Salve amigos! Última trip de 2022. Tão maluca que vou ter que me esforçar bastante para fazer justiça ao que eu vivi nela.
Descongelei um chá de 54g de cogumelos frescos que eu tinha preparado fazia uns 15 dias. Preparei ele com mel e bebi acompanhado de 2g de cogumelos secos e um cogumelo fresco que estava na geladeira. A dose final equivale a aproximadamente 8g de cogumelos secos.
Dessa vez a porrada não demorou a vir. Estava deitado na sala de casa, com a luminária do meu filho projetando estrelas no teto, enquanto eu ouvia minha playlist de viagem. A decolagem foi rápida, começando com a familiar sensação de bem-estar e as alterações visuais. As estrelas projetadas pela luminária meio que se descolaram do teto e das paredes e começaram a flutuar na minha frente. As cores estavam lindas. Logo começaram as ondulações no meu campo visual. Fechei os olhos e passei a sentir um prazer imenso, como sempre acontece nas minhas trips. Com os olhos fechados vi vários padrões geométricos dançando e se transformando em espirais super coloridas e elaboradas.
Permaneci muito tempo nesse trecho da experiência, até me ver andando por uma paisagem costeira, com morros lindos à beira mar. Estava dirigindo numa estrada ladeada por rochas lindas e imponentes. Dava pra sentir a brisa do passeio de carro. Era maravilhoso.
Abri meus olhos e fiquei me divertindo com as alterações visuais novamente, mas alguma coisa estava me dizendo para fechar os olhos mais uma vez e mergulhar para o lado de dentro da experiência. A essa altura, eu tinha tirado meus fones de ouvido porque a música estava atrapalhando. Dessa vez acabei entrando numa série de TV que eu estava acompanhando, chamada “Kingdom”, do Lars von Trier. Fiquei andando pelo hospital da série, falando com os personagens. O curioso é que parecia que eu estava falando dinamarquês, que é o idioma original do áudio da série.
Novamente abri meus olhos e com muito esforço bebi água. Quando fechei os olhos de novo, senti como se eu tivesse sido transportado por inteiro para outro lugar. Eu estava dentro de uma esfera gigantesca, feita de placas de metal. Estava andando sobre uma ponte de luz até uma sala e quando entrei nessa sala vi três seres alienígenas. Eram humanoides vestidos de preto, altos e esbeltos. Deviam medir uns dois metros e meio de altura. Perguntei quem eles eram e eles ficaram MUITO PUTOS. Responderam que eram os arquitetos da realidade. Perguntei o que eles faziam e eles ficaram ainda mais impacientes e responderam:
- Nós criamos os universos possíveis. Temos trabalho a fazer. Volte para de onde você veio e aproveite a sua realidade da melhor maneira. Viva direito!
Eu não tô de sacanagem. Eles responderam mesmo! Foi uma sensação diferente da sensação de um texto que eu mesmo tivesse pensado na minha cabeça.
O ser que estava no centro apontou algo que parecia ser uma arma para mim e fez um gesto que parecia como se fosse alguém espantando um animal. Me senti sendo arremessado e voando pelo espaço. Aí que a coisa ficou completamente doida porque eu vi algumas pessoas enquanto voava “de volta”. Vi Buda vestido como um monge, na forma de um homem na mais extrema simplicidade de um ser humano, humilde e cheio de amor. Vi Helena Blavatsky me encarando com um ar de seriedade. Vi Aleister Crowley. Vi Allan Kardec. O olhar deles parecia querer falar alguma coisa, mas não queriam dizer com palavras.
Por fim, bem no final desse voo, fiquei frente a frente com algumas pessoas que vi em vídeos pornográficos. Eles estavam se sentindo horríveis. Uma das pessoas tinha um olhar de culpa e vergonha que eram palpáveis. Eram pessoas tristes.
Voltei para a sala do meu apartamento. Eu estava atordoado. Fechei os olhos e avistei os seres que se declararam como “os arquitetos da realidade”. Não me atrevi falar com eles, mas me curvei em respeito. Percebi que estava sentado. Resolvi deitar e fechar os olhos para descansar. Só que o descanso era só uma ilusão naquela hora. Os cogumelos ainda tinham mais o que me mostrar. Vi dois seres horríveis flutuando pelo apartamento. Um deles era um olho gigante envolvido por carne, com uma boca deformada na parte debaixo desse olho. Um outro ser era uma figura mais fantasmagórica. Parecia um tipo de vapor, mas era sujo.
Não me perguntem como, mas minha intuição me revelou que eram formas de pensamento que surgiram dos traumas que vivemos aqui em casa nos últimos seis meses. O ser que se apresentava como o olho flutuante era fruto de um trauma da minha esposa e o vapor sujo era resultado das várias brigas e discussões que tivemos. Eu fiquei com medo. Tentei ir até o meu escritório, mas minha cachorrinha tentou me atacar assim que eu abri a porta. Ela estava deitada debaixo da mesa do computador e tinha uma aura preta medonha em volta dela. Fechei a porta e fui para a cama com a minha esposa. Pedi para ela segurar minha mão e disse que estava com medo. Os efeitos estavam passando, mas antes de a experiência terminar, uma intuição surgiu na minha mente quase como se fosse uma sugestão vinda de fora: somente o amor, a paz e a tranquilidade poderiam dissipar essas presenças medonhas daqui de casa.
Sei que os mais céticos vão dizer que essa viagem toda é fruto da minha própria mente e do contexto atual em que eu estou vivendo, mas eu desconfio que pode haver algo de real nisso tudo. Pelo menos as lições sobre os traumas e a necessidade de ter mais amor, paz e tranquilidade deveriam ser levadas a sério.
Gostaria de saber o que vocês pensam sobre essa doideira toda. Tem pequenos detalhes que omiti, mas se fosse descrever todas as minúcias, esse texto aqui ficaria gigante.
Obrigado a todos que tiveram paciência de ler até aqui! Desejo bons cultivos e ótimas experiências para todos.
Descongelei um chá de 54g de cogumelos frescos que eu tinha preparado fazia uns 15 dias. Preparei ele com mel e bebi acompanhado de 2g de cogumelos secos e um cogumelo fresco que estava na geladeira. A dose final equivale a aproximadamente 8g de cogumelos secos.
Dessa vez a porrada não demorou a vir. Estava deitado na sala de casa, com a luminária do meu filho projetando estrelas no teto, enquanto eu ouvia minha playlist de viagem. A decolagem foi rápida, começando com a familiar sensação de bem-estar e as alterações visuais. As estrelas projetadas pela luminária meio que se descolaram do teto e das paredes e começaram a flutuar na minha frente. As cores estavam lindas. Logo começaram as ondulações no meu campo visual. Fechei os olhos e passei a sentir um prazer imenso, como sempre acontece nas minhas trips. Com os olhos fechados vi vários padrões geométricos dançando e se transformando em espirais super coloridas e elaboradas.
Permaneci muito tempo nesse trecho da experiência, até me ver andando por uma paisagem costeira, com morros lindos à beira mar. Estava dirigindo numa estrada ladeada por rochas lindas e imponentes. Dava pra sentir a brisa do passeio de carro. Era maravilhoso.
Abri meus olhos e fiquei me divertindo com as alterações visuais novamente, mas alguma coisa estava me dizendo para fechar os olhos mais uma vez e mergulhar para o lado de dentro da experiência. A essa altura, eu tinha tirado meus fones de ouvido porque a música estava atrapalhando. Dessa vez acabei entrando numa série de TV que eu estava acompanhando, chamada “Kingdom”, do Lars von Trier. Fiquei andando pelo hospital da série, falando com os personagens. O curioso é que parecia que eu estava falando dinamarquês, que é o idioma original do áudio da série.
Novamente abri meus olhos e com muito esforço bebi água. Quando fechei os olhos de novo, senti como se eu tivesse sido transportado por inteiro para outro lugar. Eu estava dentro de uma esfera gigantesca, feita de placas de metal. Estava andando sobre uma ponte de luz até uma sala e quando entrei nessa sala vi três seres alienígenas. Eram humanoides vestidos de preto, altos e esbeltos. Deviam medir uns dois metros e meio de altura. Perguntei quem eles eram e eles ficaram MUITO PUTOS. Responderam que eram os arquitetos da realidade. Perguntei o que eles faziam e eles ficaram ainda mais impacientes e responderam:
- Nós criamos os universos possíveis. Temos trabalho a fazer. Volte para de onde você veio e aproveite a sua realidade da melhor maneira. Viva direito!
Eu não tô de sacanagem. Eles responderam mesmo! Foi uma sensação diferente da sensação de um texto que eu mesmo tivesse pensado na minha cabeça.
O ser que estava no centro apontou algo que parecia ser uma arma para mim e fez um gesto que parecia como se fosse alguém espantando um animal. Me senti sendo arremessado e voando pelo espaço. Aí que a coisa ficou completamente doida porque eu vi algumas pessoas enquanto voava “de volta”. Vi Buda vestido como um monge, na forma de um homem na mais extrema simplicidade de um ser humano, humilde e cheio de amor. Vi Helena Blavatsky me encarando com um ar de seriedade. Vi Aleister Crowley. Vi Allan Kardec. O olhar deles parecia querer falar alguma coisa, mas não queriam dizer com palavras.
Por fim, bem no final desse voo, fiquei frente a frente com algumas pessoas que vi em vídeos pornográficos. Eles estavam se sentindo horríveis. Uma das pessoas tinha um olhar de culpa e vergonha que eram palpáveis. Eram pessoas tristes.
Voltei para a sala do meu apartamento. Eu estava atordoado. Fechei os olhos e avistei os seres que se declararam como “os arquitetos da realidade”. Não me atrevi falar com eles, mas me curvei em respeito. Percebi que estava sentado. Resolvi deitar e fechar os olhos para descansar. Só que o descanso era só uma ilusão naquela hora. Os cogumelos ainda tinham mais o que me mostrar. Vi dois seres horríveis flutuando pelo apartamento. Um deles era um olho gigante envolvido por carne, com uma boca deformada na parte debaixo desse olho. Um outro ser era uma figura mais fantasmagórica. Parecia um tipo de vapor, mas era sujo.
Não me perguntem como, mas minha intuição me revelou que eram formas de pensamento que surgiram dos traumas que vivemos aqui em casa nos últimos seis meses. O ser que se apresentava como o olho flutuante era fruto de um trauma da minha esposa e o vapor sujo era resultado das várias brigas e discussões que tivemos. Eu fiquei com medo. Tentei ir até o meu escritório, mas minha cachorrinha tentou me atacar assim que eu abri a porta. Ela estava deitada debaixo da mesa do computador e tinha uma aura preta medonha em volta dela. Fechei a porta e fui para a cama com a minha esposa. Pedi para ela segurar minha mão e disse que estava com medo. Os efeitos estavam passando, mas antes de a experiência terminar, uma intuição surgiu na minha mente quase como se fosse uma sugestão vinda de fora: somente o amor, a paz e a tranquilidade poderiam dissipar essas presenças medonhas daqui de casa.
Sei que os mais céticos vão dizer que essa viagem toda é fruto da minha própria mente e do contexto atual em que eu estou vivendo, mas eu desconfio que pode haver algo de real nisso tudo. Pelo menos as lições sobre os traumas e a necessidade de ter mais amor, paz e tranquilidade deveriam ser levadas a sério.
Gostaria de saber o que vocês pensam sobre essa doideira toda. Tem pequenos detalhes que omiti, mas se fosse descrever todas as minúcias, esse texto aqui ficaria gigante.
Obrigado a todos que tiveram paciência de ler até aqui! Desejo bons cultivos e ótimas experiências para todos.