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Primeira experiência - :/

vidavida

Esporo
Cadastrado
27/09/2021
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Olá, pessoal :et: Vou contar o relato da minha primeira vez com cogumelos, que rolou essa madrugada. Tenho 25 anos e já tive 3 experiências com LSD: a primeira foi em 2017, com 120ug, com um amigo, que foi de nível 4 ou até 5. Total derretimento, ego destruído e sensação de união com o todo. Essa trip mudou a minha vida pra sempre. Depois tive outras duas experiências bem esquisitas (todas com amigos), bem mais leves. Em todas comecei a estranhar as pessoas que estavam comigo em algum ponto da viagem, então queria ver como seria viajar sozinha.

Dois anos depois da minha última experiência psicodélica, em 2019, que foi bem meia boca, o assunto dos cogumelos surgiu e senti que era a hora de voltar para esse "lugar" tão incrível e também bizarro que já visitei. Como já tive essa experiência psicodélica extremamente profunda em 2017, senti que conseguiria segurar a barra de testá-los sozinha, com muito respeito e cautela. Como eu não quis comprar uma balança de precisão por não saber se ia querer repetir a experiência, acabei usando uma balança de cozinha que testei algumas vezes e estava pesando mais do que o peso real, o que me deixou um pouco angustiada, pois sei a importância de saber a dose exata que se está tomando. Creio que tomei algo entre 1,5g e 2g desidratados.

Como passei vários dias seguidos lendo sobre o assunto, acho que eu estava com uma imagem um pouco romantizada e idealizada da psicodelia em mente. Claro, li muitas bad trips, mas ainda assim algo me dizia que a minha experiência seria mais positiva do que negativa por eu estar sozinha e não ter interferência de outras pessoas, poderia escolher a música, enfim... acabei idealizando uma coisa que não aconteceu. Mesmo sabendo que não devemos criar grandes expectativas, acabei criando. Evitei filmes e conteúdos perturbadores na última semana, fiquei alguns dias sem beber álcool e no dia não comi carne e optei por refeições mais naturais. Meu mindset estava neutro; nem muito feliz, nem muito triste.

Fiz um chá de camomila e uma hora depois (00:30) comi os cogus secos. Uma meia hora depois, o enjoo veio forte demais; mais tarde ele sumiu, mas foi e voltou por toda a trip, o que foi bem ruim, mas faz parte. Estava assistindo a alguns clipes no youtube, e de repente eles começaram a ficar meio macabros e esquisitos, então tirei e fui para o spotify. Já tinha deixado 3 playlists prontas, com temas diferentes e músicas que eu gostava muito. Essa foi minha maior frustração, porque logo todas as músicas ficaram MUITO intragáveis. Tudo parecia artificial e mórbido. Sentia que as letras estavam falando comigo, e via um sentido negativo em tudo. Uma hora depois, senti que "entrei" naquele "lugar" que eu já havia conhecido - uma outra realidade, sem os nossos filtros normais. Senti meu ego indo e voltando, mas não consegui me entregar totalmente. Meu quarto começou a parecer uma caixa sinistra e comecei a ver a janela mudando de cor, como se lá fora estivesse ficando claro e escuro. Via algumas caras e animais nos objetos. Enfim, visuais leves. Ainda estava me sentindo extremamente desconfortável, tanto fisicamente quanto psicologicamente. Parecia que eu estava num "meio termo", não conseguia me entregar totalmente, não conseguia fechar os olhos e ficar no escuro... senti que deveria ter tomado mais, mas ao mesmo tempo era exatamente isso que eu queria (não perder o controle; testar a dose).

Fiquei boa parte da trip tentando achar uma música que não soasse bizarra, mas não consegui. Até minha playlist "confortável" estava insuportável. No silêncio, também não estava me sentindo bem. Sentia o tempo totalmente distorcido. Até aqui, nada que eu não tenha sentido com LSD, tudo parecia bem familiar. Não conseguia encontrar nenhuma posição confortável na cama, e não queria tentar sair lá fora porque estava ventando demais, o barulho da ventania estava criando um clima tenso, e enfrentar a escuridão não me apetecia no momento. Lá pelas duas da manhã, um amigo me mandou mensagem falando sobre amenidades, e eu o respondi para tentar me distrair, mas revivi uma sensação das outras trips de doce: um estranhamento dos meus próprios amigos, como se eu não realmente os conhecesse, como se eles fossem pessoas completamente estranhas sobre as quais eu não sabia nada, e que eu estava totalmente só no mundo (já senti isso antes, nada de novo). Respondi ele com certa dificuldade; eu sentia que estava atuando, representando um personagem. Comecei a pensar em todos os meus amigos, em como seria se eles estivessem ali comigo - senti que não ajudaria em nada, e que eu me sentiria distante deles do mesmo jeito. Não sei exatamente como interpretar esse sentimento; às vezes tenho medo de estar fingindo que gosto das pessoas, mas quando estou sóbria eu sinto prazer e gratidão por tê-las na minha vida. Devemos confiar totalmente no que sentimos sob a influência? Tenho essa sensação de que os psicodélicos nos mostram a verdade crua, mas não sei no que acreditar.

Principais insights que eu tive durante a viagem: estou muito viciada em celular, redes sociais e internet, não consigo ficar sozinha com os meus próprios pensamentos de olhos fechados (apesar de gostar de fazer isso sóbria), preciso voltar a meditar e procurar minhas respostas dentro de mim mesma. Tentar fugir dos pensamentos só faz com que eles voltem mais fortes. Preciso alimentar minha mente com conteúdos mais ricos do que tweets bestas o dia todo. Redes sociais fritam meu cérebro, e eu preciso me conectar mais com pensamentos mais frutíferos. Não criar tantas expectativas e só aceitar que uma trip pode ser mediana e tá tudo bem, afinal, era essa a intenção - sentir uma dosagem considerada leve.

Enfim, foram 6 horas de muito desconforto, mas fico feliz que eu tenha errado (?) na dosagem pra menos, e não pra mais. Pretendo fazer a próxima viagem de dia, e fora de casa, perto da natureza. Assim que os efeitos passaram e o sol nasceu, voltei a sentir uma paz em estar sóbria e peguei no sono, estava exausta. Acordei me sentindo um pouco atordoada, com muitas dúvidas, mas feliz de ter passado por isso, pois creio que toda experiência é um aprendizado. Conversei com alguns amigos que costumam tomar psicodélicos sobre o assunto e vou tirar o resto do dia para refletir sobre o que eu vi e senti.
 
A body high dos cogumelos é forte mesmo, pelo menos pra mim.
Alguns minutos fico tão leve que não sinto meu corpo, mas a maior parte do tempo sinto "pressão" em todos os músculos.
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Eu sou antisocial ao ponto de ter terminado todas as minhas relações de anos de amizade em 1 mês (não responder ninguém, sentar sozinho quando em grupo, ter 2 números de celular apenas para poder ignorar o "público") única exceção é minha esposa e mesmo assim tem dia que durmo na sala porque prefiro ficar sozinho, ela fica louca.

O que eu quero dizer é que minha opinião tende a fugir do padrão, de cultivar várias amizades, conhecer bastante gente, que amizade é importante.
Aviso que talvez não seja a melhor opinião.

Na minha experiência, pessoas tem interesses, se você não consegue oferecer mais o que elas querem, esquecem de você facilmente.
Aqui no fórum sou muito ativo pelo anonimato. Eu não te conheço, então posso falar diretamente o que penso sem consequências na minha profissão.
Além de que você e nem ninguém esperam nada de mim

Eu conheço bastante gente, converso bastante, mas atuando apenas para manter as aparências ou ser "bem-sucedido".
Talvez seja a sensação que você tem com seus amigos, não sente a confiança que uma amizade real tem.

Alguns anos atrás eu tinha um grupo de +/- 6 amigos que ficávamos juntos praticamente 24h. Das 7:30 até às 22 na faculdade e depois na casa de alguém.
Nesse mesmo período conheci minha esposa.

Resumindo a história, eu estava mal no período e tentei suicido, todos sabiam que eu não estava legal, tinha passado por síndrome do Pânico na presença deles.

Mandei mensagem para todos quando estava caído no banheiro, sem contar nada sobre o que estava acontecendo, apenas para me distrair da situação enquanto esperava.
04:30 da manhã
Desses 6, 2 apenas visualizaram e não responderam. 3 estavam bebendo na casa de 1 deles e só falaram pra eu ir lá, 1 falou que tinha prova no outro dia.
E tinha minha atual esposa, que conhecia faz 2 meses.

Ela percebeu que eu estava "estranho" e no meio da conversa desmaiei e parei de responder.
Acordei com ela me pegando do chão do banheiro, pelado, descendo 3 andares de escada e levando pra casa dela, que acordou a mãe dela pra levar ela e ver se eu estava bem.
Vomitei tudo no quarto dela, ficou acordada a madrugada inteira querendo me levar pro hospital, dormiu abraçada comigo todo vomitado, as 8 foi trabalhar e me deixou na casa dela, com a mãe dela cuidando de mim.

Depois disso voltei pra minha cidade, morar com meus pais.
Recebi mensagem de 2 dos 6 amigos.
Depois de 1 semana já não falavam mais nada.
Só minha esposa conversava todo dia, viajava 180km quase toda semana pra me ver.
Casei e é a única pessoa que eu senti uma relação genuína de verdade.
Descobri que é o único tipo de relação que me dou o trabalho de cultivar.
Tenho a mesma confiança nela do que tenho nos meus pais e irmãs.

Que eu sei que prefeririam sofrer do que me ver sofrer e que se eu fizesse alguma besteira, ficariam bravos mas aceitariam e se eu continuasse na besteira, me apoiariam e ficariam perto para fazer menos besteira.

Fora esse tipo de pessoa, não confio em nenhuma amizade.

Eu trato todos os meus clientes como se fossem o presidente e meus melhores amigos, podemos ficar no whatsapp o dia todo, até videochamada.
Mas em contrapartida, a amizade acaba todo dias as 18:00 e envio o boleto no final do mês.
 
Eu conheço bastante gente, converso bastante, mas atuando apenas para manter as aparências ou ser "bem-sucedido".
Talvez seja a sensação que você tem com seus amigos, não sente a confiança que uma amizade real tem.

Obrigada pela resposta, isso que você falou fez muito sentido pra mim. Nunca fui de ter muitos amigos realmente próximos, também não tenho irmãos e não sou muito próxima de nenhum familiar. Sempre senti uma leve desconfiança pelas pessoas, como se eu não pudesse saber as verdadeiras intenções de ninguém - e talvez eu realmente não possa, é inocência achar que todo mundo que te trata bem quer o seu bem. Depois dessa experiência em 2017, eu acabei me afastando muito de pessoas, festas e me isolei demais, porque toda a minha visão de mundo mudou drasticamente... parecia que ninguém jamais entenderia o que eu vi e senti naquele dia, quão longe eu fui e o quanto a "vida real" pode ser insignificante e pequena perto da imensidão do universo, e acho que eu senti um pouco o gosto disso de novo com os cogumelos. Uma alienação do mundo, mesmo. Foi difícil demais voltar pra vida real naquela época, tanto que fiquei quase um ano sem conseguir encarar meu reflexo nem tirar fotos porque eu sentia que tinha separado pra sempre meu corpo da minha mente/alma; eu não acreditava que eu era quem eu via no espelho. E ontem essa alienação do mundo e de mim mesma voltou muito forte. Mas é duro acreditar que tudo que eu (acho que) sinto pelos meus amigos é só uma ilusão ou algo assim. Eu costumo ser muito crítica com as pessoas, com as atitudes e opiniões delas (não fico falando, claro, só observo), então isso acaba me afastando de todos (por não conseguir relaxar e curtir a companhia) e me tornando uma pessoa que está constantemente analisando os outros, o que é bem estressante. É como se eu pudesse "ver através" das ações dos outros, da performance social das pessoas. Talvez eu sinta carinho pelos meus amigos e seja só isso, uma coisa meio rasa.
 
Tem uma frase que meu sogro diz que é mais ou menos sobre ser possível conhecer uma pessoa apenas quando se come um prato de sal com ela.
Também tive muitas amizades que coloquei em pedestal, mas que em pensamentos suicidas, elas me ignoraram ou me trataram como piada. Hoje, eu dou pras pessoas o mesmo valor que me dão.
Já corri muito atrás de gente que não fez nem 1% por mim.

Além da minha mãe, minha irmã e meu namorado, a única amizade que cultivo de verdade é com uma amiga já faz 6 anos, ela sabe tudo sobre mim, e sei da vida dela mais do que outras pessoas.

O restante do mundo considero conhecido ou colega. Sou introvertida, consigo socializar bem em festinhas e sociais, porém no dia a dia prefiro poucas companhias e amizades mais fortalecidas.
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Não acho que seja necessário se afastar das pessoas apenas por saber que nunca as conhecerá de fato. Afinal, nós mesmos não nos conhecemos por completo, estamos nessa jornada. Não conhecemos de verdade nem nossos pais.
Acho necessário se afastar se a pessoa não te dá muito valor, se ela te procura só pra curtição, se fala só sobre ela e te cala quando precisa desabafar.

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A trip do cogu não deixa a realidade tããão crua assim, deixa mais orgânico e te mostra situações em outras perspectivas, o ideal é você fazer a integração. Refletir por semanas o que a trip te mostrou, e analisar o que deve ser considerado e o que pode ter sido uma confusão.
Vejamos, a trip te alertou que tá viciada em redes sociais, que tá cansada de atuar uma personalidade disposta socialmente. Esses dois fatores tem pesado no mundo, principalmente após a pandemia, eu abandonei minhas redes sociais, só entro no whatsapp pra responder poucas pessoas, fora isso não consigo mais manter uma vida social, até porque não saí da quase-quarentena ainda.
Você ter mostrado essa exaustão na viagem pode ser um sinal de que precisa de um tempo pra si, sabe, o twitter não para nunca, sempre há algo acontecendo e tudo ao mesmo tempo. Tenta buscar frear um pouco a sua rotina, deleta uns apps, tira umas notificações do celular...
 
Não acho que seja necessário se afastar das pessoas apenas por saber que nunca as conhecerá de fato. Afinal, nós mesmos não nos conhecemos por completo, estamos nessa jornada.
É verdade.

Eu voltei pro interior em abril de 2020 e desde então não vi nenhum amigo meu, não tenho amigos aqui (é uma cidade de 4.000 habitantes) e acho que isso tem pesado muito no meu humor e na minha sensação de alienação dos outros. Enquanto eu vejo a vida deles voltando ao normal e as coisas acontecendo, eu continuo aqui. Sempre lidei bem com solidão, mas tem dias que sinto ela me rasgando por dentro. Ontem mesmo um amigo que conheço há anos e de quem me reaproximei esse ano me tratou de um jeito muito escroto, do nada, sem dar explicação e sumiu, numa noite em que eu já tava sensível. De repente tudo isso que eu tô sentindo começou a fazer mais sentido... comecei a pensar nas últimas atitudes dele e de outros "amigos" (em quem eu confiava e descobri até que mentiram pra mim) e percebi que talvez seja melhor me afastar. Acho que nada acontece por acaso.

Faz mais ou menos um mês que desativei o meu instagram e parece que tirei um peso gigantesco das costas, foi a melhor ideia que eu tive. Queria me livrar do twitter, que tenho desde 2009. Não consigo usar moderadamente, é bizarro, me sinto dependente de verdade. Pelo menos nos últimos meses consegui cultivar o hábito de ver filmes, o que é maravilhoso e me faz muito bem :)
 
É verdade.

Eu voltei pro interior em abril de 2020 e desde então não vi nenhum amigo meu, não tenho amigos aqui (é uma cidade de 4.000 habitantes) e acho que isso tem pesado muito no meu humor e na minha sensação de alienação dos outros. Enquanto eu vejo a vida deles voltando ao normal e as coisas acontecendo, eu continuo aqui. Sempre lidei bem com solidão, mas tem dias que sinto ela me rasgando por dentro. Ontem mesmo um amigo que conheço há anos e de quem me reaproximei esse ano me tratou de um jeito muito escroto, do nada, sem dar explicação e sumiu, numa noite em que eu já tava sensível. De repente tudo isso que eu tô sentindo começou a fazer mais sentido... comecei a pensar nas últimas atitudes dele e de outros "amigos" (em quem eu confiava e descobri até que mentiram pra mim) e percebi que talvez seja melhor me afastar. Acho que nada acontece por acaso.

Faz mais ou menos um mês que desativei o meu instagram e parece que tirei um peso gigantesco das costas, foi a melhor ideia que eu tive. Queria me livrar do twitter, que tenho desde 2009. Não consigo usar moderadamente, é bizarro, me sinto dependente de verdade. Pelo menos nos últimos meses consegui cultivar o hábito de ver filmes, o que é maravilhoso e me faz muito bem :)
Eu acho que nunca parei pra pensar nessa questão de amizades, ainda não usei cogumelos, só tomei lsd e ayahuasca algumas vezes... É interessante pensar nesses assuntos pq realmente, são pouquissimas pessoas que podemos contar em nosso dia a dia, acho que pra mim, só minha namorada e minha mãe, são as pessoas mais próximas, claro meus irmãos também, mas os amigos... Creio que se precisar conversar ou algo do tipo eles estarão por ali, mas sinto que não poderia me abrir 100% com tudo, me dou bem e tal, mas a vibe de uns anos pra trás mudou bastante.

Tenho poucos amigos e a algum tempo, parei de beber e fumar maconha que era viciado, fumava todo dia, parei de sair pois não fazia mais sentido pra mim festas cheia de bebidas e pessoas fazendo e falando besteira. Não consigo mais me sentir bem em ambientes desse tipo e eles apesar de não saírem continuam com a mesma cabeça parece, mesmos preconceitos, bebendo sempre, sinto que visto um personagem quando estou com eles, sendo alguém que não sou, sei que preciso melhorar muito mas essas situações são f*da, expansão de consciência pra tudo te faz enxergar de modo diferente e aos poucos as pessoas param de bater com sua frequência, mas mesmo assim são boas pessoas eles..

As redes sociais são problemáticas, devemos sempre dosar muito como, quando e quanto usar elas... Aconselho que tente diminuir o uso mas não parar pq provavelmente não vai conseguir, já que um hábito tão enraizado em sua mente será difícil de mudar assim, mas mude um pouco do conteúdo quando estiver lá, deixe de seguir algumas pessoas e siga outras assim mesmo que use um pouco mais será mais saudável pra ti, e aos poucos você consegue até usar elas de forma mais produtiva... Pra mim o problema nas redes sociais é que parece que algumas coisas prendem muito a atenção e ficamos hipnotizados sem conseguir sair, é muito estranho e bizarro, como eles usam a dopamina para nos dominar, parece que sempre queremos ver mais alguma coisa, porém não sabemos o que.

Boa sorte em sua jornada irmã!!! Que Deus esteja convosco.
 
Muitas vezes os cogus mostram de forma objetiva as coisas. "É isso aí...e lide com isso" e aí a gente ou tem capacidade para digerir, ou não tem. Se não fosse chocante assim, não seria 'psicodélico'. Pegando a raíz mesmo da palavra, que significa 'manifestar a alma' ou algo semelhante. Num mundo onde vestimos máscaras demais e nos escondemos atrás de posts e tweets, onde vivemos sem propósito e sem conexão com nosso ser, nossa possível alma, só uma força chocante para nos dar, mesmo que momentâneamente, o poder de ver além das aparências. Mas nem sempre esse ato de 'ver' é sublime e leve. Para muitos é perturbador. Mas é essencial. Lembro em um dos livros do Castaneda, que Don Juan disse à ele algo como "Você está progredindo... pela primeira vez na vida olhou para seus amigos como manequins em uma vitrine...". Podemos desejar o bem à eles, nutrir carinho. Até amor, se for de verdade e genuíno. Mas a verdade subjacente é que depende de cada um de nós fazer algo com o que vê.
 
Muito legal o seu relato. É o clássico foi ruim mas foi bom. Rsrs Mais legal ainda vc já tá tirando lições pra próxima.

Eu acredito que qualquer coisa banal pode gerar um desconforto incrível por causa da hiprsensibilidade sensorial, e qualquer desconforto é muito potencializado. Qualquer coisinha besta pode te levar pra uma bad.
Imagina, vc tá lá na trip e toma uma picada de um inseto qualquer que doa. Vc não vai perceber que foi uma picada, só vai sentir o desconforto super potencializado. Daí pra uma bad é um pulo.

Eu sofria muito com esses enjoos que vc relatou, com o tempo entendi que ficar deitado de lado faz esse enjoo bater. Meio que eu sinto a água passando pelo trato digestivo e da essa nausea horrível.
Agora procuro ficar com a barriga totalmente pra baixo ou pra cima quando deito, e nunca mais tive enjoos. E me sinto muito mais confortável, o que elimina metade da chance de ter uma bad.
Porvavelmente vc sentiu isso por outros motivos, claro. Mas não custa nada observar o que vc faz durante a trip, vai que vc acha a causa.
 
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