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Te apresenta

Ribeiro

Esporo
Cadastrado
10/07/2023
3
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31
Olá pessoal, bom dia.

Primeiramente, gostaria de agradecer pela criação deste fórum e de todos os envolvidos que o idealizaram, que o alimentam, organizam e fazem parte disso. É muitíssimo gratificante ver tantos relatos, compartilhamento de experiências, informações e orientações de maneiras tão ricas e respeitosas.

A minha experiência com os psicodélicos aconteceu há uns 12 anos atrás, quando comecei a frequentar festas rave. Sempre fui muito atraído pela música eletrônica e instrumental, pelo fato de, na maior parte das vezes, não necessitar de palavras para conseguir transmitir um sentimento. Escuto música eletrônica desde os 10 anos de idade. Comecei o uso com o que tínhamos contato na época: bala, papel e erva. Aos poucos fui estudando os efeitos de cada substância e me aprofundando nas experiências. Sempre ia para as festas com o intuito de aprender algo, refletir sobre a vida enquanto dançava livremente. Então, em 2013, eu fui para uma pvt em uma chácara aqui perto e tive uma palestra sobre Ayahuasca, que era um chá que eu estava pesquisando e tinha muito interesse. Foi o suficiente para que eu me preparasse durante 1 mês para enfim tomar uma primeira vez.

Eu e minha esposa fomos, tomamos e mudamos a nossa vida após isso. Não vou entrar em detalhes nos relatos desta primeira experiência ou das que viemos a ter nos próximos anos, mas resumindo: Largamos a nossa faculdade, mudamos de cidade para participar de um grupo de estudos que trabalhava com a Ayahuasca e passamos por muita dificuldade, rs.

Tomamos ayahuasca em contextos religiosos até o final de 2016, com uma frequência bastante grande, no mínimo 2x por mês, podendo ter retiros em que tomávamos durante 3 dias seguidos. Durante todo este período, não utilizávamos outras plantas, pois tudo o que não era ayahuasca era considerado droga, com exceção do tabaco. No final de 2016, nos mudamos de cidade devido a uma oportunidade de emprego e acabamos nos afastando de tudo o que estava ocorrendo com o nosso grupo de estudos.

Com este afastamento, eu e minha esposa tivemos a oportunidade de sair do grupo e estudar as coisas por conta. Tivemos a oportunidade também de enxergar as coisas por fora, o que levantou diversos questionamentos que hoje são muito úteis na nossa caminhada. Vimos muitos amigos e tomamos muitas decisões fanáticas após termos "consagrado" Ayahuasca. Muita gente saiu por aí achando que era encarnação de xamã, que foi casado com uma pessoa em vida passada (tendo até caso de traição no grupo), que precisava realizar uma construção em um terreno, que enxergava "obsessor" em todo lugar, enfim, uma loucura e que decidimos nos afastar um pouco.

Agora, em 2023, voltei a estudar e desconstrui um monte de dogmatismos impostos sobre os psicodélicos. Comecei a questionar se os problemas geralmente não estão nos grupos e não nas plantas em si. Afinal, há tantos estudos científicos comprovando a eficácia, segurança (em doses seguras) que resolvemos dar uma oportunidade ao cubensis no mês passado. Percebi a riqueza deste fórum, orientando as pessoas sem finalidades religiosas, sem dogmatismos impostos e muita gente tentando ajudar o outro a ter calma e ir investigando as suas experiências.

Em um podcast em que o Sidarta Ribeiro comenta sobre o DMT, ele explica que a substância atua no cérebro semelhante ao sonho lúcido e que temos a habilidade de podermos "enxergar a forma" dos nossos pensamentos. Este tipo de informação tem aberto um leque de possibilidades que até então eu não considerava mas que faz um sentido gigantesco.

Enfim, eu e a minha esposa estamos estudando novamente os psicodélicos. Estamos pesquisando, conversando com amigos, lendo as informações fantásticas aqui do fórum e experimentando de uma maneira um pouco mais pragmática, cuidando muito com doses e entendendo as limitações do nosso próprio corpo, mente e emoções.

Para finalizar, gostaria de trazer algumas reflexões que fizemos ao longo dos anos, pesquisando e experimentando o uso dos psicodélicos em nós mesmos e em amigos.

- Percebemos que o que muita gente chama de "peia", pode ser apenas uma bad trip e que a "limpeza", pode ser apenas o seu corpo expurgando uma dose que você não estava preparado ainda. Sim, eu já tive muita experiência de que quando fui fazer uma limpeza, havia um "significado" do que estava acontecendo, mas será que esta necessidade de um significado não foi colocado pelo grupo em que eu participava? Afinal, pude ter a oportunidade de participar de várias práticas com Ayahuasca em doses mais baixas, procurando a meditação e tive experiências muito significativas sem a necessidade de limpeza ou mal estar algum.

- Uma dose muita alta pode trazer tanta informação que, no final, não conseguiremos aproveitar a experiência.

- O que vemos sobre o efeito dos psicodélicos pode ser, em muitos casos, simplesmente a manifestação da forma dos nossos pensamentos. Ex.: Um pensamento de amor, compreensão pode ser claro e leve como a imagem de um anjo. Enquanto pensamentos de dor e sofrimento podem ser confusas e obscuras como qualquer forma desfigurada que pode estar na mente de cada pessoa. Isso não significa que um anjo ou demônio veio falar conosco. Ou ainda, será que anjos e demônios seriam a manifestação da forma de alguns pensamentos nossos?

- As experiências psicodélicas são um campo de investigação que temos pouco conhecimento e é muitíssimo individual. Não temos respostas prontas e, em alguns casos, o contexto religioso acaba dando significados que me parecem equivocados e acabam fazendo muita gente sofrer.

- Os psicodélicos estão sendo pesquisados e tem sido utilizado com fins terapêuticos durante anos. Porém, conforme relatado no link ao final da página, enaltecer a alegria, o amor, a dança, o bem estar, tem algo mais terapêutico que isso? Compreender e superar traumas é maravilhoso para os que necessitam, contudo, precisamos nos aprofundar nos sentimentos bons também. Necessitamos compreender a pergunta: "o que te faz bem?" No meu caso, a constante dos últimos anos e que eu não estava fazendo, tem sido dançar.

Após 12 anos sem dançar as músicas que gosto, tomei 1g de cubensis de umas cápsulas de um amigo que está fazendo microdosagem, coloquei as músicas aqui em casa e dancei por quase 3 horas. Como aquilo estava preso dentro de mim através de várias travas que me foram colocadas. Chorei de alegria e tive compreensões tão profundas, ou até melhores, do que se estivesse parado em meditação. Vou compartilhar melhor esta experiência no outro tópico de primeira experiência.

Estou muito feliz de ter encontrado este fórum. Espero poder contribuir com o que puder e poder cultivar em breve.

O que o Santo Daime e a cultura “rave” têm em comum? A resposta pode balançar você. - Chacruna Latinoamérica <- Link sobre uma postagem de uma pesquisadora que informa sobre a relação da dança com os psicodélicos.
 
Olá pessoal, bom dia.
Bem-vindo! Faz pouco tempo que tô aqui no fórum. Tem uma galera bem daora e firmeza aqui, o fórum é berm organizado :)

Bem legal teu relato também e cheio de informações, parece uma pessoa experiência aí na área rs
Muita gente saiu por aí achando que era encarnação de xamã, que foi casado com uma pessoa em vida passada (tendo até caso de traição no grupo), que precisava realizar uma construção em um terreno, que enxergava "obsessor" em todo lugar, enfim, uma loucura e que decidimos nos afastar um pouco.
Tava pensando nisso hoje! Tava vendo um vídeo de uma pessoa falando de que ela não fica em grupos de fofocas e etc, etc e depois fiquei pensando o quanto a pessoa não se perde também achando que tá iluminada. Tem uma frase que anotei aqui que é "cuidado ao achar que tudo que faz é buda, iluminação se manifestando". Mas, eu também no final das contas tava só julgando a pessoa, porque afinal, nem a conheço, vejo apenas o que a pessoa mostra na publicação.
Também lembro de um caso de uma colega que fez seminário sobre budismo, yoga, e ela me dizia que havia muita gente competitiva, que quer saber e demonstrar que sabe mais que o outro. ..complicado, né? rs
- Percebemos que o que muita gente chama de "peia", pode ser apenas uma bad trip e que a "limpeza", pode ser apenas o seu corpo expurgando uma dose que você não estava preparado ainda. Sim, eu já tive muita experiência de que quando fui fazer uma limpeza, havia um "significado" do que estava acontecendo, mas será que esta necessidade de um significado não foi colocado pelo grupo em que eu participava? Afinal, pude ter a oportunidade de participar de várias práticas com Ayahuasca em doses mais baixas, procurando a meditação e tive experiências muito significativas sem a necessidade de limpeza ou mal estar algum.
Nunca tomei Aya! Mas tenho vontade! Do jeito certo, com grupo, como ritual e etc.
- Uma dose muita alta pode trazer tanta informação que, no final, não conseguiremos aproveitar a experiência.
Total de acordo! A minha primeira com cogu, usei 4g e já fiquei em choque. Foi surreal e muito sublime. Vejo alguns relatos de gente que toma 10g, como quem tá tomando coca-cola rsrs
- O que vemos sobre o efeito dos psicodélicos pode ser, em muitos casos, simplesmente a manifestação da forma dos nossos pensamentos. Ex.: Um pensamento de amor, compreensão pode ser claro e leve como a imagem de um anjo. Enquanto pensamentos de dor e sofrimento podem ser confusas e obscuras como qualquer forma desfigurada que pode estar na mente de cada pessoa. Isso não significa que um anjo ou demônio veio falar conosco. Ou ainda, será que anjos e demônios seriam a manifestação da forma de alguns pensamentos nossos?
Sim, tem esse lado simbólico que é legal de pensar, depois da trip. Entender os significados.

As experiências psicodélicas são um campo de investigação que temos pouco conhecimento e é muitíssimo individual. Não temos respostas prontas e, em alguns casos, o contexto religioso acaba dando significados que me parecem equivocados e acabam fazendo muita gente sofrer.
Como assim? Qual a relação do psicodelíco com o contexto religioso? Desenvolve a ideia pra gente :)
Após 12 anos sem dançar as músicas que gosto, tomei 1g de cubensis de umas cápsulas de um amigo que está fazendo microdosagem, coloquei as músicas aqui em casa e dancei por quase 3 horas. Como aquilo estava preso dentro de mim através de várias travas que me foram colocadas. Chorei de alegria e tive compreensões tão profundas, ou até melhores, do que se estivesse parado em meditação. Vou compartilhar melhor esta experiência no outro tópico de primeira experiência.
Parabéns, mano! É isso aí
Estou muito feliz de ter encontrado este fórum. Espero poder contribuir com o que puder e poder cultivar em breve.
Bem vindo de novo! A galera aqui é gente boa, pelo que tenho visto e manja dos paranauê!
 
Em um podcast em que o Sidarta Ribeiro comenta sobre o DMT, ele explica que a substância atua no cérebro semelhante ao sonho lúcido e que temos a habilidade de podermos "enxergar a forma" dos nossos pensamentos. Este tipo de informação tem aberto um leque de possibilidades que até então eu não considerava mas que faz um sentido gigantesco.
Cara, o Sidarta Ribeiro é fodástico! Tem um livro dele aqui no fórum, que fala justamente sobre o sonho e sua importância. Você sabê me dizer qual podcast é esse que você assistiu? Esse cara tem feito um trabalho incrível..
 
Última edição:
Salve @Ribeiro seja muito bem-vindo ao Teo!

Olá pessoal, bom dia.

Primeiramente, gostaria de agradecer pela criação deste fórum e de todos os envolvidos que o idealizaram, que o alimentam, organizam e fazem parte disso. É muitíssimo gratificante ver tantos relatos, compartilhamento de experiências, informações e orientações de maneiras tão ricas e respeitosas.

Cara, o Teo tem sido a minha rede social desde que eu descobri esta comunidade. Tem umas galerinha assídua aqui que é muito legal. E eu acho fascinante como cada um tem histórias e experiências riquíssimas.

Eu e minha esposa fomos, tomamos e mudamos a nossa vida após isso. Não vou entrar em detalhes nos relatos desta primeira experiência ou das que viemos a ter nos próximos anos, mas resumindo: Largamos a nossa faculdade, mudamos de cidade para participar de um grupo de estudos que trabalhava com a Ayahuasca e passamos por muita dificuldade, rs.

Pô mano, é incrível como nossas paixões nos guiam né? Eu entendo perfeitamente. Falo isso até mesmo pela paixão que eu tenho pelos cogumelos. Acho que eu tenho sorte que não haja nada organizado na forma de religião ou comunidade presencial nesse sentido. Eu certamente estaria em risco de mergulhar fundo demais num movimento desses.

Tomamos ayahuasca em contextos religiosos até o final de 2016, com uma frequência bastante grande, no mínimo 2x por mês, podendo ter retiros em que tomávamos durante 3 dias seguidos. Durante todo este período, não utilizávamos outras plantas, pois tudo o que não era ayahuasca era considerado droga, com exceção do tabaco. No final de 2016, nos mudamos de cidade devido a uma oportunidade de emprego e acabamos nos afastando de tudo o que estava ocorrendo com o nosso grupo de estudos.

Uma característica que me deixa com medo de grupos ayahuasqueiros é esse comportamento que pode, pouco a pouco, se aproximar de um comportamento de seita. Não acho legal quando começam a se ditar muitas regras. Eu curto a liberdade da exploração com cogumelos, que acaba sendo muito mais intimista, cada um na sua, com seu jeito de viver e ver o mundo. Por exemplo, aqui no Teo temos conservadores e progressistas, bruxos e ateus, usuários de outras substâncias e gente que nem cerveja bebe. Eu acho a diversidade uma coisa maravilhosa.

Com este afastamento, eu e minha esposa tivemos a oportunidade de sair do grupo e estudar as coisas por conta. Tivemos a oportunidade também de enxergar as coisas por fora, o que levantou diversos questionamentos que hoje são muito úteis na nossa caminhada. Vimos muitos amigos e tomamos muitas decisões fanáticas após termos "consagrado" Ayahuasca. Muita gente saiu por aí achando que era encarnação de xamã, que foi casado com uma pessoa em vida passada (tendo até caso de traição no grupo), que precisava realizar uma construção em um terreno, que enxergava "obsessor" em todo lugar, enfim, uma loucura e que decidimos nos afastar um pouco.

Exatamente. Este ponto seu aqui me chamou atenção. Passei por uma experiência parecida quando eu frequentei grupos da renovação carismática católica na minha juventude. O sabor da experiência é outro, mas a essência é a mesma: fanatismo religioso pode levar o fanático ao delírio. Pensamentos de grandeza, muita rigidez no comportamento, regras que talvez não façam muito sentido. Além do que, se você não segue a conduta do grupo, acaba recebendo desprezo dos demais para corrigir seus "desvios" rapidinho. É uma coisa que pode ser violenta, às vezes. Todo grupo religioso é assim? Espero que não. Mas falando por mim, eu fico ligeiro quando grupos de pessoas se reúnem em busca da iluminação, salvação, evolução... vira e mexe vira uma batalha de ego. E a coisa fica feia.

Agora, em 2023, voltei a estudar e desconstrui um monte de dogmatismos impostos sobre os psicodélicos. Comecei a questionar se os problemas geralmente não estão nos grupos e não nas plantas em si. Afinal, há tantos estudos científicos comprovando a eficácia, segurança (em doses seguras) que resolvemos dar uma oportunidade ao cubensis no mês passado. Percebi a riqueza deste fórum, orientando as pessoas sem finalidades religiosas, sem dogmatismos impostos e muita gente tentando ajudar o outro a ter calma e ir investigando as suas experiências.

Boa cara! Concordo com isso. É estudar de maneira séria, mas sem rigidez.

- Percebemos que o que muita gente chama de "peia", pode ser apenas uma bad trip e que a "limpeza", pode ser apenas o seu corpo expurgando uma dose que você não estava preparado ainda. Sim, eu já tive muita experiência de que quando fui fazer uma limpeza, havia um "significado" do que estava acontecendo, mas será que esta necessidade de um significado não foi colocado pelo grupo em que eu participava? Afinal, pude ter a oportunidade de participar de várias práticas com Ayahuasca em doses mais baixas, procurando a meditação e tive experiências muito significativas sem a necessidade de limpeza ou mal estar algum.

Pois é cara... eu acho que tem, sim, um componente "mágico" nos cogumelos mágicos. Pela minha intuição, faz sentido que haja algo mais ali na experiência, porém a gente não pode ignorar as reações fisiológicas. A gente vive num mundo físico, experimenta a realidade pelos 5 sentidos. Temos limitações, dores, doenças. Aliás, uma coisa interessante sobre os cogumelos é que ele meio que "denuncia" algumas coisas que podem estar erradas com o seu corpo. Por exemplo, já tomei cogumelos quando o meu joelho tava levemente machucado. Eu não tinha percebido aquela dor no joelho até tomar a minha dose. Passei pela mesma coisa quando estava começando a ficar com uma irritação na garganta. Um outro camarada daqui acabou descobrindo uma gastrite porque ele ficou mais sensível ao desconforto do estômago.

- Uma dose muita alta pode trazer tanta informação que, no final, não conseguiremos aproveitar a experiência.

Cara, já passei por isso numa trip de 7g. O começo e o fim foram divertidíssimos, mas o pico foi tão forte que eu fiquei fora de área. Não me lembro de detalhes.

- O que vemos sobre o efeito dos psicodélicos pode ser, em muitos casos, simplesmente a manifestação da forma dos nossos pensamentos. Ex.: Um pensamento de amor, compreensão pode ser claro e leve como a imagem de um anjo. Enquanto pensamentos de dor e sofrimento podem ser confusas e obscuras como qualquer forma desfigurada que pode estar na mente de cada pessoa. Isso não significa que um anjo ou demônio veio falar conosco. Ou ainda, será que anjos e demônios seriam a manifestação da forma de alguns pensamentos nossos?

Com certeza. Minhas experiências já trouxeram à tona meus desejos mais secretos, os meus medos mais reprimidos. Os cogumelos são grandes dedo-duro se a gente souber prestar atenção.

- As experiências psicodélicas são um campo de investigação que temos pouco conhecimento e é muitíssimo individual. Não temos respostas prontas e, em alguns casos, o contexto religioso acaba dando significados que me parecem equivocados e acabam fazendo muita gente sofrer.

Concordo contigo nisso aqui também. Tem coisa que a gente precisa aprender sozinho. Não adianta seguir um caminho que já foi desenhado por outra pessoa antes.

- Os psicodélicos estão sendo pesquisados e tem sido utilizado com fins terapêuticos durante anos. Porém, conforme relatado no link ao final da página, enaltecer a alegria, o amor, a dança, o bem estar, tem algo mais terapêutico que isso? Compreender e superar traumas é maravilhoso para os que necessitam, contudo, precisamos nos aprofundar nos sentimentos bons também. Necessitamos compreender a pergunta: "o que te faz bem?" No meu caso, a constante dos últimos anos e que eu não estava fazendo, tem sido dançar.

Faz sentido. Cuidar da saúde é, sim, curar os males mas também é promover aquilo que faz bem. A vida seria mais leve se a gente focasse nisso.

Após 12 anos sem dançar as músicas que gosto, tomei 1g de cubensis de umas cápsulas de um amigo que está fazendo microdosagem, coloquei as músicas aqui em casa e dancei por quase 3 horas. Como aquilo estava preso dentro de mim através de várias travas que me foram colocadas. Chorei de alegria e tive compreensões tão profundas, ou até melhores, do que se estivesse parado em meditação. Vou compartilhar melhor esta experiência no outro tópico de primeira experiência.

Pô cara, que experiência linda. Eu costumo dizer que os cogumelos são cheios de amor e que, se a gente souber "pedir", eles nos dão exatamente aquilo do que nós estamos necessitando naquele momento. Nem sempre o que precisamos é gostosinho não. Tem horas que é doloroso, mas normalmente os cogumelos sempre me dão experiências necessárias.

Nunca tomei Aya! Mas tenho vontade! Do jeito certo, com grupo, como ritual e etc.
Pois é @psic_one, compartilho da sua curiosidade. Meu receio é justamente a parte ritualística da experiência. Eu precisaria achar um grupo de extrema confiança.
 
Cara, o Sidarta Ribeiro é fodástico! Tem um livro dele aqui no fórum, que fala justamente sobre o sonho e sua importância. Você sabê me dizer qual podcast é esse que você assistiu? Esse cara tem feito um trabalho incrível..
Fala psic_one. Beleza? Desculpe a demora. Eu escutei o podcast "Escafandro", episódio "Os sonhos de Sidarta". Recomendo muito este e outros episódios do Escafandro.

Pô mano, é incrível como nossas paixões nos guiam né? Eu entendo perfeitamente. Falo isso até mesmo pela paixão que eu tenho pelos cogumelos. Acho que eu tenho sorte que não haja nada organizado na forma de religião ou comunidade presencial nesse sentido. Eu certamente estaria em risco de mergulhar fundo demais num movimento desses.
Obrigado pela recepção Experimentalist!! Desculpe a demora para responder. Tive tantas coisas para resolver no último mês que mal entrei aqui.
Com relação a mergulhar fundo demais num movimento destes, é aí que mora o risco. Quando eu entrei, entrei de cabeça, li tudo o que pude e pratiquei muito também, porém a vaidade e orgulho sempre entram no meio na relação com as pessoas e é muito difícil não perder aquela espontaneidade que nos move e começar a termos outro motivos e nos perdermos no caminho.

Novamente, agradeço a recepção e a interação tão detalhada rs. Espero poder compartilhar, contribuir e aprender com vocês!!

Como assim? Qual a relação do psicodelíco com o contexto religioso? Desenvolve a ideia pra gente :)
Então, os grupos religiosos têm, geralmente, uma forma de pensar própria, com simbolismos e significados destes símbolos. Quando eu tomei ayahuasca a primeira vez, estava frequentando um centro de ensinamentos Hare Krishna. Durante a experiência, vi Krishna e Narasimha (sugiro ver uma imagem dele rs, é bem intimidante). Se você comenta algo no grupo religioso que viu estes seres durante o efeito da ayahuasca, vão dizer que você realmente os viu e que tem significados místicos disso, influenciando e podendo alterar a própria investigação do que aconteceu. Não estou falando que não pode ter acontecido, mas só quem vai poder saber é a pessoa que está experimentando.

Eu já pude presenciar e receber cada conselho absurdo após um "ritual" com ayahuasca que dá até medo. Não sei se há possibilidades, mas as pessoas começam a acreditar em cada coisa que dá até receio de um quadro esquizofrênico ser desenvolvido, novamente não por causa das plantas/substâncias, mas pelas crenças infundadas e fortemente reforçada pelo grupo.

Conheço gente que se auto proclama Anubis!
 
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