- 15/11/2006
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Bom faz um tempão que eu não posto nada, mas finalmente estou postando alguma coisa que fez a diferença para mim. Ficou meio longo o relato, mas espero que aqueles que tenham paciência de ler até o fim achem interessante.
Abraços a todos!!
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Sentei embaixo de uma árvore, coloquei o fone nos ouvidos. Olhei em volta, tudo tranqüilo, à minha frente um gramado enorme em formato circular, olhava algumas pessoas que estavam sentadas, um casal aqui, uma pessoa brincando com o filho do outro lado. Céu limpo, sol brilhando muito. Tirei do bolso um papel onde estavam embrulhados os cogumelos, eram 10 PESAS que vieram do meu cultivo, o tamanho era variado, por isso não sei ao certo quantos gramas. Estavam mais pra murchos do que secos, mas não estavam podres, foram congelados antes que pudesse acontecer alguma coisa. Comecei a comê-los, um por um, acho que nunca mastiguei nada antes por tanto tempo, não achei o gosto estranho, até que é bom. Depois de terminar de comer fiquei sentado ainda no mesmo lugar por uns 15 minutos, não sabia se deitava, sentava e como não conseguia achar uma posição confortável resolvi dar uma volta. Levantei e comecei a caminhar, ainda ouvindo música, por enquanto não sentia nada diferente, arrumei outro lugar para sentar. Mais alguns minutos, nada ainda. Estava no sol, lembrei que era melhor tomar água, levantei novamente e percebi a grama muito mais verde do que antes, a luz do sol parecia estar bem mais forte. Fui andando em direção a bica, no meio do caminho um jardim com flores, roxas, amarelas, azuis e vermelhas, muito coloridas, pareciam estar dentro de uma fotografia, as cores e sombras pareciam artificais ou retocadas. Tomei água, bastante. Continuei andando em direção ao lugar que estava inicialmente, parei para observar uma árvore, como as flores estava com as cores acentuadas, muito linda, como se estivesse em um filme, iluminada pelo Sol, folhas secas e avermelhadas.
Por algum motivo resolvi tirar os fones, comecei a escutar o som de uma coruja (acho que era uma), fazendo aquele chamado “pooou”, parecia me chamar, dizendo: Venha, venha!
Continuei no caminho, uns metros à frente deveria escolher entre esquerda e direita pra seguir. Sempre esquerda! (trocadilho infame) Andei mais alguns metros, estava exatamente de onde tinha saído, mas já estava sentindo uma leveza tomar conta de mim, parecia que eu estava sendo embalado por uma música que não podia ouvir, olhava algumas árvores, como a luz solar iluminava cada uma delas e como os feixes de luz entravam pelas flores, achava tudo fantástico. Em um momento parei para observar um desses feixes que entravam, me aproximei, muito devagar, concentrando em cada centímetro, cada detalhe, tudo muito devagar, e fui parando, parando, fiquei estático por alguns segundos, como se fosse parte das árvores, o tempo parecia estar parando.
De repente achei que era hora de ir, virei e continuei a caminhada. Mais à frente o caminho se dividia novamente, de um lado uma pequena trilha que entrava “mata adentro” e outro que dava a volta em frente a um prédio da campus. Claro, escolhi o primeiro. Comecei a caminhar ali, não era um lugar totalmente estranho, pois já conheço a muito tempo, mas com certeza estava diferente naquela hora. O caminho era levemente inclinado, dando a sensação de que eu estava descendo profundamente. Parecia que eu andava em direção a um lugar escondido dentro de mim. Já estava decidido nessa hora de que cada momento na vida é único, especial e importante, e deve ser aproveitado. Assim como os sentimentos e sensações que esses momentos traziam. Pensei quantas vezes deixamos as coisas passarem sem poder sentí-las, sem apreciar, sem explorar. Resolvi explorar esses momentos, sensações, enfim, ir até o fim. Parei de andar. Olho para cima, no alto de um galho um tucano pousado. Ele raspava o bico no galho, eu ouvia como se estivesse muito próximo, mas não estava. Era como se o som estivesse amplificado. Fiquei ali por uns minutos, observando, pensando na beleza das coisas, como elas nos trazem sentimentos bons. Segui. Fui pensando sobre isso, ia me sentindo cada vez melhor, como se estivesse sintonizando uma freqüência encoberta, vi um enorme feixe de luz e resolvi ir em direção à ele.
O ar estava úmido por causa de um córrego que passa ao lado da trilha. Cheguei à luz, fechei os olhos e tive uma sensação que até agora não encontro palavras para descrever. Era como se meu corpo se expandisse para todos os lados, senti que tudo é um, tudo está em mim, eu em tudo, estava livre. De olhos fechados um colorido em forma de vibração aparecia, e eu sentia essa vibração por todo corpo, e ao mesmo tempo ouvia um: hhhhhhhhmmmmmmmmmmmmm. Não sei descrever, mas acho que era isso. De repente acabou, abri os olhos e continuei seguindo. Pensando em como poder explorar mais e mais os sentimentos que eu estava tendo. Milhares de coisas me passaram pela cabeça para tentar refazer os passos da sensação anterior. Racionalmente ia tentando montar o quebra cabeça, desisti.
A trilha acabou como tinha de acabar, ela termina de um dos lados de uma ponte pavimentada que serve para atravessar o riozinho. De um lado uma subida que leva à um pequeno pasto, do outro tomar o caminho de volta. Resolvi encarar a subida. Cheguei até o lugar onde fica o pasto, olhei para as vacas, ela me encararam com um ar de indiferença. Uma ave cantou, nesse momento percebi que tudo que eu ouvia apresentava um eco muito diferente. Comecei a descida, nesse momento não sei o que aconteceu acho que minha pressão caiu ou algo do tipo, só sei que comecei a me sentir mal, muito mal. Pensei: não estou bem, acho que preciso voltar, e preciso de água. Nessa hora muitas coisas aconteceram, percebi que potencializar as sensações servem para as boas e as ruins, e eu mergulhei de cabeça nelas. Minha vista ficou embaralhada, todos sons se confundiam, eu não sabia o que era visual o que era auditivo. Num momento me pareceu que as coisas reais não existiam, que da mesma forma que eu podia estar em tudo podia também não estar em lugar nenhum. As pessoas que caminhavam pareciam sombras, as cores estavam invertidas, eu tive uma sensação de abandono e falta de sintonia, era como se eu estivesse perdido num lugar que não existia, fora do tempo. Não existia mais presente, nem passado, nem futuro, nem real. Era como se eu estivesse vivendo no negativo de uma foto, isso me deixou muito assustado. Comecei a pensar que não ia conseguir estar de novo do lado que eu estava anteriormente.
Voltei até a bica, bebi um pouco de água. Comecei a pensar que estava apenas tendo uma viagem ruim e que quando terminassem os “efeitos” tudo voltaria ao “normal”, mas ao mesmo tempo havia o medo de “não voltar”. Ri de mim mesmo, um riso não felicidade, mas aquele sorriso histérico de quem está desesperado. Resolvi que devia ir para a casa, eu já estava tenso demais para continuar na rua. Segui pela avenida, era só ir reto, mas achei que estava muito barulhento, entrei em uma rua paralela. Alguns quarteirões depois percebi que estava perdido, na verdade eu estava confuso, sabia onde estava mas não conseguia “achar” a volta, as ruas estavam coloridas, tortas. Achei que ficaria vagando muito tempo, entrei numa viagem de que nunca mais conseguiria voltar, duvidando até mesmo se eu tinha ido ou vindo. Parei um minuto, pensei, coloquei as idéias em ordem, voltei para a avenida que estava e tomei o caminho “de sempre”.
Cheguei em casa, os cachorros apareceram para me “receber”, parecia que eu estava fora por um tempão, e que tinha voltado. Estava reconfortado, um pouco mais tranquilo. Bebi mais água. Minha mãe apareceu, conversei alguma coisa com ela, disse que estava cansado, fui para o quarto. Tentei dormir, não consegui, cada vez que fechava os olhos me vinha a imagem de uma serpente – engrenagem, pena que não sei desenhar. Resolvi ouvir música, peguei um cd dos Beatles, aquele azul duplo, coloquei o primeiro cd. Comecei a prestar atenção nas palavras, sons, tudo me deixou melancólico, era como se eles descrevessem o vazio que eu estava sentindo, tive uma crise de choro. Durou pelo menos uma hora. A essa altura eu já estava enxergando “normalmente” parecia que algo estava fora de sintonia, ainda ouvia alguns ecos nas vozes.
Fui até a cozinha, jantei, conversava com a minha mãe e sentia uma certa tristeza no ar, não sei dizer o que era, mas sabia que faltava alguma coisa, e que eu deveria demonstrar pra ela o quanto eu gosto dela, coisa que eu raramente faço. Depois disso fui para meu quarto, fiquei pensando em tudo o que eu estava passando, sentindo, e o que poderia ser feito para mudar as coisas, esse sentimento de vazio, de falta de amor. Liguei para minha namorada, contei algumas coisas, não conseguia me explicar direito, ainda estava bem confuso. Fiquei acordado até de madrugada, esperando passar essa sensação.
Acordei no dia seguinte e durante a semana toda com aquela sensação de que tinha levado uma pancada na cabeça, fiquei meio atordoado durante quase uma semana. Coisa leve. Uma coisa eu sei, não sou o mesmo desde então, ando refletindo muito sobre tudo o que eu passei e o que significou essa experiência, uma vez eu li que essa adaptação da “volta” é a mais difícil, acho que concordo. Saí com muito mais perguntas do que respostas, aprendi muito.
Abraços a todos!!
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Sentei embaixo de uma árvore, coloquei o fone nos ouvidos. Olhei em volta, tudo tranqüilo, à minha frente um gramado enorme em formato circular, olhava algumas pessoas que estavam sentadas, um casal aqui, uma pessoa brincando com o filho do outro lado. Céu limpo, sol brilhando muito. Tirei do bolso um papel onde estavam embrulhados os cogumelos, eram 10 PESAS que vieram do meu cultivo, o tamanho era variado, por isso não sei ao certo quantos gramas. Estavam mais pra murchos do que secos, mas não estavam podres, foram congelados antes que pudesse acontecer alguma coisa. Comecei a comê-los, um por um, acho que nunca mastiguei nada antes por tanto tempo, não achei o gosto estranho, até que é bom. Depois de terminar de comer fiquei sentado ainda no mesmo lugar por uns 15 minutos, não sabia se deitava, sentava e como não conseguia achar uma posição confortável resolvi dar uma volta. Levantei e comecei a caminhar, ainda ouvindo música, por enquanto não sentia nada diferente, arrumei outro lugar para sentar. Mais alguns minutos, nada ainda. Estava no sol, lembrei que era melhor tomar água, levantei novamente e percebi a grama muito mais verde do que antes, a luz do sol parecia estar bem mais forte. Fui andando em direção a bica, no meio do caminho um jardim com flores, roxas, amarelas, azuis e vermelhas, muito coloridas, pareciam estar dentro de uma fotografia, as cores e sombras pareciam artificais ou retocadas. Tomei água, bastante. Continuei andando em direção ao lugar que estava inicialmente, parei para observar uma árvore, como as flores estava com as cores acentuadas, muito linda, como se estivesse em um filme, iluminada pelo Sol, folhas secas e avermelhadas.
Por algum motivo resolvi tirar os fones, comecei a escutar o som de uma coruja (acho que era uma), fazendo aquele chamado “pooou”, parecia me chamar, dizendo: Venha, venha!
Continuei no caminho, uns metros à frente deveria escolher entre esquerda e direita pra seguir. Sempre esquerda! (trocadilho infame) Andei mais alguns metros, estava exatamente de onde tinha saído, mas já estava sentindo uma leveza tomar conta de mim, parecia que eu estava sendo embalado por uma música que não podia ouvir, olhava algumas árvores, como a luz solar iluminava cada uma delas e como os feixes de luz entravam pelas flores, achava tudo fantástico. Em um momento parei para observar um desses feixes que entravam, me aproximei, muito devagar, concentrando em cada centímetro, cada detalhe, tudo muito devagar, e fui parando, parando, fiquei estático por alguns segundos, como se fosse parte das árvores, o tempo parecia estar parando.
De repente achei que era hora de ir, virei e continuei a caminhada. Mais à frente o caminho se dividia novamente, de um lado uma pequena trilha que entrava “mata adentro” e outro que dava a volta em frente a um prédio da campus. Claro, escolhi o primeiro. Comecei a caminhar ali, não era um lugar totalmente estranho, pois já conheço a muito tempo, mas com certeza estava diferente naquela hora. O caminho era levemente inclinado, dando a sensação de que eu estava descendo profundamente. Parecia que eu andava em direção a um lugar escondido dentro de mim. Já estava decidido nessa hora de que cada momento na vida é único, especial e importante, e deve ser aproveitado. Assim como os sentimentos e sensações que esses momentos traziam. Pensei quantas vezes deixamos as coisas passarem sem poder sentí-las, sem apreciar, sem explorar. Resolvi explorar esses momentos, sensações, enfim, ir até o fim. Parei de andar. Olho para cima, no alto de um galho um tucano pousado. Ele raspava o bico no galho, eu ouvia como se estivesse muito próximo, mas não estava. Era como se o som estivesse amplificado. Fiquei ali por uns minutos, observando, pensando na beleza das coisas, como elas nos trazem sentimentos bons. Segui. Fui pensando sobre isso, ia me sentindo cada vez melhor, como se estivesse sintonizando uma freqüência encoberta, vi um enorme feixe de luz e resolvi ir em direção à ele.
O ar estava úmido por causa de um córrego que passa ao lado da trilha. Cheguei à luz, fechei os olhos e tive uma sensação que até agora não encontro palavras para descrever. Era como se meu corpo se expandisse para todos os lados, senti que tudo é um, tudo está em mim, eu em tudo, estava livre. De olhos fechados um colorido em forma de vibração aparecia, e eu sentia essa vibração por todo corpo, e ao mesmo tempo ouvia um: hhhhhhhhmmmmmmmmmmmmm. Não sei descrever, mas acho que era isso. De repente acabou, abri os olhos e continuei seguindo. Pensando em como poder explorar mais e mais os sentimentos que eu estava tendo. Milhares de coisas me passaram pela cabeça para tentar refazer os passos da sensação anterior. Racionalmente ia tentando montar o quebra cabeça, desisti.
A trilha acabou como tinha de acabar, ela termina de um dos lados de uma ponte pavimentada que serve para atravessar o riozinho. De um lado uma subida que leva à um pequeno pasto, do outro tomar o caminho de volta. Resolvi encarar a subida. Cheguei até o lugar onde fica o pasto, olhei para as vacas, ela me encararam com um ar de indiferença. Uma ave cantou, nesse momento percebi que tudo que eu ouvia apresentava um eco muito diferente. Comecei a descida, nesse momento não sei o que aconteceu acho que minha pressão caiu ou algo do tipo, só sei que comecei a me sentir mal, muito mal. Pensei: não estou bem, acho que preciso voltar, e preciso de água. Nessa hora muitas coisas aconteceram, percebi que potencializar as sensações servem para as boas e as ruins, e eu mergulhei de cabeça nelas. Minha vista ficou embaralhada, todos sons se confundiam, eu não sabia o que era visual o que era auditivo. Num momento me pareceu que as coisas reais não existiam, que da mesma forma que eu podia estar em tudo podia também não estar em lugar nenhum. As pessoas que caminhavam pareciam sombras, as cores estavam invertidas, eu tive uma sensação de abandono e falta de sintonia, era como se eu estivesse perdido num lugar que não existia, fora do tempo. Não existia mais presente, nem passado, nem futuro, nem real. Era como se eu estivesse vivendo no negativo de uma foto, isso me deixou muito assustado. Comecei a pensar que não ia conseguir estar de novo do lado que eu estava anteriormente.
Voltei até a bica, bebi um pouco de água. Comecei a pensar que estava apenas tendo uma viagem ruim e que quando terminassem os “efeitos” tudo voltaria ao “normal”, mas ao mesmo tempo havia o medo de “não voltar”. Ri de mim mesmo, um riso não felicidade, mas aquele sorriso histérico de quem está desesperado. Resolvi que devia ir para a casa, eu já estava tenso demais para continuar na rua. Segui pela avenida, era só ir reto, mas achei que estava muito barulhento, entrei em uma rua paralela. Alguns quarteirões depois percebi que estava perdido, na verdade eu estava confuso, sabia onde estava mas não conseguia “achar” a volta, as ruas estavam coloridas, tortas. Achei que ficaria vagando muito tempo, entrei numa viagem de que nunca mais conseguiria voltar, duvidando até mesmo se eu tinha ido ou vindo. Parei um minuto, pensei, coloquei as idéias em ordem, voltei para a avenida que estava e tomei o caminho “de sempre”.
Cheguei em casa, os cachorros apareceram para me “receber”, parecia que eu estava fora por um tempão, e que tinha voltado. Estava reconfortado, um pouco mais tranquilo. Bebi mais água. Minha mãe apareceu, conversei alguma coisa com ela, disse que estava cansado, fui para o quarto. Tentei dormir, não consegui, cada vez que fechava os olhos me vinha a imagem de uma serpente – engrenagem, pena que não sei desenhar. Resolvi ouvir música, peguei um cd dos Beatles, aquele azul duplo, coloquei o primeiro cd. Comecei a prestar atenção nas palavras, sons, tudo me deixou melancólico, era como se eles descrevessem o vazio que eu estava sentindo, tive uma crise de choro. Durou pelo menos uma hora. A essa altura eu já estava enxergando “normalmente” parecia que algo estava fora de sintonia, ainda ouvia alguns ecos nas vozes.
Fui até a cozinha, jantei, conversava com a minha mãe e sentia uma certa tristeza no ar, não sei dizer o que era, mas sabia que faltava alguma coisa, e que eu deveria demonstrar pra ela o quanto eu gosto dela, coisa que eu raramente faço. Depois disso fui para meu quarto, fiquei pensando em tudo o que eu estava passando, sentindo, e o que poderia ser feito para mudar as coisas, esse sentimento de vazio, de falta de amor. Liguei para minha namorada, contei algumas coisas, não conseguia me explicar direito, ainda estava bem confuso. Fiquei acordado até de madrugada, esperando passar essa sensação.
Acordei no dia seguinte e durante a semana toda com aquela sensação de que tinha levado uma pancada na cabeça, fiquei meio atordoado durante quase uma semana. Coisa leve. Uma coisa eu sei, não sou o mesmo desde então, ando refletindo muito sobre tudo o que eu passei e o que significou essa experiência, uma vez eu li que essa adaptação da “volta” é a mais difícil, acho que concordo. Saí com muito mais perguntas do que respostas, aprendi muito.