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Quem veio primeiro o esporo ou o micélio?

EsporosNoAr

Membro Ativo
23/11/2010
443
91
São Paulo, SP
Entrando um pouco nos paradoxos da evolução genética.
Gostaria de abrir esta discussão.
Seria de boa contribuição alguém que sabia nos informar sobre a linha de evolução da raça psilocybe cubensis.
Se existe algum estudo que calcula quando ou porque o cogumelo começou a produzir alcaloides.
Se bem que nem o uso dele é datado ao certo de tão antigo....
 
Os alcalóides dos cogumelos Psilocybe são a psilocina e a psilocibina.
Psilocibina = Psicylobin____Psilocina = Psilocin



A psilocibina é um composto indólico derivado da triptamina, e tem a nomenclatura química de éster fosfato 3-[2-(Dimetilamino)etil]indol-4-ol di-hidrgênio, sendo ainda encontrada com a nomenclatura de O-fosforil-4-hidroxi-N,N-dimetil-triptamina. Tem a fórmula C12H17N2O4P; com peso molecular de 284,27.
A substância pura é descrita em sua monografia em The Merck Index (op.cit.) como cristais a partir de água fervida, com ponto de derretimento a 220-228 ºC, e a partir de metanol fervido com ponto de derretimento a 185-195 ºC; com absorção máxima em metanol a 220, 267, 290 mµ (log 4,6, 3,8, 3,6); pH 5,2 em solução de 50% água-etanol; solúvel em 20 partes de água fervente, 120 partes de metanol fervente; dificilmente solúvel em etanol; praticamente insolúvel em clorofórmio ou benzeno.

Foi isolada por Hofmann et al em 1958, que descreveu sua estrutura e fez sua primeira revisão no Primeiro Congresso Internacional de Neurofarmacologia, em Roma, em 1958, e por Heim et al em 1959, tendo sido patenteada para a Alemanha em 1960, para os laboratórios Sandoz. Foi sintetizada por Hofmann e Troxler, tendo sido patenteada a forma sintética para os Estados Unidos em 1963, também para os laboratórios Sandoz.

A psilocibina também aparece com as nôminas de Fosfato de 3(2-dimetilamina) etilindol-4-oldiidrogênio e de 4-fosforiloxi-N,N-dimetiltriptamina. A psilocina, que tem a nomenclatura de 4-hidroxi-N,N-dimetiltriptamina, é mais instável e menos abundante, e é precursora do componente anterior. A psilocibina é resistente ao calor e ao ressecamento.

É liberada na água de cocção, que pode ser utilizada como bebida alucinógena. Os cogumelos frescos têm ação menos pronunciada que os secos: cerca de 10 mg de psilocibina podem ser obtidos de cerca de 4 g de cogumelos secos ou de cerca de 25 g dos frescos.

Aparentemente, estes alcalóides são derivados do metabolismo primário do fungo, uma vez que são encontrados em proporções aproximadamente iguais em qualquer região do mundo onde seja encontrado o fungo, o que parece indicar que sua produção não tem relação direta com estresses locais ou diferenças específicas no substrato em que ele cresce, naturalmente ou em cultivo. Esses alcalóides são,encontrados tanto nos corpos frutíferos quanto no corpo vegetativo do fungo.

Aparentemente o fungo sintetiza o triptofano a partir da glicose segundo o caminho de síntese no qual o ácido antranílico fornece o anel benzênico do núcleo indólico, a ribose os componentes C-2,3 e a serina a cadeia lateral de alanina. Este é o caminho de síntese em bactérias, mas a evidência disponível atualmente, embora ainda fragmentária, sugere que um caminho similar é seguido nos fungos, e mesmo nas plantas superiores.

Síntese do triptofano

A biossíntese da psilocibina tem sido investigada provendo o Psilocybe cubensis com precursores marcados. Utilizando marcadores como a psilocina-3H, a 4-hidroxitriptamina-14C, a N,N-dimetiltriptamina-14C-3H, o DL triptofano-3H e outros, inclusive outros indóis marcados por troca ácida catalisada em água tritiada, chegou-se a resultados experimentais que sugerem a seguinte seqüência:
triptofano ->triptamina -> N-metiltriptamina -> N,N-dimetiltriptamina -> psilocina -> psilocibina.

O fungo também pode converter em psilocibina a 4-hidroxitriptamina por uma rota alternativa. Foram observadas grandes diferenças na taxa de absorção de diferentes precursores . A triptamina origina várias outras substâncias, todas dotadas com algum grau de atividade alucinogênica. Todas as substâncias da família da psilocibina têm estas propriedades. Elas contêm a estrutura indólica básica característica da maioria dos alucinógenos encontrados na Natureza, incluindo várias amidas do ácido lisérgico (das quais o LSD é um representativo semi-sintético), N,N-dimetiltriptamina, harmina e seus análogos e ibogaína, sendo a mais notável exceção a mescalina (3,4,5-trimetoxifeniletilamina), encontrada no peyotl (Lophophora williamsii, Cactaceae), portanto da mesma classe das anfetaminas (a-metilfeniletilaminas).


Toxicologia
A psilocibina é o mais importante alcalóide ativo dos Psilocybe. A psilocina é o outro alcalóide ativo, mas encontra-se em proporção muito menor, porque é um precursor instável da primeira. Deste modo, a psilocibina é o mais estudado dos alcalóides deste fungo. Ela provoca experiências do tipo insight, animação, distorção dos sentidos. A dose alucinógena da psilocibina é estimada em 4 a 10 mg. Doses menores produzem, em geral, alterações de humor e sensação de bem-estar. Doses altas produzem intensos distúrbios de percepção e efeitos visuais.

A sintomatologa nos 30 minutos iniciais é caracterizada por ansiedade, tensão, tontura, marcha ebriosa, náuseas, fraqueza muscular, dores musculares e entorpecimento dos lábios. Nos 30 minutos seguintes aparecem os distúrbios psíquicos e sensoriais, que incluem: visão borrada, os objetos parecem mais iluminados e de formas mais agudas, com sombras maiores; começa-se a ver imagens com os olhos fechados; aumenta a acuidade auditiva e diminui a capacidade de concentração, com raciocínio lento e uma sensação de irrealidade, com o indivíduo sentindo-se isolado do mundo, estando consciente dele mas indiferente. Pode se apresentar incoordenação muscular, tremores, bocejos, lacrimejamento, sudorese e rubor da face. Uma a duas horas após a ingestão as manifestações acima tornam-se mais intensas, em especial os efeitos visuais.

Superfícies planas parecem ondular e a percepção de distâncias está comprometida. Esta sintomatologia dura aproximadamente 3 a 7 horas, podendo ser seguida por cefaléia e fadiga. Foram relatados raros casos graves, com hipertermia, convulsões e coma. Não há registro de acidentes fatais. O tratamento em geral é feito fora do hospital, com apenas manutenção e, caso se aplique, a abordagem usual para usuário, de drogas. Nos casos graves, que são excepcionais, deve haver acompanhamento em Unidade de Tratamento Intensivo, com medidas sintomáticas e de suporte.

Os testes feitos até hoje demonstraram que o uso regular da psilocibina não produz sintomas a longo prazo, e que ela não tem potencial de dependência física. Quanto a potencial de dependência mental ou de dano físico, até o presente momento não houve motivos para se suspeitar que tenha, mas isso ainda não foi definitivamenteprovado. Houve um tempo em que se pressupunha que a experiência alucinógena, inclusive a da psilocibina, poderia precipitar uma psicose latente em indivíduo susceptível, mas aparentemente a experiência está descartando esta suposição. Aparentemente, houve confusão do estado chamado de Flash-Back com uma psicose latente. Mas mesmo isso é raro com a psilocibina. O uso da substância extraída ou sintetizada provoca as manifestações acima com mais intensidade e com algumas diferenças em relação ao uso dos cogumelos em si, que tendem a produzir uma experiência mais para o lado do numinoso do que para os simples efeitos visuais desconexos. No entanto isto não é uma regra fixa, acredita-se que o tipo de experiência dependa muito da atitude mental com a qual o indivíduo ingere os cogumelos. Por outro lado, o fato de o uso das substâncias puras demonstrarem diferenças em relação ao uso do cogumelo, pode ser devido à combinação entre os dois alcalóides em proporções mais ou menos fixas nos exemplares ou à interação com outros componentes da própria estrutura do fungo. Dependendo, de um modo geral, da atitude com que se faz uso dos cogumelos, podem ocorrer as chamadas "más viagens", que normalmente não duram muito tempo.

Muito raramente, ocorre o fenômeno conhecido como "Flash-Back", onde a experiência original com toda a sintomatologia ocorre sem a ingestão da droga, num momento qualquer, sem nenhuma relação com nova ingestão, e de forma completamente paroxística, ou seja, sem nenhuma relação com qualquer fator. Entretanto, embora isto seja comum com o a dietilamida do ácido lisérgico (LSD), essa ocorrência é extremamente rara com este tipo de droga. Não se conhece problemas maiores acarretados por esta droga. Não ocorre dependência ou síndrome de abstinência.

A tolerância se desenvolve rapidamente, de modo que com uso continuado, logo é necessário um número cada vez maior de cogumelos para produzir os efeitos, o que desanima o uso prolongado deles, e portanto uma dependência psicológica. O maior perigo ocorre por parte de usuários não experimentados, que é a coleta e uso de cogumelos venenosos por equívoco, como é o caso da Gallerina autumnalis, que por sua semelhança, e até pela beleza dos exemplares, atrai os inexperientes. Isso pode causar acidentes fatais.

A psilocibina é um dos menos tóxicos de todos os alucinógenos: enquanto que uma dose totalmente efetiva é de cerca de 10 mg, sua DL50 no rato é de 280 mg/kg de peso corporal. A mescalina, por exemplo, tem uma dose mínima efetiva de 200 mg para um adulto médio, e uma toxicidade 2,5 vezes maior que a da psilocibina (Oss e Oeric, op. cit., citando Schultes e Hofmann, 1973, e Aboul-Eneim, 1974).

Espero q possa exclarecer um pouco esse documeto
 
Não essa a fonte em mano, mais aborda o mesmo assunto, so quis exclarecer aparte quimica do fungo e falar
um pouco sobre a pislocibina so isso.
 
É certo que a maioria das considerações sobre enteógenos desde o fortalecimento do cristianismo tem sido francamente negativa. Associações entre enteógenos e diabolismos não faltaram ao longo da história; dos cultos peioteiros introspectivos de povos da América Central até frenéticos ritos europeus, influenciados ou não pela cultura celta, foram todos associados a uma visão negativa e satânica. Resistências e palavras de contra-ataque surgiram de diversas bocas, muitas vezes sem força para fazer frente a cultura cristã devota do vinho, mas com ojeriza de Dioniso e da êxtase xamânica.

Se no século XX a situação de estigmatização aos consumidores de substâncias psicoativas tornou-se ainda mais obscura, é certo que após os anos 60 uma série de resistências surgiu enfaticamente. Foram nestes novos modos de entender o uso de substâncias psicoativas que apareceram visões sobre a positividade destes usos, quer dizer, foi pensada não só a dimensão de “vício”, tampouco apenas a condição “lúdica” de muitos usos, mas as formas em que tais usos foram efetivamente positivas para a vida de seus usuários. Naquele momento, houve um foco muito grande nos psicodélicos sendo usados visando o autoconhecimento e a transformação pessoal.

Acerca da influencia na gênese da linguagem pelo uso de psilocibina, condição de possibilidade de um novo tipo de evolução, não moldado apenas pelo acaso das mutações bem sucedidas, podemos considerar com Henry Munn que a “intoxicação” por cogumelos traz uma enorme espontaneidade lingüística, na fluência e aptidão expressiva. Munn escreveu que: “Para o xamã, é como se a existência estivesse se verbalizando através dele”. Temos aqui tanto uma continuação, para o xamã, de uma ligação visceral com a natureza, não dual, assim como certa concretude lingüística.

Os cogumelos teriam ativado organelas envolvidas no processamento e na geração de sinais. O efeito do uso de “cogumelos mágicos” é eminentemente visto no córtex pré-frontal e também na área de broca, regiões recentes na evolução cerebral que estão relacionadas a atividade lingüística. A área de broca, p.ex, comanda a formação da fala.

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Além das hipóteses evolucionárias, Mckenna ainda nos coloca uma abordagem fundamentada no presente, isto é, que procure responder ao nosso afastamento constante da natureza e que nos tem levado a uma destruição constante não apenas de nossos iguais, mas também do nosso próprio planeta. Segundo Mckenna o nosso próximo passo evolutivo deve implicar:

[...] não somente um repúdio da cultura dominadora como também um Renascimento Arcaico e um ressurgimento da consciência da Deusa. Está implícita no final de uma cultura profana e secular a noção de nosso envolvimento com a volta da mente vegetal. A mesma mente que nos levou à linguagem da auto-reflexão agora nos oferece as paisagens sem fronteiras da imaginação. É a mesma idéia de realização humana através da “Imaginação Divina” que foi premonitoriamente vislumbrada por William Blake.

Atualmente isso reflete bastante a visão da fala dos vegetais através de mediadores, um pensamento comum em cultos ayahuasqueiros, mas também na visão sobre a coca como planta mestra de Anthony Henmann. Esta é uma idéia que visa pensar no que a planta tem a nos ensinar, em vez de considerar que nos apenas “usamos” um objeto, é uma idéia, como ele mesmo diz em relação a coca, indígena, pré hispânica.
Reflexões
Se não tenho estudos o bastante nem biológicos, nem etnobotanicos e nem mesmo históricos para afirmar ou negar a visão de Mckenna sobre a relação entre psylocibina e evolução, sua hipótese é muito interessante e merece consideração.

O que mais me interessa, no entanto, é essa possibilidade de estabelecer outra forma de relação não inquisitória com as plantas, com as substâncias psicoativas, e com seus usuários, de forma a abrir a consciência os universos ainda pouco explorados dos usos positivos destes “banidos” pela lógica vigilante e hipócrita de um sistema tornado louco.

É neste tipo de situação louca, neste entorpecimento da razão, que a ciência perde sua cientificidade, que a ética perde sua relevância, em prol de valores duvidosos que tanto contribuíram para que tantas pessoas concretas, de carne e osso, fossem levadas a cadeias, privadas de suas liberdades, e finalmente mortas, direta ou indiretamente, por conflitos absolutamente desnecessários.

Localizado neste bombardeio da estupidez que por vezes nem sequer cogitamos que a coca possa ser usada como redutora de danos e riscos para o consumo de cloridrato de cocaína, que sequer cogitamos que a maconha possa ser usada para diminuir a fissura, as paranóias e abrir apetite de usuários de crack.

É neste contexto louco, no sentido negativo da loucura, que aplaudo de pé estes que ainda levantam-se e, sem sequer precisarem gritar, fazem desmoronar paradigmas centrados na clausura: prisão de humanidades. E isso faz-se desde o grito e a irreverência numa passeata em prol da legalização da maconha, como no seu cantinho, tratado com carinho uma ipomea, uma cannabis, ou que planta seja.
[1] - Eu também notei, como no comentário de Hakim Bey um certo puritanismo nos argumentos de Mckenna, como se as “drogas” naturais fossem o caminho de ligação homem-natureza, o que leva a pensar que as substâncias sintéticas seriam, estas sim, problemáticas. Existe todo um discurso, que pode ser observado também em músicas do Planet Hemp, que “algo natural não pode te prejudicar”, e esquecemos que o homem é “naturalmente” cultural e histórico, colocado, exatamente por ser no mundo, diante de fantasias e “a-naturalidades” diante da realidade “natural”. A realidade, como diz Jung, é o que as pessoas experienciam e não o que alguns acham que é a realidade, tentando enquadrar a experiência em princípios redutivistas. Nesse sentido, talvez seja tão importante quanto a maior ou menor “naturalidade” da substância a imagem que é formada sobre ela. Em última análise, a natureza tanto embeleza quanto mata.
 
Acho que essa pesquisa ia durar uma vida, ou várias rs! Na minha humilde científica e leiga opinião acho que a psilocibina é uma forma de armazenar energia, ou está somente envolvida nesse processo já que é sintetizada a partir da glicose! Sei lá rs! Só sei que eles estão aqui mto antes de nós, e foram "utilizados" por diversas civilizações espalhadas pelo globo! Acredito q ele e mto poderoso e foi "escondido" ao longo do tempo por alguns sábios humanos! Se for pra citar uma referência no sentido da evolução lê esse papel aqui, a parte final fala até sobre fósseis http://www.ebah.com.br/content/ABAAABoDkAI/sistematica-fungos

"Através do resto da Era Mesozóica e na Era Cenozóica, os fósseis de fungos são indubitavelmente similares aos grupos atuais. Sherwood-Pike (1991) aponta que esta evidência indica que os fungos tem tido uma longa história de estabilidade. Corpos frutiferos de fungos conchóides, cogumelos, gasteromicetos (todos objeto de decomposição logo após a produção de esporos fazem sua primeira aparição no registro fóssil (Sherwood-Pike, 1991). Fósseis de ascomicetos incluem uma variedade de espécies habitantes do filoplano, ascocarpos ostiolados associados com prováveis picnídios e Cryptocalix, sugerido como um fungo cleistotecial similar acertos gêneros atuais (Taylor, 1994)."

"É óbvio qua ainda há muito para aprender sobre o registro fóssil de Fungi. Ainda mais, os pobremente conhecidos Protista e Stramenopila. Ainda que o registro fóssil possa não prover informação para os fungos primitivos, ele aumenta e contribui com as hipóteses de evolução dos fungos. Conhecemos agora mais sobre com encontrar fungos fósseis ao olhar os seus parceiros de associações. Este fato é confirmado por nosso conhecimento a respeito da longa vida de organismos similares aos fungos VAM. Também aprendemos que os parasitas fúngicos afetaram as plantas da flora do Sílex Rhynie, que Basidiomycota degradaram madeira desde quando há evidência de crescimento secundário nas plantas e que Ascomycota podem ser mais antigos do que se acreditava antes. Há evidências para sugerir que os fungos, plantas e artrópodos vêm formando associações a longo tempo, mas que as hipóteses de modos nutricionais parasíticos e sapróbicos de fungos terrestres primitivos propostas por alguns possa ser conflitiva com a primitiva forma nutricional sapróbica sugerida pelo conhecimento atual do registro fóssil (Taylor, 1990; Sherwood-Pike, 1991)."
 
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Me lembrou as aulas de filosofia, o que veio primeiro o ovo ou a galinha?

Pense em um monte de cogumelos... eles não são exatamente iguais, uns maiores, outros amarelos, outros roxos. Mas existe algo que é comum a todos os cogumelos, algo que garante que jamais vamos deixar de reconhecer um quando o vermos. Mas um exemplar isolado de um cogumelo, esse sim "flui" se diferencia, cumpre seu ciclo, e desaparece na forma orgânica. Mas... a verdadeira "forma" do cogumelo é imutável.
Essa teoria é de Platão.
Resumindo a idéia cogumelo, veio antes do cogumelo em si e dos esporos.
Deixou mais perguntas que respostas certo? É lógico, porque a pergunta é filosófica :)
 
Mais uma opinião a respeito ...


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Entrando um pouco nos paradoxos da evolução genética.
Gostaria de abrir esta discussão.
Seria de boa contribuição alguém que sabia nos informar sobre a linha de evolução da raça psilocybe cubensis.
Se existe algum estudo que calcula quando ou porque o cogumelo começou a produzir alcaloides.
Se bem que nem o uso dele é datado ao certo de tão antigo....

Minha intuição diz que ele já é, e sempre foi uma chave muito antiga. Uma flor que enfeita esses jardins da Terra a tempos que se perdem na noite das explicações da nossa linguagem. Antecedem a raça das megafaunas, acompanham a evolução sem evoluir, já são, não precisaram se adaptar, so escolhem o meio que mais convém. Mas a dúvida que mais me corroe é, será que em outros planetas teremos enteógenos?:confused:
 
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