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Uma droga psicodélica evita a aparição de asma em ratos

Ecuador

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Não é um convite para discutir o (R)-DOI ou outras drogas sintéticas, mas sim um lembrete de como a pesquisa está avançando tentando mapear os diversos mecanismos de ação dos psicodélicos.


Uma droga psicodélica evita a aparição de asma em ratos

13/02/2015

Uma pesquisa dirigida por Charles Nichols, PhD, Professor Associado de Farmacologia e Terapêutica Experimental na Escola de Medicina de Nova Orleans do LSU Health, revelou que uma droga psicodélica, (R)-DOI, evita a aparição de asma alérgica em um modelo de rato. Os efeitos são potentes e eficazes a uma concentração de 50 a 100 vezes menor que a que influiria no comportamento. A pesquisa foi publicada em American Journal of Physiology - Lung Cellular and Molecular Physiology.

"Estas drogas são conhecidas só por seus efeitos no cérebro», afirma o Dr. Nichols. «O que demonstramos pela primeira vez é que também são eficazes para tratar doenças fisiológicas fora do cérebro, um papel completamente novo e interessante para esta classe de drogas. Isto não só representa um avanço importante no campo do estudo da serotonina e dos fármacos psiquiátricos, mas também é um avanço no campo da asma. identificamos um mecanismo anti-inflamatório completamente novo para o tratamento clínico da asma que algum dia poderia ser administrado em um inalador ou em uma pílula diária».

O laboratório do Dr. Nichols descobriu com antecipação que a ativação do receptor de serotonina 5-HT2A com psicodélicos produz uma potente atividade anti-inflamatória nos tecidos dos vasos sanguíneos e do intestino. Com base nisto, os investigadores identificaram uma droga que consideram que seria eficaz contra a doença inflamatória asma. Descobriram que a administração de (R)-DOI bloqueava a inflamação pulmonar, a hiperprodução de muco, a hiper-reatividade das vias respiratórias e inativava determinados genes chave no pulmão que intervêm na resposta imunológica e que em conjunto bloqueavam a aparição de asma alérgica em seu modelo de rato.

De acordo com o National Heart, Lung, and Blood Institute, a asma é uma doença pulmonar crônica que inflama e constrange as vias respiratórias. A asma ocasiona episódios recorrentes de sibilos, opressão torácica, dispneia e acessos de tosse. A asma afeta pessoas de todas as idades, mas é mais frequente que comece durante a infância. Nos Estados Unidos, sabe-se que mais de 25 milhões de pessoas têm asma.

«Em geral, dado o recente interesse e êxito com o uso destes fármacos para os tratamentos psiquiátricos no âmbito clínico, nossa pesquisa no LSU Health New Orleans é a primeira em demonstrar que têm o potencial de curar o corpo bem como a mente», concluiu o Dr. Nichols.


Referências:

Felix Nau et al, Serotonin 5-HT2receptor activation prevents allergic asthma in a mouse model. American Journal of Physiology - Lung Cellular and Molecular Physiology, 2015; 308 (2): L191 DOI: 10.1152/ajplung.00138.2013


Fonte: Science Daily



http://www.medcenter.com/contentnew...324&tax_id=267&id=225747&EMKT=1&langtype=1046
 
Complicado dizer se sim ou se não, depende muito da natureza da asma. Eu vejo alguns riscos possíveis:
- Inalação de esporos causando uma reação alérgica asmática em uma pessoa que não está em crise;
- Interação dos cogumelos com o sistema nervoso causando constrição dos brônquios, dificultando a respiração;
- Vasoconstrição no pulmão agravando o sintoma de hipoxia devido a constrição das vias aéreas.

Além disso há que se considerar que o efeito de vasoconstrição também pode levar a um leve aumento da pressão e batimento cardíacos, e que os efeitos psicológicos podem tornar difícil para uma pessoa que está tendo uma crise asmática, lidar com a crise e tomar as decisões corretas.

Enquanto o maior risco da ingestão dos cogumelos por uma pessoa saudável normalmente é apenas uma "bad trip", em uma pessoa asmática, caso a crise aconteça durante a trip, o desespero momentâneo pode causar o agravamento da crise. Talvez também hajam interações com eventuais medicamentos para asma, que normalmente tem o efeito oposto (broncodilatador).
 
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