- 25/10/2015
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Foi a mais ou menos 6 anos atrás quando tive a experiência mais marcante da minha vida!
Dividi com um amigo um pote de sorvete barrotado, de nem fechar a tampa, de psilocybe cubensis e panaeolos.
Estava na fisura de tomar. Todas minhas tentativas de caça anterior tinham sido frustradas. E dessa vez foi diferente. Fiz um chá com a metade do pote de sorvete que me pertencia, concentrado a ponto de se formar enormes bolhas que estouravam lentamente enquanto fervia (apenas com umas 300 ml de água)
20:00 h - Não tendo a noção de tudo que eu iria passar, fui pra rua após tomar todo o chá praticamente sozinho, dando o fundinho do caneco a um outro irmão. Ficamos conversando como de costume.
21:00- Foi quando não consegui mais parar de rir achando as sensações corporais muito engraçadas. Começou uma sensação de felicidade muito absurda a ponto de causar inveja nos amigos que estavam a minha volta dizendo que queriam estar na mesma viagem que eu estava. Comecei a interagir com as pessoas que passavam pela rua agindo de forma engraçada, fazendo meus amigos rirem de mais.
Comecei a ter sensações de dejavu muito verdadeiras. Tentava fazer as pessoas entenderem o que eu estava sentindo mais foi inútil pois eu mal conseguia me expressar com palavras. Tinha certeza, mais do que nunca, que eu já tinha vivido aqueles momentos. A garagem aberta na qual nos abrigávamos do sereno da noite, se transformou em um cubo mágico, místico, alucinante, como se fosse um campo de energia que seria capaz de curar qualquer tristeza. Pura felicidade! Era muito colorido!
23:30- estava ficando muito tarde e meus companheiros, incluindo o que teria tomado o restinho do cha, tiveram que ir embora... Na subida para casa me dei conta de eu iria que ficar sozinho o resto da noite e eu não estava sendo capaz de saber nem qual era o meu nome. As pessoas disseram que eu não falava mais coisa com coisa essa hora. Se despediram de mim no portão da minha casa perguntando se eu iria ficar bem. Não ajudou em nada. Piorou minha bad.
Subindo as escadas da minha casa já comecei a ouvir o telefone da minha casa tocando. Pensei: Fudeu! É minha mãe que já ta sabendo que eu to muito doido de cogumelo aqui na rua... (obs: Minha mãe estava de plantão no serviço esse dia e so chegaria em casa no dia seguinte). Quando entrei em casa estava tomado por uma gama de sons, frequências, sinos, modulações que me lembram e.t. e disco voadores. E no meio desses sons tocava também o som do meu telefone. Mas acho que não estava tocando realmente. Foi muita confusão nesse momento. Muito desespero por estar completamente desabilitado para fazer qualquer coisa que dependesse do meu corpo físico ou da minha mente. Nao sabia mas quem eu era... Queria ver que horas eram pois tinha pedido completamente a noção de tempo e espaço. Fui olhar o relógio de parede da minha casa e quando fixava o olhar, minha visão se perdia também. A única coisa que via eram aspirais infinitos se retorcendo e distorcendo toda a imagem que meus olhos podiam captar. Luzes incandescente faziam da minha mente uma explosão de imagens psicodélicas. A única coisa que eu tinha certeza nesse momento é que tudo aquilo era a verdadeira realidade e que o tempo não não fazia sentido algum. Minha mente se desconfigurou totalmente. Caiu minha máscara, estava desapossado de meu personagem.
O medo tomou conta de mim por completo me levando a um estado de pânico total. Me lembro de estar no meu quarto enrolado em meu cobertor como se fosse um casulo. Achava que...já era... Iria ficar assim pra sempre. Comecei a ouvir uma voz de grande potência e rigor na minha cabeça. Era a voz de Deus! Que medo! Jogou na minha cara todas as merdas que eu andava fazendo e não sabia. Julgou meu comportamento ruim diante a minha amada mãe e diante outros amados. Me surrou pelo uso de outras drogas. Vi minha vida sumindo diante a doenças de cada droga eu já havia usado. Tudo o que fiz de errado durante a minha vida veio a tona. E ai meu amigo... Foi so paulada!!
Diante todo aquele pavor de consciência e lição de moral, eu estava tremendo e suando frio naquele casulo. E ai de repente eu escorreguei em um cano e fui parar em um mundo psicodélico apavorante. Eu agora era uma larva em um mundo criado no subsolo que era repleto de canos indo em todas as direções, de diversos tamanhos e bitolas, eram muitos canos (parecia um protetor de tela que tinha no Windows da época) e era tudo em tons de azul. Minha conciencia tomara como abrigo esse corpo larval. E eu era incapaz de fazer qualquer coisa. Queria pedir ajuda, mas larva não pede ajuda. Uns homenzinhos (pequenos humanóides parecendo soldadinhos de chumbo) trabalhavam nos encanamentos e eu não podia fazer nada. Agonizante demais... Foi quando eu me entreguei a uma força que parecia querer me matar. Não aguentava suportar mais aquilo...
E ai eu me dei conta da viagem que eu estava tendo e olhei pra mim. Eu apenas estava na cama enrolado no cobertor. Comecei a rir de mais! Foi muito real. Tenho certeza que vivenciei um outro tipo de vida em um dimensão paralela a nossa. Tudo começou a fazer sentido. Queria rolar na lama. Rolar no meio do mato cheio de bicho. Cantar canções bonitas. As letras das músicas faziam muito sentido. Cada objeto dentro de casa era vivo e com uma história a ser contada! Queria sentir a noite. A roupa atrapalhava minha liberdade. Fiquei pelado no quintal girando de braços abertos com o céu estrelado sobre a cabeça enquanto músicas celestiais tocavam em minha mente em sons metálicos e lindos timbres! Vi meus erros da vida. Revi os verdadeiros valores. Beijei meu animais de casa. Queria dar bom dia a meus vizinhos. Tudo era extremamente colorido. As arvores dançavam com o canto do vento. Os insetos reinavam a madrugada com muito talento. E foi assim... Uma explosão de sentimentos de universalidade e contemplação de tudo ou melhor: Do Todo! Completo êxtase!
Esses momentos finais foram de extremo aprendizado e esclarecimento ao mesmo tempo em que chorava pela gratidão da minha vida e tudo o que tenho (saúde e pessoas amadas especialmente)!
Passei a acreditar em Deus. Mas... um Deus bem mais lógico e apreciável do que eu ouvia falar por ai. O Todo! Presente dentro de cada um!
Boa viagem neste multiverso, a todos!
Dividi com um amigo um pote de sorvete barrotado, de nem fechar a tampa, de psilocybe cubensis e panaeolos.
Estava na fisura de tomar. Todas minhas tentativas de caça anterior tinham sido frustradas. E dessa vez foi diferente. Fiz um chá com a metade do pote de sorvete que me pertencia, concentrado a ponto de se formar enormes bolhas que estouravam lentamente enquanto fervia (apenas com umas 300 ml de água)
20:00 h - Não tendo a noção de tudo que eu iria passar, fui pra rua após tomar todo o chá praticamente sozinho, dando o fundinho do caneco a um outro irmão. Ficamos conversando como de costume.
21:00- Foi quando não consegui mais parar de rir achando as sensações corporais muito engraçadas. Começou uma sensação de felicidade muito absurda a ponto de causar inveja nos amigos que estavam a minha volta dizendo que queriam estar na mesma viagem que eu estava. Comecei a interagir com as pessoas que passavam pela rua agindo de forma engraçada, fazendo meus amigos rirem de mais.
Comecei a ter sensações de dejavu muito verdadeiras. Tentava fazer as pessoas entenderem o que eu estava sentindo mais foi inútil pois eu mal conseguia me expressar com palavras. Tinha certeza, mais do que nunca, que eu já tinha vivido aqueles momentos. A garagem aberta na qual nos abrigávamos do sereno da noite, se transformou em um cubo mágico, místico, alucinante, como se fosse um campo de energia que seria capaz de curar qualquer tristeza. Pura felicidade! Era muito colorido!
23:30- estava ficando muito tarde e meus companheiros, incluindo o que teria tomado o restinho do cha, tiveram que ir embora... Na subida para casa me dei conta de eu iria que ficar sozinho o resto da noite e eu não estava sendo capaz de saber nem qual era o meu nome. As pessoas disseram que eu não falava mais coisa com coisa essa hora. Se despediram de mim no portão da minha casa perguntando se eu iria ficar bem. Não ajudou em nada. Piorou minha bad.
Subindo as escadas da minha casa já comecei a ouvir o telefone da minha casa tocando. Pensei: Fudeu! É minha mãe que já ta sabendo que eu to muito doido de cogumelo aqui na rua... (obs: Minha mãe estava de plantão no serviço esse dia e so chegaria em casa no dia seguinte). Quando entrei em casa estava tomado por uma gama de sons, frequências, sinos, modulações que me lembram e.t. e disco voadores. E no meio desses sons tocava também o som do meu telefone. Mas acho que não estava tocando realmente. Foi muita confusão nesse momento. Muito desespero por estar completamente desabilitado para fazer qualquer coisa que dependesse do meu corpo físico ou da minha mente. Nao sabia mas quem eu era... Queria ver que horas eram pois tinha pedido completamente a noção de tempo e espaço. Fui olhar o relógio de parede da minha casa e quando fixava o olhar, minha visão se perdia também. A única coisa que via eram aspirais infinitos se retorcendo e distorcendo toda a imagem que meus olhos podiam captar. Luzes incandescente faziam da minha mente uma explosão de imagens psicodélicas. A única coisa que eu tinha certeza nesse momento é que tudo aquilo era a verdadeira realidade e que o tempo não não fazia sentido algum. Minha mente se desconfigurou totalmente. Caiu minha máscara, estava desapossado de meu personagem.
O medo tomou conta de mim por completo me levando a um estado de pânico total. Me lembro de estar no meu quarto enrolado em meu cobertor como se fosse um casulo. Achava que...já era... Iria ficar assim pra sempre. Comecei a ouvir uma voz de grande potência e rigor na minha cabeça. Era a voz de Deus! Que medo! Jogou na minha cara todas as merdas que eu andava fazendo e não sabia. Julgou meu comportamento ruim diante a minha amada mãe e diante outros amados. Me surrou pelo uso de outras drogas. Vi minha vida sumindo diante a doenças de cada droga eu já havia usado. Tudo o que fiz de errado durante a minha vida veio a tona. E ai meu amigo... Foi so paulada!!
Diante todo aquele pavor de consciência e lição de moral, eu estava tremendo e suando frio naquele casulo. E ai de repente eu escorreguei em um cano e fui parar em um mundo psicodélico apavorante. Eu agora era uma larva em um mundo criado no subsolo que era repleto de canos indo em todas as direções, de diversos tamanhos e bitolas, eram muitos canos (parecia um protetor de tela que tinha no Windows da época) e era tudo em tons de azul. Minha conciencia tomara como abrigo esse corpo larval. E eu era incapaz de fazer qualquer coisa. Queria pedir ajuda, mas larva não pede ajuda. Uns homenzinhos (pequenos humanóides parecendo soldadinhos de chumbo) trabalhavam nos encanamentos e eu não podia fazer nada. Agonizante demais... Foi quando eu me entreguei a uma força que parecia querer me matar. Não aguentava suportar mais aquilo...
E ai eu me dei conta da viagem que eu estava tendo e olhei pra mim. Eu apenas estava na cama enrolado no cobertor. Comecei a rir de mais! Foi muito real. Tenho certeza que vivenciei um outro tipo de vida em um dimensão paralela a nossa. Tudo começou a fazer sentido. Queria rolar na lama. Rolar no meio do mato cheio de bicho. Cantar canções bonitas. As letras das músicas faziam muito sentido. Cada objeto dentro de casa era vivo e com uma história a ser contada! Queria sentir a noite. A roupa atrapalhava minha liberdade. Fiquei pelado no quintal girando de braços abertos com o céu estrelado sobre a cabeça enquanto músicas celestiais tocavam em minha mente em sons metálicos e lindos timbres! Vi meus erros da vida. Revi os verdadeiros valores. Beijei meu animais de casa. Queria dar bom dia a meus vizinhos. Tudo era extremamente colorido. As arvores dançavam com o canto do vento. Os insetos reinavam a madrugada com muito talento. E foi assim... Uma explosão de sentimentos de universalidade e contemplação de tudo ou melhor: Do Todo! Completo êxtase!
Esses momentos finais foram de extremo aprendizado e esclarecimento ao mesmo tempo em que chorava pela gratidão da minha vida e tudo o que tenho (saúde e pessoas amadas especialmente)!
Passei a acreditar em Deus. Mas... um Deus bem mais lógico e apreciável do que eu ouvia falar por ai. O Todo! Presente dentro de cada um!
Boa viagem neste multiverso, a todos!
Última edição:
, gosto de ficar no fórum lendo e relendo experiências de outras pessoas, conte para a gente as de agora e se tiver mais algumas do passado . 