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À procura dos astecas

Folha de São Paulo - 29/05/2011

Antiga cidade indígena do México era "igualitária"

Arqueólogos dizem que a metrópole Tlaxcallan era um tipo de república

Organização política de sociedade do século 13 pode ter sido resposta às ameaças de invasão como do Império Asteca

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA

Se um grupo de arqueólogos do México e dos EUA estiver certo, a metrópole indígena de Tlaxcallan tinha uma organização política mais típica da Grécia Antiga ou da Itália medieval do que das Américas antes de Colombo.

Em meio a um mar de impérios com pirâmides, templos faraônicos e governantes de status quase divino, quase 50 mil habitantes de Tlaxcallan (hoje Tlaxcala, a pouco mais de 100 km da Cidade do México) podem ter vivido numa "república". As pistas para traçar esse cenário vêm das tradições dos indígenas do local, registradas nos primeiros anos após a conquista espanhola. E, principalmente, de escavações feitas pela equipe.

A análise da estrutura urbana de Tlaxcallan mostra uma planta urbana vasta e, ao mesmo tempo, aparentemente igualitária, sem sinal de estruturas palacianas ou pirâmides (veja infográfico).

Isso não quer dizer que Tlaxcallan não tivesse dinheiro para gastar com luxo, afirma Lane Fargher, autor de um estudo na revista científica "Antiquity" sobre a cidade.

"Tlaxcallan era extremamente rica em recursos agrícolas. Os tlaxcaltecas também produziam grandes quantidades de corante vermelho, valorizado na América Central", diz Fargher, que é ligado ao Departamento de Ecologia Humana do Centro de Pesquisas e Estudos Avançados do México e à Universidade Purdue (EUA).

Mesmo assim, a análise detalhada dos restos da cidade-Estado, que floresceu entre os anos de 1250 e 1519, indica uma sucessão de terraços residenciais relativamente simples (necessários por causa do relevo montanhoso, com altitude de cerca de 2.500 m).

"PLAZAS"
Vários grupos de terraços eram servidos por "plazas", áreas mais ou menos como as praças atuais, mas com um caráter mais solene: deviam ser centros cerimoniais.

A única grande estrutura fica a cerca de 1 km da cidade. Apesar de apresentar um complexo de salas, Tizatlan não tem nada de palaciano: sua principal característica é uma grande "plaza" com espaço para uma multidão.

Os cientistas interpretam esse quebra-cabeças a partir de dados registrados por historiadores e pelo próprio Hernán Cortés, líder dos invasores espanhóis no século 16.

Sabe-se que os tlaxcaltecas falavam náuatle, mesma língua dos astecas, mas lutaram durante séculos ""com sucesso"" para não serem absorvidos pelo Império Asteca.

Além disso, dados sobre monarcas tlaxcaltecas parecem ser espúrios ou duvidosos, e as crônicas mais antigas falam em negociações envolvendo grupos de dezenas de magistrados da cidade.

Por isso, diz Fargher, "propomos que os tlaxcaltecas idealizaram sua república como resposta específica às ameaças imperiais".

A estratégia republicana talvez tenha dado um tino político diferenciado. Os tlaxcaltecas se aliaram aos espanhóis contra os astecas e ganharam status mais autônomo. Uma situação melhor do que a maioria dos indígenas mexicanos na era colonial.
 
O que pode ter acontecido com essas cidades? O sumiço ainda é um mistério. Essa está transformada, mas muitas outras desapareceram junto com a população. Sobrou um pouco da cultura e das obras, mas não como no início.

Teriam sido os espanhóis? Ou o conhecimento que eles atingiram auto-destruiu os padrões sociais?
 
A civilização asteca e outras localizadas na área do atual México foram destruídas pelos espanhóis.

Inclusive destruíram templos, palácios etc.
 
Essas civilizações sim.

Já os maias, por exemplo, parece ter sido outra história.
 
Acredito que tenha sido no caso dos Maias o descontrole devido ao tamanho, mas tem coisas que não se encaixam, como por exemplo o fato de terem enterrado suas próprias cidades. Oo

Obrigado pela recepção Rain ^^ É sempre um prazer estar aqui com vocês.
 
:)

Quanto ao descontrole por causa do tamanho, acho que também já teríamos sumido, pois estaríamos nos mesmos moldes.

Como assim enterrado as cidades? Deve ter dado trabalho a parada... o_O
 
Pois é meu velho, existem muitas cidades ainda que estão enterradas, as últimas e mais famosas também estavam enterradas, mas na verdade nem dá pra saber se foram eles os próprios que o fizeram.

A história da América do Sul é segredo, você nem aprende direito na escola sobre o que rolou aqui a alguns milênios. Os Maias, Astecas e Incas são o fim, a ponta do iceberg, do que aqui já existiu e aconteceu.
 
Será que alguém sabe a real história por trás de tudo isso? E se há alguém, qual seria o interesse de não revelar?

Dúvidas sem respostas... Certeza da incerteza! :rolleyes:
 
Será que alguém sabe a real história por trás de tudo isso? E se há alguém, qual seria o interesse de não revelar?

Dúvidas sem respostas... Certeza da incerteza! :rolleyes:

É isso que os historiadores mal-compreendidos buscam.
 
Quem trouxe o conhecimento, quem surgiu com os calendários e ciências matemáticas foram os Olmecas. Que quem sabe traziam isso de mais longe ainda.
 
Os olmecas surgiram na America central por cerca de 1700 ac. Tendo em conta que desde, pelo menos 8000 ac já haviam civilizações avançadas no Oriente Médio e Europa e que os primeiros habitantes da América provavelmente vieram do Velho Mundo (ou seja, tiveram alguma forma de contato com essas civilizações) imagina-se o background que há por detrás de tudo isso...
Eu gosto de estudor as culturas do neolítico pra trás e já descobri coisas que não se ensinam nos livros da escola, pra dizer o mínimo... Conhecimento antigo. Muito antigo.
 
É isso mesmo ou parte disso. Aqui nas Américas existem traços de civilizações que possuíam muito conhecimento e que remontam até em 27 mil anos atrás. Quem cultivou esse conhecimento a que me referi, foram os Olmecas, mas isso já é história recente, isso é estudado e existem indícios aos montes.

Quando nem existia sequer um moinho direito na europa, aqui na américa do sul a "europa" já era passado:

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A 1500 anos antes de cristo existe uma palavra em Nahuatl que equivale a "Biblioteca pública".



aalogro.files.wordpress.com_2010_05_imagen_786.jpg
 
Muitos conhecimentos que foram obtidos pelos povos europeus com certeza já deveriam existir nessas culturas.
 
É isso mesmo ou parte disso. Aqui nas Américas existem traços de civilizações que possuíam muito conhecimento e que remontam até em 27 mil anos atrás.

Não existem evidências de civilizações avançadas na América há 27 mil anos atrás.
 
Impressionante como essa imagem que o Lysergic postou lembra a arquitetura de Angkor Wat do séc. XII, no atual Camboja (edit: aliás, vc sabe onde é isso Lysergic? Vai ver é Angkor mesmo). Também remete um pouco ao barroco europeu.

As similiaredades entre as civilizações pré-colombianas e as do oriente antigo faz pensar mesmo.

Outra civilização sul americana interessante para os aficcionados é a Mochica. Assisti um doc uns tempos atrás sobre eles. Praticavam muitos sacrifícios humanos, aparentemente. Deixaram poucos vestígios e muitos mistérios.

A sua iconografia me lembra muito a hindu:

aimages.travelpod.com_users_andrew_leesia_1.1294403902.mochica_god.jpg
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