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1ª Festa no Castelo - A Rainha da Noite...

Xxxxiiiiiiiiiuuuuu, vou contar!
Sempre tem um...
 
TRIP DE 2G de SECOS:

Quando comecei a cultivar, buscava obter 2 doses, afinal, seriam para mim e mais uma amiga... Uma dose digna para mim, uma recreativa para ela...
Queria dividir isso com alguém, mostrar a magia que eu sentia que me seria dada como recompensa... E imagina dividir isso com quem se gosta? Seria perfeito... Mas com os chapeludos não funciona assim...
Sim, há um véu sob cada um deles... Mas sobre eles, há magia...
E como pode alguém se atrever a colocar o véu inferior na boca se nunca sentiu a magia que há sob o véu superior???
Pobres plebeus... Jamais saberão...
Enlouquecerão se assim quiserem, mas jamais saberão...
É... Há um segredo sobre eles... Mas eu também não posso falar... Não seria justo, ético ou nobre de minha parte... O que posso dizer é somente o que aconteceu comigo... Vai, puxe uma cadeira confortável, se ajeite que eu vou começar a contar...
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Eu demorei a colher a quantidade suficiente que precisava para duas mulheres... E fui obrigada a secá-los... A vontade era tanta, mas os bons amigos também, que um até me deu uma “intera” com mais umas 4 ou 5g de secos... Só tenho a lhe agradecer, fiel escudeiro...
O dele era muito pó, o meu era somente seco e triturado, não fica pó, pó... Fica quase, mas não pó, juntando os 2, eu tinha umas 10g, não me lembro, vou postar as fotos... Eu estava sem balança, e não tinha como calcular... Fui por proporção, olhômetro...
Estava tudo certo, eu tomaria umas 5g em um dia que haveria ausência total no Castelo, tomaria sozinha, somente assistida por uma amiga mais íntima e que não faria uso dos mesmos... Eu acordaria cedo, jejum e pronto!
Mas os planos não vingaram... Houve um profundo desentendimento entre tal amiga e eu, e querendo evitar a bad, não tomei...
Pela noite, ao me recolher no quarto, com tal amiga, encasquetei, quero e vou, pensei:
Poxa, me preparei tanto, já esperei tanto, trabalhei tanto, e fiz tudo isso sozinha... Por que depender de alguém justo agora? Isso mudaria a partir daquele momento.
Os demais habitantes do castelo haviam se recolhido. Separei metade da quantia que pretendia tomar anteriormente. Hoje, com mais base de medidas, acredito fielmente ter tomado de 2g a 2,5g.
Peguei somente do meu, fruto do meu esforço e dedicação.
Bolei 3 do bem, fumei 1, reservei 2...
Havia suco de milho na geladeira, bem grosso e doce, não pensei duas vezes, vai nele mesmo!
Fechei o copo e mexi por alguns minutos como se fora uma coqueteleira, pronto, sem coar! Estava azulado, cheiro peculiar de Cubensis ao destampar... Levemente enjoativo...
Um pouco mais de meio copo, uns 200 ml...

Fechei meus olhos, e mesmo sem acreditar em Criador x Criatura, agradeci ao “Todo”.
Eu acredito que o “Todo” é mente, e busquei tal conexão. Pedi permissão para fazer parte deste Reino, meditei alguns minutos expondo meu respeito e admiração e que tudo corresse bem! Que assim seja!

Era 00h09min se não me falha minha sofrida memória...
De olhos abertos, de olhos naquela “poção”, pensei eu comigo mesma:
“Eca!
Vai “Dutch”, num gole só, vai!
Como? Tem quase um copo!
Tampa o nariz e vai, ué!
Verdade!
Glup, glup!!!
Aaaaaaaaaaaaaaaa!!! Que gosto horroroso, nossa!
Glup, glup!
Ufa!”
Sai àquela lágrima sofrida no cantinho do olho... E o que fiz foi me consolar com aquilo que a vovó falava de que remédio ruim é que cura... Que venha, então!
Deitei na minha cama, cobri-me e fiquei assistindo o seriado que passava na TV, afinal, no quarto havia minha amiga, que não havia tomado e precisava se distrair nas horas que viriam...
O som estava baixo e eu conseguia ouvir meus pensamentos claramente, e isso era ótimo, logo, a TV não me incomodava...
O olhar não saia do relógio do monitor, como uma mongona, esperava mais que nunca o efeito sobre meu corpo...
Dez minutos, vinte... Meia hora depois, meu corpo estava leve, e minha vista ficou diferente, talvez fosse a Cannabis, ou o sono batendo, me lembro de bocejar bastante... Era quase 1 da manhã...
40 minutos depois da ingestão, sentei na cama e tive plena certeza:
Está batendo... Deitei...
Olhei para o seriado de comédia, que tinha uma película meio sem cor, e havia umas menininhas vestidas de indiazinhas e as penas azuis dos cocares delas começaram a ficar muito azuis! Muito!
É... Tá batendo...
Meu quarto ondulava, pulsava... Era como se respirasse... Uma leve pressão no peito... Relaxei, passou...
Sorri largamente...
Eu, claro, me sentindo diferente, tentava assimilar aquilo com algo que já vivi... Lembrava LSD, é fato... Mas era muito melhor, mais limpo, mais gostoso.
Fechei meus olhos, agradeci e me soltei, como se já não houvesse carne em torno de mim. Minhas mãos, apoiadas sobre a cama, e eu de barriga para cima, me sentia sustentada por nuvens, flutuava na mesma cadência em que o quarto respirava, era como o movimento de um barco, mas no ar... Eu literalmente ondulava...
Olhava para o teto branco e parecia que era um lago branco coberto com uma película fina de gelo por cima, que além de seguir respirando como tudo alí, era como se houvesse uma correnteza, pois tais blocos finos de gelo atravessavam o teto da esquerda para a direita em um lindo e lento balé...
Mal sabia eu, que alí estava começando uma paixão...
Fui além, e expandi mais minha visão e comecei a ver formas, linhas finas e fluorescentes, e formavam uma lótus, sempre em movimentos, como de desabrochasse e voltasse, como uma imagem gif, um emoticon...
Sentei na cama meio zonza, e falei à amiga:
QUE DELÍCIA, MEU!
Ela me olhou, sorriu, e eu disse:
Me passa a garrafinha de água, por favor. Acho que vou ter que vomitar, me sinto enjoada... Vomitando, quem sabe passe o enjôo.
Ela levantou, pegou a garrafa e me entregou olhando-me nos olhos. Quando estiquei a mão e olhei para ela, seu rosto estava diferente...
Friso que ela tem 22 anos, uma pele ótima, é linda, jovem e bem humorada...
Mas não!!! Ela estava velha, muito velha... Arrisco uns 75, 80 anos... Sua mão, seu rosto, tudo! Apesar do susto quando a vi, achei curiosééérrimo aquilo. Meio que forcei a visão pra entender aquilo e, ela levantou a sobrancelha e disse:
__Que foi? (com a voz jovem dela mesma)
Eu cocei a cabeça, e queria rir, mas fiquei quieta. E ela olhou pra mim e só mexeu o rosto com um sorriso maldoso, como se falasse:
“Ai, que louca... rs”
E sabendo que era coisa da minha cabeça, sabendo perfeitamente que era ela, mas pensei me jogando na trip:
“Olha só essa veia me zuando...” e kkkkkkkkkkkkk
E comecei a rir muito gostoso... Crise de riso mesmo...
Ela dizia rindo meio sem saber do quê:
Eu tô engraçada, né?
Eu: Aham. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ela: Tá me zuando, né? Rs
Eu: Aham. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Ri até doer a barriga, até chorar, até a boca doer...
Ai, ai, respirei fundo! Que delícia que é uma bela crise de risos...
Agora é sério, vou vomitar pra ver se passa esse enjôo.
Levantei, fui ao banheiro, vomitei, fiz um xixi básico, voltei...
Nossa, voltei nova!
Claaaaaaaro que brisei nos azulejos. De praxe...
Ela também foi ao banheiro assim que voltei, e eu fiquei no quarto, que agora tem um guarda-roupa novo, com um espelho de quase 2,5m, sentei na cama, olhando pra ele, e me sentia uma menina, mexi NO meu rosto, mexi O meu rosto, mas mesmo que não mexesse, ele mexia sozinho... rs
Sentei na cama, peguei um cigarro, mas na primeira tragada desisti, era um gosto horrível...
Me enrolei nas cobertas e tentei me concentrar no seriado que estava passando, mas ele também estava diferente, as imagens perderam a perspectiva, não havia dimensão, era como se fosse um quadro, ou algum efeito de photoshop.
Senti frio e desprotegida, era como se estivesse nua, pedi à ela que viesse para a mesma cama, e se ela podia me emprestar seu colo... Ela já não era mais a velha de outrora...
Tudo ok, ela vendo TV, eu no colo dela... Olhei para o teto e alí fiquei por alguns longos minutos...
O teto se mantinha o mesmo de antes, camada de gelo, respiração, e talz...
De repente vejo como se fosse uma tela, ou quadro em movimento... Parecia mais uma tapeçaria indígena em movimento.
Esse movimento era como desenhos animados antiqüíssimos, quadro por quadro, rápidos, mas quadro a quadro...
Os desenhos que compunham a imagem, como eu disse, parecia tapeçaria indígena, ou até alguns desenhos achados em cavernas, bem primitivo mesmo. Nele, havia um antílope, veado, servo, não sei ao certo, era parecido com os mencionados, saltava correndo e um índio corria atrás dele com uma lança em uma das mãos... Era pra mim um tapete indígena animado... Mas era nítido e muito claro...
Não me contive... Chorei... Estava emocionada... Era tão real e vivo...
Comecei a descrever a cena para minha amiga... Que buscava entender o que acontecia comigo...
Me sentei para enxugar as lágrimas...
O que se seguiu não fugiu muito disso... Bastante visuais, mas com o controle pleno do meu corpo, se eu me concentrasse eu tripava, senão não...
Começou a diminuir, e isso devia beirar as 3 horas da manhã... Fumei um pra relaxar o corpo, que nessa hora de baixa onda, ficou tenso, duro, contraído...
Os efeitos começaram a voltar levemente... Mas lembro-me que ao deitar novamente na cama, eu comecei a buscar visuais de olhos fechados... A luz ficou acesa o tempo todo, não havia efeito sem luz, e consequentemente também não havia efeitos de olhos fechados...
Me concentrei e começou a me dar muito sono, comecei a bocejar novamente... Me enrolei no edredom e fechei meus olhos...
Era como se eu voasse, mas não tinha controle de onde eu ia, e me vi sobrevoando um jardim decorado, cheio de esculturas em arbustos e uma grama verde, quase artificial... Era tão bonito que eu tentava chegar mais perto, lembro-me de esticar o braço para tocar essas plantas, pois era bem irreal, como Alice no país das Maravilhas, mas não conseguia...
Não me recordo muito bem do que vi e vivi de olhos fechados naquele dia... Lembro que não dormia, e sabia disso, por vezes eu abria devagar meus olhos, e era bem triste estar naquele quarto, enquanto um lindo jardim me esperava dentro da minha mente... Podendo optar, fiquei reservada com minha mente, que se ilimitava cada vez mais... Acabei dormindo, era por volta das 4 da manhã...
Dormi as horas que costumo mesmo, e ao abrir meus olhos, vi o teto branco e comum do meu quarto... Ele não tinha formas, cores, nem cadência... Tudo voltara a ser como sempre... Estava disposta como não ficara há tempos... Nova e pronta pra outra...
Sorri feliz, mas saudosa...
Uma nova paixão estava instalada em mim e, eu tinha uma nova convicção:

!!! Eu Amo Cogumelos!!!



OBS: Foi bem recreativa, mas queria saber como o meu corpo reagiria, queria entendê-los para poder tomar uma dose mais forte e saber se eu daria trabalho ou não, essas coisas... Para uma primeira vez, foi bem legal, suave e delicioso!!!
Não, esse não foi o relato da 2ª morte... A 2ª morte, a minha se deu com 50g de frescos, na minha 3ª trip! Depois conto...
 
uma otima primeira trip,divertida...
aguardo o relato da terceira.
stay way!!!!
 
quero ver a martelada no cranio!!!hahha
 
Muito bom, eu já vi e me senti um desses velhinhos, mas quando era eu, era meio sapo de geleca velhinho derretendo!
Suco de MILHO ékcs aahahahahah, agora qdo vejo uma maquininha de suco de milho eu vejo uma coroa tua em cima hauhauahaua!!!
 
Pensei a mesma coisa Flap. Eck! Suco de milho!

Esse trip ao meu ver foi bem aberta, parece que você pisou com respeito no terreno dele.

Parabéns!
 
Muito bom minha rainha, seu relato
muito esclarecedo, precisava ler sua trip,
acho que entende minha curiosidade,
bem do começo vinha acompanhando seus relatos
os escudeiros são fieis não esqueça minha rainha.

do saudoso bolo.

Paz e luz.
 
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