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Viagem ao mundo invertido

Rflgzzprs

Esporo
Cadastrado
16/07/2020
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Caros participantes do grupo, sempre li muito as informações contidas aqui, mas pela primeira vez resolvi fazer minha própria postagem.

Tenho o hábito de, eventualmente, no máximo uma vez ao mês, comer de 1g a 2g de cubensis e deixar as percepções mais claras para apreciar uma boa música clássica ou algo mais psicodélico, como Pink Floyd e The Doors. Jamais pensei em ter uma experiência mais forte. Essa dosagem pequena deixa em mim uma sensação de que tudo fica intensificado: o belo se torna ainda mais belo; o saboroso, idem. Portanto, apreciar um bom vinho, moderamente, é outra preferência durante as trips, que com essa dosagem como efeito visual trazem imagens simples com os olhos fechados e uma percepção maior da luz.

Pois bem. Acabei cometendo um equívoco ao estimar a quantidade que estava ingerindo, no último sábado, e mergulhei numa assustadora e reveladora experiência, digamos, xamânica. Comprei 5g em um site conhecido e, ao fechar a compra, mandei malandramente ao vendedor: "Se quiser adicionar mais graminhas, fique à vontade". Acreditava que ele fosse indicar que fez essa graça, mas acho que o danado apenas acrescentou o adicional dentro do pacote e ficou quieto.

O pacote chegou pelos Correios, e eu, incauto, separei, no visual, pouco menos que a metade do conteúdo. Ingeri em jejum, depois de beber um chá de boldo e outro de camomila, para fortificar o sistema digestivo.

Quinze minutos depois comecei a sentir uma ansiedade acima das experiências anteriores. E o sentimento foi crescendo até que entrei em transe. Estava na varanda do meu apartamento, cuja porta é de vidro, transparente, por onde entrava a luz do sol. Mas essa claridade já não era apenas uma luz, ela parecia passar por um prisma, dividindo-se em várias cores. Eu não conseguia mais, sequer com força de vontade, não enxergar os fortíssimos tons azuis e verdes fluorescentes. Não resisti de olhos abertos e caí em um estado de semi-inconsciência.

Em minha mente, via sapos, jacarés, uma variedade de reptéis, e uma mistura de formas que remetiam à natureza, a uma floresta. Cipós, cobras, lagartos... aquilo foi se intensificando e me senti assustado com a forma como aquilo ia se mergulhando fundo em minha mente.

Forcei a barra, abri os olhos. Pois bem, aquelas formas sinistras continuavam ali, diante da minha vista, como assombrações. Não adiantava esfregar os olhos e me concentrar, dizer a mim mesmo que aquilo era só coisa da minha cabeça. Estava tudo ali, era como se fosse real. Nada mais era normal, eu estava em algo como uma viagem ao mundo invertido. Lembrei do jogo Zelda, do Snes. Via carrancas sorrindo sinistramente em meus pensamentos. Abria os olhos e presenciava as mesmas imagens, só em que em movimento.

A 40º sinfonia de Mozart tocando alto já nem fazia diferença, pois eu estava tão imerso em meu ser que nem prestava atenção naquilo. Sentia sede, muita, muita sede.

Foi quando senti um frio intenso e uma espécie de inflamação nas vias aéreas. Sou asmático e alérgico a fungos (talvez não seja apropriado que eu consuma cogumelos mágicos) e isso deixou tudo muito assustador. Me tranquei em meu quarto e percebi a trip ir fundo na minha mente e me levar a uma experiência ruim, um sentimento de doença, de moléstia. Com dificuldades, abri os olhos e tentei manter-me consciente. Tive de lutar contra aquilo, pois era assustador demais. Levantei-me, andei pelo apartamento em meio às sombras, aos cipós, às folhas, aos animais sinistros que não paravam de circular em meu campo de visão. A sensação ruim nas vias respiratórias piorava, sentia-me febril. Ao olhar o relógio, apenas 20 minutos haviam se passado. Céus!

Mantive a calma e me concentrei no fato de que seriam, no máximo, mais duas horas imerso naquele pesadelo. Ia passar.

Resolvi andar e lutar contra a trip, rejeitando a recomendação que sempre li aqui no fórum, de embarcar e ir fundo. Foi assustador, foi tenebroso, mas, quando começou a passar, cerca de duas horas depois da ingestão, fui acometido por uma intensa euforia por minha mente ter sobrevivido àquilo.

Foram seis horas de trip, ao todo, dividido na parte do pesadelo e na reflexão a respeito dele. Senti-me febril por mais tempo, talvez umas oito horas ao todo. O frio só passou bem depois. Mas as sequelas ficaram até o dia seguinte, em que minhas pupilas permaneceram dilatadas, percebendo as cores de maneira mais intensa. Acho que até agora (dois dias depois) ainda estou meio que zen.

Embora eu prefira evitar, talvez eu seria capaz de repetir a experiência. A explicação é que eu sinto que me conheço muito melhor agora do que antes dela. Foi tenebroso, foi assustador, mas agora me sinto mais corajoso. Mais feliz, inclusive. Pode até ser passageiro, mas é o que sinto. Parece que superei algo realmente grande e percebi o poder da minha mente. O grande receio é, de fato, a reação física nas vias aéreas e a sensação febril, de prostração. Parecia uma coceira, uma inflamação. Em tempos de coronavírus não é legal sentir isso.

Fui escutar músicas depois disso e passei a compreender melhor as letras e a sonoridade, sobretudo, das canções do primeiro disco do Zé Ramalho, que resolvi escutar por ter pensado muito na música "A Dança das Borboletas". "Alice no País das Maravilhas" é uma história que ganhou novo sentido para mim. Pareço ter ido ao "país das maravilhas".

Sou ateu, mas chego agora a vislumbrar a crença em algo inexplicavelmente espiritual, ligando nossas mentes à natureza, ligadas por esse portal que é a psilocibina. Vai saber...

Gostaria de saber se tive apenas uma trip forte normal ou se minha experiência foi, digamos, mais assustadora que a média.

Abraço!
 
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Caros participantes do grupo, sempre li muito as informações contidas aqui, mas pela primeira vez resolvi fazer minha própria postagem.

Tenho o hábito de, eventualmente, no máximo uma vez ao mês, comer de 1g a 2g de cubensis e deixar as percepções mais claras para apreciar uma boa música clássica ou algo mais psicodélico, como Pink Floyd e The Doors. Jamais pensei em ter uma experiência mais forte. Essa dosagem pequena deixa em mim uma sensação de que tudo fica intensificado: o belo se torna ainda mais belo; o saboroso, idem. Portanto, apreciar um bom vinho, moderamente, é outra preferência durante as trips, que com essa dosagem como efeito visual trazem imagens simples com os olhos fechados e uma percepção maior da luz.

Pois bem. Acabei cometendo um equívoco ao estimar a quantidade que estava ingerindo, no último sábado, e mergulhei numa assustadora e reveladora experiência, digamos, xamânica. Comprei 5g em um site conhecido e, ao fechar a compra, mandei malandramente ao vendedor: "Se quiser adicionar mais graminhas, fique à vontade". Acreditava que ele fosse indicar que fez essa graça, mas acho que o danado apenas acrescentou o adicional dentro do pacote e ficou quieto.

O pacote chegou pelos Correios, e eu, incauto, separei, no visual, pouco menos que a metade do conteúdo. Ingeri em jejum, depois de beber um chá de boldo e outro de camomila, para fortificar o sistema digestivo.

Quinze minutos depois comecei a sentir uma ansiedade acima das experiências anteriores. E o sentimento foi crescendo até que entrei em transe. Estava na varanda do meu apartamento, cuja porta é de vidro, transparente, por onde entrava a luz do sol. Mas essa claridade já não era apenas uma luz, ela parecia passar por um prisma, dividindo-se em várias cores. Eu não conseguia mais, sequer com força de vontade, não enxergar os fortíssimos tons azuis e verdes fluorescentes. Não resisti de olhos abertos e caí em um estado de semi-inconsciência.

Em minha mente, via sapos, jacarés, uma variedade de reptéis, e uma mistura de formas que remetiam à natureza, a uma floresta. Cipós, cobras, lagartos... aquilo foi se intensificando e me senti assustado com a forma como aquilo ia se mergulhando fundo em minha mente.

Forcei a barra, abri os olhos. Pois bem, aquelas formas sinistras continuavam ali, diante da minha vista, como assombrações. Não adiantava esfregar os olhos e me concentrar, dizer a mim mesmo que aquilo era só coisa da minha cabeça. Estava tudo ali, era como se fosse real. Nada mais era normal, eu estava em algo como uma viagem ao mundo invertido. Lembrei do jogo Zelda, do Snes. Via carrancas sorrindo sinistramente em meus pensamentos. Abria os olhos e presenciava as mesmas imagens, só em que em movimento.

A 40º sinfonia de Mozart tocando alto já nem fazia diferença, pois eu estava tão imerso em meu ser que nem prestava atenção naquilo. Sentia sede, muita, muita sede.

Foi quando senti um frio intenso e uma espécie de inflamação nas vias aéreas. Sou asmático e alérgico a fungos (talvez não seja apropriado que eu consuma cogumelos mágicos) e isso deixou tudo muito assustador. Me tranquei em meu quarto e percebi a trip ir fundo na minha mente e me levar a uma experiência ruim, um sentimento de doença, de moléstia. Com dificuldades, abri os olhos e tentei manter-me consciente. Tive de lutar contra aquilo, pois era assustador demais. Levantei-me, andei pelo apartamento em meio às sombras, aos cipós, às folhas, aos animais sinistros que não paravam de circular em meu campo de visão. A sensação ruim nas vias respiratórias piorava, sentia-me febril. Ao olhar o relógio, apenas 20 minutos haviam se passado. Céus!

Mantive a calma e me concentrei no fato de que seriam, no máximo, mais duas horas imerso naquele pesadelo. Ia passar.

Resolvi andar e lutar contra a trip, rejeitando a recomendação que sempre li aqui no fórum, de embarcar e ir fundo. Foi assustador, foi tenebroso, mas, quando começou a passar, cerca de duas horas depois da ingestão, fui acometido por uma intensa euforia por minha mente ter sobrevivido àquilo.

Foram seis horas de trip, ao todo, dividido na parte do pesadelo e na reflexão a respeito dele. Senti-me febril por mais tempo, talvez umas oito horas ao todo. O frio só passou bem depois. Mas as sequelas ficaram até o dia seguinte, em que minhas pupilas permaneceram dilatadas, percebendo as cores de maneira mais intensa. Acho que até agora (dois dias depois) ainda estou meio que zen.

Embora eu prefira evitar, talvez eu seria capaz de repetir a experiência. A explicação é que eu sinto que me conheço muito melhor agora do que antes dela. Foi tenebroso, foi assustador, mas agora me sinto mais corajoso. Mais feliz, inclusive. Pode até ser passageiro, mas é o que sinto. Parece que superei algo realmente grande e percebi o poder da minha mente. O grande receio é, de fato, a reação física nas vias aéreas e a sensação febril, de prostração. Parecia uma coceira, uma inflamação. Em tempos de coronavírus não é legal sentir isso.

Fui escutar músicas depois disso e passei a compreender melhor as letras e a sonoridade, sobretudo, das canções do primeiro disco do Zé Ramalho, que resolvi escutar por ter pensado muito na música "A Dança das Borboletas". "Alice no País das Maravilhas" é uma história que ganhou novo sentido para mim. Pareço ter ido ao "país das maravilhas".

Sou ateu, mas chego agora a vislumbrar a crença em algo inexplicavelmente espiritual, ligando nossas mentes à natureza, ligadas por esse portal que é a psilocibina. Vai saber...

Gostaria de saber se tive apenas uma trip forte normal ou se minha experiência foi, digamos, mais assustadora que a média.

Abraço!
Bom dia irmão. Que relato intenso! Fiquei pensando aqui: se o pacote que vc compra vem com 3g Geralmente, vamos dizer que ele tenha colocado o dobro (06g), o que eu acho mto difícil pois seria até perceptível e para o vendedor seria uma perda de dinheiro (eles amam). Digamos então, que vc tomou 2,5g. Não é uma dose muito mais alta do que as que vc ja consagrava antes, mas não deixa de ser uma dose alta. Porém, não acredito que toda essa diferença na trip tenha sido por causa da dose (peso). Eu já comprei cogus em uma loja, dos quais, tive que ingerir 3g para ter efeitos de mesma intensidade de 1,5g dos que eu cultivo. Nesse raciocínio, penso nas seguintes explicações:
1- cogumelos com maior concentração de psilocibina, seja pela strain utilizada, método de secagem e conservação e data de embalagem do produto.
2- mudanças no set e setting ou maneira de administrar.- Das outras vezes vc fez em jejum também?-
Seja qual for a resposta para sua trip, fazer um cultivo vai ajudar muito, pois, vc vai conhecer mais a strain que vc usa e ter mais confiança na hora da trip.
Outra dica importante é comprar uma balança de precisão urgente rsrs. Grande abraço irmão! Parabéns.
 
Obrigado, amigo! Valeu pelas palavras.

Então, comprei no caso 5 gramas. Acho que o vendedor mandou quase o dobro. O que sobrou no pacote é coisa pra chuchu. Deus me livre comer tudo de uma vez! Não foi a primeira vez em jejum, mas será a última. Sempre que é a "primeira refeição" a coisa degringola. Nunca havia sido tão sinistro, mas tive uma trip forte demais de barriga vazia antes.

Minha dúvida é se essa reação física é normal. Essa sensação de inflamação, alergia nas vias aéreas, queda de temperatura, prostração... isso faz parte dos efeitos da psilocibina?

Por fim, adoraria cultivar. Moro sozinho, mas acho que minha namorada e minhas visitas e familiares não veriam isso com bons olhos. Além de que sou muito ocupado para cuidar de um ser vivo. Nem passarinho eu tenho.

Abraço!
 
Com certeza mano! Em jejum a coisa é bem diferente. Eu nunca tive nenhuma reação do tipo, pelo menos na parte respiratória. Até aconselharia vc a procurar um médico de confiança pra relatar sua experiência e talvez, se achar necessário, solicitar alguns exames. Vc tem histórico de asma ou algo do tipo? Essa sensação chega a ser uma falta de ar? Sensação de frio já senti sim, mas acho que por estar com os sentidos muito apurados qualquer brisa é muito perceptível.
O que eu acho é que: se fosse reação alergica ao fungo, vc ia desenvolver esses efeitos com doses menores também! A "prostração" seria uma sensação de fraqueza muscular? Se for, sim isso pode ser efeito dos cogumelos. Há relatos de algumas strains que podem causar "paralisia temporária ".
Quanto ao cultivo, isso requer o momento certo também! Não há motivos pra pressa. Grande abraço mano. Espero ainda ver um cultivo seu aqui. PAAAZ
 
Normalmente eu não respondo tópicos de cogumelos comprados, mas pela educação e pela qualidade do relato parece valer a atenção.

Em todo inicio de trip forte, meu corpo fica fraco e não consigo andar, a sensação é a de que minha mente quer que o corpo ande, mas ele está muito cansado pra conseguir.
Já passei por episódios de estar tão forte essa sensação, junto com a incapacidade de pensar direito e me mijei (infelizmente não aprendi da 1x e repeti uma segunda... - com 12g, na hora não tem a sensação de que é "errado", o problema é voltar e perceber que ta molhado, fedendo, impregnou o colchão e vai ter que limpar tudo no comedown)

Sinto frio na maior parte da trip, mesmo se estiver embaixo de 10 cobertas, meu pé parece que vai congelar, mas se uso meia é ainda pior.
Então tenho a mania de ficar esquentando com as mãos ou dobrando as pernas e revesando pé para esquentar nas minhas coxas.
É mais uma sensação subjetiva (já pedi pra minha noiva verificar a maior parte das coisas que sinto na trip, se as alterações fisiológicas são reais)

Tenho sensação de "formigamento" nas vias aéreas, mas é mais complexo do que consigo explicar, pois ao mesmo tempo não sinto que estou respirando.
Mas pode se dizer que pareça com a sensação de inflamação.
No dia seguinte sempre fico coriza (tenho rinite e tinha asma quando mais novo, então pode ser mais pelos hábitos que tenho durante a trip, que me fazem inspirar mais alérgenos)

Até onde eu posso garantir, esses são efeitos normais pra mim, tive desde a 1 trip e agora já são mais de 50.
Eles são menos aparentes quando tenho sitter, sozinho são muito mais pronunciados.

Outra coisa, uma que me irrita muito, é ficar bocejando sem parar no inicio da trip. Eu fico muito incomodado, mas é padrão.
 
Outra coisa, uma que me irrita muito, é ficar bocejando sem parar no inicio da trip
Hehehe Cara que coisa estranha isso. Eu tive isso pela primeira vez na última trip e foi tipo, um bocejo atrás do outro. Parecia que os músculos da minha face precisavam dar uma esticada rsrs.
 
Normalmente eu não respondo tópicos de cogumelos comprados, mas pela educação e pela qualidade do relato parece valer a atenção.

Em todo inicio de trip forte, meu corpo fica fraco e não consigo andar, a sensação é a de que minha mente quer que o corpo ande, mas ele está muito cansado pra conseguir.
Já passei por episódios de estar tão forte essa sensação, junto com a incapacidade de pensar direito e me mijei (infelizmente não aprendi da 1x e repeti uma segunda... - com 12g, na hora não tem a sensação de que é "errado", o problema é voltar e perceber que ta molhado, fedendo, impregnou o colchão e vai ter que limpar tudo no comedown)

Sinto frio na maior parte da trip, mesmo se estiver embaixo de 10 cobertas, meu pé parece que vai congelar, mas se uso meia é ainda pior.
Então tenho a mania de ficar esquentando com as mãos ou dobrando as pernas e revesando pé para esquentar nas minhas coxas.
É mais uma sensação subjetiva (já pedi pra minha noiva verificar a maior parte das coisas que sinto na trip, se as alterações fisiológicas são reais)

Tenho sensação de "formigamento" nas vias aéreas, mas é mais complexo do que consigo explicar, pois ao mesmo tempo não sinto que estou respirando.
Mas pode se dizer que pareça com a sensação de inflamação.
No dia seguinte sempre fico coriza (tenho rinite e tinha asma quando mais novo, então pode ser mais pelos hábitos que tenho durante a trip, que me fazem inspirar mais alérgenos)

Até onde eu posso garantir, esses são efeitos normais pra mim, tive desde a 1 trip e agora já são mais de 50.
Eles são menos aparentes quando tenho sitter, sozinho são muito mais pronunciados.

Outra coisa, uma que me irrita muito, é ficar bocejando sem parar no inicio da trip. Eu fico muito incomodado, mas é padrão.


Fico muito agradecido pela consideração em responder. Seus relatos me fizeram perceber que minha sensação de inflamação nada mais é que o reflexo do medo absurdo que tenho de sofrer de complicações respiratórias. Sou asmático e já estive internado por muitos dias na adolescência.

Fiquei impressionado com esse relato das 12 gramas. Acho que usei um terço disso. Acredito que o produtor caprichou na qualidade do cultivo, pois, como relatei, foi uma experiência bem forte. Eu realmente acho interessante a ideia de cultivar. Mas moro em um apê de um quarto e não sei como explicaria isso pra minha namorada (que é bem careta).

Mais uma vez, obrigado pelos esclarecimentos.
 
"Alice no País das Maravilhas" é uma história que ganhou novo sentido para mim. Pareço ter ido ao "país das maravilhas".
Muitas canções também tiveram significados novos para mim depois da trip! São visões e entendimentos que só adquirimos depois de certa viagem kkkk

Sou ateu, mas chego agora a vislumbrar a crença em algo inexplicavelmente espiritual, ligando nossas mentes à natureza, ligadas por esse portal que é a psilocibina. Vai saber...
Muitas culturas acreditavam que os cogumelos eram portais, ou guardiões de portais!
 
Cogumelos não são para medrosos. Pelo menos não para aqueles que insistem em não enfrentar o medo. O verdadeiro corajoso é aquele que faz mesmo sentindo o medo 🤔.
 
Que legal o relato, uma primeira experiência profunda feita sem querer mas com bons resultados.

Alguns comentários:

Tenho o hábito de, eventualmente, no máximo uma vez ao mês, comer de 1g a 2g de cubensis e deixar as percepções mais claras para apreciar uma boa música clássica ou algo mais psicodélico, como Pink Floyd e The Doors. Jamais pensei em ter uma experiência mais forte. Essa dosagem pequena deixa em mim uma sensação de que tudo fica intensificado: o belo se torna ainda mais belo; o saboroso, idem. Portanto, apreciar um bom vinho, moderamente, é outra preferência durante as trips, que com essa dosagem como efeito visual trazem imagens simples com os olhos fechados e uma percepção maior da luz.

Hmmm... bem gostosa essa opção de conviver com os meninos santos.

Mas sua experiência mostrou o poder maior deles.

Mantive a calma e me concentrei no fato de que seriam, no máximo, mais duas horas imerso naquele pesadelo. Ia passar.

Excelente. "Vai passar" é o básico do básico em se acalmar em experiências que ultrapassam nossa expectativa ou capacidade de lidar. Muito bom. Ainda mais que você superdosou sem querer e foi tão profundo sem se preparar.

Acho que até agora (dois dias depois) ainda estou meio que zen.

Ah, sim, você está experimentando os pós-efeitos da sua primeira experiência profunda. São mais duradouros. Eu particularmente, como digo sempre, curto as cores azuis dos celulares por alguns dias. :)

sinto que me conheço muito melhor agora do que antes dela
Foi tenebroso, foi assustador, mas agora me sinto mais corajoso. Mais feliz, inclusive. Pode até ser passageiro, mas é o que sinto. Parece que superei algo realmente grande e percebi o poder da minha mente

Yeah!

O grande receio é, de fato, a reação física nas vias aéreas e a sensação febril, de prostração. Parecia uma coceira, uma inflamação

Olha, se 1 a 2 gramas de cogumelos não te davam essas reações, provavelmente o que você sentiu se deu devido ao super-sentido que bateu em você na trip sobre essa autoconsciência corporal, que depois pode ter sido agravado por autossugestão sob efeito.

Tipo, quem é alérgico a amendoim (que eu nunca conheci um, apesar de serem tãããão comuns em filmes e seriados), não pode comer nada. Seja pouco, seja muito, há alergia.

Mas você pode resolver em parte isso fazendo chá e filtrando, se sua alergia disser respeito apenas à fibras e células do cogumelo.

Gostaria de saber se tive apenas uma trip forte normal ou se minha experiência foi, digamos, mais assustadora que a média.

Trip forte normal, o que em si já é uma coisa assustadora. :D
 
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