Recomendação do @Lupelius.
Em uma das cenas de “Número 9”, do diretor e roteirista John August, um personagem fala sobre seu hobby de jogar videogame. Na mente dele, a vida deveria ser igual a um jogo eletrônico em que, a qualquer momento de não-superação, basta que se aperte o botão de reset e tudo se reinicia. É justamente a uma dessas experiências que assistiremos durante o longa, que coloca o trio Ryan Reynolds (que entrega uma performance muito boa), Melissa McCarthy (conhecida pelos seus trabalhos em seriados como “Gilmore Girls” e “Samantha Who?”) e Hope Davis vivendo três histórias completamente distintas e, aparentemente, sem conexão alguma.
Na primeira delas, acompanhamos Gary (Reynolds), um famoso ator de televisão que, após levar um fora da namorada, abusa do uso de crack, é preso e condenado a uma prisão domiciliar – aonde passará o tempo se divertindo ao lado de Margaret (McCarthy) e sua vizinha Sarah (Davis). Na segunda, assistimos às gravações de um reality show sobre o processo de criação e aceitação de um programa de TV por um roteirista e emissora de televisão – Reynolds interpreta o criador do seriado, McCarthy está na pele dela mesma (ela é a atriz principal da série) e Davis é uma executiva de uma rede de TV. Na terceira, acompanhamos uma família (Reynolds e McCarthy são marido e mulher) que está presa num parque florestal – Davis é a estranha que irá ajudar o personagem de Ryan.
Tentar definir “Número 9” é uma tarefa bastante difícil porque o filme não é um suspense, um drama ou um romance. Muito provavelmente, durante a experiência de se assistir ao longa, você vai ficar bastante confuso, sem entender muito bem qual o objetivo do diretor e roteirista John August. A impressão que fica é a de que August (que escreveu “Go! – Vamos Nessa” e “Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas”) possuía três idéias diferentes para um filme, mas não conseguiu colocar nenhuma delas em prática e optou por uma saída à la Charlie Kaufman. Sendo que, ao invés de fazer uma obra sobre a dificuldade do processo de adaptação de um livro, John August acaba falando sobre o processo de criação de um roteiro e sobre como uma idéia vai dando lugar a outra. Só assim para tentar encontrar a coerência dentro desse projeto.
Número 9 (The Nines, 2007)
Diretor: John August
Roteiro: John August
Elenco: Ryan Reynolds, Melissa McCarthy, Hope Davis, Elle Fanning, Dahlia Salem, Ben Falcone, Octavia Spencer
http://cinefilapornatureza.com.br/2008/06/18/numero-9/
Em uma das cenas de “Número 9”, do diretor e roteirista John August, um personagem fala sobre seu hobby de jogar videogame. Na mente dele, a vida deveria ser igual a um jogo eletrônico em que, a qualquer momento de não-superação, basta que se aperte o botão de reset e tudo se reinicia. É justamente a uma dessas experiências que assistiremos durante o longa, que coloca o trio Ryan Reynolds (que entrega uma performance muito boa), Melissa McCarthy (conhecida pelos seus trabalhos em seriados como “Gilmore Girls” e “Samantha Who?”) e Hope Davis vivendo três histórias completamente distintas e, aparentemente, sem conexão alguma.
Na primeira delas, acompanhamos Gary (Reynolds), um famoso ator de televisão que, após levar um fora da namorada, abusa do uso de crack, é preso e condenado a uma prisão domiciliar – aonde passará o tempo se divertindo ao lado de Margaret (McCarthy) e sua vizinha Sarah (Davis). Na segunda, assistimos às gravações de um reality show sobre o processo de criação e aceitação de um programa de TV por um roteirista e emissora de televisão – Reynolds interpreta o criador do seriado, McCarthy está na pele dela mesma (ela é a atriz principal da série) e Davis é uma executiva de uma rede de TV. Na terceira, acompanhamos uma família (Reynolds e McCarthy são marido e mulher) que está presa num parque florestal – Davis é a estranha que irá ajudar o personagem de Ryan.
Tentar definir “Número 9” é uma tarefa bastante difícil porque o filme não é um suspense, um drama ou um romance. Muito provavelmente, durante a experiência de se assistir ao longa, você vai ficar bastante confuso, sem entender muito bem qual o objetivo do diretor e roteirista John August. A impressão que fica é a de que August (que escreveu “Go! – Vamos Nessa” e “Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas”) possuía três idéias diferentes para um filme, mas não conseguiu colocar nenhuma delas em prática e optou por uma saída à la Charlie Kaufman. Sendo que, ao invés de fazer uma obra sobre a dificuldade do processo de adaptação de um livro, John August acaba falando sobre o processo de criação de um roteiro e sobre como uma idéia vai dando lugar a outra. Só assim para tentar encontrar a coerência dentro desse projeto.
Número 9 (The Nines, 2007)
Diretor: John August
Roteiro: John August
Elenco: Ryan Reynolds, Melissa McCarthy, Hope Davis, Elle Fanning, Dahlia Salem, Ben Falcone, Octavia Spencer
http://cinefilapornatureza.com.br/2008/06/18/numero-9/