” parecido com o mar e o verde é “Mili” parecido com a folha da árvore.

E mesmo que o povo Dani não conseguisse achar nenhuma palavra para o azul turquesa, nem mesmo “Mili”, ainda assim ele poderia chamá-lo de “sem nome”, “cor sem nome”, “cor inominável”, pois “sem nome”, “inominável”, “inefável”, “isso cujo nome eu desconheço” também são palavras e nomes que se referem às coisas.

Então, resumindo tudo o que eu disse, o povo Dani tem, sim, uma palavra para azul turquesa, e essa palavra é “Mili”.

Isso é muito influenciado pela própria cultura; uma tribo que vive numa floresta é bem mais provável de ter nomes para tons específicos de verde do que uma que vive no deserto, não por poderem enxergar mais cores, mas por uma questão de importância e relevância.

Uma tribo que vive no deserto, embora possa não ter um nome específico para cada tom de verde, ainda assim chama os diferentes tons de verde pelo nome de “verde” e, portanto, tem um nome para cada tom de verde, embora esse nome seja o mesmo para todos os tons, já que uma palavra pode ter vários significados diferentes.

...

Anão e Priscillocibina, depois eu respondo vocês.
 
Vc consegue pensar em algum mal social/ambiental que nao tenha como origem o egoismo?

O utilitarismo é um mal ambiental que não é egoísta. Para melhorar o conforto do ser humano, é necessário consumir energia, consumir matéria, muitas vezes de forma predatória. Cada vez há mais gente, e cada vez é necessário consumir mais.

Culto ao egoismo e à superficialidade.

Entendo sua preocupação. Eu, particularmente, partilho desta opinião, mas acho que é uma veia mais "niilista", que tem se tornado "normativa" ou "legal" de se seguir.

(Sempre há esperanças... no lixão nasce flor e nas bostas cogus)

Esperança para a vida sim, mas não para a espécie. Do fim do homem, certamente nascerão outras formas de vida. E se a Terra for destruída, o pó cósmico certamente irá acabar em outro lugar e causando outra forma de vida.

Atualmente a cultura alimenta essa ultima ideia. Baixa auto-estima, superficialidades, competição, sentimentos de medo e ódio... as pessoas se tornam altamente manipulaveis assim.

Não acho que a cultura atual alimente a baixa auto-estima, muito pelo contrário. Alimenta o culto do ego e da auto-estima excessiva. VOCÊ é único, VOCÊ é especial, VOCÊ deve pensar somente em SI mesmo. VOCÊ ganhou? Parabéns, você é o melhor! VOCÊ não ganhou? Tudo bem, você ainda é o melhor, o importante é participar! Está num relacionamento, brigaram? ELE(A) é inútil, VOCÊ importa. Família? Perda de tempo, VOCÊ deve viajar pelo mundo e fazer o que VOCÊ quer. Ironicamente, na mente do outro, e nos circulos sociais, e nos locais onde ele busca algum tipo de auxílio, o mesmo ecoa. Ou seja, todos são únicos, consequentemente, ninguém é. E ninguém é, mesmo.

Não precisa continuar sendo essa barbárie

Veja pelo lado positivo: não morremos mais de peste negra, não estamos queimando pessoas na fogueira por serem canhotos, a maioria sabe ler e escrever e tem acesso à informação.

E nem é questao de ser boazinha... é questao de sobrevivencia msm. Ou damos um jeito de melhorarmos como especie, ou seguiremos para a auto-extinçao.

A extinção é inevitável, natural e saudável. A Terra tem milhões de anos. O ser humano tem aí, cerca de 30 mil anos de história escrita. Vivemos em um segundo do dia. Achar que estaremos vivos mais de um minuto, quando nenhuma outra espécie sobreviveu 10 segundos, na minha opinião, é ilusão.

Os que controlam a minha vida e os que querem controla-la ainda mais!

Somos os preocupados, mas, o que me preocupa mais, é que a necessidade do controle é clara. O ser humano PRECISA de liderança. É natural, instintivo, da época do macho alfa, do cacique da tribo, do rei, do pastor, do ancião da vila, etc, etc. O ser humano é hierárquico, por questões biológicas e evolutivas. É impossível a liberdade plena, impossível e indesejável. Infelizmente, hoje em dia o que dita a liderança não são as habilidades OBJETIVAS de um líder (exemplo: aptidão física, etc) mas sim a subversão e o dinheiro. Ainda sim, pode-se dizer que há superioridade nos que lideram e nos que comandam. Uma superioridade que muito possivelmente vem em troca de inocência, de alegria: os mais frios tendem a chegar mais longe, pois a empatia é empecilho. É um empecilho que aceitamos ter, mas ainda sim um empecilho. Se você for mais empático, basicamente, se você for uma boa pessoa, a tendência de eventualmente ser um líder ou ter um nível herárquico/social maior, é proporcionalmente menor. É a velha história da grande parcela de CEOS/pessoas influentes que apresentam tendências psicopatas. É um fato, é quase como o Dick Vigarista, mas ao contrário. Na vida real, o Dick Vigarista sempre ganha, os corredores honestos caem nos buracos, furam os pneus e ele chega sozinho na linha de chegada.

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Não tenho o que contra argumentar no momento em relação ao @morpheu pois esta discussão é completamente etimológica. A linguagem não é algo que nasceu, é algo inventado, progressivo, complexo, curioso, etc. A discussão sobre as palavras, origens, diferenças entre linguagens poderia se extender durante páginas e páginas de posts, e até considero interessante, porém não estou vendo discordâncias, mas sim diferentes interpretações de uma mesma realidade. Os dois argumentos não são necessarimente contraditórios, a @Priscillocibina apresentando um otimismo e o determinismo. Ambos de forma que acredito veementes demais. É normal que em uma discussão completamente escrita, as idéias não se transmitam de forma "fluida", as opiniões não se moldam em tempo real, como em uma conversa pessoal. Mas até o momento, têm sido uma discussão interessante.
 
Última edição:
A linguagem foi uma consequência do indivíduo e do intelecto, ela foi criada exatamente para tentar expressar o pensamento. Ou seja, a linguagem é a projeção do pensamento e não o contrário.

Por acaso você já viu um indivíduo anterior à linguagem? Você tem alguma lembrança de si mesmo quando você ainda não sabia falar?

Você poderia dizer que um bebê recém-nascido já é um indivíduo destituído de linguagem, mas um bebê recém-nascido não possui nenhuma individualidade. Por acaso você tem alguma lembrança de si mesmo como um bebê que ainda não sabia falar?

E a linguagem não é projeção do pensamento. Na verdade pensamento e linguagem andam juntos: não há pensamento sem linguagem e toda linguagem já é sempre um pensamento. Por acaso você consegue pensar sem utilizar nenhuma palavra ou outro sinal linguístico?

Sim, a linguagem é o pensamento projetado, mas não necessariamente em voz. E o que são as escritas? As primeiras formas de comunicação escritas eram por desenhos e não por palavras. A comunicação "linguística" não necessariamente necessita de palavras ou lógica. Você pode transmitir uma idéia, ou um pensamento, por tom de voz com gemidos e isto também é linguagem. Danças, até mesmo cores (em uma bandeira, por exemplo) ou símbolos (cruz vermelha, sinal de pare, escudos de identificação de famílias, etc.) também são linguagem.

Em momento algum eu disse que linguagem se restringe à palavra oral, inclusive eu já havia dito antes, numa frase que você mesmo citou, que gestos, sinais e escrita também são linguagem:

Surdos não são destituídos de linguagem. Eles se comunicam e se referem às coisas por meio de gestos e sinais, além de serem capazes de ler e escrever, e tudo isso é linguagem.

Eu havia dito que fala é linguagem, mas não que é o único modo possível de linguagem.

O que acredito que você tenha tentado dizer, e eu concordaria, é que você, como indivíduo, não tem o poder de alterar a realidade do equilíbrio

Pois eu não disse isso. O que eu disse simplesmente é que ajudar alguém não vai torná-lo feliz.

Ou seja, você pode ensinar, mas sempre vai haver um ignorante. Você pode alimentar, mas a fome sempre vai existir.

Não foi isso que eu quis dizer. O que eu quis dizer foi o seguinte: uma pessoa que é infeliz sem ter o que comer vai continuar infeliz mesmo tendo o que comer. Eu não disse que é impossível acabar com a fome, porque é possível, o que eu disse é que acabar com a fome não vai tornar ninguém feliz, pois o que nos torna infelizes não são as situações, mas os nossos pensamentos sobre elas. É perfeitamente possível ser feliz mesmo sem ter o que comer.

Porém, a existência do negativo não anula o positivo, muito pelo contrário.

Nenhum fato é inerentemente positivo ou negativo, bom ou ruim. Os fatos simplesmente são o que são. Nós é que os classificamos como bons ou ruins. A prova viva de que as situações não são inerentemente boas nem más é o fato de que uma mesma situação pode provocar reações diversas nas pessoas: fulano pode achá-la ruim, sicrano pode achá-la boa, beltrano pode ignorá-la completamente.

A evolução da sociedade e do ser humano é visível.

Superficialmente a sociedade e o ser humano mudaram, mas profundamente, não. Todo mundo continua infeliz, alienado, massificado e vivendo no engano e na ilusão.

Algumas coisas não mudam, mas a miséria, a ignorância, estas questões têm diminuído constantemente.

A ignorância tem diminuído? Ignorância em relação a quê? Só porque todo mundo vai para a escola e tem acesso à informação você acha que a ignorância está diminuindo? Só porque todo mundo sabe ler e escrever? É isso que você chama de diminuição da ignorância? De que adianta ter conhecimento do que não tem importância?

Como é possível você afirmar que a ignorância tem diminuído, se praticamente todas as pessoas ainda acham que são alguma coisa e que o mundo é real?

Uma pessoa que diz que a ignorância tem diminuído só faz essa afirmação porque ela própria ainda está completamente imersa na ignorância.

Vivemos literalmente na época dourada da humanidade.

Ainda estamos na Idade das Trevas, isso sim.

Por que acha que vivemos na época dourada da humanidade?

Família? Perda de tempo, VOCÊ deve viajar pelo mundo e fazer o que VOCÊ quer.

Acho que você e eu vivemos em planetas diferentes, porque no planeta onde eu vivo não há nada que seja mais estimulado, sacralizado e endeusado do que a família.

Veja pelo lado positivo: não morremos mais de peste negra

Não morremos mais de peste negra, mas temos a Aids, a bomba atômica, comida com agrotóxico, o próprio ar que respiramos é poluído, destruímos o meio ambiente (o que, cedo ou tarde, trará suas consequências, como catástrofes naturais e esgotamento de recursos)...

não estamos queimando pessoas na fogueira por serem canhotos

Não queimamos pessoas na fogueira por serem canhotas, mas odiamos, xingamos, agredimos e matamos pessoas por serem de uma raça diferente, de uma nacionalidade diferente, de uma religião diferente, por terem uma visão política diferente, uma orientação sexual diferente, um time de futebol diferente, um modo de vida diferente... Superficialmente as coisas mudam, profundamente tudo permanece o mesmo.

A extinção é inevitável, natural e saudável. A Terra tem milhões de anos. O ser humano tem aí, cerca de 30 mil anos de história escrita. Vivemos em um segundo do dia. Achar que estaremos vivos mais de um minuto, quando nenhuma outra espécie sobreviveu 10 segundos, na minha opinião, é ilusão.

A Priscillocibina havia falado em auto extinção, e não em extinção natural. Uma coisa é uma espécie ser extinta por causas naturais, outra bem diferente é ela causar sua própria extinção.

...

Priscillocibina, depois eu respondo você.
 
Você acredita que eles conseguem imaginar o azul turquesa ou que eles conseguem ver o azul turquesa? Por acaso você consegue imaginar uma cor que você nunca viu?

Ambos (exceto para indivíduos que tenham alguma anomalia fisiológica nos olhos). Não, creio que não.

As palavras em si não significam nada, elas só significam aquilo que você tem em mente quando as diz, tanto é que diferentes palavras podem ter o mesmo significado (por exemplo, “preto”, “black” e “noir” têm o mesmo significado, que é o significado de preto) e uma mesma palavra pode ter diferentes significados (por exemplo, a palavra “bala” pode significar munição de arma, um doce que se chupa ou ainda ser uma gíria para ecstasy, a palavra “Mili” pode significar azul, verde e violeta, a palavra “azul” pode significar azul escuro, azul claro, azul turquesa, azul piscina, azul marinho...). Um Pinscher e um São Bernardo não são a mesma coisa e mesmo assim é possível utilizar palavras iguais para se referir a eles, como “cão”, “cachorro”, “animal”, “mamífero”, da mesma forma que o azul turquesa é diferente do verde, embora ambos possam ser chamados de “cor”, “cor fria”, “Mili”, porque eles ainda têm algo em comum que permite que sejam chamados com a mesma palavra.

Utilizando essa mesma lógica eu poderia utilizar uma única palavra pra qualquer objeto ou substantivo, sem por isso prejudicar a percepção do indivíduo; eu poderia andar por ai chamando tudo de "coisa", se eu tiver em mente o objeto a que eu me refiro.
Seria uma linguagem bem estranha! :eek:
Talvez eu tenha entendido errado, mas você diz que a linguagem cria o pensamento, e nesse exemplo você coloca a linguagem como dependente do pensamento (o indígena diz Mili enquanto tem em mente (pensa, imagina) a cor a que se refere). Como isso não é contraditório?

A propósito, se as palavras em si não significam nada, temos que ter conceitos atrelados a elas (para dar significado), certo?
Então pensamento = palavra + conceito abstrato
Se removemos as palavras (linguagem) o que sobra? Os conceitos abstratos.

Então se meus cálculos estão corretos, para um indivíduo destituído de linguagem ainda resta a imaginação (que nada mais é do que pensar em conceitos). Na minha visão de mundo funciona mais ou menos assim.
 
Por acaso você já viu um indivíduo anterior à linguagem? Você tem alguma lembrança de si mesmo quando você ainda não sabia falar?

Você poderia dizer que um bebê recém-nascido já é um indivíduo destituído de linguagem, mas um bebê recém-nascido não possui nenhuma individualidade. Por acaso você tem alguma lembrança de si mesmo como um bebê que ainda não sabia falar?

Não, mas isto é completamente alheio à linguagem. Os bebês humanos necessitam de cuidados altamente precisos, somos uma espécie extremamente frágil durante os anos iniciais. Nós estamos tendo esta discussão porque a linguagem foi criada, a linguagem permite a transmissão de conhecimento através de gerações e consequentemente, somos o resultado de diversas gerações de evolução. Mas, e antes disso? Quem trouxe a linguagem, os alienígenas? Claro que esta foi uma pergunta retórica. Nós, seres humanos, criamos a linguagem. A nossa linguagem, no caso, pois mesmo animais com capacidade intelectual muito abaixo da nossa, possuem suas próprias linguagens.

E a linguagem não é projeção do pensamento. Na verdade pensamento e linguagem andam juntos: não há pensamento sem linguagem e toda linguagem já é sempre um pensamento. Por acaso você consegue pensar sem utilizar nenhuma palavra ou outro sinal linguístico?

Como não há pensamento sem linguagem? A linguagem que você se refere é artificial, é feita para definir a realidade. Sabemos que a grama é verde, mas não por causa da palavra verde. A palavra verde foi criada para definir a cor, que nós já víamos, muito antes de saber que era verde. Tal como as outras cores e objetos. Já caçávamos e comíamos antes de saber o que era proteína, ou gordura. Ou seja, a linguagem é um constructo feito para possibilitar a convivência de diferentes pessoas em uma única sociedade, além da transmissão de conhecimento mas ela não é necessária para existência, ou mesmo para a consciência, da realidade. Mesmo porque, ela é apenas uma ferramenta de transporte do conhecimento, a linguagem em si não contém o conhecimento.

Pois eu não disse isso. O que eu disse simplesmente é que ajudar alguém não vai torná-lo feliz.

Como alguém que já foi ajudado e foi feito feliz, só posso discordar.

O que eu quis dizer foi o seguinte: uma pessoa que é infeliz sem ter o que comer vai continuar infeliz mesmo tendo o que comer

Se a causa da infelicidade for a fome, ela vai sim, deixar de ser infeliz, se deixar de ter fome. Não vejo como é possível argumentar o contrário.

É perfeitamente possível ser feliz mesmo sem ter o que comer.

Eu acredito que as chances de alguém anêmico ser feliz, tanto pela fome, quanto pela falta de nutrientes que permitem o bom funcionamento do cérebro, são bem mais baixas do que alguém bem alimentado. Sinceramente, não estou entendendo o argumento.

Superficialmente a sociedade e o ser humano mudaram, mas profundamente, não. Todo mundo continua infeliz, alienado, massificado e vivendo no engano e na ilusão.

Estude mais história. Estas afirmações são objetivamente falsas. O simples fato de termos acesso à um um dispositivo pequeno, no qual eu posso acessar informações sobre como cultivar cogumelos, depois tomá-los, enquanto participo de diversas (quase infinitas) formas de lazer, eletrônicas ou não, sabendo que posso sair na rua onde irei cruzar com dezenas de desconhecidos e muito provavelmente não serei atacado, minhas coisas pessoais não serão pilhadas e - pasmem - se eu cair na rua, muito provavelmente serei ajudado por desconhecidos! Mantemos contato mesmo com pessoas que estão do outro lado do mundo, em tempo real. Tenho acesso à diversos tipos diferentes de comida e formas de lazer, além do acesso à informação basicamente ilimitado.

Você consegue pensar uma situação assim na idade média? Na idade moderna? Na primeira metade da idade contemporânea?

Se você se considera infeliz e acredita que vive no engano e na ilusão, tudo bem. Espero que encontre algo melhor. Mas saiba que você escolhe viver neste estado e ter esta perspectiva, porém, ela está longe da realidade. De certa forma, esta perspectiva molda a sua realidade através do seu viés. Mas a realidade é: existe infelicidade, felicidade, existe alienação mas existe inalienação. Existe o engano, a ilusão, mas existe também a certeza e a realidade.


Nenhum fato é inerentemente positivo ou negativo, bom ou ruim.

Estou me referindo à regra áurea ou ética da reciprocidade. Aliás, detesto este relativismo e não entrarei em discussões mais aprofundadas sobre o mesmo. Existe, sim, para qualquer pessoa sensata, algo objetivamente bom e objetivamente ruim. Estamos falando da perspectiva humana, de seres saudáveis e sensatos. Matar é ruim, roubar é ruim, ajudar é bom, etc. Se você argumentar contra isso, já estamos discordando na parte mais fundamental da sociedade.

A ignorância tem diminuído? Ignorância em relação a quê? Só porque todo mundo vai para a escola e tem acesso à informação você acha que a ignorância está diminuindo? Só porque todo mundo sabe ler e escrever? É isso que você chama de diminuição da ignorância? De que adianta ter conhecimento do que não tem importância?

Sim, em relação à falta de conhecimento e de acesso ao mesmo. Sim, sim e sim. Todo conhecimento tem importância.

Ainda estamos na Idade das Trevas, isso sim.

Por que acha que vivemos na época dourada da humanidade?

Por termos uma expectativa de vida mais alta de toda a história e aumentando, muito além do que é natural à espécie. Por termos acesso ilimitado à informação e comunicação em tempo real de forma globalizada. Por termos IDH crescente, acesso ao conforto, educação, saneamento básico como nunca tivemos anteriormente. E basicamente, também, por não estarmos em uma guerra mundial no momento e basicamente estarmos pacificados.

Acho que você e eu vivemos em planetas diferentes, porque no planeta onde eu vivo não há nada que seja mais estimulado, sacralizado e endeusado do que a família.

Talvez. O que tenho percebido é o contrário. A família vem sendo cada vez mais e mais colocada de lado, o altruísmo também, ou seja, o sacrifício do "eu" para um bem familiar é desencorajado, e o indivíduo, o ego, é idolatrado.

Não morremos mais de peste negra, mas temos a Aids, a bomba atômica, comida com agrotóxico, o próprio ar que respiramos é poluído, destruímos o meio ambiente (o que, cedo ou tarde, trará suas consequências, como catástrofes naturais e esgotamento de recursos)...

Temos a AIDS e tratamento gratuito para que quem tem, não morra, desde que tome os remédios. Temos a bomba atômica, o que ironicamente, faz com que tenhamos paz, visto que ninguém quer tomar, ou ter que jogar a sua. Ter comida com agrotóxico é melhor do que não ter, ou perder os plantios para pragas. O ar poluído é resultado do conforto, ou seja, não se pode fazer omelete sem quebrar ovos. O meio ambiente se destrói por conta própria. Há o argumento de que estamos acelerando, porém, a Terra em si não é afetada pela "destruição". Ela já foi destruída e se reconstruiu diversas vezes. Passou por diversas eras do gelo, além de diversas outras "catástrofes" (para a vida como conhecemos), mas a vida está aí. Ela existe, não deixará de existir e mesmo que a Terra deixe de existir, a vida ainda existirá. O universo é infinito, consequentemente, a vida é infinita.

Não queimamos pessoas na fogueira por serem canhotas, mas odiamos, xingamos, agredimos e matamos pessoas por serem de uma raça diferente, de uma nacionalidade diferente, de uma religião diferente, por terem uma visão política diferente, uma orientação sexual diferente, um time de futebol diferente, um modo de vida diferente... Superficialmente as coisas mudam, profundamente tudo permanece o mesmo.

Estas coisas, hoje em dia, são crimes e (deveriam ser) são punidos de acordo. Não são mais questões socialmente aceitas, ou até mesmo encorajadas. Além disso, expectativa de vida crescente, qualidade de vida crescente, chances de todos os acontecimentos citados são bem menores. Escravidão foi abolida, perseguição religiosa também... Ocorrem de forma esporádica e excepcional.

A Priscillocibina havia falado em auto extinção, e não em extinção natural. Uma coisa é uma espécie ser extinta por causas naturais, outra bem diferente é ela causar sua própria extinção.

E o que na auto-extinção não é natural? As extinções ocorrem por diversas causas. O que diferencia uma causa artificial de uma causa natural? Eu respondo: a semântica. Se os Pandas são extintos por não se reproduzirem, é natural. Mas se o homem é extinto por não se reproduzir, é artificial. O que vem do ser humano é artificial, mas objetivamente, a extinção é a mesma e no fim, é natural.
 
Última edição:
Se somos guiados pela vontade de transformação da realidade para que sirva ao ao bem comum, se sao cultivados os valores que fortalecem o coletivo, em vez daqueles que o desagregam, alimentamos mudanças positivas na cultura.

O coletivo tem mais é que ser enfraquecido mesmo, pois o coletivo é o rebanho.

Como vc chegou a essa conclusao e pq acredita tanto que seja a verdade?

Isso não foi uma conclusão a que eu cheguei, isso é algo extremamente óbvio, basta ter olhos para ver e ouvidos para ouvir.

Mas, se você acha que as coisas são independentes e separadas dos nomes que lhes damos, eu lhe faço a pergunta: você tem alguma lembrança do mundo antes que você soubesse falar? Você consegue ver uma coisa que você não consegue nomear?

Se vc conviver com bebês vai perceber que eles interagem com as pessoas e objetos à sua volta desde quando nascem, e nao apenas quando aprendem o nome das coisas.

Um bebê é apenas um corpo animado, ele não possui nenhuma individualidade. Só porque ele parece estar interagindo com as pessoas e objetos à sua volta não quer dizer que ele esteja percebendo pessoas e objetos à sua volta. Uma planta também interage com o ambiente ao seu redor e nem por isso ela tem a percepção de pessoas e objetos (um girassol, por exemplo, se vira em direção ao sol, mas o girassol não vê nem a si mesmo como um girassol, nem o sol como sol e nem a sua virada como uma virada; só nós é que vemos o girassol como girassol, o sol como sol e o girassol se virando em direção ao sol).

E, de qualquer maneira, um bebê já pode ter aprendido a linguagem sem necessariamente conseguir expressá-la oralmente, pois ele já pode ter aprendido a pensar, e o pensamento é uma fala mental.

Daria o milhão de reais q nao tenho pra saber o que se passa na cabeça de um bebê antes de aprender as palavras.

Não existe bebê antes de aprender as palavras. O bebê só surge porque as pessoas dizem que há um bebê. Por acaso você tem alguma lembrança de si mesma quando você ainda não tinha aprendido nenhuma palavra?

Mas, se você quer tanto saber o que se passa na cabeça de um bebê, é simples: lembre-se da sua primeira memória.

Cogu tb tem isso de lançar a gente pra um lugar além-palavras.

Nem mesmo essas experiências alucinógenas são algo fora e além da linguagem, muito pelo contrário. Tudo aquilo que experienciamos sob efeito de alucinógenos pode perfeitamente ser falado, pois, se não pudesse, nós nem sequer experienciaríamos aquilo; são apenas linguagens e significados estranhos e diferentes dos que nós conhecemos.

Mas a pessoa existe antes da formaçao do seu ego.

E qual a diferença entre ego e pessoa? O que é o ego e o que é a pessoa?

Aliás, está tão na moda ficar falando sobre o ego. E o pior de tudo é que as pessoas que fazem isso nem sequer sabem do que é que estão falando, elas só ficam repetindo o que os outros dizem.

Existimos antes da palavra.

Para você afirmar que já existíamos antes da palavra, você tem que ter uma evidência disso, e por acaso você tem essa evidência? Você tem alguma memória de si mesma quando você ainda não sabia falar?

A propósito, essa pessoa que você pensa que você é não existe. Nunca existiu, de modo algum. É uma tremenda duma ilusão. Não tem ninguém aí.

Fato, e isso só fortalece meu argumento de necessidade de mudança moral, que só acontece mediante a vontade e à decisao do nosso livre arbitrio.

Não existe livre-arbítrio. Você tem tanto controle sobre as suas ações e escolhas quanto tem sobre as batidas do seu coração. A ideia de livre-arbítrio já parte de um pressuposto falso, isto é, de que há um indivíduo para escolher.

Vc nunquinha na vida fez alguma coisa por alguém simplesmente pq podia e a pessoa precisava?
Nunca fez nada sem querer algo em troca? Sem sequer se importar se a pessoa gosta ou n de vc?
Nunca fez um bem por outra pessoa sem ser observado e sem ter a necessidade de contar pra alguém?

Se vc fez algo, algum dia, por menor q tenha sido o ato, vc tem a prova do contrario do que esta dizendo. Podemos ser altruistas da mesma maneira q podemos ser egoistas.

Só porque uma pessoa ajuda os outros sem esperar receber algo em troca não quer dizer que ela não seja egoísta. Para cada ato de bondade que uma pessoa faz, ela faz no mínimo três atos de egoísmo. As pessoas de vez em quando ajudam os outros, mas na maior parte do tempo elas estão em busca de seus interesses pessoais, criando conflitos e brigas, reclamando... Aliás, egoísmo não é apenas querer tudo para si e não se importar com os outros, egoísmo é apego a si mesmo, dar importância a si mesmo. Por mais que uma pessoa ajude os outros, se ela continua tentando resolver a sua vida, tentando salvar a si mesma, buscando sua realização pessoal, então ela é egoísta. A partir do momento em que criamos uma imagem de nós mesmos, nós precisamos fazer de tudo para proteger e salvar essa imagem, e isso é mediocridade, isso é mesquinharia, isso é egoísmo, isso é interesse pessoal.

os paises de tradiçao budista tinham taxas de criminalidade infinitamente menores que os paises de tradiçao cristã

Os países de tradição budista tinham taxas de criminalidade infinitamente menores que os de tradição cristã, mas ainda assim tinham taxas de criminalidade, certo? Além do mais, uma boa parte dos crimes cometidos não é registrada, e não é porque as taxas de criminalidade são baixas que um país vive em paz, porque o conflito não acontece apenas quando há crime, há muitas formas de criar conflito que não são consideradas crime.

Mesmo que não houvesse nenhum crime num determinado país, isso não significaria que ele vive em paz, significaria apenas que ele é um país sem crimes.

O fato de que países budistas eram menos violentos que países cristãos não prova que nos países budistas as pessoas viviam em paz, prova apenas que em países cristãos o conflito adquiriu proporções maiores.

Vou me abster de dar opinião na esfera econômica. Só sei q a unica coisa q pode dar certo é um sistema que seja sustentavel em relaçao à natureza e socialmente responsavel, no sentido de estar voltado para a melhoria da qualidade de vida humana, em vez de ser construido explorando a vida humana e os recursos naturais.

De que adianta um sistema ser sustentável em relação à natureza e socialmente responsável, se as pessoas que vivem nesse sistema continuam infelizes e vivendo na mais completa ignorância a respeito delas mesmas e do mundo? O que você quer é a verdade e a liberdade, ou o que você quer é tornar a mentira e a escravidão mais confortáveis?

...

SRgreen e Anão, depois eu respondo vocês.
 
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