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A essência de gravidade. Uma nova possibilidade cósmica

  • Criador do tópico Mauricio
  • Data de início
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Mauricio

Visitante
A essência de gravidade.Uma nova possibilidade cósmica
 

Anexos

  • O essencial de anewgravity.pdf
    260.2 KB · Visualizações: 62
Esses campos da física teórica atual relacionado à cosmologia, física de partículas e outros me parecem muitas vezes mais místicos que algumas tradições religiosas :D

E tão difíceis de comprovar quanto.
 
Scientific American Brasil

edição 121 - Junho 2012

Muito barulho por nada
A ciência se aproxima de descobrir por que existe algo em vez de nada
por Michael Shermer


Por que existe algo em vez de nada? Essa é uma daquelas questões profundas difíceis de responder. Ao longo de milênios, os humanos simplesmente disseram “Foi Deus quem fez”: um criador precedeu o Universo e o criou a partir do nada. Mas isso levanta a pergunta de quem criou Deus – e se Deus não precisar de um criador, a lógica dita que o Universo também não precisa. A ciência lida com causas naturais (não sobrenaturais) e por isso permite várias maneiras de explorar de onde é que o “algo” veio.

Universos múltiplos

Há muitas hipóteses de multiversos que nos mostram como o Universo poderia ter nascido a partir de outro. Nosso Universo pode ser, por exemplo, apenas um entre vários universos-bolha com diferentes leis naturais, que produziriam estrelas, com algumas delas colapsando em buracos negros e tendo peculiaridades que dariam origem a novos universos – de maneira similar à singularidade que os físicos acreditam ter dado origem ao Big Bang.

Teoria-M

No livro The Grand Design (O grande projeto), escrito em 2010 com Leonard Mlodinow, Stephen Hawking elege a “Teoria-M” (uma extensão da teoria de cordas que inclui 11 dimensões) como “a única candidata à teoria completa do universo. Se for finita – e isso ainda terá que ser provado – será o modelo de um universo que cria a si mesmo”.

Criação de espuma quântica

O “nada” do vácuo espacial na verdade é feito de turbulências espaço-temporais subatômicas em distâncias extremamente pequenas, mensuráveis na escala de Plank – a distância na qual a estrutura do espaço-tempo é dominada pela gravidade quântica. Nessa escala, o princípio da incerteza de Heisenberg permite que a energia decaia brevemente em partículas e antipartículas, produzindo “algo” a partir do “nada”. O nada é instável. Em seu novo livro, A Universe from Nothing, o cosmólogo Laurence M. Kraus tenta ligar a física quântica à teoria da relatividade geral de Einstein para explicar a origem de um Universo dessa maneira: “Na gravidade quântica, os universos podem aparecer espontaneamente, e de fato sempre o farão. Esses universos não precisam estar vazios, mas podem conter matéria e radiação desde que sua energia total, incluindo a energia negativa associada à gravidade (contrabalanceando a energia positiva da matéria), seja zero”. Além disso, “para universos fechados que podem ser criados a partir desses mecanismos para durar mais do que intervalos infinitesimais de tempo, algo como a inflação se faz necessário”. As observações mostram que o Universo é de fato plano (há matéria suficiente para desacelerar sua expansão, mas não detê-la), tem energia total zero e passou por uma rápida inflação, ou expansão, logo após o Big Bang, como descrito pela cosmologia inflacionária. “A gravidade quântica não apenas parece permitir que universos sejam criados a partir do nada – ou seja, da ausência de espaço e tempo –, ela pode precisar que seja assim. O ‘nada’ – nesse caso a ausência de espaço, de tempo, de tudo! – é instável”.

As outras hipóteses também são testáveis. A ideia de que novos universos possam surgir de buracos negros em colapso pode ser esclarecida a partir de conhecimentos adicionais sobre as propriedades de buracos negros, que estão sendo estudadas. Outros universos-bolha podem ser detectados nas sutis variações de temperatura da radiação cósmica de fundo deixada pelo Big Bang de nosso Universo. A Sonda Anisotrópica de Micro-ondas Wilkinson (WMAP, em inglês) está coletando dados sobre essa radiação. Além disso, o Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (LIGO, em inglês) foi projetado para detectar ondas gravitacionais excepcionalmente fracas. Se existem outros universos, talvez rugas em ondas gravitacionais indiquem sua presença. Talvez a gravidade seja uma força relativamente tão fraca (se comparada ao eletromagnetismo e às forças nucleares) porque parte dela “vaza” para outros universos. Mesmo que Deus seja visto como o criador das leis da Natureza que fizeram o Universo (ou multiverso) surgir a partir do nada – se essas leis forem determinísticas –, então Deus não teve escolha na criação do Universo, e por isso não foi necessário. De qualquer forma, por que deveríamos nos voltar para o sobrenatural quando nossa compreensão do natural ainda está em seus estágios iniciais? Seríamos sábios ao seguir esse princípio cético: antes de dizer que algo não é deste mundo, certifique-se de que não seja deste mundo.
 
Tem algum físico por aqui? Esses assuntos precisam de uma base pesada de física, e relatividade de matemática bem avançada, que nem todo físico formado por ai tem... Não estou criticando, ao contrário, a cada dia que entro no CM percebo que seus membros são bem seletos, vários biólogos e tal, e hj me deparo com esse tópico de um dos assuntos mais polêmicos de física... Acho interessante esse tipo de discussão, mas não deve ser levado tão a sério se a pessoa não entende do que realmente está por trás do que está lendo. Eu pelo menos ainda não consigo entender disso, queria muito encontrar alguém que entenda por aqui, pois gosto muito desse assunto e tal (estou cursando o segundo ano de física, mas não sei muito além do que uma pessoa do ensino médio saiba, pois os primeiros anos são basicamente o ensino médio, mas mais generalizado e com provas de tudo o que aparece por lá :) )
 
eu entendo e nao sou fisico.
em essencia.
queria ter uma base cientifica melhor para discutir sobre, mas leio muito e lendo se entende.
VISUALIZAR a malha que compoe o universo tambem ajuda.
 
é verdade o que diz o mortandelo os enteógenos ajudam a entender o nosso percentual de "algo" em meio ao "nada", bem como as implicações de nossas atitudes nesse balanço total. Não é preciso ter uma base avançada pra entender essas questões pq o que os teóricos fazem é procurar fórmulas universais que generalizem esse processo para que o nosso mundo "poliglota" consiga uma tão sonhada confraternização universal, eu diria que antes de tudo precisa-se é de uma inteligência emocional pois é nesse campo onde acontecem boa partes das trocas de carga desse mundo quântico, valeu!
 
Tem algum físico por aqui? Esses assuntos precisam de uma base pesada de física, e relatividade de matemática bem avançada, que nem todo físico formado por ai tem...


Acho que não tem nenhum físico declarado aqui, Tana, pelo menos não declarado.

Mas só estamos discutindo textos de divulgação científica. Esses textos não são artigos, e só dão uma ideía simples dos conceitos, mas tem a sua função junto ao público leigo, como nós.
 
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