- 14/04/2015
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E ae, gente
Bem, apesar da minha primeira experiência já relatada, o fato é que não senti nada, então meio que não conta.
O primeiro efeito que tive foi ontem, na primeira colheita do primeiro flush do primeiro cultivo.
Bem, foram 8,750g de cogumelos frescos. Mandei pra dentro comendo. Que ânsia que os maiores deram! Agradeço ao @Cosmik pela dica de tapar o nariz, porque a sensação de ânsia é ligada ao olfato. Deu certo!
Enfim, minha ideia com os cogumelos é usar seu poder para minha melhoria como pessoa: mental, física e espiritual. Tenho tido experiência com a enteogenia em geral, e com a psicodelia, nos últimos meses, e eu me transformei como pessoa. Pra ser sincero, me desfiz em 2 semanas de nós que demorariam 3 anos numa psicoterapia; e resolvi muitos outros problemas.
Tendo ouvido tudo que ouvi sobre o cogumelo, o escolhi como enteógeno principal. Me dispus a cultivar, com paciência, sem pressa pra quando viessem. Com isso, meus planos com cogumelos não são recreativos - apesar de que a diversão ou prazer fazem parte do período de adaptação com o cogumelo. A ideia que sigo é aquela aconselhada no FAQ: quer uma experiência religiosa? Tudo bem, mas não começa forçando logo nas primeiras vezes pra ir por ai. É preciso se adaptar à substância, conhecer, pra saber onde tá indo. Por isso, nessa primeira fase meu uso não é elevado, é experimental, eu passo a conhecer o cogumelo, me tornar amigo dele, pra no futuro segurar em suas mãos e me entregar em suas trips mais profundas, com os objetivos enteógenos, que são a única razão de eu cultivar cogumelos.
Dito isto, começa a experiência...
Colhi os 8,750 g de cogumelos, limpei e comi. Sabia que a onda seria fraca. Minha ideia pra uma primeira viagem era exatamente 10 g frescos ou 1 g seco. Então, fiquei bem perto da dose. Fui pra sala, coloquei música eletrônica com visuais. Em 30 minutos eu realmente já estava sob efeito, mas bem leve. Conseguia notar a distorção leve nas coisas, também mais percepções visuais. Ver os videos estava interessante. Eu estava sentindo muita náusea, acho que é porque no dia anterior tinha tomado muito álcool, e apesar de estar de jejum quando tomei os cogus de manhã, talvez ainda tivesse resquícios no estômago.
Devido ao incômodo, usei a fórmula geral pra mal-estar quando se usa psicodélico: cannabis. Daí também não parei mais, e volta e meia dava umas tragadas. Senti vontade de deitar, mas continuei sentado. Deu uma aliviada na barriga com a cannabis, era um mal-estar forte no estômago. Ainda nas primeiras duas horas, houve um mal-estar e dor muito forte nas minhas costas e ombro, acho que por causa do sofá. Começou a ficar intensa e eu lembrei de relatos sobre dor, e então eu assumi meu protocolo pra qualquer bad trip: aceitar. Sumiu.
Sobre bad trips, minha postura pode parecer louca, mas já tenho feito com outros psicodélicos. Eu simplesmente aceito tudo, se não for uma bad trip de pensamento - aquela bad em que você só pensa uma coisa ruim ou triste e pode ficar deprimido. Se for bad do estilo ver um demônio, eu abraço o capeta - o que já faço desde os 19 anos quando vejo aparições assim, ou quando sinto energias demoníacas. E até aparelhos de tortura estou me dispondo a aceitar. A ideia é: se eu tenho karma de tortura, porque perder um corpo real sendo torturado? Melhor ser torturado na minha mente, limpar meu karma e voltar pra um corpo inteiro.
Mas enfim, aceitei as dores, sumiram. Depois comecei a ver vídeos de humor em inglês no Youtube. É claro que comecei com o Pikachu on Acid, e achei o canal High5Toons do Youtube hilááááááário demais, genial quase. O mais engraçado é que eu sou fluente em inglês, mas se eu estiver sob efeito psicodélico, meu inglês melhora 200%, então ficou muito tranquilo ver vários desenhos feitos pra quem tá em trip.
Ri, ri muito. Ri gostoso. Deus como gosto de rir daquele jeito! Quando penso em ser guia em viagem, se não for como xamã (todos querem algo espiritual), que seja pra dar pra galera umas boas horas de integração e leveza, queria preparar um setting de humor. O problema do humor sob psicodélico é que qualquer coisa pode estragar a graça. Alguns filmes de criança chegam a ser pesados demais, pelo uso dos arquétipos maldosos dos vilões.
Mas, bem, fui pro banho. Fiquei 1 ou 2h lá. O frio da casa me incomodou. Odeio frio. No banheiro, tentei masturbação duas vezes - com sucesso. Não quis perturbar minha mulher dormindo. Achei esquisito durante o ato solitário que algumas vezes minha mente ia longe demais e quando imaginava uma mulher acabava compreendendo toda a energia vital dela e a formação dela como feto no útero. Isso cortava... :roflmao:
Mas bem, meditei bastante também embaixo da água, observado os detalhes das gotas no chão, se era o vapor que faziam elas crescerem, se eram mini-gotículas. Bem, em algum momento, minha mulher bateu e eu sai. Voltei pros desenhos psicodélicos e ri durante umas boas horas.
Depois reparei que minha mulher estava meio desgostosa comigo. Não tinha nada a ver com os cogus, mas sim com a festa do dia anterior. Me dei conta que, para viagens mais profundas, preciso ter certeza que minha mulher está bem comigo. Eu me senti muito incomodado com a energia dela em relação a mim, mas minha experiência psicodélica me fez segurar a onda, entender minha super-sensibilidade e depois ir conversar com ela.
Fui falar com ela ainda sob efeito, mas já desacelerando. Ela contou o que incomodou, e eu fui muito amoroso com ela. Foi quando me dei conta de que essa experiência, leve como foi, divertida como foi, sem grandes intenções espirituais, me recarregou as baterias de amor e paciência. E eu estava precisando disso, tinha uns dias que tava querendo. A enteogenia me faz alguém melhor, mais carinhoso, amoroso e paciente.
Aí depois que conversamos eu fiquei o resto da trip toda abraçadinho com ela. Era muito carinho. Fizemos amor e foi muito bom.
E assim o resto dos efeitos foram sumindo aos poucos.
Bem, apesar da minha primeira experiência já relatada, o fato é que não senti nada, então meio que não conta.
O primeiro efeito que tive foi ontem, na primeira colheita do primeiro flush do primeiro cultivo.
Bem, foram 8,750g de cogumelos frescos. Mandei pra dentro comendo. Que ânsia que os maiores deram! Agradeço ao @Cosmik pela dica de tapar o nariz, porque a sensação de ânsia é ligada ao olfato. Deu certo!
Enfim, minha ideia com os cogumelos é usar seu poder para minha melhoria como pessoa: mental, física e espiritual. Tenho tido experiência com a enteogenia em geral, e com a psicodelia, nos últimos meses, e eu me transformei como pessoa. Pra ser sincero, me desfiz em 2 semanas de nós que demorariam 3 anos numa psicoterapia; e resolvi muitos outros problemas.
Tendo ouvido tudo que ouvi sobre o cogumelo, o escolhi como enteógeno principal. Me dispus a cultivar, com paciência, sem pressa pra quando viessem. Com isso, meus planos com cogumelos não são recreativos - apesar de que a diversão ou prazer fazem parte do período de adaptação com o cogumelo. A ideia que sigo é aquela aconselhada no FAQ: quer uma experiência religiosa? Tudo bem, mas não começa forçando logo nas primeiras vezes pra ir por ai. É preciso se adaptar à substância, conhecer, pra saber onde tá indo. Por isso, nessa primeira fase meu uso não é elevado, é experimental, eu passo a conhecer o cogumelo, me tornar amigo dele, pra no futuro segurar em suas mãos e me entregar em suas trips mais profundas, com os objetivos enteógenos, que são a única razão de eu cultivar cogumelos.
Dito isto, começa a experiência...
Colhi os 8,750 g de cogumelos, limpei e comi. Sabia que a onda seria fraca. Minha ideia pra uma primeira viagem era exatamente 10 g frescos ou 1 g seco. Então, fiquei bem perto da dose. Fui pra sala, coloquei música eletrônica com visuais. Em 30 minutos eu realmente já estava sob efeito, mas bem leve. Conseguia notar a distorção leve nas coisas, também mais percepções visuais. Ver os videos estava interessante. Eu estava sentindo muita náusea, acho que é porque no dia anterior tinha tomado muito álcool, e apesar de estar de jejum quando tomei os cogus de manhã, talvez ainda tivesse resquícios no estômago.
Devido ao incômodo, usei a fórmula geral pra mal-estar quando se usa psicodélico: cannabis. Daí também não parei mais, e volta e meia dava umas tragadas. Senti vontade de deitar, mas continuei sentado. Deu uma aliviada na barriga com a cannabis, era um mal-estar forte no estômago. Ainda nas primeiras duas horas, houve um mal-estar e dor muito forte nas minhas costas e ombro, acho que por causa do sofá. Começou a ficar intensa e eu lembrei de relatos sobre dor, e então eu assumi meu protocolo pra qualquer bad trip: aceitar. Sumiu.
Sobre bad trips, minha postura pode parecer louca, mas já tenho feito com outros psicodélicos. Eu simplesmente aceito tudo, se não for uma bad trip de pensamento - aquela bad em que você só pensa uma coisa ruim ou triste e pode ficar deprimido. Se for bad do estilo ver um demônio, eu abraço o capeta - o que já faço desde os 19 anos quando vejo aparições assim, ou quando sinto energias demoníacas. E até aparelhos de tortura estou me dispondo a aceitar. A ideia é: se eu tenho karma de tortura, porque perder um corpo real sendo torturado? Melhor ser torturado na minha mente, limpar meu karma e voltar pra um corpo inteiro.
Mas enfim, aceitei as dores, sumiram. Depois comecei a ver vídeos de humor em inglês no Youtube. É claro que comecei com o Pikachu on Acid, e achei o canal High5Toons do Youtube hilááááááário demais, genial quase. O mais engraçado é que eu sou fluente em inglês, mas se eu estiver sob efeito psicodélico, meu inglês melhora 200%, então ficou muito tranquilo ver vários desenhos feitos pra quem tá em trip.
Ri, ri muito. Ri gostoso. Deus como gosto de rir daquele jeito! Quando penso em ser guia em viagem, se não for como xamã (todos querem algo espiritual), que seja pra dar pra galera umas boas horas de integração e leveza, queria preparar um setting de humor. O problema do humor sob psicodélico é que qualquer coisa pode estragar a graça. Alguns filmes de criança chegam a ser pesados demais, pelo uso dos arquétipos maldosos dos vilões.
Mas, bem, fui pro banho. Fiquei 1 ou 2h lá. O frio da casa me incomodou. Odeio frio. No banheiro, tentei masturbação duas vezes - com sucesso. Não quis perturbar minha mulher dormindo. Achei esquisito durante o ato solitário que algumas vezes minha mente ia longe demais e quando imaginava uma mulher acabava compreendendo toda a energia vital dela e a formação dela como feto no útero. Isso cortava... :roflmao:
Mas bem, meditei bastante também embaixo da água, observado os detalhes das gotas no chão, se era o vapor que faziam elas crescerem, se eram mini-gotículas. Bem, em algum momento, minha mulher bateu e eu sai. Voltei pros desenhos psicodélicos e ri durante umas boas horas.
Depois reparei que minha mulher estava meio desgostosa comigo. Não tinha nada a ver com os cogus, mas sim com a festa do dia anterior. Me dei conta que, para viagens mais profundas, preciso ter certeza que minha mulher está bem comigo. Eu me senti muito incomodado com a energia dela em relação a mim, mas minha experiência psicodélica me fez segurar a onda, entender minha super-sensibilidade e depois ir conversar com ela.
Fui falar com ela ainda sob efeito, mas já desacelerando. Ela contou o que incomodou, e eu fui muito amoroso com ela. Foi quando me dei conta de que essa experiência, leve como foi, divertida como foi, sem grandes intenções espirituais, me recarregou as baterias de amor e paciência. E eu estava precisando disso, tinha uns dias que tava querendo. A enteogenia me faz alguém melhor, mais carinhoso, amoroso e paciente.
Aí depois que conversamos eu fiquei o resto da trip toda abraçadinho com ela. Era muito carinho. Fizemos amor e foi muito bom.
E assim o resto dos efeitos foram sumindo aos poucos.
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