- 11/04/2015
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Oi, gostaria de compartilhar minha primeira experiência com vocês.
Como eu disse acima, nunca tinha tomado/comido cogumelos antes, somente lido e conversado sobre o assunto. Foi a uns dois anos atrás meu primeiro contato com a palavra cogumelos, até então eu não sabia do que se tratava. De lá pra cá vi alguns relatos e me informei sobre com quem já tinha experiência com o assunto. Fui adquirindo um pouco da minha também.
Na madrugada de segunda para terça, comi o que se pareceu ter 3g-4g dele seco (acho que foi isso, pois não cheguei a pesar)

misturei com um mel e mandei para dentro de colherada. Quase não senti o gosto, mas estavam croque-croque. Estava rolando uns incensos no quarto na qual o deixavam perfumado, cheiro muito agradável. Deitei na cama e esperei um pouco ansiosa a vinda. A passagem foi meio agonizante, me senti um pouco estranha, sentia que já estava chegando quando de repente vejo as listras do meu guarda-roupa começarem a se mover e a formarem fractais, logo em seguida tudo que estava em cima do guarda-roupa inspirava e respirava como meu pulmão o fazia. As listras do guarda-roupa dançavam, escorriam e se movimentavam sem parar, o guarda roupa aumentava e diminuía de tamanho, algo sem igual. Daí, já percebi que estava “lá”. Foi muito intenso pra mim ver como nada é realmente como aparenta ser, foi muito gratificante ver tudo se mexendo, se movendo, respirando, ver como tudo tem vida.
Nessa hora eu ainda estava conseguindo me manter de olhos abertos, mas após um tempo meus olhos pareciam ter vida própria, pois eu não conseguia os manter abertos. Era como se eu estivesse com muito sono e eles fossem se fechando sem minha própria vontade. De repente eu estava de olhos fechados, enrolada e deitada de lado na cama, no som o mantra tocava, e eu sentia meu corpo mergulhar na cama. Essa para mim foi uma parte da trip muito intensa, com direito a ser cama, a não saber mais se eu estava deitada, flutuando... nesse momento eu não sabia como se encontrava mais o meu corpo, comecei a esquecer os conceitos que tenho (tinha) da vida, sobre as coisas, comecei a esquecer as pessoas que eu conheço a até a mim mesma. Eu estava esquecendo quem eu era, esquecendo tudo aquilo que me “humaniza”. Ali, de olhos fechados, eu sendo cama e a cama sendo eu, já não estava sabendo mais quem eu era. De olhos fechados eu via fractais em formas de espirais, e o esquecimento... ahhh! Foi aí que eu abri os olhos e comecei a sentir medo. Medo de esquecer tudo e a todos, medo de me esquecer (eu estava me esquecendo, como é possível?), na minha cabeça só o que vinha naquele momento era a sensação de esquecimento. Foi aí que tudo começou a ficar confuso, meus braços não respondiam aos meus comandos, sobre minhas pernas eu não tinha mais controle, eu não controlava minha respiração, eu sentia a saliva descendo sem eu “forçar”, minha garganta eu já não sabia onde estava, eu tentava levantar uma das minhas mãos e passar em minha testa, e lá eu encontrava meu nariz. Meus sentidos estavam em uma verdadeira confusão, estava tudo embaralhado. Foi realmente muito forte perceber que não temos o controle de nada, e depois, após refletir, percebi como estamos sempre querendo controlar tudo. Mesmo após ter lido várias experiências e saber que devemos apenas observar, sem querer explicar nada, na hora o “barato” é outro kkk. Nessa onda de querer controlar, de querer explicar, eu fui sentindo uma grande sensação de morte tomar conta de mim, e parecia tão real na hora, mas tão real, que as palavras até fogem de mim. Eu sentia como se estivesse morrendo por não estar entendendo mais nada do que se passava comigo e com o meu corpo. Dessa grande sensação de morte, eu realmente o sentia, eu sentia a morte, eu vivia a morte como se realmente eu fosse morrer... parecia muito real. Mas quando os efeitos já estavam passando, a sensação de morte foi a primeira a ir embora, os visuais ainda continuavam. O PC crescia e diminuía, sua tela era uma constante espiral, ainda via o guarda-roupa respirar, ainda via fractais nas paredes e cores, vermelhas, verdes... Fui tomar um banho, e quando a água caia em mim eu sentia minha pele dissolver, olhava pro meu braço e via as veias crescendo e passando por ele. Via minha pele em constante movimento, e nela via fractais. Sensação muito incrível para mim. Terminei meu banho, me sequei e sentei na cama, com isso os visuais após um tempo já estavam indo embora. Depois de um tempo senti uma vasta onda de leveza tomar conta de mim, e até hoje não consigo pensar em muita coisa direito, estou sem aquele “bolo” de pensamentos que somos acostumados a ter. Até hoje me encontro em estado leve, sentindo que devo tratar as pessoas melhor, sentindo que devo valorizar mais as pessoas ao meu redor, que eu amo e que me amam. Sentindo a necessidade de valorizar os momentos que tenho com essas pessoas... Enfim, minha primeira experiência com os mágicos, para mim, foi muito intenso... muito intenso e lindo, pois foi muito gratificante ver como tudo tem vida, como tudo é uma coisa só, foi muito intenso ver uma realidade totalmente diferente da que vivo. Foi realmente um tapa. Um tapa bem dado, um tapa merecido. E após minha experiência, vi que quanto mais eu tentava manter o controle, quanto mais eu tentava explicar e entender o que acontecia comigo e com o meu corpo, mais eu sentia medo. Vi como eu abri a porta do medo e o deixei tomar conta de mim. Graças a Deus meu “babá” soube lidar bem com a situação. Percebi quão é importante você aceitar, o porque de só aceitar e relaxar, o porque de deixar fluir sem buscar entender e explicar nada. Cada experiência é única e sempre que voltamos, vamos nos transformando em outro ser. Em um ser melhor... Dessa trip só levo o aprendizado, o aprendizado para toda uma vida e para a próxima experiência.
Abraços.
Como eu disse acima, nunca tinha tomado/comido cogumelos antes, somente lido e conversado sobre o assunto. Foi a uns dois anos atrás meu primeiro contato com a palavra cogumelos, até então eu não sabia do que se tratava. De lá pra cá vi alguns relatos e me informei sobre com quem já tinha experiência com o assunto. Fui adquirindo um pouco da minha também.
Na madrugada de segunda para terça, comi o que se pareceu ter 3g-4g dele seco (acho que foi isso, pois não cheguei a pesar)


misturei com um mel e mandei para dentro de colherada. Quase não senti o gosto, mas estavam croque-croque. Estava rolando uns incensos no quarto na qual o deixavam perfumado, cheiro muito agradável. Deitei na cama e esperei um pouco ansiosa a vinda. A passagem foi meio agonizante, me senti um pouco estranha, sentia que já estava chegando quando de repente vejo as listras do meu guarda-roupa começarem a se mover e a formarem fractais, logo em seguida tudo que estava em cima do guarda-roupa inspirava e respirava como meu pulmão o fazia. As listras do guarda-roupa dançavam, escorriam e se movimentavam sem parar, o guarda roupa aumentava e diminuía de tamanho, algo sem igual. Daí, já percebi que estava “lá”. Foi muito intenso pra mim ver como nada é realmente como aparenta ser, foi muito gratificante ver tudo se mexendo, se movendo, respirando, ver como tudo tem vida.
Nessa hora eu ainda estava conseguindo me manter de olhos abertos, mas após um tempo meus olhos pareciam ter vida própria, pois eu não conseguia os manter abertos. Era como se eu estivesse com muito sono e eles fossem se fechando sem minha própria vontade. De repente eu estava de olhos fechados, enrolada e deitada de lado na cama, no som o mantra tocava, e eu sentia meu corpo mergulhar na cama. Essa para mim foi uma parte da trip muito intensa, com direito a ser cama, a não saber mais se eu estava deitada, flutuando... nesse momento eu não sabia como se encontrava mais o meu corpo, comecei a esquecer os conceitos que tenho (tinha) da vida, sobre as coisas, comecei a esquecer as pessoas que eu conheço a até a mim mesma. Eu estava esquecendo quem eu era, esquecendo tudo aquilo que me “humaniza”. Ali, de olhos fechados, eu sendo cama e a cama sendo eu, já não estava sabendo mais quem eu era. De olhos fechados eu via fractais em formas de espirais, e o esquecimento... ahhh! Foi aí que eu abri os olhos e comecei a sentir medo. Medo de esquecer tudo e a todos, medo de me esquecer (eu estava me esquecendo, como é possível?), na minha cabeça só o que vinha naquele momento era a sensação de esquecimento. Foi aí que tudo começou a ficar confuso, meus braços não respondiam aos meus comandos, sobre minhas pernas eu não tinha mais controle, eu não controlava minha respiração, eu sentia a saliva descendo sem eu “forçar”, minha garganta eu já não sabia onde estava, eu tentava levantar uma das minhas mãos e passar em minha testa, e lá eu encontrava meu nariz. Meus sentidos estavam em uma verdadeira confusão, estava tudo embaralhado. Foi realmente muito forte perceber que não temos o controle de nada, e depois, após refletir, percebi como estamos sempre querendo controlar tudo. Mesmo após ter lido várias experiências e saber que devemos apenas observar, sem querer explicar nada, na hora o “barato” é outro kkk. Nessa onda de querer controlar, de querer explicar, eu fui sentindo uma grande sensação de morte tomar conta de mim, e parecia tão real na hora, mas tão real, que as palavras até fogem de mim. Eu sentia como se estivesse morrendo por não estar entendendo mais nada do que se passava comigo e com o meu corpo. Dessa grande sensação de morte, eu realmente o sentia, eu sentia a morte, eu vivia a morte como se realmente eu fosse morrer... parecia muito real. Mas quando os efeitos já estavam passando, a sensação de morte foi a primeira a ir embora, os visuais ainda continuavam. O PC crescia e diminuía, sua tela era uma constante espiral, ainda via o guarda-roupa respirar, ainda via fractais nas paredes e cores, vermelhas, verdes... Fui tomar um banho, e quando a água caia em mim eu sentia minha pele dissolver, olhava pro meu braço e via as veias crescendo e passando por ele. Via minha pele em constante movimento, e nela via fractais. Sensação muito incrível para mim. Terminei meu banho, me sequei e sentei na cama, com isso os visuais após um tempo já estavam indo embora. Depois de um tempo senti uma vasta onda de leveza tomar conta de mim, e até hoje não consigo pensar em muita coisa direito, estou sem aquele “bolo” de pensamentos que somos acostumados a ter. Até hoje me encontro em estado leve, sentindo que devo tratar as pessoas melhor, sentindo que devo valorizar mais as pessoas ao meu redor, que eu amo e que me amam. Sentindo a necessidade de valorizar os momentos que tenho com essas pessoas... Enfim, minha primeira experiência com os mágicos, para mim, foi muito intenso... muito intenso e lindo, pois foi muito gratificante ver como tudo tem vida, como tudo é uma coisa só, foi muito intenso ver uma realidade totalmente diferente da que vivo. Foi realmente um tapa. Um tapa bem dado, um tapa merecido. E após minha experiência, vi que quanto mais eu tentava manter o controle, quanto mais eu tentava explicar e entender o que acontecia comigo e com o meu corpo, mais eu sentia medo. Vi como eu abri a porta do medo e o deixei tomar conta de mim. Graças a Deus meu “babá” soube lidar bem com a situação. Percebi quão é importante você aceitar, o porque de só aceitar e relaxar, o porque de deixar fluir sem buscar entender e explicar nada. Cada experiência é única e sempre que voltamos, vamos nos transformando em outro ser. Em um ser melhor... Dessa trip só levo o aprendizado, o aprendizado para toda uma vida e para a próxima experiência.
Abraços.
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