- 14/04/2015
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É, fui eu pra segunda experiência. Motivo? Oportunidade rara e necessidade. A ideia virou então ter uma experiência um pouco além da primeira, mas ainda aquém da experiência com 2 g secos. Acho que foi uma boa escolha o que fiz. Essa segunda experiência foi mais que o dobro da primeira, e me deu uma visão muito mais próxima da experiência mais profunda.
A dose foi de 1 g crack n dry e 3,5 g frescos. Espremi dois limões sicilianos, depois joguei tudo num liquidificador, bati e tomei sem coar pois não sabia se o limão com água gelada absorvia a psilocibina: tomei tudo. Resultado: 2 horas de desconforto absurdo, dor no estômago mesmo. Logo no começo da trip já tinha pensado em fumar cannabis para aliviar as dores, mas decidi que ia encarar tudo de cara, porque não queria potencializar a onda com cannabis, queria conhecer o efeito do cogumelo puro.
Essa escolha de não fumar maconha determinou uma trip extremamente desagradável e dolorida nas duas primeiras horas, mas pelo menos me assegurou não distorcer o efeito da psilocibina, nem potencializar.
Deitei e fiquei olhando as coisas começando a se distorcer levemente. O aspecto visual foi fortalecendo, mas sem muito exagero - se bem que não sei o que chamar de exagero. Era muito fácil olhar pra tudo e ver rastros de tudo que olhava, e as pessoas pareciam ter mais de dois olhos. Eu sabia claramente que era ilusão, porque não chegou ao ponto do realismo. Era mais um reflexo de olhos extras. E as coisas estavam distorcidas.
Com o aumento da cólica, desconforto absurdo, nem conseguia curtir o efeito. Fui pro chuveiro, onde cheguei ao pico. Foi lá que comecei a sentir também as influências da gripe que tinha acabado de superar. Recebi vários pensamentos estranhos, mas me mantive até tranquilo, sabendo que tudo era fruto da substância. Aos poucos a experiência foi me lembrando cada vez mais uma sensação de morte, apesar de ter passado longe da perda do ego, ou da experiência de quase-morte - mas já pude compreender parte de seu significado.
Sei que fui pro banheiro pensando em liberar mais serotonina no meu cérebro pra ver se parava a cólica - ou seja, eu ia tocar uma . Mas, francamente, passei longe disso. Aliás, a trip toda foi oposta à qualquer atividade sexual.
Teve horas que tava tanta dor que eu pensei em desistir da onda. Normal. Insisti em sentir mesmo tudo, nada de cannabis pra aliviar, nem calmantes, que aliás não tenho nenhum em casa. Afinal, buscou a experiência, aguenta!
Resolvi sair do banho depois de uma hora de água. Ainda saí com mais uma hora de dor pela frente. Infelizmente, 2 horas de desconforto foi muito desagradável. E depois do fim da dor também permaneci me sentindo estranho, principalmente enjoo e dores no corpo. Além disso, a gripe recém-curada também estava influindo no meu estado de espírito e no andamento da trip. Apesar de estar mal, eu sabia que no fim haveria o momento da superação e de ficar bem. Isso ocorreu mesmo só depois de umas quatro horas, com o fim da experiência mesmo, quase aterrizagem completa. E hoje eu estava melhor, mais amável, etc., que era o meu objetivo ao ir pra trip: recarregar baterias.
Bem, com essa experiência aprendi mais duas coisas: nada de ficar encarando essa cólica, da próxima faço um chá - ou então faço outros testes pra ver se não dá cólica. Também vi que não é legal ir pra trip logo depois de curada uma doença, porque essa disposição interna de fim de recuperação influi. Bem, pelo menos na dose que tomei, influiu muito e ressaltou o aspecto mórbido da trip, abrindo tendências a bad trip com a soma do mal-estar. Além disso, como eu estive de licença do trabalho por causa da doença, meu psicológico não estava "relaxado", "descansado", tanto pela falta de atividade laboral (que ajuda a mente a ficar bem) quanto pela recuperação da estafa mental e emocional extrema que passei com essa semana doente.
No mais, sobre os efeitos visuais:
Em cima dessa experiência, talvez alguns não tentassem mais cogumelos, devido ao desconforto e tendência mental ao mal-estar. Mas eu atribuo o encaminhamento ruim geral da trip à preparação pífia mental e do ambiente - se bem que o nível da viagem não impunha um setting muito avançado, porque foi uma dose moderada. Mas fora o mal-estar, não consegui entrar numa boa vibe devido ao meu organismo não estar 100%. Mas, como precisava me recarregar, tá valendo.
Uma coisa é certa. Agora tenho mais ou menos noção de onde vou pisar quando chegar nos 2 gramas secos.
E outra, essa coisa de se aproximar da morte o efeito... É algo que na verdade parece ter uma função de limpeza extremamente profunda, como a matar aquilo que não serve dentro de nós. Mas, dependendo do caboclo, pode caminhar pra qualquer lado e ser útil ou inútil isso em sua vida.
Foi uma pena que a dor excessiva me tirou a acuidade mental que me faz surfar nas trips e me deixou muito à mercê do impacto da experiência que lembra a morte, o que quis me assustar um pouco. Mas a consciência que depois da tempestade vem a bonança me deixou bem, porque em algum momento toda a dor, angústia e medo se desfaz e leva os nós que nos prendem. No mais, somente sem dor e com uma dose mais forte vou ter noção da "navegabilidade" da psicodelia do cogumelo, que, de longe, não parece ser tão prática e fácil quanto o LSD, que é mais racional.
Bem, vamos ver como será a próxima.
Ah, e não posso deixar de adicionar: muito amor da minha amada mulher me apoiando em toda a trip.
A dose foi de 1 g crack n dry e 3,5 g frescos. Espremi dois limões sicilianos, depois joguei tudo num liquidificador, bati e tomei sem coar pois não sabia se o limão com água gelada absorvia a psilocibina: tomei tudo. Resultado: 2 horas de desconforto absurdo, dor no estômago mesmo. Logo no começo da trip já tinha pensado em fumar cannabis para aliviar as dores, mas decidi que ia encarar tudo de cara, porque não queria potencializar a onda com cannabis, queria conhecer o efeito do cogumelo puro.
Essa escolha de não fumar maconha determinou uma trip extremamente desagradável e dolorida nas duas primeiras horas, mas pelo menos me assegurou não distorcer o efeito da psilocibina, nem potencializar.
Deitei e fiquei olhando as coisas começando a se distorcer levemente. O aspecto visual foi fortalecendo, mas sem muito exagero - se bem que não sei o que chamar de exagero. Era muito fácil olhar pra tudo e ver rastros de tudo que olhava, e as pessoas pareciam ter mais de dois olhos. Eu sabia claramente que era ilusão, porque não chegou ao ponto do realismo. Era mais um reflexo de olhos extras. E as coisas estavam distorcidas.
Com o aumento da cólica, desconforto absurdo, nem conseguia curtir o efeito. Fui pro chuveiro, onde cheguei ao pico. Foi lá que comecei a sentir também as influências da gripe que tinha acabado de superar. Recebi vários pensamentos estranhos, mas me mantive até tranquilo, sabendo que tudo era fruto da substância. Aos poucos a experiência foi me lembrando cada vez mais uma sensação de morte, apesar de ter passado longe da perda do ego, ou da experiência de quase-morte - mas já pude compreender parte de seu significado.
Sei que fui pro banheiro pensando em liberar mais serotonina no meu cérebro pra ver se parava a cólica - ou seja, eu ia tocar uma . Mas, francamente, passei longe disso. Aliás, a trip toda foi oposta à qualquer atividade sexual.
Teve horas que tava tanta dor que eu pensei em desistir da onda. Normal. Insisti em sentir mesmo tudo, nada de cannabis pra aliviar, nem calmantes, que aliás não tenho nenhum em casa. Afinal, buscou a experiência, aguenta!
Resolvi sair do banho depois de uma hora de água. Ainda saí com mais uma hora de dor pela frente. Infelizmente, 2 horas de desconforto foi muito desagradável. E depois do fim da dor também permaneci me sentindo estranho, principalmente enjoo e dores no corpo. Além disso, a gripe recém-curada também estava influindo no meu estado de espírito e no andamento da trip. Apesar de estar mal, eu sabia que no fim haveria o momento da superação e de ficar bem. Isso ocorreu mesmo só depois de umas quatro horas, com o fim da experiência mesmo, quase aterrizagem completa. E hoje eu estava melhor, mais amável, etc., que era o meu objetivo ao ir pra trip: recarregar baterias.
Bem, com essa experiência aprendi mais duas coisas: nada de ficar encarando essa cólica, da próxima faço um chá - ou então faço outros testes pra ver se não dá cólica. Também vi que não é legal ir pra trip logo depois de curada uma doença, porque essa disposição interna de fim de recuperação influi. Bem, pelo menos na dose que tomei, influiu muito e ressaltou o aspecto mórbido da trip, abrindo tendências a bad trip com a soma do mal-estar. Além disso, como eu estive de licença do trabalho por causa da doença, meu psicológico não estava "relaxado", "descansado", tanto pela falta de atividade laboral (que ajuda a mente a ficar bem) quanto pela recuperação da estafa mental e emocional extrema que passei com essa semana doente.
No mais, sobre os efeitos visuais:
- Eu já achava que eu era parecido com um ET, e ontem olhando minhas fotos com essa testa gigante que Deus me deu então... :roflmao:
- Sempre enxergo paralelos com sapo quando olho pra minhas mãos - é como se eu me "sapomorfoseasse"...
- Houve muitas referências a fetos mortos quando via algumas fotos de cogumelos com colorações pretas...
- Há muitas referência a estados fetais. Me parece que enquanto o LSD cria uma conexão mental com o Universo, o cogumelo cria uma conexão orgânica com a origem de toda a vida.
Em cima dessa experiência, talvez alguns não tentassem mais cogumelos, devido ao desconforto e tendência mental ao mal-estar. Mas eu atribuo o encaminhamento ruim geral da trip à preparação pífia mental e do ambiente - se bem que o nível da viagem não impunha um setting muito avançado, porque foi uma dose moderada. Mas fora o mal-estar, não consegui entrar numa boa vibe devido ao meu organismo não estar 100%. Mas, como precisava me recarregar, tá valendo.
Uma coisa é certa. Agora tenho mais ou menos noção de onde vou pisar quando chegar nos 2 gramas secos.
E outra, essa coisa de se aproximar da morte o efeito... É algo que na verdade parece ter uma função de limpeza extremamente profunda, como a matar aquilo que não serve dentro de nós. Mas, dependendo do caboclo, pode caminhar pra qualquer lado e ser útil ou inútil isso em sua vida.
Foi uma pena que a dor excessiva me tirou a acuidade mental que me faz surfar nas trips e me deixou muito à mercê do impacto da experiência que lembra a morte, o que quis me assustar um pouco. Mas a consciência que depois da tempestade vem a bonança me deixou bem, porque em algum momento toda a dor, angústia e medo se desfaz e leva os nós que nos prendem. No mais, somente sem dor e com uma dose mais forte vou ter noção da "navegabilidade" da psicodelia do cogumelo, que, de longe, não parece ser tão prática e fácil quanto o LSD, que é mais racional.
Bem, vamos ver como será a próxima.
Ah, e não posso deixar de adicionar: muito amor da minha amada mulher me apoiando em toda a trip.
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